As pessoas
“comuns”, isto é, aquelas que se pautam pelo pragmatismo nas questões do mundo,
dizem, ao se reportarem às coisas transcendentais, especialmente no tocante à
vida além da morte física, que “ninguém nunca voltou para dizer como é”. Com
isso atestam seu ceticismo e, pior, sua ignorância acerca da própria vida, que
nos convida a um exame mais acurado de todos os seus aspectos. Afinal, informações
há de sobejo à disposição de quem queira pelo menos ilustrar-se no conhecimento
da Verdade, principalmente para quem deseja mudar de ideia a respeito das
próprias convicções.
Ora, o “correio do
Além”, se assim podemos nos expressar, jamais esteve inativo e a história da
Humanidade é pródiga a esse respeito. É certo, portanto, que “eles” voltam para
contar como é “lá” e, se não vêm, recepcionam quem se disponha a buscar
notícias na fonte, a exemplo do poeta renascentista italiano Dante Alighieri, os
gregos iniciados nos mistérios de Elêusis, o sueco Emmanuel Swedenborg e tantos
outros que devassaram o véu do Invisível e se fizeram narradores
especialíssimos dos panoramas e ocorrências referentes a um mundo tão nosso
conhecido, o qual julgamos, contudo, não nos pertencer, ao ponto de o chamarmos
de “outro”.
Coube ao pedagogo
francês Hippolyte Léon Denizard Rivail tornar patente a realidade da vida
extrafísica, revelando-a, através do concurso dos habitantes do Mundo
Espiritual, como o conhecimento mais proveitosa de encetarmos as modificações
de mente e caráter (disposição moral) de que necessitamos para nos sentirmos
sempre bem (bem se vê que aqui transcendemos a simples questão de saúde física
e/ou mental). Com o pseudônimo de Allan Kardec, o pesquisador francês
tornou-nos possível, desde o século XIX, rasgar o véu do “outro mundo” ao nos
apontar a todos na condição de médiuns, ou seja, detentores da “chave” que abre
as portas da realidade transcendental. Na qualidade de médiuns, entramos em
contato com seres não tão desconhecidos de nós mesmos, descobrindo que eles já
estiveram aqui com conosco, assim como procedemos de “lá”. A mediunidade,
então, é o “xis” que soluciona o problema.
Foi com essa
incógnita que o mineiro Francisco Cândido Xavier, então com 17 anos de idade,
deparou-se um dia, ele que desde cedo já experimentava ocorrências próprias de
sua condição de médium. Adolescente, ele conheceu os amigos encarnados – o
casal Perácio – José Hermínio e Carmem – que o iniciariam nas lides do intercâmbio
espiritual a partir do conhecimento da Doutrina dos Espíritos. Fato semelhante
também aconteceu com o baiano Divaldo Pereira Franco, com a fluminense Yvonne
do Amaral Pereira e muitos outros médiuns no Brasil e alhures, chamados a
desempenhar um papel preponderante na disseminação das verdades relativas à
imortalidade do ser, dando prosseguimento à tarefa de anunciar a Boa Nova do
Reino executada por Jesus há mais de dois mil anos.
É imperioso, assim,
que saibamos atentar para a praticidade desse “correio”, aumentando nossa
percepção acerca da Vida, uma vez que o intercâmbio entre os dois mundos propõe
por finalidade a transformação moral dos homens. A praticidade está em não só
fazermo-nos condignos desse intercâmbio com os Espíritos, através da adoção de
posturas responsáveis em benefício de nós mesmos e dos outros – “eles”,
inclusive –, mas sobretudo precavendo-nos quanto às surpresas desagradáveis que
por desventura nos assaltem no pós-vida, em razão de nossa indiferença para com
os deveres morais/conscienciais, que nos exortam a praticar o bem.
Vemos, assim, na
mediunidade uma ferramenta pedagógica que, se bem utilizada, fará de seu
portador tanto um bom canal a serviço dos missivistas do Além, quanto um
autêntico representante de Jesus na Terra, retransmitindo incessantemente a Boa
Nova do Reino dos Céus, a fim de que cada vez mais tenham os homens a
possibilidade de reencontrar o caminho para Deus.
Francisco Muniz
Fonte;
http://almaespirita.blogspot.com.br/
Leitura
Recomendada;
A MORTE ESPIRITUAL
A CRIANÇA E O LUTO
RESPOSTA DE LÉON DENIS SOBRE A REENCARNAÇÃO
A DESENCARNAÇÃO É A CERTEZA FUTURA QUE TEMOS.
DA PROIBIÇÃO DE EVOCAR OS MORTOS
EVOCAR OU NÃO EVOCAR DETERMINADOS ESPÍRITOS?
INVISÍVEIS, MAS NÃO AUSENTES
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/09/invisiveis-mas-nao-ausentes.html
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