sábado, 26 de outubro de 2013

A POSSESSÃO, SEGUNDO KARDEC


“Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz; o homem precisa habituar-se a ela pouco a pouco, do contrário fica deslumbrado.” (Allan Kardec)

Há possessos? Existe a possibilidade de dois Espíritos coabitarem num mesmo corpo? O mergulho cronológico nas obras da Doutrina Espírita nos leva ao seu berço, “O Livro dos Espíritos”:

1857
Questão 473 - Pode um Espírito tomar temporariamente o invólucro corporal de uma pessoa viva, isto é introduzir-se num corpo animado e obrar em lugar do outro que se acha encarnado nesse corpo?

– O Espírito não entra em um corpo como entrais numa casa. Identifica-se com um Espírito encarnado, cujos defeitos e qualidades sejam os mesmos que os seus, a fim de obrar conjuntamente com ele. Mas, o encarnado é sempre quem atua, conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido. Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado, por isso que este terá que permanecer ligado ao seu corpo até ao termo fixado para sua existência material. (1)

Kardec retira suas conclusões, prepara e formula a pergunta seguinte, e os Espíritos respondem:

Questão 474 - Desde que não há possessão propriamente dita, isto é, coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, pode a alma ficar na dependência de outro Espírito, de modo a se achar subjugada ou obsidiada ao ponto de sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada?

– Sem dúvida e são esses os verdadeiros possessos. Mas é preciso saibais que essa denominação não se efetua nunca sem que aquele que sofre o consinta, quer por sua fraqueza, quer por desejá-la. Muitos epilépticos ou loucos, que mais necessitam de médico que de exorcismos, têm sido tomados por possessos.

Os Espíritos, aí, fazem uma nítida distinção entre os verdadeiros e os falsos possessos.

Os verdadeiros são os subjugados até ao ponto de sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada; os falsos são os que não correspondem aos casos de obsessão, necessitando tratamento médico.

Comenta ainda Kardec, após a resposta dos Espíritos:

“O termo possesso só se deve admitir como exprimindo a dependência absoluta em que uma alma pode achar-se a Espíritos imperfeitos que a subjuguem.”

1858
Se havia alguma dúvida sobre a opinião do Codificador até aquele momento, ele a desfaz no texto da Revista Espírita, por ele dirigida: (2)

“Antigamente dava-se o nome de possessão ao império exercido pelos maus Espíritos, quando sua influência ia até a aberração das faculdades. Mas a ignorância e os preconceitos, muitas vezes, tomaram como possessão, aquilo que não passava de um estado patológico. Para nós, a possessão seria sinônimo de subjugação. Não adotamos esse termo (...) porque ele implica igualmente a idéia de tomada de posse do corpo pelo Espírito estranho, uma espécie de coabitação ao passo que existe apenas uma ligação. O vocábulo subjugação da uma idéia perfeita. Assim, para nós, não há possessos, no sentido vulgar da palavra; há simplesmente obsedados, subjugados e fascinados.”

Fica bastante claro que, para ele, até aqui, não existia possessão.

1861
O texto acima é parecido com o exarado no “O Livro dos Médiuns” (3), com uma diferença significativa no parágrafo, qual seja, a troca da palavra “ligação”, por “constrangimento”.

1862
Momentaneamente, temos a impressão de que estariam respondidas as indagações formuladas na inicial, mas, apesar dessas considerações, o termo possessão reaparece na Revista Espírita: (4)

“Ninguém ignora que quando o Cristo, nosso muito amado mestre, encarnou-se na Judéia, sob os traços do carpinteiro Jesus, aquela região havia sido invadida por legiões de maus Espíritos que, pela possessão, como hoje, se apoderavam das classes sociais mais ignorantes, dos Espíritos encarnados mais fracos e menos adiantados (...) é preciso lembrar que os cientistas, os médicos do século de Augusto, trataram, conforme os processos hipocráticos, os infelizes possessos da Palestina e que toda sua ciência esbarrou ante esse poder desconhecido. (Erasto)”

Na mesma revista e no mesmo ano, (5) Kardec, nos “Estudos sobre os Possessos de Morzine”, acrescenta a seguinte consideração:

“O paroxismo da subjugação é geralmente chamado de possessão.”

1863
A retomada do termo tinha uma razão, e Kardec é bem incisivo na sua opinião na Revista Espírita, sobre os mesmos Possessos de Morzine, que certamente o impressionaram e influíram na mudança de sua conceituação sobre possessão, e valeram doze citações no índice remissivo da Revista Espírita (1862, 63, 64, 65 e 68), além de outros estudos, na mesma revista, como, por exemplo, quando analisa “Um Caso de Possessão”. (6) (7) Senão vejamos:

“Temos dito que não havia possessos, no sentido vulgar do vocábulo, mas subjugados. Voltamos a esta asserção absoluta, porque agora nos é demonstrado que pode haver verdadeira possessão, isto é, substituição, posto que parcial, de um Espírito errante a um encarnado.(...) Não vendo senão o efeito, e não remontando à causa, eis por que todos os obsedados, subjugados e possessos passam por loucos (...). Eis um primeiro fato, que o prova, e apresenta o fenômeno em toda a sua simplicidade. (...)”

(O Sr. Charles) Declarou que, querendo conversar com seu velho amigo, aproveitava o momento em que o Espírito da Sra. A..., a sonâmbula, estava afastado do corpo, para tomar-lhe o lugar. (....). Eis algumas de suas respostas.

– Já que tomastes posse do corpo da Sra.A... poderíeis nele ficar ?
– Não; mas vontade não me falta.
– Por que não podeis ?

– Porque seu Espírito está sempre ligado ao seu corpo. Ah! Se eu pudesse romper esse laço eu pregaria uma peça.
– Que faz durante este tempo o Espírito da Sra. A....
– Está aqui ao meu lado; olha-me e ri, vendo-me em suas vestes.

O Sr. Charles (...) era pouco adiantado como Espírito, mas naturalmente bom e benevolente. Apoderando-se do corpo da Sra. A... não tinha qualquer intenção má; assim aquela Sra. nada sofria com a situação, a que se prestava de boa vontade.

Aqui a possessão é evidente e ressalta ainda melhor dos detalhes, que seria longo enumerar. Mas é uma possessão inocente e sem inconvenientes.

Na mesma página, no entanto, Kardec descreve um caso de possessão da Sra. Júlia, agora dirigida por um Espírito malévolo e mal intencionado.

Há cerca de seis meses tornou-se presa de crises de um caráter estranho, que sempre corriam no estado sonambúlico, que, de certo modo, se tornara seu estado normal. Torcia-se, rolava pelo chão, como se se debatesse, em luta com alguém que a quisesse estrangular e, com efeito, apresentava todos os sintomas de estrangulamento.

Acabava vencendo esse ser fantástico, tomava-o pelos cabelos, derrubava-o a sopapos, com injúrias e imprecações, apostrofando-o incessantemente com o nome de Fredegunda, infame regente, rainha impudica, criatura vil e manchada por todos os crimes, etc. Pisoteava como se acalcasse aos pés com raiva, arrancando-lhe as vestes. Coisa bizarra, tomando-se ela própria por Fredegunda, dando em si própria redobrados golpes nos braços, no peito, no rosto, dizendo: “Toma! Toma! É bastante,  infame Fredegunda? Queres me sufocar, mas não o conseguirás; queres meter-se em minha caixa, mas eu te expulsarei.” Minha caixa era o termo que se servia para designar o próprio corpo.(...)

Um dia, para livrar-se de sua adversária, tomou de uma faca e vibrou contra si mesma, mas foi socorrida a tempo de evitar-se um acidente.

Vemos, aí, a luta de dois Espíritos pelo mesmo corpo. Este Espírito, Fredegunda, foi posteriormente evocado em sessões mediúnicas e convertido ao bem. (8)

Mas, voltando aos Possessos de Morzine, (9) diz Kardec referindo-se ao perispírito:

“Pela natureza fluídica e expansiva do perispírito, o Espírito atinge o indivíduo sobre o qual quer agir, rodeia-o, envolve-o, penetra-o e o magnetiza. (...) Como se vê, isto é inteiramente independente da faculdade mediúnica (...)”

Estes últimos, sobretudo (os possessos do tempo de Cristo), apresentam notável analogia com os de Morzine.

Na mesma revista e no mesmo ano, selecionamos e pinçamos, para dimensionarmos a extensão daquela possessão coletiva: (10)

“Os primeiros casos da epidemia de Morzine se declararam em março de 1857 (...) e em 1861 atingiram o máximo de 120. (...)

(...) o caráter dominante destes momentos terríveis é o ódio a Deus e a tudo quanto a ele se refere.”

1864
Ainda sobre a possessão da Sra. Júlia (12), refere-se Kardec na Revista Espírita, (11):

“No artigo anterior (1863) descrevemos a triste situação dessa moça e as circunstâncias que provavam uma verdadeira possessão.”

O grau de intensidade das possessões e sua reatividade a tentativa de exorcização, vai bem descrita na Revista Espírita: (12)

“Desde que o bispo pisou em terras de Morzine”, diz uma testemunha ocular, “sentindo que ele se aproximava, os possessos foram tomados de convulsões as mais violentas; e (...) soltavam gritos e urros, que nada tinham de humano. (...)

As possessas, cerca de setenta, com um único rapaz, juravam, rugiam, saltavam em todos os sentidos. (...) A última resistiu a todos os esforços; vencido de fadiga e de emoção, ele (o bispo) teve que renunciar a lhe impor as mãos; saiu da igreja trêmulo, desequilibrado, as pernas cheias de contusões recebidas das possessas, enquanto estas se agitavam sob suas benções.” (...)

Encontramos no Evangelho segundo o Espiritismo (13) a seguinte referência sobre possessão e reforma íntima:

“(...) para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para se livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros. O auxílio destes se faz indispensável, quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque aí não raro o paciente perde a vontade e o livre arbítrio.”

No mesmo livro (14), há considerações sobre as causas da possessão:

“O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições.

Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão.”

1867
Ainda na Revista Espírita (15) encontramos informações de como é esta perda do livre arbítrio e como impedi-la:

“Objetar-me-eis, talvez, que nos casos de obsessão, de possessão, o aniquilamento do livre arbítrio parece ser completo. Haveria muito a dizer sobre esta questão porque a ação aniquiladora se faz mais sobre as forças vitais materiais do que sobre o Espírito, que pode achar-se paralisado, dominado e impotente para resistir, mas cujo pensamento jamais é aniquilado, como foi possível constatar em muitas ocasiões. (...)

Procedeis em relação aos Espíritos obsessores ou inferiores que desejais moralizar (...) algumas vezes conscientemente, quando estabeleceis, em torno deles uma toalha fluídica, que eles não podem penetrar sem vossa permissão, e agis sobre eles pela força moral, que não é outra coisa senão uma ação magnética quintessenciada.”

1868

Em “A Gênese”, (16) Kardec disserta sobre domicílio espiritual, típico caso de coabitação, ou como agora quer Hermínio Miranda, “condomínio espiritual, com síndico e convenção”.

“Na possessão, em vez de agir exteriormente, o Espírito atuante se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado, tomando-lhe o corpo por domicílio, sem que este, no entanto, seja abandonado por seu dono, pois que isso só se pode dar pela morte. A possessão, conseguintemente, é sempre temporária e intermitente, porque um Espírito desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado, pela razão que a união molecular do perispírito e do corpo só se pode operar no momento da concepção.

De posse momentânea do corpo do encarnado, o Espírito serve-se dele como se seu próprio fora: fala pela sua boca, vê pelos seus olhos, opera com seus braços conforme o faria se estivesse vivo. Não é como na mediunidade falante, em que o Espírito encarnado fala transmitindo pensamento de um desencarnado; no caso da possessão é mesmo o último que fala e obra (...)”

“Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor. Na possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que voluntariamente lho empresta, como emprestaria seu fato a outro encarnado.”

“Quando é mau o Espírito possessor, (...) ele não toma moderadamente o corpo do encarnado, arrebata-o (...)”

Seguindo ainda, no mesmo livro:

“Parece que ao tempo de Jesus, eram em grande número, na Judéia, os obsidiados e os possessos (...) Sem dúvida, os Espíritos maus haviam invadido aquele país e causado uma epidemia de possessões.” (17)

Com as curas, as libertações do possessos figuram entre os mais numerosos atos de Jesus.(...) “Se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é que o reino de Deus veio até vós.” (S. Mateus, cap. XII, 22 e 23) (18)

Deduzimos com base no exposto que, para que exista possessão, é preciso que o Espírito obsessor identifique-se com o Espírito encarnado; aquele atinge o indivíduo sobre o qual quer agir, rodeia-o, envolve-o, penetra-o e o magnetiza; o aniquilamento do livre arbítrio parece ser completo, porque a ação aniquiladora se faz mais sobre as forças vitais materiais do que sobre o Espírito, que pode achar-se paralisado, dominado e impotente para resistir, mas cujo pensamento jamais é aniquilado, pois o encarnado é que atua conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido e portanto aquela dominação não se efetua nunca sem que aquele que a sofre o consinta, quer por sua fraqueza, quer por desejá-la; em vez de agir exteriormente ao Espírito encarnado, toma-lhe o corpo por domicílio, sem que este, no entanto, seja abandonado por seu dono, pois isso só se pode dar pela morte, por isso, a possessão é sempre momentânea, temporária e intermitente. Para se libertar da possessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe para sua própria melhoria, estabelecendo em torno de si uma toalha fluídica, que eles não possam penetrar sem sua permissão, agindo sobre eles pela força moral, por uma ação magnética quintessenciada. Na possessão isto só é possível, com a ajuda indispensável de terceiros.

Portanto, respondendo às indagações iniciais deste trabalho, podemos dizer que Kardec analisou todas as facetas e prismas da possessão e concluiu que existe possessão e também coabitação.

Uma obra, como a da Codificação Espírita, é indivisível e portanto deve ser analisada como um todo, jamais devendo ser fragmentada ou dividida, na análise de seu conteúdo; existem vários temas, nas obras básicas (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo O Espiritismo, A Gênese, O Céu e o Inferno) e na Revista Espírita, em que as verdades foram estudadas à luz dos conhecimentos adquiridos no dia-a-dia e suas opiniões, às vezes alteradas, sem que correspondessem a uma mudança de idéia, mas, sim, a uma evolução de verdade em verdade, degrau a degrau na escada ascensional do conhecimento, como convém a um cientista sábio, astuto, inteligente, honesto e, antes de tudo, humilde, coisa rara, aliás.

A fé raciocinada sob a égide desta humildade, aconselhada e praticada pelo mestre lionês, levou-o à busca incessante da verdade, que sempre caracterizou suas ações, a correta elucidação conceptual de possessão, incitando-nos também a libertarmo-nos de duas outras, a dos dogmas e a do fanatismo.

Tenhamos igual têmpera e nos deixemos contaminar pela sua lição e pelo seu exemplo; a lição inclina, o exemplo arrasta.

FERNANDO A. MOREIRA
fermorei@uol.com.br

Bibliografia:

(1) KARDEC, Allan . O Livro dos Espíritos, ed. FEB, 1987, perg. 473, pg. 250.
(2) Revista Espírita , 1858, pg. 278.
(3) KARDEC, Allan . O Livro dos Médiuns, ed. FEB, 1982 , item 240, pg. 300.
(4) Revista Espírita, 1862, pg. 109.
(5) Idem , 1862, pg. 359.
(6) Idem , 1863, pg. 373.
(7) KARDEC, Allan . Obsessão, ed. “O Clarim”, 1993, pg. 225.
(8) Idem , pg. 229.
(9) Revista Espírita, 1863 pg. 01.
(10) Idem, 1863, pg. 103.
(11) Idem, 1864, pg. 11.
(12) Idem, 1864, pg.225.
(13) KARDEC, Allan . O Evangelho Segundo o Espiritismo, ed. FEB, 1995, pg. 432.
(14) Idem, pg. 171.
(15) Revista Espírita, 1867, pg. 192.
(16) KARDEC, Allan . A Gênese, ed. FEB, 1980, pg. 306.
(17) Idem, pg. 330.
(18) Idem, pg. 329.


Recomendamos  Leitura;

VAMPIRISMO E PARASITISMO ESPIRITUAL


1. CONCEITOS:

“Ação pela qual Espíritos involuídos, arraigados às paixões inferiores, se imantam à organização psicofísica dos encarnados (e desencarnados), sugando-lhes a substância vital.” (Martins Peralva- Estudando a Mediunidade.)

“O parasitismo espiritual (ou vampirismo) é um processo grave de obsessão que pode ocasionar sérios danos àquele que se faz hospedeiro (o obsidiado), levando-o à loucura ou até mesmo à morte.” (Espiritismo de A a Z, citando Suely Caldas Schubert, Obsessão/Desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas.9 ed. Rio:FEB, 1994, p. 192)

2. ESPÉCIES:
1 - espíritos muito apegados às sensações materiais prosseguem, após o túmulo, a buscar as sensações que desfrutavam quando encarnados, se vinculando aos encarnados que vibram em faixa idêntica, parceiros de paixões desequilibrantes.

2 - os obsessores, por vingança e ódio, ligam-se às suas vítimas com o intuito de absorver-lhes a vitalidade, enfraquecendo-as, em busca de maior domínio.

3 - existem aqueles que, já libertos do corpo físico, ligam-se, inconscientemente, aos seres amados que permanecem na crosta terrestre, mas sem o desejo de fazer o mal.

4 - entre os encarnados, existem pessoas que vivem permanentemente sugando as forças de outros seres humanos, que se deixam passivamente dominar.

Vampirismo Recíproco:

      O vampirismo pode, ainda, comportar a forma de Vampirismo Recíproco, onde ambos os espíritos envolvidos alimentam-se dos fluidos doentios do seu companheiro, apegando- se a ele instintivamente.
      Um exemplo é o caso relatado na obra “Nos Domínios da Mediunidade”, onde um homem desencarnado e uma mulher encarnada vivem em regime de escravidão mútua, nutrindo-se da emanação um do outro. Ela busca ajuda na sessão do trabalho desobsessivo realizado por um centro espírita e, com o concurso de entidades abnegadas, consegue o afastamento momentâneo do espírito obsessor. Bastou, porém, que o espírito fosse retirado para que ela o fosse procurar, reclamando sua presença.

3. CAUSAS EFETIVAS:
- desregramentos emocionais (tristeza, cólera, medo, etc.)
- Glutonaria
- Excessos alcoólicos
- Fumo
- desvios sexuais
       No capítulo III da Obra “Missionários da Luz”, merecem destaque as passagens onde André Luiz e Alexandre observam médiuns que apresentam alguns dos desregramentos retro mencionados:

3.1. Sexo:
Pessoa observada: Rapaz que se exercitava no desenvolvimento mediúnico, freqüentando um centro numa cidade brasileira, em que o Espírito Alexandre era mentor. Casado há oito meses, no entanto era atraído irresistivelmente para ambientes malignos, não resistindo às atrações de atividades doentias no campo sexual, tornando-se por isto mesmo ponto de atração para entidades grosseiras no mundo espiritual, que agiam à maneira imperceptíveis vampiros.

Observação de André Luiz: “- As glândulas geradores emitiam fraquíssima luminosidade que parecia abafa por aluviões de corpúsculos negros, a se caracterizarem por espantosa mobilidade. Começavam a movimentação sob a bexiga urinária e vibravam ao longo de todo o cordão espermático, formando colônias compactas nas vesículas seminais, na próstata, nas mucosas uretrais, invadiam os canais seminíferos, e lutavam com as células sexuais, aniquilando-as. As mais vigorosas daquelas feras microscópicas, situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da vida orgânica. Estava assombrado. Que significava aquele acervo de pequeninos seres escuros? Pareciam imantados uns aos outros na mesma faina de destruição. Seriam expressões mal conhecidas da sífilis?”

Resposta de Alexandre - “ - Não, André, não temos aí sob os olhos o espiroqueta de Schaudinn, nem qualquer nova forma suscetível de análise material por bacteriologistas humanos. São bacilos psíquicos da tortura sexual, produzido pela sede febril de prazeres inferiores. O dicionário médico do mundo não conhece e, na ausência de terminologia adequada aos seus conhecimentos, chamemos-lhes de larvas, simplesmente. Têm sido cultivados por este companheiro não só pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, senão também pelo contacto com entidades grosseiras, que se afinizam com as predileções dele, entidades que visitam com freqüência, à maneira de imperceptíveis vampiros. O pobrezinho ainda não pode compreender, que o corpo físico é apenas leve sombra do corpo perispiritual, e não se capacitou de que a prudência, em matéria de sexo, é equilíbrio da vida, e recebendo as nossas advertências sobre a temperança, acredita ouvir remotas lições de aspectos dogmático exclusivo, no exame da fé religiosa. (...)

3.2. Álcool.
Pessoa observada: Cavalheiro maduro, que tentava a psicografia, na mesma reunião de desenvolvimento mediúnico.

Observação de André Luiz: “- Semelhava-se o corpo a um tonel de configuração caprichosa, de cujo interior escapavam certos vapores muito leves, mais incessantes. Via-se-lhe a dificuldade para sustentar o pensamento com relativa calma. Não tive qualquer dúvida. Deveria ele utilizar de alcoólicos em quantidade. O aparelho gastro-intestinal parecia totalmente ensopado em aguardente, porquanto essa substância invadia todos os escaninhos do estômago e começando a fazer-se sentir nas paredes do estômago, manifestava a sua influência até o bolo fecal. Espantava-me o fígado enorme. Pequeninas figuras horripilantes, postavam- se, vorazes, ao longo da veia horta, lutando desesperadamente com os elementos sangüíneos mais novos. Toda a estrutura do órgão se mantinha alterada. Terrível ingurgitamento. Os lóbulos cilíndricos, modificados, abrigavam células doentes e empobrecidas. O baço apresentava anomalias estranhas.”

Esclarecimento de Alexandre: “- Os alcoólicos aniquilavam-no vagarosamente:

a. Este companheiro permanece completamente desviado em seus centros de equilíbrio vital;
b. Todo o sistema endocrínico foi atingido pela atuação tóxica;
c. Inutilmente trabalha a medula para melhorar os valores da circulação;
d. Em vão esforçam-se os centros genitais para ordenar as funções que lhe são peculiares, porque o álcool excessivo determina modificações deprimentes sobre a própria cromatina;
e. Debalde trabalham os rins na excreção dos elementos corrosivos, porque a ação perniciosa da substância em estudo anula diariamente grande número de nefrons;
f. Os pâncreas, viciado, não atende com exatidão ao serviço de desintegração dos alimentos;
g. Larvas destruidoras exterminam as células hepáticas;
h. Profundas alterações modificam as disposições do sistema nervoso vegetativos;
i. Não fossem as glândulas sudoríparas, tonar-se-lhe-iam impossível a continuação da vida física.

3. 3. Glutonaria.
Pessoa observada: Dama simpática e idosa ao desenvolvimento da mediunidade de incorporação, na mesma reunião;

Observação de André Luiz: “- Fraquíssima luz emanava de sua organização mental e, desde o primeiro instante, notara-lhe as deformações físicas.

a. O estômago dilatara-se horrivelmente;
b. O fígado, consideravelmente aumentado, demonstrava indefinível agitação;
c. Desde o duodeno à sigmóide, notavam-se anomalias de vulto;
d. Guardava a idéia de presenciar não o trabalho de um aparelho digestivo usual, e sim, de vasto alambique gorduroso, cheirando a vinagre de condimentação ativa;
e. Em grande zona do ventre superlotado de alimentação, viam-se parasitos conhecidos, mas além deles, divisava outros corpúsculos semelhantes a lesmas voracíssimas que se agrupavam em grandes colônias desde os músculos e as fibras do estômago até a válvula íleo-cecal. Semelhantes parasitos atacavam os sucos nutritivos, com assombroso potencial de destruição.

Esclarecimento de Alexandre: “- Temos aqui uma pobre amiga desviada nos excessos de alimentação. Todas as suas glândulas e centros nervosos trabalham para atender as exigências do sistema digestivo. Descuidada de si mesma, caiu na glutonaria crassa, tornando-se presa de seres de baixa condição.”

4. PROCESSO DE VAMPIRIZAÇÃO:
4.1.Produção das larvas mentais:
A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo e as viciações da personalidade formam criações inferiores, chamadas de larvas mentais, que são o alimento das entidades infelizes, portadoras de vigoroso magnetismo animal, contaminando o meio ambiente onde quer que o responsável pela sua produção circule. Formam nuvens de bactérias variadas, obedecendo ao princípio das afinidades.

4.2 O Contágio:
      Para nutrir-se desse alimento, o desencarnado agarra-se aos companheiros de ignorância ainda encarnados, sugando-lhes a substância vital.
      O médico Dias da Cruz lembra que "toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte que se rende às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva". E explica a técnica utilizada pelos espíritos vampirizadores, situando-a nos processos de hipnose.
      Por ação do hipnotizador, o fluido magnético derrama-se no campo mental do paciente voluntário, que lhe obedece o comando. Uma vez neutralizada a vontade do sujeito, as células nervosas estarão subjugadas à invasão dessa força. Os desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, utilizam esse processo na cultura do vampirismo.
      Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade, sugando-lhes as energias, tomam conta de suas zonas motoras e sensoriais, inclusive os centros cerebrais (linguagem e sensibilidade, memória e percepção), dominando-as.
      De acordo com Marlene Rossi Severino Nobre, membro da Associação Médico Espírita do Brasil (Extraído da Revista Cristã de Espiritismo nº 12, páginas 30-32), os espíritos inferiores desencarnados produzem substâncias destrutivas, que atingem os pontos vulneráveis de suas vítimas.
      Essas substâncias, conhecidas como simpatinas e aglutininas mentais, têm a propriedade de modificar a essência do pensamento dos encarnados, que vertem contínuos dos fulcros energéticos do tálamo, no diencéfalo. Esse ajuste entre desencarnados e encarnados é feito automaticamente, em absoluto primitivismo nas linhas da natureza. Os obsessores tomam conta dos neurônios do hipotálamo, "acentuando a dominação sobre o feixe amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as estações sensíveis do centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações e produzindo nas suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante influência mecânica sobre o simpático e o parassimpático". (o nosso mentor André Luiz (Evolução Em Dois Mundos, Francisco C. Xavier, 11ª ed,1989, pg. 117-118)
      A propósito, Allan Kardec (A Gênese, 29ª ed., FEB, pg. 305) relata que “Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele...” Ainda orienta o Codificador (mesma obra, pg. 285), que“Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta quando, por sua extensão e irradiação, o perispírito com eles se confunde. Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com quem se acha em contato molecular. (...)Se os eflúvios maus são permanentes e enérgicos, podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.”

5. AS ENTIDADES EXPLORADORAS.
      “vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens.”(Missionários da Luz, André Luiz, psicografia de Francisco Cândido 

Xavier cap. 4.1 )
      Tendo vivido muito mais de sensações animalizadas que de sentimentos e pensamentos puros, algumas criaturas, além do túmulo, prosseguem imantados aos ambientes domésticos que lhes alimentavam o campo emocional. Aos infelizes que caíram em semelhante condição de parasitismo, as larvas servem de alimento habitual.
      No livro "Evolução em dois Mundos", André Luiz compara os parasitas existentes nos reinos inferiores da Natureza aos "parasitas espirituais", pois os meios utilizados pelos desencarnados, que se vinculam aos que permanecem na esfera física, obedecem aos mesmos princípios de simbiose prejudicial.
      Reportando-se aos ectoparasitas (os que limitam sua ação às zonas de superfície, como os mosquitos sobre a pele) e aos endoparasitas (os que se alojam nas reentrâncias do corpo a que se impõem, como a infestação de elementos saprófagos), o autor traça um importante paralelo entre estes e a ação dos obsessores:

DESENCARNADOS AGINDO COMO ECTOPARASITA: absorvem as emanações vitais dos encarnados que com eles se harmonizem. São os que se aproximam eventualmente dos fumantes, dos alcoólatras e de todos aqueles que se entregam aos vícios e desregramentos de qualquer espécie.

DESENCARNADOS AGINDO COMO ENDOPARASITA: conscientes os que, "após se inteirarem dos pontos vulneráveis de suas vitimas”, tomam conta de seu campo mental "impondo-lhes ao centro coronário a substância dos próprios pensamentos, que a vitima passa a acolher qual se fossem os seus próprios.” (Evolução em dois Mundos, André. Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira, cap. XIV a XV, 5.. ed. FEB.).

      Os obsessores utilizam também as formas ovóides, para intensificar o cerco sobre suas vítimas, imantando-as a estas, para instalar o parasitismo espiritual. Envolvido nos fluídos dos obsessores, com o pensamento controlado pela interferência hipnótica dos algozes, o obsidiado passa a viver no clima que estes criaram, agravado pelas ondas mentais altamente perturbadoras dos ovóides, vendo inclusive os clichês mentais que projetam em fenômenos alucinatórios ou ouvindo-lhes as acusações na acústica da mente.

O corpo espiritual se transforma em um corpo ovóide em três casos:

1º) O homem selvagem quando retorna, após a morte do corpo denso, ao plano espiritual, sente-se atemorizado diante do desconhecido. A vastidão cósmica o assusta, bem como a visão de Espíritos, mesmo os bons e sábios, pois crê estar frente a deuses e, por isso, refugia-se na choça que lhe serviu de moradia terrestre. Anseia por retornar à taba onde vivera e ao convívio dos seus e alimenta-se das vibrações dos que lhe são afins. Nestas condições estabelece-se nele o monoideísmo, isto é, idéia fixa, abstraindo-se de tudo o mais. O pensamento que lhe flui da mente permanece em circuito viciado, continuamente. É o monoideísmo auto-hipnotizante. Não havendo outros estímulos, os órgãos do corpo espiritual se retraem ou se atrofiam, tal como ocorre aos órgãos do corpo físico.

2º) Desencarnados, em profundo desequilíbrio, aspirando a vingar-se ou portadores de vicioso apego, envolvem e influenciam aqueles que lhes são objeto de perseguição ou atenção e auto-hipnotizam-se com as próprias idéias, que se repetem indefinidamente. Em conseqüência, os órgãos perispiríticos se retraem, por falta de função, assemelhando-se então a ovóides, vinculados às próprias vítimas que, de modo geral, lhes aceitam, mecanicamente, a influenciação, por sentirem culpa, remorso, ódio, egoísmo, externados em vibrações incessantes, sob o comando da mente. Configura-se, neste caso, a parasitose espiritual.

3º) Os grandes criminosos, ao desencarnar, ver-se-ão atormentados pela visão repetida e constante dos próprios crimes, vícios e delitos, em alucinações que os tornam dementados. Os clichês mentais que exteriorizam torna-lhes o fluxo do pensamento vicioso, resultando no monoideísmo auto-hipnotizante. E tal como nos casos anteriores, perdem os órgãos do corpo espiritual, transubstanciando-se em ovóides.

6. O COMBATE AO VAMPIRISMO
6.1. Reencarnações Expiatórias: são conseqüências da lei de ação e reação,
constituindo-se no recurso utilizado pela Providência para devolver o equilíbrio aos espíritos, quando a reconciliação pelo amor torna-se inviável. A família consangüínea é o instrumento utilizado pela Providência para promover o resgate dos espíritos envolvidos. Inicialmente, reencarna o que tiver mais méritos, sendo indicada para recebê-lo como mãe alguém que tenha débitos a serem resgatados relativamente à maternidade, uma vez que a gestação trará o desconforto gerado pelo assédio do vingador. Desde as primeiras ligações fluídicas do reencarnante ao corpo físico, passando pela infância, adolescência e até atingir a fase adulta, o espírito que retorna continua padecendo da influência de seu desafeto, que lhe permanece enlaçado pela força de sentimentos negativos. Mais uma vez o instituto da família é usado pela Providência para que o reencarnante, através de uniões conjugais provacionais, ofereça ao seu verdugo um novo corpo, como filho consangüíneo, para que o amor de paternal ou maternal o envolva e promova o resgate dos equívocos praticados no passado.

6.2. Transformação do Ser: A arma fundamental de combate ao vampirismo é a transformação do Ser, visando as melhores condições de seu campo eletromagnético. Assim, quem sofre com tal influência espiritual negativa pode dela se livrar através do serviço no bem, com a prática do amor ao próximo. Ao reconhecer sua culpa, pode começar a construir a cura reajustando-se e servindo como exemplo ao seu perseguidor.
      É conveniente recordar os ensinamentos de Kardec quando afirma que “os espíritos inferiores não podem suportar o brilho e a impressão dos fluidos mais etéreos. Não morreriam no meio desses fluidos porque Espírito não morre, mas uma força instintiva os manteriam afastados dali como a criatura terrena se afasta de um fogo muito ardente ou de uma luz muito deslumbrante.” (A Gênese, cap. XIV, item 11).
      Sem esta transformação, as tentativas externas de desligamento das entidades infelizes não encontram sucesso. Não adianta o trabalho de retirada dos vampiros, mesmo inconscientes, se o encarnado invoca mentalmente as entidades, atraindo-as novamente para o seu convívio. O mesmo pode ser dito com relação à doutrinação das entidades. Embora efetuada com perseverança e métodos precisos, a medida exige tempo e tolerância fraternal, podendo encontrar obstáculo no fato do encarnado haver se convertido em poderoso imã de atração.

6.3. Oração: A oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. A prece é vibração, energia, poder. A prece provoca um estado psíquico que revela nossa origem divina e coloca-nos em contato com as fontes superiores. Dentro dessa realização, o Espírito, em qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder. Toda criatura que cultiva a oração, com o devido equilíbrio do sentimento, transforma gradativamente, em foco irradiante de energias da divindade.
      No Capítulo IV da obra Missionários da Luz, há o relato da prece de Cecília, que rezando pelo esposo, é cercada por luzes sublimes, rogando pela iluminação do companheiro a que parecia amar infinitamente. Seu coração se transformava num foco ardente de luz, do qual saíam inúmeras partículas resplandecentes, projetando-se sobre o corpo e sobre a alma do esposo com a rapidez de minúsculos raios. Os corpúsculos radiosos concentravam-se em massa, destruindo as pequenas formas horripilantes do vampirismo devorador.

7. CASOS DE VAMPIRISMO NA LITERATURA ESPÍRITA.
      Além daqueles mencionados no decorrer do presente trabalho, a título de ilustração, são inúmeros os casos de vampirismo narrados na literatura espírita, com destaque para aqueles ilustrados por André Luiz:

Nosso Lar - Caso da mulher cercada de pontos negros, que, chegada do Umbral, implora socorro do outro lado da cancela. O socorro é negado, em virtude de tratar-se de um forte vampiro, cujos pontos negros representavam cinqüenta e oito crianças assassinadas ao nascer.

Obreiros da Vida Eterna - Cenas de vampirismo em uma enfermaria de hospital. "Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os".

Nos Domínios da Mediunidade - (capítulo X) Caso da Jovem Parricida (pág. 71 a 79) e Caso Pedro (capítulo IX) “uma convulsão epiléptica o obsessor ligando-se a Pedro, seguindo-se convulsão generalizada tônico-clônica, com relaxamento de esfíncteres. O mentor Aulus afirma ser possessão completa ou epilepsia essencial e analisa que, no setor físico, Pedro está inconsciente, não terá lembrança do ocorrido, mas está atento em espírito, arquivando a ocorrência e enriquecendo-se.”

Libertação - (pág. 140 e 141) Caso da jovem Clorótica, que mantinha uma ligação mental com os seus obsessores, permitindo o domínio completo de sua mente, que utilizavam como se fosse a deles. Encontrava-se praticamente desapossada de seu livre-arbítrio e suas reações não mais lhe pertenciam, pois expressavam a vontade das entidades que funcionavam como seus algozes. E caso Margarida- Gregório (p. 110), onde o personagem Gregório vampiriza antiga companheira de nome Margarida, quando solicitado pelo mentor Gúbio a interromper a vampirização que colocava a vida de Margarida em perigo, afirma ter necessidade do alimento psíquico que só a mente de Margarida pode proporcionar.

Entre a Terra e o Céu - (cap. III) Caso Odila- Zulmira: A jovem senhora é Zulmira, e a irmã desencarnada que lhe vampiriza o corpo é Odila, a primeira esposa de Amaro, dolorosamente transfigurada pelo ciúme a que se recolheu. Empenhada em combater aquela que considera inimiga, imanta-se a ela, através do veículo perispirítico, na região cerebral, dominando a complicada rede de estímulos nervosos e influenciando os centros metabólicos, com o que lhe altera profundamente a paisagem orgânica.

No Mundo Maior - (pág. 37 a 74) Caso Pedro-Camilo, 20 anos sob a atuação de um único obsessor. Durante esse período, o quimismo espiritual ou a fisiologia do perispírito se desequilibrou e, conseqüentemente, desencadeou distúrbios orgânicos, entre os quais a ameaça de amolecimento cerebral.

8. CONCLUSÃO
     
 Dias da Cruz, no livro “Instruções Psicofônicas” Espíritos Diversos, através de mensagem psicografada por Francisco C. Xavier, afirma ser imperativo o uso dos antissépticos do Evangelho para garantir a higiene mento-psíquica. E prossegue:
      “Bondade para com todos, trabalho incansável no bem, otimismo operante, dever irrepreensivelmente cumprido, sinceridade, boa-vontade, esquecimento integral das ofensas recebidas e fraternidade simples e pura, constituem sustentáculo de nossa saúde espiritual.” (...) Procurando, pois, o Senhor e aqueles que o seguem valorosamente, pela reta conduta de cristãos leais ao Cristo, vacinemos nossas almas contra as flagelações externas ou internas da parasitose mental.”
      A prática do bem rompe os sentimentos inferiores, produzindo, além da própria transformação de quem o pratique, também a daqueles que a ele se agrega pelos vínculos do ódio e da vingança, pelo exemplo de fraternidade.
      Desse modo, os espíritos vingadores, ao encontrar a vítima transformada pelo esforço na prática do bem, da mesma forma como foram atraídos pelas suas fraquezas, serão contagiados pela nova situação e, em conseqüência, desestimulados a prosseguirem a perseguição.
      É possível concluir que pela prática da caridade, é possível obter a transformação moral necessária para se modificar e aos inimigos, evitando-se dolorosos resgates reparatórios.

Por Fernanda Louro Figueras
Fonte; http://www.mundoespirita.net/vampirismo.html

BIBLIOGRAFIA

O Espiritismo de A a Z, FEB
Evolução em Dois Mundos - FEB - F. C. Xavier / André Luiz
Missionários da Luz - FEB - F. C. Xavier / André Luiz
Nosso Lar - FEB - F. C. Xavier / André Luiz
Obreiros da Vida Eterna - FEB - F. C. Xavier / André Luiz
Nos Domínios da Mediunidade - FEB - F. C. Xavier / André Luiz
Libertação- FEB - F. C. Xavier / André Luiz
Entre a Terra e o Céu - FEB - F. C. Xavier / André Luiz
No Mundo Maior - FEB - F. C. Xavier / André Luiz
Estudando a Mediunidade- Martins Peralva
Revista Cristã de Espiritismo nº 12, páginas 30-32, Marlene Rossi Severino Nobre, Associação Médico-Espírita do Brasil
A Gênese, FEB, Allan Kardec
O Livro dos Médiuns, FEB, Allan Kardec
Instruções Psicofônicas- Espíritos Diversos, FEB- Francisco C. Xavier/ Dias da Cruz


Recomendamos  Leitura;

sábado, 19 de outubro de 2013

EFEITOS DE BLOQUEIOS NOS CHACRAS


Básico ou genésico: Falta de equilíbrio emocional, de ânimo, de força, desgaste físico, a pessoa fica “no mundo da lua”.
Gástrico ou umbilical: A pessoa fica sem estrutura para se identificar, fecha-se no mundo, vive no passado, sem alegria, sem satisfação.
Chacra esplênico: Perda de apetite, rancor, raiva, ódio e medo. A pessoa perde o amor-próprio, não acredita em mais nada.
Chacra cardíaco: Palpitação, angústia, desespero, medo, pânico. A pessoa fica totalmente sem controle e não consegue mais separar a razão da emoção.
Chacra laríngeo: Falta de criatividade, dificuldade de expressão. A pessoa se fecha, não consegue se livrar da angústia.
Chacra frontal: Causa perda de perspectiva e direcionamento. A pessoa fica sem objetivos e não vê nada a sua frente.
Chacra coronário: A pessoa se anula para a vida, perde o contato com a realidade e não consegue idealizar mais nada.

Rearmonizando os chacras

O passe, a prece, a irradiação, a água fluidificada ajudam, servem de apoio para a recuperação, mas não são a base real para o equilíbrio, alinhamento ou rearmonização dos chacras/centros de força.
Lembre-se, chacra bloqueado não é causa, é conseqüência.
A causa do desequilíbrio dos chacras/centros de força são nossos pensamentos,sentimentos, emoções, palavras, desejos e ações de baixos teores vibratórios, tais como pessimismo, mágoa, rancor, inveja, egoísmo, orgulho, vingança, ódio, etc. e ainda nossos vícios.
A condição essencial para que a pessoa se rearmornize energeticamente é que se moralize e abandone seus vícios.
Portanto, para reamornizar nossos chacras/centros de força, necessitamos nos reformar moralmente, agindo de maneira cristã em todos os momentos da vida.
Mas, como isso não é comum às nossas ampliadas comodidades, a nós, falíveis espíritos devedores, nos cabe exercitar por possuí-las pelo perdão, pela fraternidade e pela compreensão, ajudando, socorrendo e, sobretudo, orando por nosso próximo.

Dessa forma vibraremos em ondas de mais elevado teor moral, fazendo valer nosso centro coronário como captador das boas energias espirituais para distribuir o equilíbrio devido aos demais centros, assim espiritualizando nossa matéria.


Fonte; http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br/2013_07_01_archive.html

Leitura Recomendada;

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http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/09/caracteristicas-principais-dos-chacras.html

CHACRA FRONTAL


Situado na fronte entre os olhos. Possui 96 raios. Materialmente tem relação com os lobos frontais do cérebro e a hipófise pituitária.
 É o chacra dos sentidos, atuando diretamente sobre a hipófise e também na área do raciocínio e da visão.
 Por isso é dito que este é o chacra responsável direto pelo funcionamento dos centros superiores intelectivo, bem como do sistema nervoso central (visão, audição, tato, etc). Este também é um dos chacras responsáveis pela vidência e intuição no campo da mediunidade. Através dele emitimos nossa energia mental, portanto, é neste chacra que possuímos o comando dos poderes psíquicos.
O chacra frontal se encontra intimamente ligado com o correspondente centro de forças do perispírito.
Quando abundante de Fluido Vital e em boa atividade com os outros chacras, confere ao homem encarnado, e também ao desencarnado, a faculdade de aumentar ou diminuir o seu poder visual.

Chacra Coronário

Situado no alto da cabeça. O nome Coronário vem de coroa. Conhecido entre os hindus por “lótus de mil pétalas”, possui 960 raios principais e um centro menor em turbilhão colorido, apresentando 12 ondulações ou raios. Materialmente relaciona-se com a Epífise.
É o chacra mais importante, porque nos liga ao plano espiritual, através dele captamos as energias Espirituais; esse chacra recebe primeiramente os estímulos do Espírito. É o elo, a ponte entre a mente do perispírito e o cérebro físico, sendo o responsável pela sede da consciência do Espírito encarnado.
Quando desenvolvido mantém todos os demais em pleno equilíbrio. Só deve ser desenvolvido com o controle moral, intelectual e espiritual.
Este chacra comanda os demais, embora vibrem interdependentes. Este chacra é o centro de forças mais importante do ser humano, de maior potencial e radiações, responsável pela sede da consciência do espírito.

Chacras em desequilíbrio

Quando os chacras estão em equilíbrio, desfrutamos de ótima saúde física e psíquica.
Caso contrário, nos tornamos vulneráveis aos distúrbios, e se o desequilíbrio persistir, o corpo pode adoecer.
Para nos mantermos sadios, captamos a energia vital do sol, da água da terra do ar e dos alimentos.
Quando estamos saudáveis, nossos chacras giram com ritmo e sincronia.
No organismo doente, o ritmo se acelera ou se torna lento demais, as rodas com dificuldade, provocando perda de energia vital.
A saúde está no equilíbrio, que pode ser conseguido através de dieta saudável, rica em verduras, legumes e frutos; exercícios físicos moderados, com acompanhamento médico; respeito às horas de descanso, práticas religiosas, meditação e relaxamento. Enfim tudo o que propicie a harmonia interior.

O passe, a irradiação, a água fluida ajudam a ativar os chacras. Chacra bloqueado não é causa, é conseqüência.


Fonte; http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br/2013_07_01_archive.html

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