Os seres
vivos são considerados como sistemas abertos, pois permanentemente trocam
matéria e energia com o ambiente para sustentar a condição vital. No entanto,
um fluxo ordenado de comandos é necessário para manter tal intercâmbio. A
informação necessária à vida chega aos organismos em forma de luz codificada –
os biofótons, de forma a possibilitar a definição e controle de estruturas e
processos biológicos. O prefixo bio foi atribuído aos fótons que são emitidos
por fontes biológicas.
Os biofótons
possuem a mesma natureza de um feixe laser e podem ser observados na faixa que
vai do vermelho ao ultravioleta. Eles são emitidos por todas as células vivas,
constituindo uma rede dinâmica de interações holográficas a possibilitar que
cada célula possua informação imediata sobre o que qualquer outra célula do
organismo esteja fazendo. Um único biofóton é capaz de ativar 1 trilhão de
reações por segundo em cada célula, enquanto a média é apenas de cem mil
reações por segundo.
O médico
russo Alexander G. Gurwitsch descobriu os biofótons nos anos 20. Os seus
estudos, esquecidos, foram resgatados pelo biofísico alemão Fritz-Albert Popp
na década de 70, ao elaborar as bases teóricas e desenvolver experimentos
significativos que demonstraram a primazia da atuação do campo biofotônico sobre
moléculas e átomos nos processos de integração e comunicação celulares.
Vale
ressaltar que a vida na Terra só é possível porque a energia e a informação
veiculadas pelos fótons emitidos pelo Sol são introduzidas na base da cadeia
alimentar através das reações de fotossíntese. A partir desse nível inicial, os
biofótons processam, de uma maneira quântica, a informação e a energia
relacionadas à própria essência dos fenômenos vitais, em todas as espécies de
seres viventes.
O corpo
humano é formado por aproximadamente 75 trilhões de células, cujas ações
precisam ser coordenadas em seus aspectos temporais e espaciais para
desenvolver atividades fisiológicas adequadas e precisas. O alto grau de ordem e
complexidade necessárias à integração de todos esses processos celulares
simultâneos não pode ser obtido apenas através do encontro fortuito – favorável
– de átomos e moléculas entre si, como propõe o entendimento científico atual.
Há a necessidade de um nível hierárquico superior, representado por um campo
composto por biofótons, a especificar com detalhes quando, onde e em que
sequência as reações bioquímicas vão ocorrer, estabelecendo bases correntes
para o funcionamento das células e do organismo como um todo.
Ideias
científicas de ponta consideram o campo de biofótons somente em sua interação
simultânea e recíproca com o ambiente atômico/molecular existente no interior
das células. Esse é o nível máximo visto como coordenação de todas as ações
fisiológicas. No entanto, a experiência mediúnica e o corpo teórico que nos é
trazido pela dimensão espiritual impõem uma hipótese mais ampla, que também
contemple a possível atuação do referido campo na transmissão de informação do
Espírito à matéria, em processo complementar à referida coordenação funcional,
exercida apenas no plano mais denso.
O campo
biofotônico, por possuir natureza Laser e, portanto, ser base de fenômenos
holográficos, apresenta todos os parâmetros eletromagnéticos necessários e
suficientes para capacitá-lo a sustentar o permanente fluxo de informações entre
o Espírito e a matéria.
Mais
especificamente, sua ação ocorre justamente na interface que possibilita a
comunicação recíproca entre o perispírito e o corpo físico.
Assim, os
biofótons podem ser considerados como os agentes que veiculam informações
vitais vindas do Espírito para organizar o corpo físico e seu funcionamento.
Complementar e simultaneamente, eles conduzem de volta ao Espírito elementos
sobre a condição do estado fisiológico instantâneo do organismo, em
retroalimentação, consequentemente também informando sobre as funções e estados
desarmônicos que sempre se formam ao longo da existência, quer sejam de
natureza física, emocional ou mental. E todo o processo acontece em tempo real,
considerando que a velocidade de deslocamento da ‘Luz da Vida’ é a dos
biofótons que a compõem.
Rafael Melsert é médico e trabalhador
espírita (RJ)
Bibliografia
básica:
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JANEIRO 2012 R e v i s t a Cultura Espírita – Nº 34 – ANO IV - janeiro 2012
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