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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PUYSÉGUR E O HIPNOTISMO

Hernâni Guimarães Andrade

A descoberta do «sono magnético» efectuada por Armand Marie Jacques Chastenet de Puységur teve consequências extraordinárias. Uma vez difundida, a hipnose permitiu que se obtivessem curas impressionantes. Mas o mais extraordinário uso da hipnose foi feito pelo cirurgião escocês James Esdaile (1808-1859), o qual através do emprego do hipnotismo fez, com total êxito, mais de 3 mil intervenções cirúrgicas – cerca de 300 delas de profundidade e gravidade consideráveis – sem o emprego de anestesia química e da assepsia.

«Por que a proximidade do corpo humano, que devolve o brilho a uma pérola e renova a radiante força vital, não há-de ser capaz de desenvolver em torno de si uma aura de calor ou de luz que actue sobre outros nervos como um excitante ou um sedativo? Por que não se podem produzir, neste corpo e alma, secretas correntes e refluxos e, de indivíduo a indivíduo, atracções e repulsões, simpatias e antipatias? Quem arriscará hoje, nesta esfera, um categórico sim ou um ousado não?».*

A descoberta do hipnotismo

Depois de abandonar Paris em 1785 e mesmo após sua morte, Mesmer continuou a influir no mundo ocidental, por meio de suas ideias. Os seus inúmeros discípulos e admiradores continuaram a sua obra. É possível que Mesmer não houvesse atinado exactamente com a natureza daquilo que ele denominava de magnetismo animal. Entretanto as suas teorias e os factos que rodearam a sua obra tiveram uma força impressionante. Perduram ainda hoje e, vez ou outra, vê-se reactivar o mesmerismo, sob a forma de um movimento ou de uma doutrina nova.

Discípulo fiel de Mesmer, o marquês Armand Jacques Chastenet de Puységur (1751-1825) foi, na França, um dos seus mais ilustres seguidores. A ele se atribui a descoberta do hipnotismo.

Uma das características do método terapêutico de Mesmer era a provocação das crises, seguidas de convulsões e de outras manifestações histéricas. Na maioria das vezes o doente debatia-se, agitava-se violentamente, parecia, finalmente, desfalecer e entrar em calma, tendo os seus sintomas aliviados. Junto às tinas (baquet), providenciava-se uma sala acolchoada guarnecida de almofadões, para onde eram transportados os pacientes em estado convulsivo. Ali, eles estrebuchavam à vontade, sem o perigo de se magoarem.

Puységur era um marquês, um homem abastado e filantropo. Abraçara as ideias de Mesmer por diletantismo e por se ter apaixonado pelo magnetismo animal. Assim, enquanto Mesmer, em Paris, atendia às elites parisienses, ociosas e ávidas de novidades, o marquês de Puységur, em Buzancy, acudia gratuitamente à pobreza. Uma multidão procurava o marquês, o qual se esforçava por medicar seus clientes rigorosamente de acordo com as prescrições do seu mestre.

Certa ocasião, Puységur foi procurado para socorrer um jovem pastor, de 18 anos, chamado Victor Race. Ele estava enfermo, sofria de dores nas costas, respirava com dificuldade e necessitava de ser tratado pelo marquês. Este aplicou-lhe os passes magnéticos, como era da praxe. Qual não foi a surpresa de Puységur quando, em lugar das reacções costumeiras, espasmos, convulsões, etc., o paciente mergulhou tranquilamente em sono profundo! 

Puységur tentou despertar o pastorzinho, sacudindo-o. Mas debalde! O jovem continuou a dormir profundamente. O marquês ordena-lhe, então, que se levante. Surpresa maior, o rapaz ergue-se dormindo e, de olhos fechados, perambula pelo quarto como se estivesse acordado e de olhos abertos. Comportava-se como um sonâmbulo comum que, à noite, se afasta da cama e, dormindo, caminha por quaisquer lugares, beirais, telhado, terraços de difícil acesso, etc., tendo os olhos cerrados.

Puységur, interessado na sua nova descoberta, procurou investigar melhor aquele singular estado de sono acordado e vigília dormente. Tentou repetir a mesma condição noutras pessoas, usando o magnetismo e a sugestão verbal. Teve êxito.

Procurou dar ordens pós-hipnóticas, isto é, sugerir uma dada tarefa para o paciente cumprir depois de acordado. Foi bem sucedido. O sujeito cumpria à risca a ordem dada durante o sono, após haver retornado ao estado de vigília. As sugestões dadas em estado de hipnose eram mais actuantes e, por este método, também se obtinham as curas. Foi assim que Victor, o jovem pastor doente, ao acordar, se viu livre dos seus sintomas. Estava curado.

Naturalmente, Mesmer e outros magnetizadores já haviam observado o transe sonambúlico, semelhante ao obtido por Puységur. Mas não lhe prestaram a devida atenção. Mais ainda, ele observou que, numa ocasião, Victor Race, ao ser levado ao estado hipnótico, mostrou-se possuidor de impressionantes faculdades paranormais: via à distância e, com os olhos fechados, obedecia às ordens mentais de Puységur (telepatia) e falava com uma linguagem acima das suas possibilidades culturais.

Puységur havia descoberto o hipnotismo!

O marquês comunicou a sua descoberta à Academia de Medicina, chamando a atenção dos cientistas para a nova forma de curar através do sono induzido magnético. A Academia de Medicina mostrou-se interessada na questão e nomeou comissões para estudarem os casos. Uns relatórios foram a favor e outros contra, sem haver uma opinião unânime. Finalmente, em 1837, instituiu-se um prémio para se dirimirem as dúvidas. Mas, ao contrário do que se esperava, a prova não envolvia qualquer demonstração de cura pela hipnose. Ofereciam-se 3000 francos ao hipnotizador que apresentasse um sonâmbulo capaz de enxergar através de obstáculos opacos!

Jamais qualquer paciente passaria numa prova destas. Basta que se cite o exemplo da filha do dr. Pigaire, cuja clarividência havia sido atestada por Arago. A garota, de 12 anos apenas, cujos olhos foram totalmente vendados pelos experimentadores, mostrou que podia ver perfeitamente os objectos, mesmo nestas condições. Pois bem, o veredicto dos doutos académicos foi contrário. Chegaram à conclusão de que embora rigorosamente blindados os seus olhos, a sua faculdade da visão não podia ser descartada por ter ela uma vista fisiológica normal; não era cega, logo...

E a questão do hipnotismo foi arquivada pela Academia (1).

A catalepsia

A catalepsia é um estado que envolve a súbita suspensão da sensação e da volição, bem como a paragem parcial das funções vitais. Ocorre, ao mesmo tempo, uma modificação no corpo do paciente. Este torna-se rígido e a sua aparência pode ser confundida com a de uma pessoa morta. Na maioria das vezes, o indivíduo fica inconsciente durante o transe cataléptico. Noutras ocasiões, o paciente manifesta intensa excitação mental, por acções e palavras aparentemente voluntárias. O ataque cataléptico tem duração variável, indo de alguns minutos a vários dias. Ele pode repetir-se por qualquer motivo insignificante, se não houver resistência por parte do paciente.

Perturbações do sistema nervoso, geralmente provocadas por emoções fortes e prolongadas, um susto ou um medo violento chegam a produzir o estado cataléptico. Alguns pequenos animais podem ser postos em catalepsia, por meio de manobras físicas.

Em 1787, o dr. Jacques Henri Désiré Petétin (1744-1808), de Lyon, descobriu como levar um paciente hipnotizado ao transe cataléptico. Em sua obra, Electricité Animal (1808), ele comunica ter observado, nas suas experiências com a catalepsia, pacientes a manifestarem impressionantes faculdades paranormais. Entre os fenómenos estranhos observados, assinala-se a transposição dos sentidos. Alguns pacientes em estado cataléptico pareciam surdos quando a voz era dirigida aos seus ouvidos. Entretanto, ouviam perfeitamente bem se as palavras lhes eram sussurradas ao nível do estômago. O mesmo facto ocorria com relação à visão. O sujeito mostrava-se capaz de «ver» com a região correspondente ao estômago, o mesmo ocorrendo com os outros sentidos, os quais pareciam transpostos para aquela região. Outras vezes os sentidos sofriam uma transposição diferente, para a ponta dos dedos da mão ou dos pés, por exemplo (2).

O hipnotismo em suas variadas fases é capaz de fazer sobressair algumas faculdades paranormais, porque ele enseja a emersão do inconsciente do paciente, facilitando um relacionamento entre aquele e o consciente do hipnotizador. Este último, tendo acesso ao inconsciente do paciente, pode despertar-lhe a função psi, levando-o a manifestar as suas faculdades paranormais. No estado de sono hipnótico, o indivíduo torna-se altamente sugestionável e obediente às ordens do hipnotizador.

Esta sugestionabilidade talvez explique boa parte das curas pelo magnetismo. A grande maioria das doenças possivelmente são de origem psíquica. A hipnose, facilitando o acesso às câmaras mais profundas da mente, poderá exercer uma acção bloqueadora ou libertadora dos seus conteúdos. Os magnetizadores depressa perceberam este facto e passaram a usar a sugestão hipnótica como poderosa arma contra as doenças psicossomáticas ou somatoformes.

Cirurgias sem dor sob hipnose

Um dos fenómenos de sugestão obtidos com a hipnose é o da supressão da dor e o da anestesia sem emprego de drogas. É conhecido da maioria dos leitores que se usa hipnose na odontologia, em substituição dos métodos de anestesia química.

Na segunda metade do ano de 1800 houve uma grande difusão do hipnotismo mesmérico. John Elliotson (1791-1868) fundou em 1846, em Londres, um hospital onde se empregavam as práticas mesméricas. Surgiram, logo mais, outras instituições semelhantes, em Edimburgo, Dublin e Exeter. «Nesta última cidade, Parker realizou mais de 200 intervenções cirúrgicas sem dor, dentre 1200 mesmerizados»(3).

Mas o mais impressionante é o episódio de James Esdaile (1808-1859). Vamos tomar todos os detalhes acerca de Esdaile, da excelente obra do dr. Osmard Andrade Faria, que acabámos de citar: Hipnose Médica e Odontológica.

Esdaile nasceu em Perth, na Escócia. Formou-se em medicina em 1830 e foi exercer clínica na Índia. Informado a respeito dos trabalhos de Elliotson, procurou aplicar os princípios do mesmerismo em um hindu portador de dupla hidrocele, em 4 de Abril de 1845, no Native Hospital de Hooghly. Apesar dos seus sofrimentos, o paciente caiu em sono profundo e pôde ser operado sem anestesia. Logo mais, Esdaile iria contar com 75 intervenções cirúrgicas feitas sob hipnose.

Ao completar 100 cirurgias, Esdaile enviou uma comunicação ao governador de Bengala, sir Herbert Makkock, solicitando-lhe apoio oficial para o desenvolvimento das suas pesquisas. Um conselho médico de investigações nomeado pelo governador aprovou a solicitação de Esdaile. Da comunicação que F. J. Halliday, secretário do Governo de Bengala e presidente do Conselho, dirigiu a Esdaile, destacamos o seguinte trecho:

“Considerando, porém, a possibilidade de se realizarem as mais sérias intervenções cirúrgicas sem dor e sofrimento para os pacientes, é opinião de S. Exª, baseado no testemunho visual da comissão relatora que as investigações merecem ser facilitadas, permitindo-lhe prosseguir nas suas interessantes experiências, sob as mais favoráveis e promissoras circunstâncias” (obra citada, pág.15).

Diante do parecer da comissão e da atitude favorável do governador de Bengala, em Novembro de 1846 foi posto à disposição de Esdaile, em Calcutá, um pequeno hospital. Constituiu-se um grupo fiscal composto por médicos indicados pelo Governo para acompanhar os trabalhos. Estes testemunharam “as mais variadas intervenções cirúrgicas sem o menor sofrimento para o paciente, redução do choque cirúrgico e do trauma doloroso pós-operatório” (obra citada, pág.18).

Em Julho de 1847, Esdaile apresentou um relatório de suas actividades, enquanto a comissão de médicos nomeada pelo Governo lhe comunicava os excelentes resultados observados. Eis um trecho do relatório de Esdaile, e que teve o apoio da comissão: «Durante alguns meses estivemos ocupados quase exclusivamente com a cirurgia, o sucesso das operações indolores praticamente eclipsando os resultados menos espectaculosos da orla clínica. Esses, porém, tornam-se agora progressivamente conhecidos pelo público e sucessos médicos estão já a ser obtidos de forma encorajadora, bem como outros casos de natureza mais grave como epilepsia, demência, paralisia e outras afecções nervosas, dolorosas, prometem compensar o nosso labor.

«Tais casos, porém, por antigos e inveterados, requerem logo tratamento para marcar alguma resposta e deixar-nos certezas dos resultados.

«Os casos cirúrgicos, por razões bem conhecidas de V. Exª, são quase todos similares (remoção de enormes tumores de elefantíase), mas, felizmente, para demonstração do poder calmante e narcótico do mesmerismo, as intervenções têm sido as mais severas e perigosas que se podem realizar no corpo humano.

«Uma maior variedade de casos médicos e cirúrgicos é, no entanto, desejável e poderá ser facilmente conseguida nos hospitais públicos de Calcutá. Será no campo dos grandes hospitais, com a sua variedade de pacientes e incidentes, que a utilidade do mesmerismo poderá ser melhor e mais rapidamente ilustrada...

«Em conclusão, desejo pedir a atenção do Governador para as estatísticas concernentes ao assunto, ponto de máximo interesse para estabelecer a proporção de mortalidade nas velhas e novas escolas cirúrgicas.

«A esse propósito tenho a honra de juntar uma relação de todas as intervenções mesméricas realizadas por mim totalizando 133, e espero do Governador os necessários elementos de comparação com os resultados obtidos nos diferentes hospitais de Calcutá» (obra citada, pp. 16 e 17).

Tendo-se findado o prazo concedido a Esdaile e por este assumido, o pequeno hospital de Calcutá foi desactivado. Apesar dos movimentos populares solicitando a reabertura do referido hospital, as autoridades mantiveram-se irredutíveis. Entretanto, a própria população quotizou-se para manter as despesas e foi fundado um novo serviço hospitalar para a prática do mesmerismo, sendo ele entregue à direcção de Esdaile, em Setembro de 1848. Posteriormente, o próprio Governo indiano ofereceu a Esdaile a transferência de seus serviços para o Sarkeas’s Lane Hospital and Dispensary.

Por questões de saúde, Esdaile ausentou-se da Índia, deixando em seu lugar o prof. Webb. «Durante o período em que praticou o mesmerismo na Índia, realizou Esdaile para mais de 3000 intervenções sob hipnose, das quais 300 de cirurgia maior» (obra citada, pág. 17).

Seria interessante lembrar, aqui, que naquela época (1845) não se conheciam ainda os antibióticos. Outro ponto importante a ser destacado é que Esdaile praticava as intervenções cirúrgicas, em seu estado normal, sem nenhuma manifestação mediúnica perceptível por parte dos que o rodeavam. Ele era escocês e, em 1845, na Índia, onde ele se encontrava, não se conhecia o espiritismo. Lembramos que o Le Premier Livre des Espirits, de Allan Kardec, foi publicado em 18 de Abril de 1857, portanto 12 anos após Esdaile haver feito a sua primeira intervenção cirúrgica sem anestesia, em 4 de Abril de 1845.

O hipnotismo científico

Em 1823, um jovem médico de Paris, Alexandre Bertrand (1795-1831), publicou um livro, Traité du Somnambulisme. Três anos mais tarde, ele lançou um segundo trabalho, Du Magnétisme Animal en France. Foi Bertrand quem descobriu o papel importante da sugestão nos fenómenos atribuídos ao magnetismo animal. Ele observara a conexão entre o sono magnético, o êxtase colectivo e o sonambulismo e chegara à conclusão de que as curas e demais sintomas, antes atribuídos ao magnetismo animal, à electricidade animal e quejandos, não passavam de meras sugestões de magnetizador agindo sobre a imaginação de um paciente cuja sugestionabilidade foi altamente aumentada.

Se Bertrand tivesse vivido durante mais tempo – ele morreu aos 36 anos de idade – talvez houvesse antecipado a aceitação científica do transe induzido.

Outro personagem que merece ser citado neste particular é o abade José Custódio de Faria (1756-1819), nascido em Condolin de Bardez, na Índia Portuguesa. Inicialmente praticou o mesmerismo, mas posteriormente concluiu que o paciente era conduzido ao que ele chamava de sonho lúcido, por sua própria vontade e pelo poder da sugestão. Expressou as suas ideias num livro: De la Cause du Sommeil Lucide ou l’Etude Sur la Nature de l’Homme, Paris, 1819, t.I, (único).

Embora tivesse despertado interesse e suscitado admiradores como Liébeault, Custódio de Faria não logrou projecção duradoura. O mesmerismo continuou a fazer adeptos e a manter-se como a hipótese mais aceitável.

Coube a James Braid (1795-1860), um cirurgião de Manchester, nascido em Rylaw House, Fifeshire, conduzir o hipnotismo ao ponto de aceitação académica. «A ele deve a hipnose a sua primeira conceituação realmente científica e filosófica, despida de empirismos e ideias absurdas. A Braid devemos por outro lado a actual terminologia empregada para descrever os fenómenos de inibição cortical». (4)

Na sua sessão mesmérica, conduzida pelo francês Charles Lafontaine, Braid notou que o paciente magnetizado se mostrava incapaz de abrir os olhos. Para Braid, as pálpebras do paciente achavam-se fatigadas.

«Tal incidente alertou a curiosidade de Braid. Pareceu-lhe inicialmente que estava ali a causa do fenómeno. Ou, se não era aquele exactamente o ponto capital, de qualquer maneira a exaustão palpebral e a catalepsia observadas deveriam ter qualquer participação no desencadeamento do transe mesmérico». (5)

Retornando à sua casa, Braid tentou algumas experiências para testar a sua hipótese de trabalho. Os seus primeiros pacientes foram a sua própria esposa, um criado e um amigo. Fê-los fitarem fixamente um objecto brilhante até cansarem a vista a ponto de não poderem manter abertas as pálpebras. A partir daí conseguiu hipnotizá-los facilmente.

James Braid chegou, independentemente, às mesmas conclusões a que Alexandre Bertrand havia chegado há cerca de 18 anos: o fenómeno do mesmerismo não implicava na existência de qualquer influência planetária, «fluido magnético animal» ou qualquer poder estranho do magnetizador. Em suma, o transe não era induzido senão pela sugestão aliada a uma estimulação continuada capaz de produzir alterações nos órgãos dos sentidos, levando-os para certo grau de exaustão. Por conseguinte, o estado de sono mesmérico diferenciava-se do sono fisiológico.

Braid publicou, em 1843, um livro intitulado: Neurohypnology or the Rationale of Nervous Sleep. Nesta obra, ele lançou os primeiros termos da nomenclatura agora usada em nossos dias: sono neuro-hipnológico, hipnologia (abreviatura de neuro-hipnologia), hipnotismo, hipnótico, hipnose, etc..

Com Braid, iniciou-se, pois, a fase científica do hipnotismo, candidatando-se o mesmo a ser um novo ramo da fisiologia. Embora ainda não se tivesse uma explicação definitiva acerca do seu mecanismo, acreditava-se, pelo menos, que o hipnotismo parecia decorrer de causas naturais fisiológicas, por-tanto susceptível de uma abordagem estritamente científica. Doravante as discussões iriam versar sobre-tudo em torno do mecanismo de produção dos fenómenos da hipnose. Nesta disputa destacar-se-iam três grandes nomes: Ambroise Auguste Liébeault, Henri Bernheim e Jean-Martin Charcot.

A sugestão

Ambroise Auguste Liébeault procurou investigar o problema do hipnotismo observando-o nos seus próprios clientes. Suas pesquisas prolongaram-se por mais de 20 anos. Publicou um livro sobre a hipnose: Du Sommeil et des États Analougues, Considerés au Point de Vue de l’Action.

A ideia central de Liébeault, sobre o mecanismo da hipnose é a sugestão.

Henri Bernheim não aceitava o hipnotismo e nem votava qualquer admiração por Liébeault. Entretanto, um simples acidente fê-los amigos. Bernheim tratara, durante cerca de seis anos, e sem resultados, um cliente que sofria de ciática. O referido doente, aconselhado por outras pessoas, procurou Liébeault. Em curtíssimo prazo o paciente voltou a Bernheim, inteiramente livre de seu mal. Este facto despertou a curiosidade de Bernheim, o qual procurou Liébeault para conhecer os seus métodos de cura. Tornou-se, assim, discípulo e amigo inseparável do mesmo.

De 1822 a 1884, Bernheim fez intensas investigações, enfeixando suas experiências em um primeiro livro: De la Suggestion. Em 1886 completou-o, lançando um segundo tomo: La Therapéutique Suggestive. As suas duas obras tiveram amplo sucesso e provocaram grande afluência de médicos à cidade de Nancy, onde Bernheim tinha a sua clínica.

Vamos transcrever, do trabalho do Dr. Osmard A. Faria um trecho importante, concernente às ideias expostas nas obras de Bernheim e Liébeault: «Em tais livros, como no de Liébeault, o tema central é o efeito da sugestão, melhor, da hetero-sugestão, na obtenção de resultados terapêuticos». Assim agiria o hipnotismo de Braid. E que se teria por sugestão no entender desses autores?

Explica a escola de Nancy: Sugestão é o acto pelo qual se faz aceitar pelo cérebro de outrem uma ideia qualquer. (Obra citada, pág. 23).

Comentando as ideias de Alexandre Bertrand, de Liébeault e de Bernheim, o Dr. Osmard A. Faria observa que obviamente «é fácil implantar uma ideia no cérebro do hipnotizado, que lhe podemos dar sugestões úteis, que fará aquilo que insinuarmos. Mas a dúvida principal mantinha-se irrespondida (...).» (Obra citada, p.24). Esta dúvida resume-se em como funciona o cérebro durante o processo da hipnose.

Não é apenas esta questão que o ilustre e competente hipnólogo, Dr. Osmard A. Faria, formula em seu esplêndido livro. Outras mais e muito oportunas são colocadas por ele, mostrando que a questão do mecanismo da hipnose havia apenas sido iniciada por aqueles cientistas.

O terceiro hipnólogo que apresentou uma hipótese de trabalho para explicar o mecanismo da hipnose foi Jean-Martin Charcot (1825-1892), do famoso hospital da Salpêtriére, em Paris.

Renomado neurologista, em 1862 tornou-se chefe de serviço naquele hospital, passando a leccionar, ali, em 1868, Moléstia do Sistema Nervoso. Em 1870 encarregou-se dos histéricos não alienados. Em 1878, Charcot iniciou suas investigações sobre a histeria e o hipnotismo. Breve a chamada escola da Salpêtriére se tornou mundialmente famosa. Foi aí que Alfred Binet, Pierre Janet e Sigmund Freud travaram contacto com as manifestações do inconsciente.

Apesar de todo o peso de seus títulos e da fama da escola da Salpêtriére, as ideias de Charcot, acerca da estreita e exclusiva relação entre a histeria e o fenómeno do hipnotismo, mostraram-se inconsistentes com os factos. Restou, assim, como a mais correcta, a hipótese de Henri Bernheim, da escola de Nancy.

Veremos, mais tarde, no decorrer desta série de artigos, que as ideias de Mesmer não foram de todo descartadas, e que as mais recentes hipóteses da psicotrónica parecem dar-lhes certo apoio.
___________
*(Zweig, S. – A cura pelo Espírito, Rio de Janeiro: Guanabara, 1940, p.112). (1) - Fodor, N. - Encyclopaedia of Psychic Science, USA; University Books, 1974, p. 45. (2) Spence, L. An Encyclopaedia of Occultism, Secaucus, New Jersey; The Citadel Press, 1974, pp.95 e 388. (3) Faria, O. A. - Manual de Hipnose Médica e Odontológica, Rio de Janeiro e São Paulo; Atheneu, 1979, p. 14. (4) Faria, O. A. - Hipnose Médica e Odontológica, Rio de Janeiro - São Paulo; Atheneu, 1979, p. 19). (5) Faria, O. A. - Opus cit. P. 19).

Revista de Espiritismo nr. 29 - Outubro/Dezembro 1995

sábado, 13 de outubro de 2012

HIPNOSE NO SÉCULO 19

    

Hipnose entrou no século 19 como uma atividade marginal associado com charlatães, e deixou-o como uma técnica médica mainstream praticada em hospitais respeitados e universidades. Esta transformação notável foi devido à persistência dos médicos e pesquisadores individuais, que arriscaram ostracismo profissional e ridículo para explorar as técnicas descobertas por Mesmer. A razão que eles fizeram isso porque, apesar de toda a mística magnética patranhas, um fato inconveniente permaneceu - mesmerismo funcionou.
Idéias de Mesmer não desapareceu após a sua morte, mas espalhar-se entre um grupo crescente de devotos para desenvolver de maneiras que ele nunca poderia ter imaginado. Nas primeiras décadas do século, mesmeristas caiu em dois campos, "fluidists", que se agarrou à crença em magnetismo animal sendo transmitidos através do éter, e "animistas", que procuravam uma explicação mais psicológica. Na primeira, o debate entre esses dois campos ocorreu fora dos círculos médicos, com homens como Faria de Jose-Custódio (1756-1819), um padre católico de Goa, defendendo a "animista" vista.
FRANÇOIS DELEUZE
Pouco a pouco, a crença em um fluido etéreo magnética desapareceu, ea idéia da sugestão e crença começou a ganhar terreno. Ao mesmo tempo, o estabelecimento médico começou a tomar conhecimento. Alexandre Bertrand (1795-1831), um médico de Nantes, começou a palestra sobre as experiências de sujeitos e de conduta, depois de testemunhar uma exibição pública de mesmerismo em 1819. Em 1826, experimentos conduzidos por Hénin de Cuvillers (1755-1841) e Philippe Joseph François Deleuze (1753-1835) convenceu a Académie de Médecine para investigar as possibilidades do mesmerismo mais uma vez. Um relatório foi publicado em 1831, reconhecendo os resultados reais que mesmerismo foi capaz de produzir, e aumentando a perspectiva tentadora de seu uso em cirurgia.

Esta ideia foi defendida na Grã-Bretanha por John Elliotson (1791-1868), um médico da Universidade College Hospital, que tinha se interessado em mesmerismo depois de ver uma demonstração em 1829 pelo químico francês Richard Chevenix. Na primeira, o interesse principal Elliotson era no uso de mesmerismo como um tratamento para distúrbios do sistema nervoso. Ele se envolveu com Jane e O'Key Elizabeth, um par de irmãs irlandeses internados por "convulsões histéricas", que provou ser muito prestativo assuntos mesméricos. Elliotson começou a usá-los em exposições públicas, onde se tornou uma estrela por sua vez, a mudança de personalidade em seu comando para cantar, dançar e entregar réplicas espirituosas.

Para os olhos do século 21, este parece mais como um show de hipnose de palco de uma demonstração científica, e foi controverso mesmo na época. Os O'Keys parecia desfrutar de sua carreira no showbiz mesmeric um pouco demais, e eles eram constantemente acusado de falsificar. Elliotson capacidade de defendê-los foi prejudicada pelo fato de que ele era um "fluidist" convicto, uma posição que foi se tornando cada vez mais insustentável. Ele foi forçado a demitir-se do Hospital, mas passou a reivindicar um lugar de destaque na história da hipnose, quando ele abriu a Londres Infirmary Mesmeric em 1849. Aqui, ele foi pioneiro no uso da hipnose para anestesia e controle da dor na cirurgia, mantendo registros meticulosos de muitas operações de sucesso, incluindo amputações.

Elliotson teve uma profunda influência sobre James Esdaile (1808-1859), um cirurgião escocês que trabalhou na Índia entre 1845 e 1851. Aqui ele realizou mais de 300 grandes operações menores e 1000 utilizando apenas anestesia hipnótica. Em seu livro Mesmerismo Na Índia, e sua aplicação prática em Cirurgia e Medicina, Esdaile apresenta um resumo dos 73 indolores operações cirúrgicas que realizou nos últimos oito meses de sua estadia na Índia. Estes incluem o braço, da mama e, de forma alarmante, amputações pénis, a cirurgia dentária e a remoção de tumores. Além disso, ele usou a hipnose para curar 18 queixas nervoso e médicas, incluindo dores de cabeça, tiques e convulsões, dor ciática, inflamação de várias partes do corpo e uma "sensação de insetos rastejando sobre o corpo." (1)

Apesar do sucesso da anestesia hipnótica, por 1846 a medicina convencional tinha vindo a favorecer o uso de óxido nitroso em operações cirúrgicas. A promissora linha de investigação foi assim encerrado, exceto para os esforços esporádicos por pesquisadores individuais. Mesmerismo continuou em seu curso retrógrado, muitas vezes, como uma forma de entretenimento de salão, ou em conjunto com sessões espíritas.

Novos desenvolvimentos significativos ocorreram no final do século 19, quando um debate surgiu na França entre os Saltpêtrière e Nancy "escolas" de hipnose. Ambos foram inspirados pela obra de Charles Richet (1850-1935), professor de fisiologia na Universidade de Paris, que realizou muitos experimentos na hipnose médica ou clínica na década de 1870.

A escola Saltpêtrière cresceu em torno de Jean-Martin Charcot (1825-1893), Diretor de Medicina Asilo da famosa / infame Saltpêtrière Mulher. O principal interesse de Charcot foi em "histeria" feminina. Ele era uma figura extravagante, dado a apresentações teatrais e manifestações, ilustrados com a mais alta tecnologia fotográfica (de fato, ele publicou um jornal normal fotográfica, ilustrado com retratos de seus pacientes em vários estágios de histeria). Ele também ganhou o apelido pouco lisonjeiro em vez de o "Napoleão da Neurose".

Charcot explicitamente relacionada a hipnose para a histeria, uma vez que os sintomas da histeria, como ele a viu, correspondia exatamente os três "fases" de hipnose que ele tinha sido capaz de identificar, na sequência do trabalho Richet. Estes eram "catalepsia", onde o assunto iria responder a sugestões físicas dadas pelo hipnotizador; "letargia", onde não iria responder a todas as sugestões de todos, e "sonambulismo", onde o sujeito foi capaz de conversar e responder a qualquer sugestão que lhe são transmitidas. Charcot era fascinado pela susceptibilidade pronto que histeria exibido para a hipnose, e formou a conclusão de que a hipnose era uma outra forma de histeria - em suma, uma anormalidade.

Em oposição a isso, uma escola de pensamento cresceu em torno dos escritos de Hippolyte Bernheim (1840-1919), um professor de medicina na Universidade de Nancy. Bernheim atacado descobertas de Charcot, disputando os "três fases" modelo de hipnose e com sucesso argumentando que sugestionabilidade era um traço humano normal. Ele provou isso usando os homens em suas experiências, uma vez que foi amplamente aceito que os homens eram menos suscetíveis a sugestão de que as mulheres!

A disputa entre as duas escolas cresceu bastante amargo. Mesmer como antes dele, Charcot foi parcialmente destruído por sua própria personalidade, mas de forma mais significativa pelo fato de que a hipnose era comprovadamente uma experiência humana universal. A visão Saltpêtrière teve uma influência persistente, em que Sigmund Freud pegou em uma série de teorias de Charcot. Na verdade, Freud era um devoto início da hipnose, antes de abandoná-lo em favor de técnicas de associação livre.

Os detalhes da disputa obscurecer o fato de que ambas as partes aceitaram a existência de hipnose como um fenômeno válido, e só discordaram sobre a interpretação. Que este poderia ser o caso em duas universidades eminentemente respeitáveis ​​e mainstream é notável, e prova o quanto a hipnose tinha viajado desde os dias de Mesmer. Em algum lugar ao longo do caminho, é claro, tornou-se "hipnose" ao invés de "mesmerismo". O elo perdido é o trabalho de James Braid (1795-1860).

(1)   Esdaile, J. Mesmerismo Na Índia, e sua aplicação prática em Cirurgia e Medicina de 1846

ILUSTRES PIONEIROS MARQUÊS DE PUYSÉGUR E O SÁBIO...

O SÁBIO DELEUZE (1753 -1835)

BARÃO DU POTET (1786 – 1881)

PUYSÉGUR E O HIPNOTISMO

OS BANQUETES MAGNÉTICOS

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

HISTÓRIA DA HIPNOSE


SAIBA MAIS SOBRE A HISTÓRIA DA HIPNOSE - UM ASSUNTO FASCINANTE !

Franz Anton Mesmer

A era moderna da hipnose e hipnoterapia realmente começa com Franz Anton Mesmer (1734-1815), o médico vienense que deixou a palavra "mesmerismo" para a posteridade. Por várias razões, ele também deu a hipnose a reputação em vez unsalubrious que ainda persiste em alguns setores hoje.

Claro que, como sabemos agora, os estados de hipnose e transe são fundamentais traços humanos, que foram em torno de tanto tempo quanto a própria humanidade. Textos antigos do Egito, China, Grécia e Roma descrever práticas que podemos agora consideram como hipnótico. Por exemplo, um terceiro século EC papiro descoberto em Tebas descreve um rito divinatório, em que um escravo menino é fascinado pelas chamas bruxuleantes de uma lâmpada a óleo, a fim de dar conselhos oracular (I).
Seria, é claro, ser errado falar sobre "hipnoterapia antigo", já que a maioria dos exemplos sugestivos históricos que temos práticas preocupação mágicos, ao invés de cura por si só (embora a magia é sempre preocupados com a cura, é claro). Mesmer foi o primeiro a levar o hipnotismo fora dos reinos do oculto e em estudo científico, embora alguns possam argumentar que ele não levou muito longe!
Quando jovem, Mesmer estudou teologia e direito antes de passar para medicina. A teoria que fez seu nome e garantiu sua notoriedade foi o de "magnetismo animal", algo que teve suas origens em sua tese de doutorado, concluída na Universidade de Viena em 1766. Mesmer foi altamente influenciado pelo trabalho de Isaac Newton e da teoria da gravidade. Ele teorizou que os "maré" influências dos planetas também operam no corpo humano através de uma força universal, que ele chamou de "magnetismo animal".

Na época em que foi escrito, a tese de Mesmer não despertou controvérsia, e com a idade de 33, ele passou a encontrar uma prática perfeitamente convencional, em Viena. Quando ele se aproximou seus quarenta anos, no entanto, ele se viu cada vez mais insatisfeitos com a abordagem à medicina que era atual na época - uma combinação de sangramento, purgativos e opiáceos que foi muitas vezes mais dolorosa e terrível do que as condições que pretendia tratar.
Mesmer favoreceu uma abordagem completamente suave, e sua devoção aos seus pacientes foi extraordinário. Seu caso foi o do avanço Franzl Oesterline, uma mulher de 27 anos que sofre de Mesmer o que descreveu como um mal convulsivo, "os sintomas mais incômodos do que era que o sangue subiu à cabeça e não configurar as dores de dente mais cruéis e dores de ouvido, seguido pelo delírio, raiva, vômitos e desmaio "(II). Estes sintomas foram tão graves que Fraulein Oesterline se mudou para casa de Mesmer para receber round-the-relógio cuidado.
Voltando às teorias de seus dias de estudante, Mesmer efetuado uma cura por, como ele a via, utilizando um ímã para interromper as marés gravitacionais que prejudiquem seu paciente. Ele conseguiu induzida em Fraulein Oesterline a sensação de um fluido de drenagem rápida de seu corpo, tendo a sua doença com ele. A sua recuperação depois de que se completou e virtualmente instantânea.

A partir de uma perspectiva moderna, podemos ver que os resultados foram produzidas pela sugestão hipnótica de um fluido de drenagem do corpo - uma metáfora cura maravilhosa que não estaria fora de lugar em uma prática do século 21 hipnoterapia. Mesmo Mesmer percebeu que o ímã não teve nada a ver com a cura. Seu sistema baseava-se na crença de que a doença foi causada por níveis esgotados de magnetismo animal, e que estes poderiam ser repostos pelo curandeiro transmitir um pouco de sua força abundante própria magnético através do éter para o paciente. O imã era simplesmente um dispositivo que permitiu que isto acontecesse, juntamente com a sequência complexa e demorada de gestos e toque conhecidas como o "passe hipnótico".

Mesmer passou a atingir resultados igualmente impressionantes com outros pacientes, reivindicando a cura para cegueira, paralisia, convulsões e outras condições "histéricos", bem como o tratamento eficaz de problemas menstruais e hemorróidas!Ele se tornou uma celebridade, sair em turnê e dando demonstrações dramáticas de suas técnicas e poderes nos tribunais da nobreza européia.
Gosto de Mesmer para teatro e teatralidade pode ter contribuído para a recepção hostil que recebeu do estabelecimento médico do dia, embora ele pessoalmente acreditava que era porque ele se atreveu a obter resultados sem o uso de técnicas convencionais de médicos. Em qualquer caso, sua vida e sua carreira tornou-se perseguido com a controvérsia. O mais famoso, ele foi denunciado como um charlatão, após a cura da pianista Maria Teresa Paradis de cegueira psicossomática. Isso não se encontrar com a aprovação de seus pais, que estavam a perder uma pensão real se sua filha foi curada.Ela era forçada e bastante violentamente removidos da casa de Mesmer, onde estava hospedado para receber tratamento, quando então retornou a sua cegueira. Embora isso diz mais sobre seus pais que ele faz sobre Mesmer, o episódio foi aproveitado por seus críticos como prova de que ele era uma fraude.
Mesmer estava irrevogavelmente evitar o descrédito quando uma comissão real foi nomeado para investigar suas descobertas. A comissão, que incluía nomes como Benjamin Franklin e John Guilhotina, poderia encontrar nenhuma evidência para apoiar suas teorias do magnetismo animal. Eles observaram que Mesmer foi capaz de curar pacientes, tendo-lhes tocar "magnetizado" árvores, mas que os pacientes foram curados mesmo que tocou "não-magnetizado" árvores. Portanto, eles concluíram, Mesmer deve ser um charlatão.

De muitas maneiras, Mesmer é uma vítima do velho ditado "que é tudo muito bem na prática, mas isso funciona na teoria?" É claro que qualquer investigação séria não seria suficiente para encontrar provas do magnetismo animal a ser transferido através do éter, uma vez que nenhum dos essas coisas existem - este teria sido aparente, mesmo no século 18. Entretanto, assim como Mesmer estava certo pelas razões erradas, de modo que seus críticos estavam errados pelas razões certas, e não conseguiu tirar as conclusões corretas a partir de suas observações. A verdade psicológica de abordagem de Mesmer não foi reconhecido, assim como as técnicas de indução de transe e sugestão que eram a verdadeira razão para o seu sucesso estava descoberto sob as camadas do passe, magnético hipnótico.
No entanto, o legado de Mesmer persistiu, até o século XIX e além, como argumentos sobre suas técnicas moldou o desenvolvimento da hipnose como a conhecemos hoje.

Referências:
(II) Franz Mesmer, "Dissertação sobre a descoberta do magnetismo animal", George trans Bloch em "Mesmerismo" de 1980.