Os centros de força, que são fulcros energéticos, são influenciados pelas energias originárias das vidas pretéritas da alma que, na nova encarnação, imprime às células a especialização extrema na formação do corpo denso do homem, especialização que todos detemos no corpo espiritual em recursos equivalentes. Essas células obedecem às ordens do espírito, diferenciando-se e adaptando-se às condições por ele criada, procedendo do elemento primitivo, comum, de que todos provimos em laboriosa marcha no decurso dos milênios. É assim que “A enfermidade, como desarmonia espiritual, sobrevive no perispírito”. Pois tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que reage nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais, uma vez que toda a mente é dínamo gerador de força criativa. Quando a nossa mente, por atos contrários à lei divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fuIcros de forças, a nossa alma naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante obrigando-se ao trabalho de reajuste. E é assim que, muitas vezes, numa nova encarnação, encontramos pessoas com problemas mentais ou de paralisias físicas, “apresentando estado morfológico conforme o campo mental a que se ajusta”.
A zona de remorso
A recordação dessa ou daquela falta grave,
principalmente daquelas que repousam recalcadas no espírito, sem que o desabafo
e a corrigenda funcionem por válvulas de alivio às chagas ocultas do
arrependimento, cria na mente um estado anormal que podemos classificar de
“zona de remorso”, em torno da qual a onda viva e contínua do pensamento passa
a enrolarse em circuito fechado sobre si mesmo, com
reflexo permanente na parte do veículo fisiopsicossomático ligada à lembrança
das pessoas e circunstâncias associadas ao erro de nossa autoria. Isso é bem
exemplificado por André Luiz no livro Entre a Terra e o Céu, onde ele relata a
questão de Júlio, que, em uma existência, teria aniquilado o veículo físico
tomando uma grande quantidade de corrosivo e, mesmo sobrevivendo à intoxicação,
fez uma nova tentativa de aniquilar o corpo físico lançando-se à funda corrente
de um rio, nela encontrando o afogamento. Na oportunidade seguinte que lhe foi
dada, reencarnou junto das almas com as quais se mantinha associado para a
regeneração do pretérito, mas infelizmente encontrou dificuldades naturais para
recuperar-se, desencarnando ainda menino, vítima de um novo afogamento. E
quando chegou o momento de um novo renascimento, para que pudesse se reajustar
dentro das leis divinas e recuperar-se mentalmente, equilibrando o “centro
laríngeo”, reencarnou, dessa vez, com o corpo fisiológico deficiente, sofrendo
do órgão vocal que se caracterizou por fraca resistência aos assaltos
microbianos e que, de algum modo, lhe retratou a região lesada. Nesse exemplo,
observamos que estabelecida a idéia fixa sobre “o nódulo de força mental
desequilibrado”, foi indispensável que houvesse acontecimentos reparadores para
que Júlio se sentisse redimido perante a lei, mudando, portanto, seu campo
mental.
Somos todos responsáveis
Não podemos esquecer que a imprudência e a
ociosidade se responsabilizam por múltiplas enfermidades, como sejam os
desastres circulatórios provenientes da gula, os quadros infecciosos pela
ausência da higiene comum, os desequilíbrios nervosos da toxicomania e o
depauperamento decorrente de vários excessos. De modo geral, porém, as doenças
perduráveis, que destróem o corpo físico, têm suas causas no corpo espiritual,
pois as energias na nossa alma expressam as chamadas dívidas cármicas, por
serem conseqüências das causas infelizes que nós mesmos plasmamos, e são
transferíveis de uma existência para outra, uma vez que é a nossa mente,
através da energia do nosso pensamento, que, de forma inconsciente, muitas
vezes, nos cobra ou nos absolve das faltas cometidas, lançando-nos ou
tirando-nos da “zona de remorso”. Existem casos em que, mesmo em estado de
recuperação perispirítica, a presença de pessoas desafetas responsáveis por
essas zonas pode levar a violentos choques psíquicos, com o que as emoções se lhe
desvairam afastando-se da necessária harmonia. A mente desorientada perde o
controle da organização perispirítica e dos elementos fisiológicos, assumindo
condições excêntricas, dispersando as energias que lhe são peculiares. Essas
energias passam a atritar-se e a emitir radiações de baixa freqüência,
aproximadamente igual à de que lhe incide o pensamento das vítimas, trazendo,
conseqüentemente, as mais variadas repercussões no corpo somático. Devemos
também lembrar que não apenas os pensamentos voltados para nossas ações
pretéritas mantêm-nos presos a esse circuito fechado do pensamento do qual
falamos. O pensamento é muito mais amplo do que a nossa consciência pode
alcançar. Subsistem aqueles (o pensamento) em que se fazem inconscientes em
nossa mente, também trazidos por lembranças das faltas por outros cometidas,
que nos atingiram, deixando marcas no nosso corpo espiritual e que, hoje, ao
depararmo-nos em um novo reencontro, sentimos no corpo carnal os efeitos desses
males, efeitos estes apresentados muitas vezes na forma de simples sintomas ou
mesmo de uma enfermidade instalada.
O pensamento, como uma modalidade de energia
sutil atuando em uma forma de onda, com velocidade muito superior à da luz,
quando de passagem pelos lugares e criaturas, situações e coisas que nos afetam
a memória, agem e reagem sobre si mesmos, em circuito fechado, trazendo-nos,
assim, de volta as sensações desagradáveis hauridas ao contato de qualquer ação
desequilibrante. Isso tudo acontece porque, quando nos rendemos ao desequilíbrio
ou estabelecemos perturbações em prejuízo dos outros, plasmamos nos tecidos
fisiopsicossomâticos determinados campos de ruptura na harmonia celular,
criando predisposições mórbidas para essa ou aquela enfermidade e,
conseqüentemente, toda a zona atingida torna-se passívelde invasão microbiana.
Reforma íntima
Quando é desarticulado o trabalho sinergético
das células nesse ou naquele tecido, intervêm as unidades mórbidas, quais o
câncer, que nessa doença imprime acelerado ritmo de crescimento a certos agrupamentos
celulares, entre as células sãs do órgão em que se instalam, causando
tumorações invasoras e metastáticas, compreendendo-se, porém, que a mutação no
início obedeceu à determinada distonia, originária da mente, cujas vibrações
sobre as células desorganizadas tiveram o efeito das projeções de raios x ou de
irradiações ultravioletas, em aplicações impróprias.
Quando o doente adquire um comportamento
favorável a si mesmo, num crescente de humildade, paciência, devotamento ao
bem, num profundo processo de renovação moral, as forças físicas encontram
sólido apoio nas radiações de solidariedade e reconhecimento que absorve de
quantos lhe recolhem o auxílio direto ou indireto, conseguindo conter a
disfunção nos neoplasmas benignos que ainda respondem à influência organizadora
dos tecidos adjacentes. Devemos, portanto, reconhecer o quanto é importante o
equilíbrio de nossa mente, pois com as aquisições e observações da
psicopatologia, podemos observar a intervenção dos fatores internos ou
psicogênitos em todas as atividades do organismo físico.
O aparelho cerebral
André Luiz, no livro No Mundo Maior, falando
sobre o sistema nervoso, observa em preciosa síntese que: “No sistema nervoso,
temos o cérebro inicial, repositório dos movimentos instintivos e sede das
atividades subconscientes. Na região do córtex motor, zona intermediária entre
os lobos frontais e os nervos, temos o cérebro desenvolvido, consubstanciando
as energias motoras de que se serve a nossa mente para as manifestações
imprescindíveis no atual momento evolutivo do ser. Nos planos dos lobos
frontais, silenciosos ainda para a investigação científica do mundo, jazem
materiais de ordem sublime, que conquistaremos gradualmente, no esforço de
ascensão, representando a parte mais nobre do nosso organismo divino em
evolução. Não podemos dizer que possuímos três cérebros simultaneamente. Temos
apenas um que se divide em três regiões distintas, onde, no primeiro, situamos
a “residência de nossos impulsos automáticos”, simbolizando o sumário vivo dos
serviços realizados; no segundo, localizamos o “domicílio das conquistas
atuais”, onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos
edificando; no terceiro, temos a “casa das noções superiores”, indicando as
eminências que nos cumpre atingir. Num deles, moram o hábito e o automatismo.
No outro, residem o esforço e a vontade; e, no último, moram o ideal e a meta
superior a ser alcançada. E assim distribuímos o subconsciente, o consciente e
o superconsciente.
Como
vemos, possuímos em nós mesmos o passado, o presente e o futuro”.
Fonte; http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br/2014/02/lei-de-causa-e-efeito-karma.html
Fonte; http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br/2014/02/lei-de-causa-e-efeito-karma.html
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