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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

MAGNETISMO PESSOAL, estudos de Henri Durville - parte I

HENRI DURVILLE

Ana Vargas
anavargas.adv@uol.com.br

“O magnetismo pessoal amplia nossos meios de ação, multiplica nossos êxitos na vida. Por meio dele, entramos em contato com as energias que nos rodeiam, com as simpatias que flutuam, indecisas e incertas, em torno de nós. Nós dominamo-las, prendemo-las, incorporamo-las. Elas engrandecem nossa individualidade; e nossas forças pessoais, assim ampliadas e intensificadas, atuam com maior eficácia no âmbito que lhes é assinalado.” W.W. Atkinson, in A Força do Pensamento.

Parece-nos tão recente a importância de estudar anatomia para trabalhar com passes e o fazemos, regra geral, pensando em doenças, e isso, de fato é importante. Mas ela já era citada pelos autores clássicos de magnetismo, e, entre aquelas muitas “coincidências da vida”, outro dia deparei-me em um mercado de pulgas com um exemplar de “A usina humana”, de Henri Durville, edição de 1936. Em que pese a ortografia de então, a leitura é muito boa e as ideias enriquecedoras, por isso compartilharei alguns trechos com os amigos interessados no tema. O enfoque é o da saúde, das forças pessoais, seu uso e bem-estar.

É interessante o pensamento de Henri Durville1 a respeito da necessidade de tomarmos consciência do que ocorre inconscientemente em nosso organismo. Ele defende que o iniciado em magnetismo deve buscar o mais amplo autodomínio, compreendendo o corpo, o consciente e o inconsciente. Diz ele: “Alguns querem disciplinar o inconsciente, suprimindo, quer o instinto sexual,
quer mesmo todos os desejos, para alcançarem o nirvana búdico.
Outros, enfim, só se interessam pelos fenômenos superiores do espírito: atenção, reflexão, juízo, raciocínio, vontade. Nenhum deles considera o ser humano na sua totalidade, quando um equilíbrio perfeito só pode ser obtido pelo desenvolvimento progressivo, regular, de todas as partes que compõe este conjunto, porque cada uma destas partes governa as outras e elas se acham sob dependência mutua. (...) O que eu desejo é desenvolver harmoniosamente todas as partes de vosso ser. Ficai certo que nenhum insucesso deve temer aquele que sabe e quer perseverar, seguro de atingir o fim que se propôs”.

O desenvolvimento pessoal do magnetizador é uma proposta de vida, não é um módulo ou um tema em cursos e seminários. É tomada de consciência lenta e progressiva acompanhada de tantas mudanças quantas sejam necessárias fazer. O trabalho de Henri Durville acrescenta importante material nesse longo tema. Proposta abrangente, ele a inicia, como não poderia deixar de ser, pelo princípio: o corpo humano. “Vosso corpo é como uma usina onde
há operários que fabricam, sem cessar, produtos novos, ideias, sentimentos, enquanto outros reparam e conservam o mecanismo”.

“A primeira engrenagem é constituída pelo aparelho digestivo, com suas diferentes partes: boca, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. O fim dessa parte da usina humana é transformar os alimentos em quimo, depois em quilo, líquido espesso e branco que passa pelos vasos quilíferos, depois por um vaso linfático (isto é, contendo a linfa, líquido espesso e branco, composto semelhante ao sangue). Este vaso é o canal torácico que,
partindo do abdome, vai deitar seu produto na veia subclávia esquerda, isto é, na corrente circulatória.

A este aparelho digestivo está anexo um grande escritório de  fiscalização, uma grande usina química, o fígado, que vigia os produtos da digestão, emulsiona as gorduras dos alimentos, prepara as gorduras próprias, fornece aos sucos alimentares tudo o que lhes falta e transforma tudo o que lhes seria prejudicial. O fim do aparelho digestivo é, pois, a formação da linfa e do sangue.
Henri Durville
1 Henri Durville (1887-1963), filho de Hector Durville, professava em sua escola, o que ele chamou de "os princípios da física dinâmica", onde mostrou a diferença entre magnetismo animal e hipnotismo. Seus estudos foram extremamente avançados, e de acordo com François R. Dumas, em seu livro "História da vara mágica", os estudos de Henri Durville abriram novos horizontes, especialmente em suas investigações sobre sonambulismo e a ação nos nervos centrais.
Hector Durville (1848 - 1923). Magnetizador, investigador metapsíquico e escritor francês. Continuador da obra do barão du Potet e de Mesmer. 
   

A linfa contém os leucócitos ou fagócitos (...). Estes fagócitos são os agentes de polícia de nosso corpo. Em toda parte onde o organismo está ameaçado de uma invasão de micróbios, os fagócitos, embora não tenham pernas, com uma extrema rapidez, atiram-se sobre os assassinos do organismo, e fazem-nos desaparecer, quer absorvendo-os, que sacrificando-se, morrendo para formar uma trincheira em torno do mal que nos ameaça e criar um abcesso.

Por outra parte, o intestino rejeita as matérias que não puderam ser assimiladas, e essas excreções têm uma importância capital, elas devem ser regulares (...).

Uma vez formado o sangue, é necessário que vá alimentar todo o organismo. Para enviá-lo até as extremidades do corpo e para retirá-lo em seguida, estamos munidos de uma bomba, ao mesmo tempo aspirante e premente: o coração. Os vasos que transportam o sangue fresco e nutritivo para todos os órgãos são, em geral, as artérias; aqueles que o reconduzem, são as veias. Compreendei que uma higiene do coração e dos vasos sanguíneos é indispensável.
(...)

Assim como o fígado é o escritório de fiscalização das funções digestivas, os rins servem para filtrar as impurezas do sangue, para desembaraçá-lo dos venenos ou toxinas que ele contém. Por outra parte, nós temos, na superfície da pele, as glândulas sudoríparas, ou produtoras de suor, que desempenham uma função análoga a dos rins. Compreende-
se que deve ser evitado a estes todo excesso de trabalho. Evitai-lhes o terem que vos desembaraçar de álcool, isto é, não bebei álcool; é preciso, por outro lado, permitir-lhes que funcionembem, dar-lhes líquidos em quantidade suficiente e de qualidade excelente.

 O sangue que alimentou vossos órgãos, que reparou vossa máquina, está carregado de todas as suas impurezas; sobre vossos glóbulos fixou-se o ácido carbônico. É preciso que ele seja substituído pelo oxigênio do ar. Vossa vida é uma combustão; deveis alimentar vossa flama.
Respirar bem é preparar-se, pois, para bem viver. Deveis aumentar, na medida necessária, a capacidade de vossos pulmões; deveis estar vigilante com relação ao cubo de ar que lhe forneceis, bem como com a sua qualidade. Procure o sol, que mata os micróbios, e, em particular o bacilo de Koch, que origina a tuberculose. (...) Deixe sempre que possível vossas janelas abertas. Assim, o sangue azul escuro de vossas veias, carregado de todos os vossos miasmas, se transformará em um belo sangue vermelho, capaz de alimentar copiosamente vosso plasma nervoso.

Chegamos à função essencial de vossa máquina. Vosso corpo é percorrido até a pele por uma multidão de filetes nervosos, a princípio infinitamente pequenos, terminados na pele por corpúsculos de formas diversas, encarregados de funções especiais. Estes filetes delgados se reúnem.
São fios telegráficos, dos quais uns transmitem ao cérebro as informações fornecidas por vossos sentidos e vossa pele, outros levam aos músculos as ordens do cérebro.
Todos esses filetes vão se confinar e convergir à medula espinhal a qual se alonga até o cerebelo e o encéfalo.
Este sistema constitui vossa rede telefônica. É ele que vos permite perceber as sensações, realizar os movimentos, pensar e agir.

Há outro sistema também importante em seu gênero e formado de maneira toda diferente: é o que permite a todos os vossos órgãos – digestivos, circulatórios, respiratórios – funcionarem; é o grande simpático. Ele forma uma
espécie de circuito fechado, ligados ao grande sistema nervoso central somente por dois nervos. Assim, se explica o fato de que vivemos mal informados sobre o que se passa em nossas vísceras. Veremos porque assim é necessário. Ao longo desse circuito encontram-se em grande quantidade os gânglios nervosos. São centros inferiores de onde partem diretamente ordens regulares que governam os órgãos do tronco. Estes órgãos formam, em vários lugares, uns ajuntamentos entrelaçados, de onde o seu nome de plexos (de plecto: enlaço).

Os dois mais importantes são o plexo cardíaco, na altura do coração, e o plexo
solar, ao nível do estômago. Os gânglios do duplo cordão que limitam o grande
simpático se correspondem regularmente e estão situados de cada lado da raque ou coluna vertebral.
Há, pois, em nós dois quadros ou, como se diz hoje, dois centros telefônicos:
Um, o centro cerebral, liga todos os pontos do nosso corpo aos nossos emisférios cerebrais, por uma dupla linha, uma de ida, outra de volta. Nelas as comunicações são muito rápidas. Trata-se, com efeito, de uma parte, de guiar nossos movimentos musculares para evitar todos os perigos; de outra parte, de preparar, por combinações novas, uma adaptação sempre mais perfeita do organismo no meio do qual nós evoluímos. As forças que permitem esta adaptação têm sido chamadas: razão, ciências, artes, indústrias.

De outra parte, o segundo quadro ou centro do grande simpático dirige todas as nossas funções vitais internas: digestão, circulação, respiração. Ora, aqui, não há necessidade de interrupção brusca; tudo deve ser regular, sem cessar idêntico a si mesmo. Não se deve permitir a força nervosa que perturbe esta parte do sistema nervoso. Um bom contramestre não é aquele que transforma as ordens de seu diretor, mas o que as executa com pontualidade.

Ao primeiro centro (cérebro e órgãos anexos) se liga tudo o que é consciente,tudo o que sabemos e vemos claramente, quer a propósito de nós mesmos, quer a propósito do mundo exterior. Ao segundo centro (grande simpático) corresponde tudo o que se relaciona com os nossos aparelhos internos em nosso tórax ou abdome, tudo o que assegura a regularidade de nossa vida fisiológica, tudo o que pouco sabemos e mal conhecemos de nós mesmos, tudo o que deveríamos conhecer melhor para assegurar a regularidade de nossa vida, de nossa saúde, de nossa felicidade.”(grifos do original)

Para não tornar excessivamente longo esse compartilhamento de informações,
seguirei o texto de Durville na próxima edição, abordando seu estudo a respeito
do inconsciente.

Fonte; JORNAL VORTICE - ANO VII, Nº 07 - dezembro - 2014
Feliz 2015 aos amigos que nos acompanham no Vórtice!


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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

RESGATANDO O PASSADO

Raimundo Eliseu Filho,
magnetizador do
Centro Espírita
Camille Flammarion em
Fortaleza-CE

professoreliseufilho@ig.com.br


A origem do termo “passe” e das suas “técnicas”

A aplicação de “passes” nas Casas Espíritas é uma prática bastante difundida atualmente. O trabalhador espírita dedicado a esta tarefa, ou seja, o “passista”, faz uso de técnicas como a imposição de mãos, passes longitudinais, passes transversais e esporadicamente o perpendicular. Mas será que a origem de tais técnicas é conhecida por eles? E quantos saberiam dizer de onde vem o termo “passe”?

A resposta para tais questionamentos só foi possível com a tradução do livro “Teorias e Procedimentos do Magnetismo”, de Hector Durville, através do Centro Espírita Léon Denis no estado do Rio de Janeiro. Nesse livro, o autor descreve como os principais magnetizadores dos séculos XVIII e XIX, a citar: Mesmer, Deleuze, Marquês de Puysegur, Barão Du Potet, Charles Lafontaine, além do próprio Durville, tratavam seus pacientes. Dentre estes, o francês Joseph Philipe François Deleuze interessava-se muito pelas técnicas de magnetização de seus predecessores; ele assim descreve o que hoje se chama passe transversal:
(...) fareis diante do rosto e mesmo diante do peito alguns passes atravessados, numa distância de três ou quatro polegadas. Esses passes se fazem apresentando as duas mãos aproximadas e afastando-as bruscamente uma da outra, como para retirar a superabundância do fluido do qual o doente poderia estar carregado. (p. 89)

Sobre o passe longitudinal, Deleuze ensina que:

Esta maneira de magnetizar pelos passes longitudinais dirigindo o fluido da cabeça às extremidades, sem se fixar sobre nenhuma parte de preferência às outras, chama-se magnetizar em grandes correntes. (p. 90)

Para finalizar um tratamento magnético Deleuze sugeria o que, atualmente, seriam os passes perpendiculares:
 Existe enfim, um procedimento pelo qual é muito vantajoso terminar a sessão. Ele consiste em colocar-se ao lado do doente, que se mantém levantado, e fazer, a um pé de distância e com as duas mãos, das quais uma está diante do corpo e a outra atrás das costas, sete ou oito passes, começando acima da cabeça e descendo até ao chão ao longo do qual se afastam as mãos. Este procedimento alivia a cabeça, restabelece o equilíbrio e dá forças. (p. 90)

Todas essas descrições foram originalmente feitas no livro “Instrução Prática sobre o Magnetismo Animal” de Deleuze, escrito em 1853, antes, portanto, do surgimento do próprio Espiritismo.
Depreende-se, então, que a prática empregada na maioria e porque não dizer, em todos os Centros Espíritas do Brasil, é herança da dedicação, pesquisa, estudo e trabalho de magnetizadores como Deleuze e os demais supra-citados.

E para não restar dúvidas de que o primeiro a usar o termo “passe” foi François Deleuze, Hector Durville escreve:

Até aqui toda a magnetização se resume no emprego do que ele (Deleuze) chama os passes, praticados seja à distância, seja por um ligeiro contato (...). (p. 90)

Fica claro, que “o passe”, amplamente usado pelos magnetizadores, é tão somente uma, dentre várias técnicas de magnetização, como a imposição de mãos e o sopro também o são.
Cabe nesse momento fazer uma reflexão:

Por qual(ais) motivo(s) uma expressão específica tomou, erroneamente, a representação de algo tão mais amplo, ou seja, do Magnetismo enquanto ciência?

Não se quer aqui, com este artigo, fazer um jogo de palavras ou confundir o leitor  (notadamente o espírita), mas sim, mostrar que tal falha de interpretação possivelmente contribuiu para a dissociação das duas ciências (Magnetismo e o Espiritismo) que, para Allan Kardec eram inseparáveis.□

JORNAL VÓRTICE ANO V, n.º 11 - abril - 2013


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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

TEORIAS E PROCEDIMENTO DO MAGNETISMO


Autor: Hector Durville
Teorias e procedimento do magnetismo
Rio de Janeiro: CELD, 2012.
Tradução Albertina Escudeiro Sêco.


Iniciaremos agora uma série de resenhas do livro de Hector Durville: Teorias e Procedimentos do Magnetismo.   É um livro de leitura agradável, com valor histórico inestimável. Trata-se de um compêndio feito médico psiquiatra considerado como o continuador do Barão du Potet que, entre suas grandes realizações, fundou a Universidade de Estudos Avançados, cuja faculdade de Ciência Espírita era dirigida por Gabriel Dellane.

Ação da mão

O texto de Durville começa com um ponto importante, mas, em minha opinião, não esclarecido de forma satisfatória: o poder das mãos no magnetismo animal. Obviamente essa carência de explicação mais profunda não é exclusividade do autor. O poder das mãos é sempre dado como certo via narração histórica, empiria, não fundamentado em teoria explicativa.
Durville faz as seguintes afirmações: 

1) A mão é [...] o orgão de precisão por excelência.
2) ...o principal órgão que nos serve para levar aos nossos semelhantes a força magnética...
3) Desde a imposição de mãos, utilizada pelos egípcios, pelo Cristo e pelos apóstolos, para realizar as curas ditas miraculosas que a tradição nos fez conhecer, até os toques e as fricções dos tocadores e curadores profanos, sempre é a mão que age. Alguns autores têm-lhe atribuído propriedades especiais, medicinais entre outras.”

Durville cita os autores: Homero diz que existem homens com “mão medicinal”; Plínio descreve homens que “tinham o dom de curar, pelo tato, as mordidas das serpentes e de fazer sair todo o veneno do corpo, nele aplicando somente a mão” (p. 21-23).

Definição do Magnetismo; etimologia da palavra

Durville define o magnetismo da seguinte forma: “a ação recíproca que os corpos exercem ou podem exercer uns sobre os outros” (p. 23).
Vale a pena lermos o trecho de Durville sobre a etimologia dos termos relacionados à ciência magnética:

A palavra imã (em francês aimant) parece ter analogia com a palavra amar (em francês aimer), por causa da relação que existe entre o poder de atração física inerente da primeira (imã) e a ideia de simpatia ou atração moral ligada à segunda (amor). É isso, sem dúvida, o que pensam os chineses que designam o imã sob o nome de tsu-chy, quer dizer, o que ama.
Os gregos, que descobriram a pedra de imã nas cercanias da cidade de Magnésia, na Ásia  Menor,  deram-lhe o nome do lugar de origem magnes que em latim tornou-se magneticus. Quase todos os etimologistas estão de acordo em relacionar a raiz magnes à origem da nossa palavra magnetismo. [...]
Sempre se observou no corpo humano certas propriedades que estão em analogia com as do imã; e, no século XVI, deu-se, igualmente, ao conjunto dessas propriedades, o nome demagnetismo. É o magnetismo animal de Mesmer, o magnetismo vital ou o magnetismo humano dos magnetizadores contemporâneos (p. 24).

Para o autor o imã possui duas formas de magnetismo que podem ser estudadas separadamente. Uma é o magnetismo da Física, o outro seria “um agente fisiológico, vital, tendo as maiores analogias com o magnetismo humano”. Existente em todos os corpos inanimados, o magnetismo “é gerado pela eletricidade, calor, movimento, atrito, som e decomposições químicas”. Ao emanar de um corpo humano, o magnetismo “participa até das qualidades físicas e morais dos indivíduos” (p. 25).
Durville propõe que a medicina magnética seja a medicina da família, isto é,

a medicina do pobre como a do rico; cada um pode empregá-la, sem nenhuma despesa, em si mesmo e nos seus, visto que as forças da Natureza pertencem a todos. As regras da sua aplicação são simples e estão ao alcance de todas as inteligências. Com alguns conhecimentos fáceis de adquirir, toda pessoa cuja saúde está mais ou menos equilibrada pode curar ou aliviar o sofrimento do seu semelhante, sem recorrer aos venenos da medicina clássica que tantas vezes fazem mal, mesmo curando. Na grande maioria dos casos, o homem pode ser o médico de sua mulher, e esta a médica de seu marido e de seus filhos. (pp. 26-27)

Toda pessoa pode magnetizar

Durville diz que alguns iniciantes podem curar melhor do que alguns magnetizadores profissionais, dependendo do caso. Também afirma que alguns magnetizadores podem enfraquecer o doente ao invés de curá-lo, citando um estranhíssimo caso de um homem que acabava por matar suas esposas sem perceber, através de seu fluido pernicioso (p.28).
Outra interessante afirmação do autor é sobre os sexos e o magnetismo:
o homem cura mais facilmente a mulher, e esta cura melhor um homem que uma mulher, por que a atração que se exerce de um sexo ao outro é maior, mais viva, mais natural. É em virtude dessa lei da Natureza que o homem pode e deve ser o verdadeiro médico de sua mulher, e esta a melhor médica de seu marido, com a condição, bem entendida, de que eles sejam unidos por uma profunda simpatia.

Quais são aqueles que magnetizam melhor?

Para o autor, responder essa questão envolve a observação do trabalho de cada magnetizador. O poder de curar é uma espécie de dom que se manifesta de forma desigual entre as pessoas.

Encerrando o capítulo, ele escreve sobre sua própria experiência inicial com o magnetismo, quando teria descoberto sua vocação e, após estudos demorados, teria elaborado sua teoria e estabelecido uma clientela.


Fonte; http://cristianmacedo.blogspot.com.br/p/artigos.html

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