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sábado, 26 de julho de 2014

ECTOPLASMA – PARTE I

Sonia Maria

Observamos na atualidade que a doutrina codificada por Allan Kardec, tanto no Brasil quanto no Exterior, voltou-se muito mais ao que se poderia chamar de espiritismo evangélico que aos seus aspectos científicos e filosóficos. Isso causou uma redução significativa das pesquisas sobre outros temas de extrema importância para o avanço do entendimento do homem. Como consequência os materiais para pesquisas estão ficando a cada dia que passa mais raros.
Desejamos que no futuro possamos nos valer de mais pesquisadores e pessoas interessadas em demonstrar através da ciência temas de vital importância para o Espiritismo como um todo.

Uma das questões  sobre o qual necessitaríamos aportar um maior estudo científico seria o Ectoplasma ( termo dado por Charles Richet). Trata-se de uma substância fluídica sensível ao pensamento originada no citoplasma celular. É entendido muitas vezes de uma forma equivocada ou incompleta, vendo-o apenas como causante de fenômenos de materialização. Em realidade é uma composto existente nas células que quando se exterioriza permite nos comunicar com os espíritos de varias formas, pois os espíritos só podem agir na matéria através da matéria.

Aqui vamos expor uma pequena síntese do que encontramos sobre o ectoplasma, sem a pretensão de encerrar o tema, pois temos muito que estudar e pesquisar.
Derivado do Grego:  ektós= indica movimento para fora;  plasma= obra modelável, substância plástica.

Substância fundamental amorfa, secretadas por organelas celulares, principalmente pelas mitocôndrias e pelo complexo retículo plasmático, possui características químicas ímpares, sem comportamento de matéria nem de fluído, aproximando-se de um e de outro conforme a capacidade do grupo mediúnico.

Segundo o Espírito André Luiz, no livro “Nos Domínios da Mediunidade”, de Chico Xavier, “o ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispirítica, assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é o recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da natureza. Em certas organizações fisiológicas especiais da raça humana, comparece em maiores proporções e em relativa madureza para a manifestação necessária aos efeitos físicos. É um elemento amorfo, mas de grande potência e vitalidade. Pode ser comparado a uma genuína massa protoplasmática, sendo extremamente sensível,  animado de princípios criativos que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, ao pensamento e à vontade do médium que o exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não que sintonizam com a mente mediúnica, senhoreando-lhe o modo de ser. Infinitamente plástico, dá forma parcial ou total às entidades que se fazem visíveis aos olhos dos companheiros terrestres ou diante da objetiva fotográfica, dá consistência aos fios, bastonetes e outros tipos de formações, visíveis ou invisíveis nos fenômenos de levitação, e substancializa as imagens criadas pela imaginação do médium ou dos companheiros que o assistem mentalmente afinados com ele”.

O ectoplasma é uma substância caracterizada como uma espécie de plasma, flexível, viscoso, incolor e inodoro, sensível ao pensamento. É uma substância que todos possuem. É eliminado por via sistêmica, não se elimina por uma só via, mas sim por todo o organismo do médium. Cada pessoa tem um tipo de ectoplasma: alfa, beta, gama, alfa1, alfa2, beta1, beta2, etc.

Existem os chamados médiuns doadores universais, que são possuidores dos 16 tipos de ectoplasma. Eles devem sistematicamente doar o ectoplasma. Quando o ectoplasma não é eliminado por esses médiuns, ele rompe as mucosas, pode levar a necrose tecidual em vias de eliminação (mucosas), desestabilização de membranas, ruptura celular e degradação por enzimas lisossomiais.

Composição do ectoplasma

Como corpo fundamental existe o fósforo. Possui também , entre outros, os elementos hidrogênio, carbono, nitrogênio, e oxigênio.

Características do Ectoplasma

Ele pode ter desde uma forma tão rarefeita, que é invisível aos olhos humanos (mas registrável por outros métodos), até o estado sólido e organizado em estruturas complexas, tais como os utilizados pelos espíritos para os fenômenos de materialização.

Entre estes dois extremos ele pode passar por estados diversos: gasoso, plasmático, flosculoso, amorfo, leitoso, filamentoso, líquido, etc. O ectoplasma é sensível à ação da luz comum, porém pode suportar bem as radiações pouco energéticas do espectro da luz visível.

Ele é dócil ao comando mental do médium e, e se esse permitir também pode ser moldado pelos espíritos, e talvez também de pessoas estranhas àquele que o produz.

Mostra-se altamente suscetível à ação dos campos organizadores biológicos, tomando as formas e características de um ser vivo completo ou peças anatômicas parciais, mas com o aspecto de objetos com vida. Com a mesma facilidade com que é emitido, o ectoplasma pode reverter ao organismo do médium, sendo por este reabsorvido.

A luz lhes é destrutiva,e, a menos que ele seja gradativamente alimentado e especialmente preparado com antecedência pelos guias, o efeito de um súbito jato de luz faz com que a substância recue para o médium, com a força de um elástico, e esta se retraindo sobre uma superfície mucosa, pode determinar uma forte hemorragia.

A qualidade do ectoplasma produzido, depende dos alimentos que ingerimos, alimentos que atuam de forma negativa seriam por ex:

- Carnes vermelhas,  de difícil metabolização, rica em lipídios saturados e adição de hormônios.

-Leites e queijos. Presença de lipídios em quantidade moderada, mas de proteínas de alto peso molecular, presença de antibióticos e pesticidas

- Chocolates e demais produtos ricos em conservantes, baixo valor nutricional, digestão lenta e efeito tóxico acumulativo

-Bebidas alcoólicas.

Fonte bibliográfica:

-  A Gênese de Allan Kardec
-  A Física da Alma (Amit Goswami )
-  Cadernos de psicofonias de Antonio Grim de 94 e 97- SBEE
-  O Livro dos Espíritos de Allan Kardec
-  O Livro dos Médiuns de Allan Kardec
-  Palestras de Ectoplasma Paulo Roberto Brero de Campos- SBEE
-  Palestra de Ectoplasma e Ectoplasmia Luis Antonio Bauer- SBEE

Fonte; http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br/


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terça-feira, 22 de julho de 2014

DIFERENÇA ENTRE ECTOPLASMIA E MATERIALIZAÇÃO DE ESPÍRITOS


DAVILSON SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Paulo, SP (Brasil)
  
Para quem gosta de ler, de pesquisar, de ouvir falar sobre Materialização de EspíritosEctoplasmia, o certo é: assisti a uma sessão de Materialização ou assisti a uma sessão de Ectoplasmia? Essas duas expressões têm o mesmo sentido? Pesquisadores denominam médiuns de ectoplasmia, ou médiuns ectoplastas, os que produzem ectoplasma. Há nos meios pelos quais se obtém os fenômenos físicos de características peculiares.

Ectoplasmia e materialização não denotam a mesma coisa. Ectoplasmia, ou processo ectoplasmático, entende-se por produto temporário de formações estruturais, mais ou menos metódico. Por se unir ao estudo do desprendimento ectoplasmático, esse termo também é empregado para designar “ciência do ectoplasma”, por causa da faculdade que alguns raríssimos médiuns possuem para fazer aparecerem formas materializadas perto ou longe deles.

Entende-se por ectoplasma uma substância plástica de natureza híbrida, possuidora de alto poder de dissolução, sensível à luminosidade do Sol ou da lâmpada elétrica, afora da lâmpada de irradiação avermelhada feito a de laboratórios fotográficos. (1) O ectoplasma se dispersa com a luz viva ou retorna ao organismo do médium. Em plena obscuridade, o ectoplasma pode se expor à vista em diversas e distintas fases, a modificar-se-lhe as formas em modelagem de bastões, alavancas, espirais, fios, cordas, teias etc. e alguns efeitos apreciáveis. Em contato com a luz, a sua estrutura molecular amolece, interrompendo assim o seguimento ectoplasmático que, não raro, assume caracteres anatômicos de vegetais, animais e até de seres humanos, total ou parcialmente.

Ectoplasmia e Materialização — A ectoplasmia não se resume na produção ectoplasmática de Espíritos materializados e seus correspondentes: desmaterialização e rematerialização. Já a materialização propriamente dita de pessoas desencarnadas e até mesmo encarnadas (muitíssimo rara) tem as suas particularidades.

A materialização é termo empregado para designar corporificação não só de seres humanos assim como de objetos, de plantas, de flores, de animais etc. Trata-se de um fenômeno complexo e observável sob diferentes pontos de vista, a respeito do qual ainda não se pode inferir uma categórica enunciação.

A materialização só pode se processar através da emissão do ectoplasma cujo ponto culminante resulta na sua consistência. Segundo um bem conceituado médico francês, Gustave Geley (1868/1924), autor de interessantíssimas obras a esse respeito, (1) o ectoplasma, quando emitido, logo de início, apresenta-se com uma aparência amorfa, ora sólida, ora vaporosa. Acabamos de dizer que o processo ectoplasmático está ligado à materialização — talvez, por isso, diversos pesquisadores entenderam-no por sinônimo de materialização, perfeitamente compreensível, levando-se em conta os primeiros passos metodológicos investigativos e a época em que principiara o interesse pelos fenômenos espirituais.

Eis sucintamente o que acrescentou Geley acerca da materialização:

Aí está a ectoplasmia, um fato simples considerado em si mesmo, desprendido de algumas complicações que deverão ser estudadas mais adiante, o fato nu dissecado, se assim podemos dizer, na sua estrutura anátomo-fisiológica.

Não forma agêneres — Para certos autores hodiernos, ectoplasmia não se restringe à formação de agêneres (figuras humanas). A diferença entre ectoplasma e materialização acha-se mesmo no modo pelo qual se lhes verificam os fenômenos, embora os fins se equivalham. A materialização origina-se no ato de um corpo orgânico ou inorgânico tornar-se denso ou mais ou menos transparente visto por todos que o observem. O termo ectoplasmia foi criado pelo médico e pesquisador francês, Charles Richet (1850/1935), duas vezes vencedor do prêmio Nobel de Fisiologia.

Quanto à pergunta de início, você pode dizer que foi a uma sessão de materialização assistir aos fenômenos de corporificação parcial ou total de Espíritos; pode dizer que foi a uma sessão de ectoplasmia a fim de apreciar apenas efeitos telecinéticos, pancadas (raps), o fenômeno de pneumatofonia, ou voz direta, o de formas e efeitos luminosos, o de suspensão e de transporte de objetos e até mesmo a própria materialização; veja, você pode ainda simplesmente dizer que foi assistir a uma sessão de Efeitos Físicos.

Eu, por exemplo, prefiro denominar “reunião de efeitos físicos”, em vez de “sessão de efeitos físicos” ou de “ectoplasmia”, ou de “materialização”. O termo sessão remete-se aos exaustivos ensaios científicos de antigamente os quais tinham em vista a prova dos fenômenos; sessão lembra as lamentáveis demonstrações em casa de espetáculos onde falsos médiuns cobravam ingresso do público para ver supostos Espíritos materializados. Acho melhor reunião de efeitos físicos. Sabe por quê? Porque os fenômenos podem até acontecer num mesmo instante, dependendo apenas do emprego das forças e faculdades humanas, principalmente, da competência medianímica do grupo de suporte ao médium físico, aquele que é o principal emissor do ectoplasma.

Notas :

1 - GELEY, Gustave. L’Ectoplasmie et la clairvoyance, observations et expériences personnelles (A ectoplasmia e a clarividência). S/ed. Paris: F. Alcan, 1924. p. 190.
2 - ANDRADE, Hernani Guimarães. A teoria corpuscular do espírito: uma extensão dos conceitos quânticos e atômicos à Ideia do espírito. São Paulo: edição do próprio autor, 1958, p. 207.

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