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sábado, 12 de julho de 2014

SÍNTESE DA CRIAÇÃO DA VIDA


 Jorge Andréa
  
     São motivos de discussões e interpretações a tal almejada questão sobre à criação da vida. Apresentações e teorias científicas ainda oscilam em explicações sem oferecerem as tão aguardadas soluções.

     É teoria quase geral que a criação da vida teve início nos mares quentes do Planeta, quando, em priscas eras, ainda se encontrava em adaptações climáticas. A pesquisadora Lelia Coyne, em estudos e experiências, concluiu que a vida despontou em determinado momento em vários pontos da Terra em características próprias.

     Pietro Ubaldi, em A Grande Síntese, nos apresenta uma hipótese sedutora, pela coerência monística, onde a substância única foi o resultado da forte explosão inicial (Big-Bang). Podemos caracterizá-la, no dizer dos físicos, como sendo um plasma quântico, em cujas expansões carrega todas as potencialidades que se mostram até nas ínfimas partículas de sua constituição.

     A teoria em pauta, de uma substância única formadora de muitas posições dimensionais, alcançaria em nosso planeta sua densificação máxima na matéria; esta carregaria consigo, em sua essência, a totalidade da substância, isto é, os potenciais existentes nos campos da energia e os específicos do espírito. Desse modo, a substância teria em suas mais íntimas condições um aspecto trino, que poderia mostrar-se, ora como a matéria, ora nos campos das energias e ora com a especificidade da energética espiritual.

     O primeiro elemento químico, o hidrogênio (H), portador de um único elétron em sua órbita, à medida que se vai desenvolvendo a evolução no campo material, novos elementos vão surgindo, tal como se seguem com a chegada de novos elétrons, obedecendo a famílias bioquímicas bem caracterizadas, até o elemento urânio, com 92 elétrons em sua órbita.

     A energia inicial (gravitação), resultante das irradiações do urânio e outros elementos de sua própria classe, se mostrará com ondas de freqüência bastante acentuada, pelo avanço e respectivas vivências apropriadas desta fase, e se vai transformando em novos campos energéticos. Assim, teremos, respectivamente, a energia de gravitação, seguindo-se a radioatividade (raios X), radiações químicas (ultravioleta), luz (aspecto visível), infravermelho e eletricidade em ondas de freqüências variáveis, correspondendo ao final das formas dinâmicas.

     Por tudo, podemos dizer que a substância com sua essência de totalidade (aspecto trino), expressa-se na dimensão-tempo e, no campo espiritual, na dimensão consciência.

     Dando um salto ao passado, no século sexto a.C., Buda ( o iluminado ) já tinha traçado para o homem um código de libertação, baseado em quatro verdades, como condição de ascensão espiritual.

     Dizia que o fato estava no sofrimento causado pelo desejo, porém o remédio estaria num processo de libertação, cujo modo encontrava-se na meditação, a fim de buscar a sublimação. A meditação seria condição ativa, um autêntico processo introspectivo de análise do comportamento do ser, a fim de alcançar o conhecimento do SI (estrutura psicológica individual).

     É na compreensão da vida e no desenvolvimento de um autêntico estado de amor, com desapego, embora podendo trafegar nos mecanismos vitais sem ser possuído pelas coisas materiais, que haveria uma espécie de plenificação da consciência a refletir-se em um estado de sublimação.

     Os impulsos da vida com novos e iluminados valores, despontam no advento da Doutrina Espírita que encontrou, na capacidade de Allan Kardec, a personalidade que soube retificar e iluminar as ideias de seu tempo, envolvidas na herança filosófica de conteúdo moral de J.J. Rousseau e, principalmente, de seu mestre Pestalozzi, de quem colheu, cultivou e ampliou os mais belos conceitos educacionais.

     O mestre Allan Kardec, poliglota, professor e bom conhecedor das ciências humanas, em plena maturidade e experiência de vida, soube oferecer para os dias futuros a pureza do código crístico com o elemento indispensável ao ideário monístico, propiciando acentuado avanço da psicologia que, nos dias atuais, está se transferindo para o modelo transpessoal após atravessar as fases do comportamento da psicanálise e da humanística.

     Com esta visão evolutiva percebemos, através das variadas civilizações que conviveram com suas próprias idéias filosóficas, os reflexos de suas construções de pensamento. O Edito, da época pré-cristã, demarcou no homem o culto da imortalidade. A Grécia, principalmente no século de Péricles, retratou no homem o estado devocional, enquanto que a civilização romana formava o cidadão

     No desfile do tempo, a Idade Média criou o cristão submisso ao lado de suas raízes escravocratas. Com conceitos da época iluminista, desponta o gentil-homem diante da criação de uma nova sociedade exigente de requintes e afetado maneirismo, tentando fortificar uma preconceituosa realeza que iniciava seu apagamento.

     No momento de sua nova condição, saberá avaliar e buscar o Cristo-Cósmico nos arcanos do seu psiquismo e, em dignificantes realizações, participará de um amor firme e qualificado em suas naturais e nobres expressões, definindo a vivência de um estado cosmocrático.


Fonte; Correio Espírita


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sexta-feira, 27 de junho de 2014

A DEGENERAÇÃO DO ESPIRITISMO

Dalmo Duque dos Santos

Comparando a história do Espiritismo com a do Cristianismo Primitivo, podemos tirar algumas conclusões importantes para a o futuro da nossa doutrina e o do seu movimento social.

O Cristianismo, cuja pureza doutrinária do Evangelho e simplicidade de organização funcional dos primeiros núcleos cristãos foi conquistando lenta e seguramente a sociedade de sua época, sofreu com o tempo um desgaste ideológico. Corrompeu-se por força dos interesses políticos, financeiros e institucionais. Os novos adeptos e seus líderes, não conseguindo penetrar na essência do Evangelho, que é regeneração, ou seja, o mergulho doloroso no mundo interior e a reversão das atitudes exteriores, adaptaram o mesmo às suas conveniências psico-sociais, atacando suas idéias mais contundentes à moral animalizada, alimentando os mecanismos de defesa da mente, fazendo concessões às fraquezas dos adeptos e desviando-os para o comodismo dos disfarces rituais exteriores. Repressão de forças espirituais espontâneas e idéias consideradas ameaçadoras ao clero, como a mediunidade e a reencarnação; a falsificação de tradições e a adoção do sincretismo do costumes bárbaros, foram as principais estratégias dessa clericalização do cristianismo.

O resultado de tudo isso é bem conhecido: dois milênios de intolerâncias, violências, atraso espiritual, perpetuação das injustiças sociais, agravamento de compromissos com a lei de ação e reação e forte comprometimento da regeneração do nosso planeta.

Com o Espiritismo não está sendo muito diferente.

Apesar das advertências dos Espíritos e do próprio Allan Kardec quanto aos períodos históricos e tendências do movimento, os espíritas insistem em cometer os mesmos erros do passado. Os mesmos erros porque provavelmente somos as mesmas almas que rejeitaram e desviaram o Cristianismo da sua vocação e agora posamos de puristas ortodoxos, inimigos ocultos do Espírito da Verdade.

Negligentes com a oração e a vigilância, cedemos constantemente aos tentáculos do poder e da vaidade. Desprezamos a toda hora a idéia do “amai-vos e instruí-vos”, entendendo-a egoisticamente, ora como fortalecimento intelectual competitivo, ora como o afrouxamento dos valores doutrinários. Não conseguindo nos adaptar ao Espiritismo, compreendendo e vivenciando suas verdades, vamos aos poucos adaptando a doutrina aos nosso limites, corrompendo os textos da codificação, ignorando a experiência histórica de Allan Kardec e dos seus colaboradores, trazendo para os centros espíritas práticas dogmáticas das nossas preferências religiosas, hábitos políticos das agremiações que freqüentamos e mais comumente a interferência negativas dos nossos caprichos e vaidades pessoais.

Como os primeiros cristãos, também lutamos pelo crescimento de nossas instituições, deixando-nos seduzir pelo mundo exterior e imitando os grupos já pervertidos, construindo palácios arquitetônicos, cuja finalidade sempre foi causar impressão aos olhos e a falsa idéia de prestígio político; e dentro deles praticamos as mesmas façanhas da deslealdade, das rivalidades, das perseguições aos desafetos, da auto-afirmação e liderança autoritária, de crítica e boicote às idéias que não concordamos.

E, finalmente, cultivamos uma equívoca concepção de unificação, esperando ingenuamente que a nossas idéias e grupos sejam majoritários num Grande Órgão Dirigente do Espiritismo Mundial, do nosso imaginário, e muitas outras tolices e fantasias que nem vale a pena enumerar aqui.

E assim caminhamos, unidos em nossas displicências e divididos nas responsabilidades. Preferimos esquecer figuras exemplares que atuaram na Sociedade Espírita de Paris quando ignoramos nossa história sabiamente registrada na Revista Espírita. Deixamos de lado líderes agregadores – ainda que divergências normais e toleráveis existissem entre eles – para ouvir e nos deixar dominar por um disfarçado clero institucional, comando por vozes medíocres e ciumentas, figueiras estéreis, sofistas encantadores e improdutivos, enfim, velhas almas e velhas tendências, vinho azedo e frutas podres em nossos mais caros celeiros doutrinários.

Mas como evitar esse processo de corrupção e, em alguns casos notórios, de contaminação e má conduta? Como reverter a situação para reconduzir essas experiências para os rumos verdadeiramente espíritas? O que fazer com as más instituições, com os maus dirigentes, os maus médiuns, maus comunicadores, enfim os maus espíritas? Devemos identificá-los e expulsá-los dos nossos quadros? Devemos denunciá-los e discriminá-los como fazia a Inquisição com os acusados de heresia?

O que fazer com os livros que consideramos impuros ou inconvenientes ao movimento?: devemos queimá-los em praça pública, censurá-los em nossas bibliotecas ou então deixar que a própria comunidade espírita pratique o livre arbítrio e aprenda a fazer escolhas corretas e adequadas às suas necessidades?

O Espiritismo foi certamente uma doutrina elaborada por Espíritos Superiores e isto nos deixa tranqüilos quanto ao seu futuro doutrinário. Mas o seu movimento vem sendo feito por seres humanos, espíritos ainda imaturos e inexperientes. Isso realmente tem nos deixado muito preocupados, pois sabemos que, hoje, os inimigos do Espiritismo estão entre os próprios espíritas.

Fonte; http://www.espirito.org.br/portal/artigos/dalmo/a-degeneracao.html

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http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/12/como-podemos-interpretar-frase-de-jesus.html