CESAR LOMBROSO
1835-1909
Nasceu em 6 novembro de 1835 e desencarnou em 19 de
outubro de 1909.
Cientista universalmente conhecido pelos
importantes trabalhos realizados no campo jurídico, desde muito cedo dedicou-se
às letras.
Aos doze anos de idade, escreveu a obra intitulada
"Grandeza e Decadência de Roma", que teve grande repercussão nos
meios intelectuais de então.
Sobre a obra de Mazolo, grande psicólogo italiano,
escreveu um artigo, que foi publicado num dos jornais italianos. Mazolo leu
esse artigo e convidou Lombroso para ir à sua casa, pois desejava conhecer o
novo escritor. Diante do menino, que contava apenas quatorze anos, ficou
surpreendido, dada a sua inteligência precoce.
Lombroso converteu-se ao Espiritismo depois de
haver realizado experiências sobre a mediunidade de Eusápia Paladino, que lhe
fora apresentada pelo professor Chiaia, de Nápoles.
Em uma das sessões com esta médium, assistiu à
materialização do Espírito de sua própria mãe.
Daí por diante, Lombroso não teve dúvidas quanto à
sobrevivência e a comunicabilidade dos Espíritos.
Escreveu várias obras, tanto no campo da Medicina,
quanto no da Filosofia.
Dentre elas, destacam-se a notável monografia
"Antropologia Criminal", "L'Uomo di Gênio", "L'Uomo
Delinqüente", além de outras sobre psicologia e psiquiatria.
Sobre o Espiritismo, não podemos deixar de citar a
"Pesquisa Sobre os Fenômenos Hipnóticos e Espíritas", através da qual
relata todas as experiências realizadas, não só com Eusápia Paladino, como
também com outros médiuns de efeitos físicos, como Elizabeth D'Esperance e
Politi.
Fonte: ABC do Espiritismo de
Victor Ribas Carneiro
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Lombroso foi um dos maiores médicos criminalistas
do século passado. Nasceu em Verona no dia 18 de novembro. Graduou-se em
Medicina em Pavia, em 1858, onde recebeu grande influência do anatomista
Panizza. Um ano depois de graduar-se em medicina obtém o diploma de cirurgia em
Gênova. Aprimou seus conhecimentos em Viena com o clínico Skoda, e em Pádua com
o médico Paolo Marzolo, cuja formação positivista haveria de exercer uma
profunda influência sobre ele.
Aos vinte anos, com "A Loucura de
Cardano", Lombroso já delineia os assuntos que vão torná-lo famoso: o
contraste entre o gênio do homem e as teorias sobre a natureza degenerativa.
Como oficial-médico escreve, em 1859, "Memória sobre as Feridas e as
Amputações por Armas de Fogo", ainda hoje considerado um dos trabalhos
mais originais da literatura médica italiana. A seguir é atraído, na Calábria,
pelos problemas antropológicos e étnicos da região.
Em 1862, em Pavia, inicia um curso de psiquiatria e
no ano seguinte transforma-o em curso de "clínica das doenças mentais e de
antropologia". Suas freqüentes visitas ao hospital de doentes mentais,
onde assiste gratuitamente pacientes, permitem-lhe aprofundar o estudo das
relações entre gênio e neurose. "As idéias dos maiores pensadores
arrebentam de improviso, desenrolam-se involuntariamente como os atos
compulsivos dos maníacos", escreveu. No Congresso Internacional de
Antropologia realizado em Milão, várias críticas foram levantadas contra a
posição de Lombroso, mas foi reconhecido o seu pioneirismo na terapia com os doentes
mentais: abrandamento racional do tratamento (até então intolerante),
introdução de trabalho manual, conversações com gente de fora, diversões
coletivas, diários escritos e impressos pelos próprios pacientes. Era um método
novo, hoje empregado pela psicoterapia.
Em 1864, Lombroso ficou internacionalmente
conhecido graças ao seu comentadíssimo livro "Gênio e Loucura",
traduzido em vários idiomas e que exerce influência até hoje. Em 1867, escreve
"Ações dos Astros e dos Cometas sobre a Mente Humana" e no ano
seguinte "Relações entre a Idade, as Posições da Lua e os Acessos das
Alienações Mentais", trabalhos recebidos com muitas reservas pelos demais
cientistas do ramo. Psiquiatra e diretor do manicômio de Pádua nos anos de 1871
a 1876, Lombroso coleta dados suficientes para suas teorias. Do exame de
centenas de doentes mentais e criminosos, ele chega à conclusão de que o
criminoso é formado por alguma tendência básica inerente ao seu destino, e que
as "sementes de uma natureza criminal" podem ser muitas vezes
identificadas na criança. Acreditava, ainda, que o meio social, aliado às
influências astrais, preparasse para a ação criminosa indivíduos cuja natureza
fosse anti-social. Em 1876, ele vence o concurso para a cátedra de Higiene e
Medicina Legal da Universidade de Turim e neste mesmo ano publica "O Homem
Delinqüente", obra muito discutida na época.
Em 1882, em seu opúsculo "Estudo sobre o
Hipnotismo", ele ridicularizava as manifestações espíritas mas, convidado
pelo prof. Morselli a estudar melhor o assunto, participou de sessões com a
médium Eusápia Palladino, convencendo-se da veracidade incontestável dos fatos.
As pesquisas que fez com essa médium encontram-se no livro da sua autoria
"Hipnotismo e Mediunidade".
As obras de Cesar Lombroso trouxeram-lhe fama,
acenderam polêmicas e influenciaram muitos legisladores e escritores. Quando
vai a Moscou, é em 1897, como participante do Congresso Psiquiátrico, conhece
Tolstói, que sabia muito bem das suas idéias acerca do gênio e da loucura.
Escritores como Emile Zola e Anatole France também sofreram sua influência.
Entre os médicos, merece destaque Kraepelin, um dos maiores classificadores de
doenças mentais, que sob a influência de Lombroso escreve acerca da abolição
das penas. Legisladores de muitos países, inspirados em suas obras, propõem
reformas das leis penais.
Lombroso, sempre fiel ao método experimental, legou
aos espíritas um excelente acervo de esclarecimentos sobre a mediunidade e o
vasto campo fenomenológico. Homem profundamente honesto defendeu a veracidade
do Espiritismo até a sua morte, noticiada com destaque em todo mundo, no dia 19
de outubro de 1909.
Era o final da missão, que no seu caso, iniciada
pelo avesso, da posição de ridículo para a de defensor sincero, haveria de
fortalecer o movimento espírita pela sua prória inclusão em meio a seus
pesquisadores e defensores.
Deus tem muitos caminhos para os homens. Para
Lombroso, o caminho foi refazer o próprio camimho, ou seja, sedimentar aquilo
que ele, por desconhecimento da realidade agredira, ao formular conceitos
equivocados sobre o Espiritismo, retratando-se intimamente e publicamente a
posteriori através do imenso trabalho que realizou.
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Cesare Lombroso foi um professor universitário e
criminologista italiano, nascido a 6 de novembro de 1835, em Verona. Tornou-se
mundialmente famoso por seus estudos e teorias no campo da caracterologia, ou a
relação entre características físicas e mentais.
Lombroso tentou relacionar certas características
físicas, tais como o tamanho da mandíbula, à psicopatologia criminal, ou a
tendência inata de indivíduos sociopatas e com comportamento criminal. Assim, a
abordagem de Lombroso é descendente direta da frenologia, criada pelo físico
alemão Franz Joseph Gall no começo do século IX e estreitamente relacionada a
outros campos da caracterologia e fisiognomia (estudo das propriedades mentais
a partir da fisionomia do indivíduo). Sua teoria foi cientificamente
desacreditada, mas Lombroso tinha em mente chamar a atenção para a importância
de estudos científicos da mente criminosa, um campo que se tornou conhecido
como antropologia criminal.
Lombroso estudou na Universidade de Pádua, Viena, e
Paris e foi posteriormente (1862-1876) professor de psiquiatria na Universidade
de Pavia e medicina forense e higiene (1876), psiquiatria (1896) e antropologia
criminal (1906) na Universidade de Turim. Foi também diretor de um asilo mental
em Pesaro, Itália.
A principal idéia de Lombroso foi parcialmente
inspirada pelos estudos genéticos e evolutivos no final do século IX, e propõe
que certos criminosos têm evidências físicas de um "atavismo"
(reaparição de caracteristicas que foram apresentadas somente em ascendentes
distantes) de tipo hereditário, reminiscente de estágios mais primitivos da
evolução humana. Estas anomalias, denominadas de estigmas por Lombroso,
poderiam ser expressadas em termos de formas anormais ou dimensões do crânio e
mandíbula, assimetrias na face, etc, mas também de outras partes do corpo.
Posteriormente, estas associações foram consideradas altamente inconsistentes
ou completamente inexistentes, e as teorias baseadas na causa ambiental da
criminalidade se tornaram dominantes.
Apesar da natureza inconsistente destas teorias,
Lombroso foi muito influente na Europa (e também no Brasil) entre
criminologistas e juristas. Entre seus livros estão: L'Uomo Delinquente (1876;
"O Homem Criminoso") e Le Crime, Causes et Remèdes (1899; O Crime,
Suas Causas e Soluções).
Lombroso morreu em 19 de outubro de 1909, em Turim,
Itália.
A biografia acima foi
copiada do site www.epub.org.br/cm do Núcleo de Informática Biomédica da
Unicamp
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