Depressão é um problema médico
que requer tratamento. Porém, não é sempre que a palavra depressão é utilizada
neste sentido. Às vezes esse termo é utilizado pela população leiga, para se
referir à sensação de tristeza, desânimo, vontade de chorar, sem
necessariamente caracterizar um episódio depressivo.
O termo depressão, contudo,
quando utilizado como sinônimo da doença depressão (transtorno depressivo),
significa uma alteração geral no estado de humor da pessoa, que inclui sintomas
físicos como alterações de sono e de apetite, podendo apresentar também queixas
somáticas como dores de cabeça, dor de estômago e dores musculares. Também
apresenta como parte dos sintomas, tristeza, desânimo, dificuldade em sentir
alegria ou prazer, falta de vontade ou de interesse para realizar atividades
que anteriormente gostava.
Porém deve ser levado em
consideração que tristeza, desânimo e falta de prazer não serão sempre e
necessariamente sinônimos de doença. Existem relações da vida de qualquer
pessoa que serão marcadas pela tristeza, como:
- luto pela morte de um
familiar ou amigo
- a separação no casamento
- a demissão de um emprego
- o fracasso em um concurso
- entre incontáveis outros
eventos.
O limite entre o que é doença
e o que é uma reação normal à vida depende de quão intenso é o sofrimento da
pessoa e de como ela reage no seu cotidiano aos fatores que a estão deixando
triste.
Podemos, assim, agrupar em
quatro modalidades os estados depressivos, principalmente de acordo com a
intensidade do sofrimento psíquico. São eles:
- reações normais de
depressão: luto e pesar
- reações de ajustamento
depressivo
- distimia ou estado crônico
de depressão
- depressão (transtorno
depressivo).
Apenas os três últimos são
considerados doenças, sendo a última modalidade o que se denomina transtorno
depressivo, ou depressão maior, a depressão propriamente dita.
REAÇÕES NORMAIS DE DEPRESSÃO:
LUTO E PESAR
Uma reação normal de tristeza
ocorre quando um acontecimento da vida tira a pessoa de seu estado habitual de
humor, mas ela retorna espontaneamente a ele após cessado o seu período de
tristeza.
Um jovem que estuda durante
longo período para o vestibular pode entristecer-se quando recebe o resultado
negativo, a reprovação e chorar, tornar-se desanimado por alguns dias; mas na
semana seguinte faz sua matrícula para mais um semestre de pré-vestibular. Um
término de namoro, uma discussão séria no casamento, a doença de uma pessoa
querida, vários podem ser os fatores que deixam alguém com pesar: sentimento de
tristeza, desânimo, sensação de falta de prazer com tarefas que antes davam
satisfação, choro mais fácil, dificuldade de concentração para trabalhar ou
estudar. Porém são sentimentos que têm uma pequena duração no tempo, por dias
ou semanas, no máximo, que geralmente não perduram o dia inteiro, não impedindo
a pessoa de se cuidar, de fazer suas obrigações profissionais e sociais.
Da mesma forma pode ocorrer
com o sentimento de perda, a sensação de vazio passageira, bem limitada no
tempo, pela morte de um familiar próximo ou amigo. Ou ainda pela perda de um
emprego, pelo fim de um casamento, pela mudança de cidade do filho que vai
estudar, ou até, muitas vezes, pela decepção de um projeto de vida, que não
seja mais possível realizar. Esse sentimento de perda caracteriza a tristeza do
luto.
São, portanto, reações normais
aos acontecimentos mais difíceis da vida de qualquer pessoa, que se instalam e
persistem por alguns dias ou semanas, e em seguida cessam, gradualmente. A
maioria das vezes tais reações depressivas não requerem tratamento, mas algumas
vezes um tratamento médico baseado em psicoterapia é aconselhado, mesmo por um
curto período, pois não raro essas reações normais podem ser também fatores que
desencadeiam um estado de depressão que se prolongue mais que o normal.
REAÇÕES DE AJUSTAMENTO
DEPRESSIVO
São reações um pouco mais
graves que as vistas nas reações depressivas normais da vida, mas não tão
intensas quanto acontece na depressão propriamente dita.
Ocorre geralmente um estado de
angústia com humor deprimido, ansiedade, preocupação e um sentimento de
incapacidade de adaptação que surgem após um acontecimento de vida estressante,
como separações, mortes na família, acidentes, doenças físicas graves, entre
outros sentimentos. O início dos sintomas é usualmente dentro de um mês da
ocorrência do evento estressante, freqüentemente não excedendo 6 meses de
duração. Em geral são eventos normais (mesmo que indesejáveis) da vida, que
causam estresse e angústia, ou mudanças de vida, mas que resultam em uma reação
na pessoa que é um pouco mais severa do que o esperado, sendo mais intensa e
persistindo por mais tempo. Geralmente requerem um tratamento médico com
psicoterapia, raramente com uso de medicação por um curto período.
É caracterizada por um período
longo (mais de 2 anos em adultos e mais de 1 ano em crianças) em que a pessoa
se sente constantemente triste e desanimada. Não chega a ser uma tristeza tão
intensa ou incapacitante como o que ocorre nos episódios de depressão maior.
Porém, em razão de sua cronicidade e persistência, causa muito prejuízo e
sofrimento, tendo repercussões sobre diversas esferas como trabalho, vida
social e afetiva. Um episódio de distimia pode ser subseqüente a uma depressão
com remissão parcial dos sintomas ou então à uma reação de ajustamento
depressivo que não se resolveu ou que não foi tratada. Geralmente há
necessidade de associar tratamento medicamentoso à psicoterapia (ou
comportamental ou de orientação analítica).
(Colaboradoras: Dra. Alice
Sibile Koch / Dra. Dayane Diomário da Rosa)
Leitura Recomendada;
DEPRESSÃO – PARTE 1
DEPRESSÃO –PARTE 2 – DISTIMIA – ESTADO
CRÔNICO DE DEPRESSÃO
DEPRESSÃO – PARTE 4 – TDM TRATAMENTO
DA DEPRESSÃO PELO MAGNETISMO
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/
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