Mostrando postagens com marcador A tragédia Hécuba. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador A tragédia Hécuba. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

EURÍPIDES E HÉCUBA

 EURÍPIDES E HÉCUBA

 José Reilly Algodoal


No estudo das antigas civilizações, constatamos a crença generalizada na imortalidade e comunicabilidade dos Espíritos. A todo instante nos defrontamos com oráculos, pitonisas, sibilas, hierofantes, magos, necromantes, profetas e médiuns, o que é bastante significativo.

A cultura grega não fugiu à regra.  Efetivamente, os gregos, conforme nos revelam seus costumes, crenças, medos, cultos e rituais, acreditavam piamente na imortalidade, nada obstante fossem vagas e imprecisas as noções sobre a vida além do túmulo.

O teatro grego é uma proclamação à vida imortal. Da mesma forma que o comerciante só põe à venda a mercadoria desejada pelos consumidores,  na peça teatral, o poeta grego tinha que atender aos desejos e aspirações dos espectadores, deixando assim registrado o nível cultural de sua gente e de sua época.

Os gregos faziam teatros aproveitando os aclives naturais do terreno. Na base, o palco para os atores e o coro. Ao redor do palco, degraus em semicírculos, poucos na base, para irem se ampliando à medida que esses subiam as encostas do morro. Eram e são autênticas conchas acústicas, proporcionando excelentes condições para a propagação do som. Alguns teatros comportavam mais de 20.000 espectadores.

Nos teatros encenavam comédias e tragédias. Algumas delas são reencenadas nos dias atuais, sempre com sucesso. Os atores entravam em cena usando máscaras, chamadas personas, para melhor identificar os personagens que iam representar. O coro dava movimentação ao espetáculo.

Eurípides está entre os mais festejados poetas gregos.  A tragédia Hécuba, apresentada pela primeira vez em 424 a. C., focaliza a Guerra de Troia, no momento histórico em que os gregos, vitoriosos, se preparavam para retornar com os despojos dos vencidos.

Hécuba foi a última rainha de Troia. Sobreviveu ao massacre e se tornou escrava. Na peça, ela tinha sonhos premonitórios que se concretizavam.

O primeiro personagem a entrar em cena é um Espírito. É o Espírito de Polidoro que, em seu demorado monólogo, conta ter sido o último filho do rei Príamo e da rainha Hécuba. Adolescente, não apto para empunhar a lança e o escudo, foi mandado aos cuidados de Polimnestor, rei da Trácia, levando consigo considerável tesouro. O tesouro, destinado para atendê-lo nas necessidades futuras, foi a causa de sua ruína.   Com a queda de Troia, dominado por ganância incontida, seu hospedeiro assassinou-o e lançou seu corpo ao mar, apropriando-se do tesouro.   Continuando seu monólogo, Polidoro diz que rogou aos deuses para que as ondas levassem seu corpo à praia, para ser sepultado conforme o ritual. Conta mais, que o Espírito  Aquiles pede o sacrifício de uma princesa sobre seu túmulo.

Na continuação da tragédia, os gregos recusam-se a partir enquanto não atendido o apelo do Espírito  Aquiles, o qual, materializando-se sobre seu túmulo, exigia o sacrifício de uma princesa.

Ulisses é encarregado de buscar Polixena, filha de Hécuba, para ser decapitada.  Hécuba pede, implora, oferece-se para ser sacrificada no lugar da filha.   Ulisses lastima, mas não pode deixar de atender ao pedido do Espírito  Aquiles.   Ele leva Polixena, para que seu sangue corra como libação sobre o túmulo de Aquiles.    Polixena, ante o inevitável, pede seja desligada das amarras, para entrar no reino da morte como uma mulher livre, não escrava.

Os personagens se sucedem. A tragédia continua toda recheada com sentimentos e emoções fortes;  com traições, ódios e vinganças; torturas e homicídios; com intromissão de Espíritos na vida dos homens;  com metamorfoses, profecias e vaticínios.

O certo e irretorquível é que a tragédia Hécuba é um cântico à imortalidade da alma e à comunicabilidade dos Espíritos. E só poderia ser aplaudida por um público que aceitava a continuidade da vida depois da morte, como uma realidade inconteste.

Fonte; http://www.mundoespirita.com.br/?materia=euripides-e-hecuba

Leitura Recomendada;
A  AURA E OS CHACRAS NO ESPIRITISMO                                              (NOVO)
AS PAIXÕES: UMA BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA E ESPÍRITA [1]          (NOVO)
COMO ENTENDER A ORTODOXIA - PARTE II                                           (NOVO)
COMO ENTENDER A ORTODOXIA - PARTE I                                            (NOVO)
ORGULHO                                                                                                     (NOVO)
SOBRE A EDUCAÇÃO1                                                                                (NOVO)
ESCOLA FUNDADA NO MONT-JURA                                                         (NOVO)
DA INVEJA                                                                                                     (NOVO)  
HUMILDADE - Termos traduzidos do francês                                                (NOVO)  
AS PIRÂMIDES DO EGITO E O MUNDO ESPIRITUAL                                (NOVO)  
LITERATURA MEDIÚNICA                                                                            (NOVO)
A DEGENERAÇÃO DO ESPIRITISMO                                        
CARTA DE ALLAN KARDEC AO PRÍNCIPE G.
A CIÊNCIA EM KARDEC
O QUE PENSA O ESPIRITISMO
ESPIRITISMO E FILOSOFIA
O PROBLEMA DO DESTINO
PIONEIRISMO E OPOSIÇÃO DA IGREJA
ESPIRITISMO Ou será científico ou não subsistirá
ESTUDO SEQUENCIAL OU SISTEMATIZADO?
CEM ANOS DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA
DIMENSÕES ESPIRITUAIS DO CENTRO ESPÍRITA
O ESPIRITISMO E A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
PRIMEIRO LIVRO DE ALLAN KARDEC TRADUZIDO PARA O BRASIL
O SEGREDO DE ALLAN KARDEC
A DIMENSÃO ESPIRITUAL E A SAÚDE DA ALMA
O ASPECTO FILOSÓFICO DA DOUTRINA ESPÍRITA
O SILÊNCIO DO SERVIDOR
TALISMÃS, FITINHAS DO “SENHOR DO BONFIM” E OUTROS AMULETOS NUM CONCISO COMENTÁRIO ESPÍRITA
“CURANDEIROS ENDEUSADOS”, CIRURGIÕES DO ALÉM – SOB OS NARCÓTICOS INSENSATOS DO COMÉRCIO
DILÚVIO DE LIVROS “ESPÍRITAS” DELIRANTES
TRATAR OU NÃO TRATAR: EIS A QUESTÃO
ATRAÇÃO SEXUAL, MAGNETISMO, HOMOSSESUALIDADE E PRECONCEITO
RECORDANDO A VIAGEM ESPÍRITA DE ALLAN KARDEC, EM 1862
OS FRUTOS DO ESPIRITISMO
FALTA DE MERECIMENTO OU DE ESTUDO?
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
O HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO
FONTE DE PERFEIÇÃO
MESMERISMO E ESPIRITISMO
VIVÊNCIAS EVOLUTIVAS DE ALLAN KARDEC
AS MESAS GIRANTES
RESGUARDEMOS KARDEC
REFLEXÃO SOBRE O LIVRE-ARBÍTRIO
AUTO DE FÉ DE BARCELONA
ACERCA DA AURA HUMANA
COMO PODEMOS INTERPRETAR A FRASE DE JESUS: "A tua fé te curou"?
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/12/como-podemos-interpretar-frase-de-jesus.html