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segunda-feira, 26 de maio de 2014

O QUE PENSA O ESPIRITISMO

Adilson Mota     adilsonmota1@gmail.com

Os elaboradores e divulgadores de técnicas do passe não sabem o que fazem. A técnica do passe não pertence a nós, mas exclusivamente aos Espíritos Superiores. Só eles conhecem a situação real do paciente, as possibilidades de ajudá-lo em face de seus compromissos nas provas, a natureza dos fluidos de que o paciente necessita e assim por diante. Os médiuns vivem a vida terrena e estão condicionados na encarnação que merecem e de que necessitam . Nada sabem da natureza dos fluidos, da maneira apropriada e eficaz de aplicá-los, dos efeitos diversos que eles podem causar.Na verdade o médium só tem uma percepção vaga, geralmente epidérmica dos fluidos. É simples atrevimento - e portanto charlatanismo - querer manipulá-los e distribuí-los a seu modo e a seu critério. As pessoas que acham que os passes ginásticos ou dados em grupos mediúnicos formados ao redor do paciente são passes fortes, assemelham-se  as que acreditam mais na força da macumba, com seus apetrechos selvagens, do que no poder espiritual. As experiências espíritas sensatas e lógicas, em todo o mundo, desde os dias de Kardec até hoje, mostraram que mais vale uma prece silenciosa, às vezes na ausência e sem o conhecimento do paciente, do que todas as encenações e alardes de força dos ingênuos ou farofeiros que ignoram os princípios doutrinários.
Obsessão, Passe e Doutrinação – José Herculano Pires

Com todo o respeito a Herculano Pires, não posso concordar com ele. Dizer que a "técnica do passe não pertence a nós, mas exclusivamente aos Espíritos Superiores" é desconhecer acerca das conquistas da ciência chamada Magnetismo.
As milhares de curas fabulosas alcançadas pelos chamados magnetizadores clássicos como Mesmer, Puységur, Deleuze, Du Potet, La Fontaine, Durville, Petétin, Gauthier e tantos outros, mostram o quanto se pode através do conhecimento do magnetismo. Eles sabiam bastante (não tudo) acerca da ação, da aplicação e dos efeitos das diversas técnicas que utilizavam.
Os estudos práticos do Magnetismo, os tratamentos magnéticos acompanhados e aplicados sistematicamente, a observação dos resultados de cada passe aplicado, o uso do tato magnético (ferramenta anímica utilíssima em diagnósticos), muito proporciona, a quem experimenta, em termos de conhecimentos da ação e dos efeitos dos fluidos nas diversas patologias. Tem-se constatado isto em diversos grupos espalhados de norte a sul do Brasil e nos EUA.
Kardec compreendeu a importância do Magnetismo para o Espiritismo e em diversos trechos da sua obra como no comentário à questão 555 de O Livro dos Espíritos e em várias partes da Revista Espírita ele ressalta a ligação intrínseca entre os dois, ao ponto de afirmar sobre essas duas ciências que "a que não quer imobilizar-se não pode chegar ao seu complemento sem se apoiar na sua congênere; isoladas uma da outra, detêm-se num impasse ; são reciprocamente como a Física e a Química, a Anatomia e a Fisiologia". (Revista Espírita, janeiro de 1869)
Deixar de lado o estudo da ciência magnética e do Espiritismo nos leva a conclusões erradas como a de Herculano Pires.
Se o Espírito de Verdade recomendou que instruíssemo-nos, é por que o conhecimento das coisas vem através deste esforço de busca. Logicamente, há limitações intelectuais e instrumentais, mas sempre se pode dar um passo à frente.
Quem diria que hoje existem aparelhos capazes de detectar campos sutis, a aura, não somente das mãos, como antigamente, mas de corpo inteiro!
Quem diria que hoje existe tecnologia capaz de servir de intermediação com o mundo dos espíritos!
Tudo isto por que se buscou, se pesquisou, se estudou.
O que seria da Humanidade se deixássemos de lado todo e qualquer esforço de pesquisa achando que somente os Espíritos Superiores são capazes de realizá-lo?!
Parece que nem mesmo as obras de Allan Kardec está-se querendo estudar, já que não é verdade que nada conhecemos a respeito dos fluidos como afirma Herculano. As obras de Kardec, além de outras obras espíritas complementares, trazem conhecimentos acerca dos fluidos sim, da sua aplicação e efeitos. As obras sobre Magnetismo trazem vasto campo de conhecimento prático e de estudos sobre este mesmo assunto.
E aquilo que não sabemos, quem disse que não podemos aprender (dentro das nossas limitações, é claro)? Quem disse que não existem métodos de pesquisa para isto? Só não podem ser, em muitos casos, o mesmo método da ciência que só estuda a matéria. A própria ciência espírita e a forma como Kardec a compôs, nos leva a refletir num novo conceito de ciência e seus métodos .
O próprio Herculano se contradiz ao apontar nos capítulos "Transfusão Fluídica" e "A Ciência do Passe" pesquisas avançadas tendo como objeto os fluidos. Se os fluidos fossem algo inteligível apenas para os Espíritos Superiores não tinha por que cientista ou pesquisador nenhum se ocupar com eles.
Gostaria que os defensores da ausência de técnicas na aplicação dos passes explicassem por que esses passes têm alcançado resultados muito menores do que os dos magnetizadores clássicos.
Frase interessante a do Espírito Quinemant, constante da Revista Espírita de junho de 1867:
"De tudo isto, concluo que o Magnetismo, desenvolvido pelo Espiritismo, é a chave de abóbada da saúde moral e material da humanidade futura.”
Nossa! Como estamos distantes disto acontecer, e estaremos cada vez mais distantes se tivermos que contar com pensamentos como os de Herculano Pires sobre os passes.
Para finalizar,o uso racional e sério das técnicas magnéticas nada tem a ver com o que ele chamou de "encenações e alardes de força dos ingênuos ou farofeiros que ignoram os princípios doutrinários".

Não se pode englobar tudo num mesmo feixe.

JORNAL VÓRTICE ANO VI, Nº 10    Pág.07


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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

IMPOSIÇÃO DE MÃOS E PASSE

Tiago Martins dos Santos

Análise e refutação de algumas afirmações de Herculano Pires sobre a origem dos passes em “Obsessão. O Passe. A Doutrinação”

O passe espírita é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus como se vê nos Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do Cristianismo primitivo. Sua fonte humana e divina são as mãos de Jesus. (PIRES, Herculano. Obsessão. O Passe. A doutrinação. Ed. Paidea)

Há aqui dois erros que precisam ser elucidados: (1) a questão da imposição de mãos por Jesus e os primeiros cristãos; (2) a origem dos passes no Espiritismo. É sobre o primeiro erro que desejo dedicar este escrito fundamentalmente.

Historicamente, é sabido que os passes no Espiritismo não decorrem das práticas de curas dos primeiros cristãos como afirma Herculano, mas das práticas magnéticas desenvolvidas por Mesmer. Filosoficamente é possível recuar no tempo e afirmar que os passes espíritas têm uma ligação com aqueles realizados pelos primeiros cristãos, fazendo uso da analogia. No entanto, esta ideia mascara e esconde a origem real destas práticas: Mesmer e seus discípulos.

O Espiritismo é doutrina racional fundamentada em fatos. Estabelecer que os passes espíritas decorrem das práticas dos primeiros cristãos significa afirmar a existência de uma sucessão apostólica na fluidoterapia, em que Jesus ensinou a imposição de mãos aos apóstolos, os apóstolos aos seus sucessores, estes a terceiros, assim sucessivamente até Kardec, e de Kardec aos dias de hoje. E isto é tão falso quanto uma cédula de três reais.
Conforme os fatos históricos, o que de fato ocorreu é que as práticas de cura pela ação dos fluidos magnéticos foram estudadas e reveladas ao público por Mesmer. Antes de Mesmer, a fluidoterapia era simplesmente uma ação sobrenatural que circundava alguns homens eleitos
pela Potestade Divina. Mesmer, no entanto, demonstrou que o Magnetismo é lei natural. Posteriormente, os discípulos de Mesmer sistematizaram o conhecimento magnético e vulgarizaram a sua prática.

É no contexto de difusão das práticas magnéticas que surge o Espiritismo no mundo. Um magnetizador chamado Hippolyte Léon Denizard Rivail interessa-se pelos curiosos fenômenos das mesas girantes, para ele fenômenos que, inicialmente, nada mais revelavam que um desdobramento das teorias magnéticas. Aprofundando a análise dos fatos, o Professor Rivail percebe um agente desconhecido e insuspeitado para estes fatos: os mortos! Escreve um livro chamado O Livro dos Espíritos, toma o pseudônimo de Allan Kardec e dá o pontapé inicial para a Doutrina Espírita. Não bastasse isto, este professor tem a ousadia de afirmar que a nova ciência não nascia independente da sua predecessora, mas que Espiritismo e Magnetismo formam uma única ciência (LE, questão 555).

De fato, é bonito pensar que os passes vem diretamente das mãos de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas a verdade histórica mostra que foi um discípulo dele, Mesmer, quem revelou ao público a ciência magnética (pressuponho com base em Kardec que Mesmer era um Espírito missionário, por isto discípulo do Cristo). Como afirma Emmanuel, “nem tudo que é admirável é divino” e, portanto, verdadeiro. Uma ideia bonita sobre o passe é apenas uma ideia bonita se não está fundamentada em Kardec e no Magnetismo.

Não existe qualquer linhagem professor-discípulo em fluidoterapia desde Jesus até os dias de hoje. Sabemos que Jesus foi o maior magnetizador que o mundo conheceu, porém sabemos disto porque Mesmer, Du Potet e Kardec nos deram a conhecer o Magnetismo. Antes de Mesmer, repita-se, as curas eram milagres que aconteciam por obra de Deus, numa intervenção sobrenatural, ideia muito contrária aos postulados espíritas. Com todo respeito que Jesus nos merece, creio que nem Jesus corroboraria a afirmação de que o passe deriva historicamente Dele, pois Magnetismo é lei natural conhecida a partir de Mesmer.

Mas eu havia afirmado que desejava escrever algo sobre as imposições de mãos dos primeiros cristãos. Agora, desfeito o mal entendido quanto à origem da fluidoterapia, é possível desmitificar um pouco a questão das imposições.

Difundiu-se no Movimento Espírita, principalmente a partir das afirmações de Roque Jacintho (O passe e o Passista) e de Herculano Pires (Obsessão. O Passe. A Doutrinação), que o passe na Casa Espírita ocorre apenas pelas chamadas imposições de mãos. Esta posição é mais radical em Herculano Pires que em Roque Jacintho, porém não há como demonstrar isto neste momento.

Como um verdadeiro mantra, os espíritas repetem: “Jesus impunha as mãos, Jesus impunha as mãos, Jesus impunha as mãos”, dando a entender que qualquer um que faça diferente faz algo que o Cristo não fazia. Como afirma Kardec que Jesus é o modelo da Humanidade, qualquer um que faça diferente do mantra laboraria fora do Espiritismo, revivescência do cristianismo primitivo(aqui não há ironia).


“Uma ideia bonita sobre o passe é apenas uma ideia bonita se não está fundamentada em Kardec e no Magnetismo”.


Ao mesmo tempo em que os espíritas brasileiros repetem o mantra das imposições, eles repetem outro: “não pode tocar no paciente, não pode tocar no paciente, não pode tocar no paciente”. Pessoalmente não se pode ser a favor do toque, nem contra o toque: como uma técnica, o toque tem as suas devidas aplicações dentro da teoria magnética e da Doutrina Espírita.

É curioso como se criou no Movimento Espírita um tabu quanto ao toque, ao invés de um conhecimento lúcido sobre esta técnica.

Sem dúvida que estas criações mantrificadas, para não dizer hipnóticas, têm a sua devida razão de ser.

Que pensa Kardec do assunto?

556. Têm algumas pessoas, verdadeiramente, o poder de curar pelo simples contato?

A força magnética pode chegar até aí, quando secundada pela pureza dos sentimentos e por um ardente desejo de fazer o bem, porque então os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. (...) (Livro dos Espíritos)

Está evidente que para a Doutrina Espírita o toque não é vetado, pois se assim fosse os Espíritos simplesmente responderiam que não se deve tocar o assistido ou, ainda, que a força magnética prescinde do toque. Ao contrário, “a força magnética pode chegar até aí”, isto é, até ao ponto “de curar pelo simples contato”, pelo toque!

Os Espíritos também poderiam afirmar que o toque é uma prática meramente ritual, mas não o fizeram. Ao contrário, se o indivíduo toca o paciente com “pureza dos sentimentos” e “ardente desejo de fazer o bem”, os Espíritos Bons ajudam no êxito da atividade curadora. E isto foram os Espíritos da Codificação que declararam a Allan Kardec.

A mesma orientação se percebe em O Livro dos Médiuns, item 175, Capítulo XIV:

Diremos apenas que esse gênero de mediunidade consiste principalmente no dom de curar por simples toque, pelo olhar ou mesmo por um gesto, sem nenhuma medicação.
Novamente, se afirma o uso do toque, agora especificamente pelo médium de cura. Como se pode perceber pela afirmação de Kardec, o toque é uma das formas de manifestação da mediunidade curadora.

Repito as palavras de Kardec quanto à mediunidade de cura: “dom de curar por simples toque”.

Não se percebe na Codificação uma vedação ao toque. O toque é reconhecido pelos Espíritos da Falange Espírito de Verdade e por Allan Kardec como técnica a ser usada tanto na ação magnética quanto na mediunidade de cura.

Transformar em dogma o que é mera conveniência não parece uma atitude adequada de quem deseja professar uma fé racional. Repetir um chavão, criar um dogma inexplicável é uma atitude possível, mas não consentânea com o Espiritismo.
Realizadas estas considerações sobre a técnica do toque, finalmente chego aonde desejava. Como o mantra das imposições é bonito e cativante, eleva a alma e acalma o espírito (se bem que perturba a inteligência), fui dedicar-me à comprovação deste dogma de fé, pesquisando os próprios Evangelhos, os textos de Lucas, Mateus, João e Marcos a fim de encontrar ali a justificação para a beleza simples das imposições de mãos. Mas, Ó Supremo desgosto, eis que encontro um Jesus que não impõe mãos, mas comete o sacrilégio de tocar nas pessoas.

E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra. (Mateus 8:3)

E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, sê limpo. E logo a lepra desapareceu dele. (Lucas 5:13)

Então Jesus, movido de íntima compaixão, tocoulhes nos olhos, e logo viram; e eles o seguiram. (Mateus 20:34)

E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo. (Marcos 1:41)

Tocou então os olhos deles, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé. (Mateus 9:29)

E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantouse, e serviu-os. (Mateus 8:15)
E, tirando-o à parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua. (Marcos 7:33)

E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar. (Lucas 7:14)

E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou. (Lucas 22:51)

E, logo que o povo foi posto fora, entrou Jesus, e pegou-lhe na mão, e a menina levantou-se. (Mateus 9:25)

As citações acima retirei do site BibliaOnline, o qual oferece várias traduções da Bíblia (Almeida, católicas, luteranas, etc.). Porém, fiz uma outra pesquisa, lendo os Evangelhos em edição da Editora Ave Maria e as conclusões são as mesmas: na ampla maioria das curas realizadas, os Evangelhos afirmam que Jesus tocava nas pessoas.

Embora o Movimento Espírita brasileiro tenha uma forte natureza religiosa (a qual deve ser respeitada), mostra que desconhece os próprios Evangelhos, pois apregoa aos quatro ventos que Jesus permanecia parado à frente das pessoas com as mãos estendidas, quando em verdade ele se aproximava, tocava a pessoa e com unção afirmava: Eu quero, fica curado!

Graças a Deus, Jesus não tinha os espíritas para lhe lembrar que tocar é proibido, se bem que tinha os fariseus para lhe lembrar que não se devia curar aos sábados. De qualquer forma, vê-se em que estado se encontra o conhecimento dos espíritas acerca destes assuntos, ao ponto que já não se distingue mais a opinião do conhecimento, o mito da realidade, o fato histórico e documentado da criação ideológica.

Ainda pior, desta ideia falsa da história criam-se regras absurdas sobre as imposições de mãos, inventam-se teorias sobre a atuação do centro de força coronário, tudo em completo desacordo com as leis naturais reveladas pelo Magnetismo e pelo Espiritismo. 

Não há qualquer fundamento real, nem mesmo doutrinário, para sustentar a ideia de que Jesus apenas impunha as mãos e muito menos que também os espíritas devem se limitar a fazer o mesmo.

Em fluidoterapia, em Magnetismo, portanto, Kardec é um grande desconhecido e, por isto mesmo, os chavões e os achismos pululam como sapos e coelhos, multiplicando- se ao infinito.

Infelizmente, os espíritas ainda estão muito longe de perceber a riqueza e o imenso  atrimônio científico que dispõe a Doutrina Espírita e o Magnetismo no que diz respeito às curas. Presos a dogmas de fé, a comodismos vários e inconfessados, a ideologias estranhas ao corpo doutrinário, os trabalhos de fluidoterapia nas Casas Espíritas seguem à moda de fulano ou beltrano, esquecendo-se de convidar para os trabalhos do passe o próprio Allan Kardec.

É preciso que abandonemos as conveniências irrefletidas que cada um carrega dentro de si sobre o Magnetismo. Com reverência e modéstia, façamos um convite sincero e contrito para que nosso mestre Allan Kardec, em carne, osso e espírito, habite em nossas mentes e nos trabalhos de fluidoterapia.

Herculano Pires continuará sendo um referencial digno de consulta perante os espíritas por um longo tempo. Porém, quando tratou da origem dos passes é preciso considerar que o fez segundo suas crenças pessoais, próprio modo de ver. É uma opinião equivocada, tanto do ponto de vista doutrinário quanto histórico, mais uma neste imenso mar do Movimento Espírita.□

JORNAL VORTICE ANO VI, Nº 05 - Outubro - 2013


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sábado, 19 de outubro de 2013

EFEITOS DE BLOQUEIOS NOS CHACRAS


Básico ou genésico: Falta de equilíbrio emocional, de ânimo, de força, desgaste físico, a pessoa fica “no mundo da lua”.
Gástrico ou umbilical: A pessoa fica sem estrutura para se identificar, fecha-se no mundo, vive no passado, sem alegria, sem satisfação.
Chacra esplênico: Perda de apetite, rancor, raiva, ódio e medo. A pessoa perde o amor-próprio, não acredita em mais nada.
Chacra cardíaco: Palpitação, angústia, desespero, medo, pânico. A pessoa fica totalmente sem controle e não consegue mais separar a razão da emoção.
Chacra laríngeo: Falta de criatividade, dificuldade de expressão. A pessoa se fecha, não consegue se livrar da angústia.
Chacra frontal: Causa perda de perspectiva e direcionamento. A pessoa fica sem objetivos e não vê nada a sua frente.
Chacra coronário: A pessoa se anula para a vida, perde o contato com a realidade e não consegue idealizar mais nada.

Rearmonizando os chacras

O passe, a prece, a irradiação, a água fluidificada ajudam, servem de apoio para a recuperação, mas não são a base real para o equilíbrio, alinhamento ou rearmonização dos chacras/centros de força.
Lembre-se, chacra bloqueado não é causa, é conseqüência.
A causa do desequilíbrio dos chacras/centros de força são nossos pensamentos,sentimentos, emoções, palavras, desejos e ações de baixos teores vibratórios, tais como pessimismo, mágoa, rancor, inveja, egoísmo, orgulho, vingança, ódio, etc. e ainda nossos vícios.
A condição essencial para que a pessoa se rearmornize energeticamente é que se moralize e abandone seus vícios.
Portanto, para reamornizar nossos chacras/centros de força, necessitamos nos reformar moralmente, agindo de maneira cristã em todos os momentos da vida.
Mas, como isso não é comum às nossas ampliadas comodidades, a nós, falíveis espíritos devedores, nos cabe exercitar por possuí-las pelo perdão, pela fraternidade e pela compreensão, ajudando, socorrendo e, sobretudo, orando por nosso próximo.

Dessa forma vibraremos em ondas de mais elevado teor moral, fazendo valer nosso centro coronário como captador das boas energias espirituais para distribuir o equilíbrio devido aos demais centros, assim espiritualizando nossa matéria.


Fonte; http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br/2013_07_01_archive.html

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http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/09/caracteristicas-principais-dos-chacras.html

quinta-feira, 14 de março de 2013

O TATO MAGNÉTICO E A FICHA DE ATENDIMENTO


Roberto Teixeira

Sabemos que a sensibilidade do passista em relação ao tato magnético e ao passe como um todo, está diretamente relacionada a fatores tais como: disposição orgânica, sintonia fluídica, equilíbrio emocional do passista, concentração, condições apropriadas do ambiente para aplicação do passe, etc.

Ouvimos frequentemente que vontade firme e confiança são determinantes para que o passista possa superar eventuais adversidades que ocorram durante a terapia.

Trabalhando com o passe magnético misto, na SEEVIDA (Sociedade de Estudos Espíritas Vida) em algumas situações de atendimento não identifiquei por intermédio do tato magnético, absolutamente nada no campo magnético de pacientes que atendi e, até em situações de desordem asseverada, algumas vezes nada constatei pela técnica. Hoje entendo perfeitamente que o exercício contínuo deste tipo de diagnóstico é necessário para aprimorá-lo cada vez mais. Sempre procuro levar em consideração o que aprendi e aprendo sobre o magnetismo, mas, sinceramente durante algum tempo - mais precisamente no início do meu trabalho prático - algumas dúvidas em relação ao tato magnético costumavam me ocorrer, tais como: se nada sentir por intermédio do tato magnético e nem um sinal em minha constituição orgânica ou em meus centros de força for percebido no momento de aplicar o passe, o que fazer?  Como saber qual o centro de força ou órgão precisa ser tratado?  Devo confiar apenas no relato do paciente?  É seguro e correto aplicar o passe baseado apenas na intuição?

Insensibilidade no tato magnético ou pouca sensibilidade me descredencia a ser um passista ou um bom passista? Devo desistir do atendimento nessas circunstâncias?

Grandes nomes do magnetismo terapêutico, sabemos, possuíam aprofundados conhecimentos de medicina (alguns eram médicos). Portanto, a identificação dos males que acometiam seus pacientes, tratados com o passe, deduz-se, eram identificados também com o  aporte desses seus conhecimentos médicos.

O trabalho de passe, que é efetuado na Casa Espírita é voluntário e, apesar dos cursos preparatórios e esforço individual dos passistas no aprimoramento sobre o assunto, não há como fazer comparações entre estes e os primeiros.

Os questionamentos aqui colocados, talvez encontrem respostas num procedimento importante e bastante simples, procedimento este que tem sido observado na SEEVIDA desde sempre e com excelentes resultados: a FAP (Ficha de Atendimento do Passe).

Se pegarmos como exemplo um paciente que chega para o passe e que sofre de uma labirintopatia (labirintite), chegando ele à sala de atendimento, não entrando em maiores detalhes sobre o problema com o passista  – nas cabines de passe o silêncio deve imperar -, não havendo afinação com alguma daquelas pré-disposições necessárias para o passe, percebendo o passista pouco ou nada pelo tato magnético, tendo o paciente como causa primeira de sua labirintite uma disfunção da glândula tireoide e isso não sendo detectado no momento do passe, o passista sabendo da labirintite apenas por comentário feito pelo atendido antes de iniciar o passe, pela lógica tratará unicamente este problema (labirintite) que na realidade, no caso, seria apenas uma consequência da disfunção da tireoide, ou seja, combaterá o efeito e não a causa.

O uso de medicamentos, não é novidade, também pode causar sintomas que possivelmente venham a ser percebidos pelo passista no momento do passe e, mais uma vez não tendo informações mais precisas, possivelmente tratará o efeito, ignorando a causa.

A FAP (Ficha de Atendimento do Passe) é um fator considerado pela SEEVIDA como fundamental no tratamento pelo passe magnético. Ali são contidas informações absolutamente necessárias para todos os estágios do tratamento, além de ser fonte de pesquisa e estudo. Quando o candidato ao passe é entrevistado (ato inicial de preenchimento da FAP), responde a questões que ajudam e muito o passista que o atenderá: dados pessoais, informações sobre o uso de medicamentos, tratamentos médicos, apresentação de exames etc.Além dos propósitos já citados, a FAP também consegue detectar o que chamaremos autodiagnóstico, que é quando o paciente diz estar sofrendo de uma suposta enfermidade, não tendo nenhum embasamento médico, exame clinico ou outro qualquer que possa confirmar a situação. São pessoas que não tem ideia das implicações de um tratamento pelo passe magnético. Alegam muitas vezes serem acometidas por enfermidades extremamente graves como depressão, por exemplo.

Afirmações inverídicas e que precisam ser filtradas antes que se corra o risco de dar início a um atendimento que será equivocado e prejudicial em todos os sentidos.

Entendemos, que se alguém com problemas, ou não, procurar pelo passe sem ter antes ido ao médico, deverá logicamente receber o atendimento. Afinal quem nos garante que essa pessoa não foi encaminhada pela Espiritualidade ao passe, para que lá receba um alerta de que algo está errado com sua saúde, levando-se em conta o laudo do passista. E é lógico, que sendo a transfusão fluídica uma terapia ainda considerada complementar, e como tal, não tem por finalidade competitividade com outros tratamentos, detectando-se alguma alteração durante o passe, nossa obrigação é orientar os pacientes para que, paralelamente à fluidoterapia, procurem acompanhamento médico. Se por outro lado nada de “anormal” for notado pelo passista, o atendido deverá ser esclarecido da não necessidade de ir adiante com mais atendimentos.

Para que os passistas desenvolvam seu tato magnético e evitem ficar na dependência da consulta na ficha de atendimento, os coordenadores do trabalho de passe podem encaminhar os novos pacientes para que sejam examinados através do tato magnético, por vários passistas, individualmente, antes que tenham acesso à ficha destes pacientes. Os pareceres sendo registrados e posteriormente comparados uns com os outros, evidenciarão o nível de sensibilidade e precisão de cada passista.

A FAP é sinônimo de organização. É documento comprobatório dos resultados dos tratamentos. Serve ao intercambio de conhecimentos entre os grupos de trabalho de passe. Enfim, norteia a fluidoterapia na Casa Espírita em todos os sentidos. Por todos os motivos aqui citados, fica a sugestão para um olhar mais atento por parte dos grupos de Magnetismo sobre esta importante ferramenta de trabalho.

JORNAL VÓRTICE ANO V, n.º 07     - dezembro – 2012


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AOS AMIGOS DO MAGNETISMO - REFORMA, PROGRESSO, FUTURO!
MAGNETISMO CLÁSSICO - Aubin Gauthier
O QUE É, QUAIS OS RISCOS E COMO REGULARIZAR UMA SITUAÇÃO DE FADIGA FLUÍDICA?
CAMPO MAGNÉTICO
MESMER FALA SOBRE MEDIUNIDADE E MAGNETISMO
BREVE HISTÓRICO SOBRE MAGNETISMO
DE QUE FORMA O MAGNETISMO PODE AUXILIAR NOS CASOS DE OBSESSÃO
OS BANQUETES MAGNÉTICOS
PERÍODO MAGNÉTICO
MAGNETISMO E ESPIRITISMO
MAGNETISMO NA VIDA HUMANA
DA SENSIBILIDADE MAGNÉTICA
MAGNETIZAÇÃO ESPIRITUAL SERÁ COISA MÁGICA OU MARAVILHOSA?
O MAGNETISMO E O ESPIRITISMO COMPARADOS.
O MAGNETISMO NAS OBRAS DE CHICO XAVIER
O MAGNETISMO SEGUNDO LÉON DENIS
ILUSTRES PIONEIROS MARQUÊS DE PUYSÉGUR E O SÁBIO DELEUZE.
RIVAIL E O MAGNETISMO
MAGNETISMO E HIPNOTISMO
DE QUE FORMA O MAGNETISMO PODE AUXILIAR EM CASOS DE OBSESSÃO?
MESMER FALA SOBRE MEDIUNIDADE E MAGNETISMO
CONHECER E ESTUDAR O MAGNETISMO
MAGNETIZAÇÃO ESPIRITUAL
MAGNETISMO NO NOVO TESTAMENTO
A FILOSOFIA DO MAGNETISMO 2
A FILOSOFIA DO MAGNETISMO
DA EXTREMA SENSIBILIDADE DAS CRIANÇAS À AÇÃO DO MAGNETISMO E DE
SEU PRONTO RESTABELECIMENTO
PERÍODO MAGNÉTICO
MAGNETISMO CLÁSSICO (Jornal do Magnetismo critica o Espiritismo)
PRECURSORES DO MAGNETISMO ANIMAL (Parte I)
PRECURSORES DO MAGNETISMO ANIMAL (Parte Final)
EMPREGO OFICIAL DO MAGNETISMO ANIMAL - A DOENÇA DO REI DA SUÉCIA
PASSES E MAGNETISMO
MAGNETISMO,UM SABER A SER RESGATADO
CURA DE UMA FRATURA PELA MAGNETIZAÇÃO ESPIRITUAL
QUAIS OS LIMITES QUE SE PODE ALCANÇAR ATRAVÉS DO MAGNETISMO?
DA DURAÇÃO DO TRATAMENTO MAGNÉTICO CAPÍTULO X
ENSAIO TEÓRICO DAS CURAS INSTANTÂNEAS
TEORIAS E PROCEDIMENTO DO MAGNETISMO
O QUE FAZ COM QUE UM TRATAMENTO MAGNÉTICO SEJA MAIS OU MENOS LONGO?
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2013/03/o-que-faz-com-que-um-tratamento.html