Autor: Hector Durville
Teorias e procedimento do
magnetismo
Rio de Janeiro: CELD, 2012.
Tradução Albertina Escudeiro
Sêco.
Iniciaremos agora uma série de
resenhas do livro de Hector Durville: Teorias e Procedimentos do
Magnetismo. É um livro de leitura
agradável, com valor histórico inestimável. Trata-se de um compêndio feito
médico psiquiatra considerado como o continuador do Barão du Potet que, entre
suas grandes realizações, fundou a Universidade de Estudos Avançados, cuja
faculdade de Ciência Espírita era dirigida por Gabriel Dellane.
Ação da mão
O texto de Durville começa com
um ponto importante, mas, em minha opinião, não esclarecido de forma
satisfatória: o poder das mãos no magnetismo animal. Obviamente essa carência
de explicação mais profunda não é exclusividade do autor. O poder das mãos é
sempre dado como certo via narração histórica, empiria, não fundamentado em
teoria explicativa.
Durville faz as seguintes
afirmações:
1) A mão é [...] o orgão de
precisão por excelência.
2) ...o principal órgão que
nos serve para levar aos nossos semelhantes a força magnética...
3) Desde a imposição de mãos,
utilizada pelos egípcios, pelo Cristo e pelos apóstolos, para realizar as curas
ditas miraculosas que a tradição nos fez conhecer, até os toques e as fricções
dos tocadores e curadores profanos, sempre é a mão que age. Alguns autores
têm-lhe atribuído propriedades especiais, medicinais entre outras.”
Durville cita os autores:
Homero diz que existem homens com “mão medicinal”; Plínio descreve homens que
“tinham o dom de curar, pelo tato, as mordidas das serpentes e de fazer sair
todo o veneno do corpo, nele aplicando somente a mão” (p. 21-23).
Definição do Magnetismo;
etimologia da palavra
Durville define o magnetismo
da seguinte forma: “a ação recíproca que os corpos exercem ou podem exercer uns
sobre os outros” (p. 23).
Vale a pena lermos o trecho de
Durville sobre a etimologia dos termos relacionados à ciência magnética:
A palavra imã (em francês
aimant) parece ter analogia com a palavra amar (em francês aimer), por causa da
relação que existe entre o poder de atração física inerente da primeira (imã) e
a ideia de simpatia ou atração moral ligada à segunda (amor). É isso, sem
dúvida, o que pensam os chineses que designam o imã sob o nome de tsu-chy, quer
dizer, o que ama.
Os gregos, que descobriram a
pedra de imã nas cercanias da cidade de Magnésia, na Ásia Menor,
deram-lhe o nome do lugar de origem magnes que em latim tornou-se
magneticus. Quase todos os etimologistas estão de acordo em relacionar a raiz
magnes à origem da nossa palavra magnetismo. [...]
Sempre se observou no corpo
humano certas propriedades que estão em analogia com as do imã; e, no século
XVI, deu-se, igualmente, ao conjunto dessas propriedades, o nome demagnetismo.
É o magnetismo animal de Mesmer, o magnetismo vital ou o magnetismo humano dos
magnetizadores contemporâneos (p. 24).
Para o autor o imã possui duas
formas de magnetismo que podem ser estudadas separadamente. Uma é o magnetismo
da Física, o outro seria “um agente fisiológico, vital, tendo as maiores
analogias com o magnetismo humano”. Existente em todos os corpos inanimados, o
magnetismo “é gerado pela eletricidade, calor, movimento, atrito, som e
decomposições químicas”. Ao emanar de um corpo humano, o magnetismo “participa
até das qualidades físicas e morais dos indivíduos” (p. 25).
Durville propõe que a medicina
magnética seja a medicina da família, isto é,
a medicina do pobre como a do
rico; cada um pode empregá-la, sem nenhuma despesa, em si mesmo e nos seus,
visto que as forças da Natureza pertencem a todos. As regras da sua aplicação
são simples e estão ao alcance de todas as inteligências. Com alguns
conhecimentos fáceis de adquirir, toda pessoa cuja saúde está mais ou menos
equilibrada pode curar ou aliviar o sofrimento do seu semelhante, sem recorrer
aos venenos da medicina clássica que tantas vezes fazem mal, mesmo curando. Na
grande maioria dos casos, o homem pode ser o médico de sua mulher, e esta a médica
de seu marido e de seus filhos. (pp. 26-27)
Toda pessoa pode magnetizar
Durville diz que alguns
iniciantes podem curar melhor do que alguns magnetizadores profissionais,
dependendo do caso. Também afirma que alguns magnetizadores podem enfraquecer o
doente ao invés de curá-lo, citando um estranhíssimo caso de um homem que
acabava por matar suas esposas sem perceber, através de seu fluido pernicioso
(p.28).
Outra interessante afirmação
do autor é sobre os sexos e o magnetismo:
o homem cura mais facilmente a
mulher, e esta cura melhor um homem que uma mulher, por que a atração que se
exerce de um sexo ao outro é maior, mais viva, mais natural. É em virtude dessa
lei da Natureza que o homem pode e deve ser o verdadeiro médico de sua mulher,
e esta a melhor médica de seu marido, com a condição, bem entendida, de que
eles sejam unidos por uma profunda simpatia.
Quais são aqueles que
magnetizam melhor?
Para o autor, responder essa
questão envolve a observação do trabalho de cada magnetizador. O poder de curar
é uma espécie de dom que se manifesta de forma desigual entre as pessoas.
Encerrando o capítulo, ele
escreve sobre sua própria experiência inicial com o magnetismo, quando teria
descoberto sua vocação e, após estudos demorados, teria elaborado sua teoria e
estabelecido uma clientela.
Fonte; http://cristianmacedo.blogspot.com.br/p/artigos.html
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