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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

DESOBSESSÃO SEM MAGNETISMO, SERÁ POSSÍVEL?


DESOBSESSÃO SEM MAGNETISMO, SERÁ POSSÍVEL? 

Caros amigos, este é um “diálogo” de muitas perguntas e algumas sérias respostas, que necessitam profunda reflexão, pois falam diretamente à prática espírita e em uma área da qual somos, ou deveríamos ser, os melhores, senão os únicos habilitados a prestar auxílio.
Exagero? São palavras textuais de Kardec em seus estudos sobre magnetismo e obsessão publicados na Revista Espírita, em seis artigos, sob o título de Estudo sobre os Possessos de Morzine.
Neste estudo, Allan Kardec analisa o episódio de Morzine, um pequeno e distante povoado francês, onde ocorreu entre março de 1857 a 1861, o que ele denominou um caso de obsessão coletiva, epidêmica.

Os sintomas da epidemia eram que durante as crises os doentes, por exemplo, falavam a língua francesa e outros idiomas com correção, coisa que não faziam em estado “normal”; perdiam a vergonha e a afetividade pela família; davam respostas grosseiras, ímpias e insolentes; previam o futuro, revelavam o passado, manifestavam visão à distância; passadas as crises de nada se lembravam.

O médico responsável diagnosticou uma afecção nervosa causada pela fragilidade física dos pacientes desnutridos e que habitavam lugares insalubres, e mais, que a causa imediata devia-se ao estado histérico, pois a maioria dos pacientes pertencia ao sexo feminino e admitia, ainda, a existência de uma possessão demoníaca. Infrutíferos rituais de exorcismo foram realizados. A terapêutica, então, foi remeter os “enfermos” para diversos hospícios, evitando deixá-los juntos, sequer próximos, em um mesmo estabelecimento.
O diagnóstico, bem como as causas da estranha ocorrência é refutado por Kardec, pois nem os habitantes eram desnutridos, tampouco moravam em lugares insalubres, ao contrário, consta que tinham vida saudável; igualmente, não eram causas materiais a razão das estranhas ocorrências no povoado.

Opinando que o mal se devia a ação espiritual de cunho obsessivo afirmou que a cura deveria empregar meios muito diferentes.
“(...) um tempo virá, menos distante do que se pensa, em que a ação do mundo invisível sendo geralmente reconhecida, a influência dos maus Espíritos será alinhada entre as causas patológicas, será levado em conta o papel importante que o perispírito desempenha na fisiologia, e um novo caminho de cura será aberto para uma multidão de doenças reputadas incuráveis.” (RE mai/1863)

Do longo e completíssimo estudo apresentado acerca do perispírito nos textos que comentamos é de ressaltar-se o seguinte: ”Pela natureza fluídica e expansão do perispírito, o Espírito alcança o indivíduo sobre o qual quer agir, o cerca, o envolve, o penetra e o magnetiza”. (grifei) (RE jan/1863)
Bem, vejamos com atenção! Isto quer dizer que os Espíritos desencarnados empregam no processo obsessivo meios magnéticos através dos quais dominam o obsediado. Kardec revela a força por eles empregada, porém que é pouco comentada nos estudos sobre obsessão/desobsessão.

Linhas adiante em seus estudos, o Codificador nos explica didaticamente como se processa o fenômeno.
Merece ressalva que suas explicações não têm nenhum caráter de terrorismo mental, muito menos tratam do tema como uma luta entre as trevas e a luz, o bem e o mal. Longe desse pensamento maniqueísta, Kardec apresenta os fatos despidos de qualquer conotação de maravilhoso ou sobrenatural, ao contrário, são fenômenos típicos da natureza e da condição humana que ainda vivenciamos tão marcada por relações pessoais autoritárias, imperialistas para usar a sua terminologia. Diz ele, falando a pura razão, com a lógica e clareza de raciocínio que o caracteriza:

“Um espírito que quer agir sobre um indivíduo, aproxima-se dele e o envolve, por assim dizer, de seu perispírito, como de um casaco; os fluidos se penetrando, os dois pensamentos e as duas vontades se confundem, e o Espírito pode, então, se servir desse corpo como do seu próprio, fazê-lo agir segundo a sua vontade, falar, escrever, desenhar, etc; tais são os médiuns.” (RE dez/1862)

“Se o espírito é bom, sua ação é branda, benfazeja, não leva a fazer senão boas coisas; se ele é mau leva a fazer coisas más; se é perverso e mau, o aperta numa rede, paralisa até sua vontade, mesmo seu julgamento, que ele abafa sob seu fluido, como se abafa o fogo sob uma camada de ar; fá-lo pensar, falar, agir por si, leva-o, apesar dele, a atos extravagantes ou ridículos, em uma palavra, magnetiza-o, cataleptiza-o moralmente; e o indivíduo se torna um instrumento cego de suas vontades.” (RE dez/1862)
É cristalina a afirmação de que mentores espirituais e obsessores empregam os mesmos meios de ação nas suas interações com o mundo material, a diferença está na moral daquele que emprega a ferramenta ― o magnetismo ― e consequentemente os resultados produzidos.

Cataleptizar moralmente, o que será? A catalepsia é um dos fenômenos de efeito físico produzido pelo magnetismo, no qual ocorre a paralisação geral ou parcial seguida de insensibilidade dos órgãos afetados.
Deduzo que catalepsia moral seja o mesmo efeito de paralisação e insensibilidade, porém produzido sobre a mente, a alma, a vontade, produzida pela ação magnética do obsessor sobre o obsediado.

Este processo originará os diversos graus de intensidade com que se manifesta o fenômeno obsessivo: simples, fascinação ou subjugação.
Descrevendo a ação terapêutica a ser empregada nestes casos, Allan Kardec nos faz compreender que alguém “penetrado pelo fluido perispiritual de um mau Espírito; para que o bom possa agir sobre o médium é preciso que penetre esse envoltório, e sabe-se que a luz penetra dificilmente um espesso nevoeiro.
Segundo o grau de obsessão, esse nevoeiro será permanente, tenaz ou intermitente e, consequentemente, mais ou menos fácil de dissipar.”
Por esta colocação, parece óbvio que um terceiro haverá de interferir e desvestir o “casaco” posto no obsediado. Será ele que terá por tarefa dissipar, dispersar o nevoeiro? Quem será essa criatura? Um médico, como foi o enviado a Morzine no século XIX? Um psicólogo? Um terapeuta reikiano? Um magnetizador qualquer? Um mentor espiritual? Quem sabe o anjo da guarda?

Não, respondeu o espírito Erasto em reunião mediúnica na Sociedade de Estudos Espíritas de Paris a Allan Kardec e afirmou que “são os magnetizadores, espiritualistas ou espíritas que seria preciso enviar para dissipar a legião dos maus Espíritos, perdidos em vosso planeta”. (RE mai/1862, Epidemia demoníaca em Savoie)
Qual seria a ação do magnetizador espírita em tais processos?
“(...) o magnetizador deve ter o duplo objetivo de opor uma força moral a uma força moral, e de produzir sobre o sujeito uma espécie de reação química, para nos servir de uma comparação material, expulsando um fluido por um outro fluido. Daí, não só opera um desligamento salutar, mas dá força aos órgãos enfraquecidos por uma longa e, frequentemente, vigorosa opressão.” (RE dez/1862)
Em outro trecho Kardec é ainda mais incisivo que o Espírito Erasto, dizendo: “(...) é de toda necessidade um magnetizador espírita, agindo com conhecimento de causa, com a intenção de produzir não o sonambulismo ou uma cura orgânica, mas os efeitos que acabamos de descrever”.

É comum em palestras espíritas, inclusive as de grande público ― me refiro àquelas para mais de 1000 pessoas ― ouvirem oradores falarem de epidemias obsessivas nos dias atuais, considerando-se essa informação como verdadeira. É urgentíssimo que se fale também a respeito da extrema necessidade de restituir ao estudo do magnetismo seu lugar de direito junto aos espíritas, sob pena de não mais se produzir o elemento imprescindível à cura dessa epidemia ― o magnetizador espírita.

Sendo assim, não tenho outra forma de encerrar essa reflexão senão compartilhando questionamentos. É possível mensurar as consequências do alijamento do conhecimento da ciência do magnetismo no meio espírita? Será, supondo que exista, uma ação magnética consciente, nas reuniões de desobsessão, operar-se junto ao obsediado promovendo a transformação apontada por Kardec, apenas com o emprego de imposição de mão por miseráveis segundos? Isso não é crer no maravilhoso e no sobrenatural?
Realmente não há como encerrar, prossiga daqui amigo e considere este ponto, uma vírgula.
                                                                    Ana Vargas
Postado por Daniel de Almeida Giroto

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

VIVÊNCIAS EVOLUTIVAS DE ALLAN KARDEC



lgumas informacoes adicionais, conforme
    João Batista Cabral -Presidente da 
         ADE – SERGIPE (Jan.2005)

VIVÊNCIAS EVOLUTIVAS DE ALLAN KARDEC – Síntese.

Neste artigo apresentamos sinteticamente algumas reencarnações de Allan Kardec, e a sua contribuição filosófica, cientifica e religiosa para a humanidade.



1. SACERDOTE AMENOPHIS - No período de Ramsés II, no antigo Egito. Ilustre sábio da casa do Faraó Seti I, em aproximadamente, 3386 anos, passados, na época da 19ª. Dinastia. Neste mesmo período viveu Moisés. Citado no Livro Faraó Mernephtah de J. W. Rochester.



2. SACERDOTE DRUÍDA - Allan Kardec, revelação dada pelo Espírito Zéfiro em 1856. Espírito protetor, dizendo a Denizard Rivail: Conhecemo-nos quando ambos vivemos nas Gálias entre os Druídas. Chamava-se Allan Kardec. Neste período de 58 a.C., imperador Julius César invadiu as Gálias.



3. CENTURIÃO ROMANO - Quirílius Cornélius que viveu na Palestina como Centurião Romano, na época do Imperador Tibérius César, sendo Pôncio Pilatos o Procurador da Judéia. Esteve diversas vezes com Jesus. Instalou-se em Jerusalém. Entre vários fatos marcantes em sua vida, foi a cura de um servo por Jesus (Mateus, 8: 5-13). Quando Jesus foi preso quis deixá-lo fugir e ofereceu-se a ele para morrer em seu lugar. - Citado no Livro Herculanum de J. W. Rochester.



4. JAN HUSS - Sacerdote, mártir e reformador Tcheco. Nasceu em Husinec em 1369 e morreu em 1415, com 46 anos de idade. Foi o período da pré - reforma da Igreja católica. John Wyclif, muito influenciou Jerônimo de Praga e este a Jan Huss. No final da vida Huss e Jerônimo, atacaram, publicamente, os dogmas romanos. Huss era detentor de um caráter sábio. A Igreja levou-o ao Concílio de Constança para que ele se retratasse, mas, este, manteve a sua doutrina que o Cristo era o chefe da Igreja e não Pedro. Aos 6 dias de Julho de 1415, foi condenado, amarrado em um poste, executado e queimado vivo.

5. HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL - FRANÇA - 1804 a 1869 - SÉCULO XIX - Codificador do Espiritismo. Por uma longa evolução reencarnatória, Kardec foi colhendo o Conhecimento, o Amor e a Coragem que demonstrou na sua última vivência com A Missão.

RESUMO DA BRILHANTE TRAJETÓRIA DESSE ESPÍRITO

AMENOPHIS (Sacerdote) - A Iniciação
ALLAN KARDEC (Druída) - A Sabedoria
QUIRÍLIUS CORNÉLIUS (Centurião) - O Amor
JAN HUSS (Mártir) - O Testemunho
ALLAN KARDEC (Codificador) - A Missão

Leitura Recomendada;

A  AURA E OS CHACRAS NO ESPIRITISMO                                              (NOVO)
AS PAIXÕES: UMA BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA E ESPÍRITA [1]          (NOVO)
COMO ENTENDER A ORTODOXIA - PARTE II                                           (NOVO)
COMO ENTENDER A ORTODOXIA - PARTE I                                            (NOVO)
ORGULHO                                                                                                     (NOVO)
SOBRE A EDUCAÇÃO1                                                                                (NOVO)
ESCOLA FUNDADA NO MONT-JURA                                                         (NOVO)
DA INVEJA                                                                                                     (NOVO)  
HUMILDADE - Termos traduzidos do francês                                                (NOVO)  
AS PIRÂMIDES DO EGITO E O MUNDO ESPIRITUAL                                (NOVO)  
LITERATURA MEDIÚNICA                                                                            (NOVO)
A DEGENERAÇÃO DO ESPIRITISMO                                        
CARTA DE ALLAN KARDEC AO PRÍNCIPE G.
A CIÊNCIA EM KARDEC
O QUE PENSA O ESPIRITISMO
ESPIRITISMO E FILOSOFIA
O PROBLEMA DO DESTINO
PIONEIRISMO E OPOSIÇÃO DA IGREJA
ESPIRITISMO Ou será científico ou não subsistirá
ESTUDO SEQUENCIAL OU SISTEMATIZADO?
CEM ANOS DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA
DIMENSÕES ESPIRITUAIS DO CENTRO ESPÍRITA
O ESPIRITISMO E A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
PRIMEIRO LIVRO DE ALLAN KARDEC TRADUZIDO PARA O BRASIL
O SEGREDO DE ALLAN KARDEC
A DIMENSÃO ESPIRITUAL E A SAÚDE DA ALMA
O ASPECTO FILOSÓFICO DA DOUTRINA ESPÍRITA
O SILÊNCIO DO SERVIDOR
TALISMÃS, FITINHAS DO “SENHOR DO BONFIM” E OUTROS AMULETOS NUM CONCISO COMENTÁRIO ESPÍRITA
“CURANDEIROS ENDEUSADOS”, CIRURGIÕES DO ALÉM – SOB OS NARCÓTICOS INSENSATOS DO COMÉRCIO
DILÚVIO DE LIVROS “ESPÍRITAS” DELIRANTES
TRATAR OU NÃO TRATAR: EIS A QUESTÃO
ATRAÇÃO SEXUAL, MAGNETISMO, HOMOSSESUALIDADE E PRECONCEITO
RECORDANDO A VIAGEM ESPÍRITA DE ALLAN KARDEC, EM 1862
OS FRUTOS DO ESPIRITISMO
FALTA DE MERECIMENTO OU DE ESTUDO?
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
EURÍPIDES E HÉCUBA
O HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO
FONTE DE PERFEIÇÃO
MESMERISMO E ESPIRITISMO
AS MESAS GIRANTES
RESGUARDEMOS KARDEC
REFLEXÃO SOBRE O LIVRE-ARBÍTRIO
AUTO DE FÉ DE BARCELONA
ACERCA DA AURA HUMANA
COMO PODEMOS INTERPRETAR A FRASE DE JESUS: "A tua fé te curou"?
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/12/como-podemos-interpretar-frase-de-jesus.html