CIENTISTAS
OBSERVARAM COMPORTAMENTO DE GIRAFAS EM RESERVAS NA ÁFRICA E CHEGARAM À
CONCLUSÃO QUE A ESPÉCIE ESTÁ NO GRUPO DO ANIMAIS QUE SENTEM A MORTE DE
COMPANHEIROS
UM CURIOSO
INCIDENTE A RESPEITO DE UMA GIRAFA MORTA REABRIU A DISCUSSÃO SOBRE SE OS
ANIMAIS SOFREM POR SEUS MORTOS.
ZOÓLOGOS
TESTEMUNHARAM UMA GIRAFA MÃE SE RECUSANDO A SAIR DE PERTO DO CORPO DE SEU
FILHOTE MORTO, NO TERCEIRO INCIDENTE DO TIPO REGISTRADO.
OUTROS
ANIMAIS SOCIAIS, COMO ELEFANTES E CHIMPANZÉS, SÃO CONHECIDOS POR EXAMINAR
ATENTAMENTE OS CORPOS DE SEUS MORTOS, ESPECIALMENTE DE PARENTES PRÓXIMOS. ESSE
TIPO DE COMPORTAMENTO LEVANTA DISCUSSÕES SOBRE A POSSIBILIDADE DE QUE OS
ANIMAIS TENHAM UM "MODELO MENTAL" DE MORTE.
DETALHES DO
ÚLTIMO INCIDENTE FORAM PUBLICADOS NO AFRICAN JOURNAL OF ECOLOGY.
O PROFESSOR
DE ZOOLOGIA FRED BERCOVITCH, PESQUISADOR DO PRIMATE RESEARCH INSTITUTE
&WILDLIFE RESEARCH CENTRE NA UNIVERSIDADE DE KYOTO, NO JAPÃO, E DA GIRAFFE
CONSERVATION FOUNDATION, COM SEDE EM SURREY, NA GRÃ-BRETANHA, TESTEMUNHOU UM
DESSES EPISÓDIOS.
ENQUANTO
OBSERVAVA GIRAFAS NO SOUTH LUANGWA NATIONAL PARK, NA ZÂMBIA, BERCOVITCH
TESTEMUNHOU UMA GIRAFA SE INCLINAR SOBRE SEU FILHOTE NATIMORTO. ELA PASSOU VÁRIOS
MINUTOS LAMBENDO O FILHOTE, ANTES DE LEVANTAR.
A GIRAFA
REPETIU O COMPORTAMENTO ALGUMAS VEZES, FICANDO AO TODO MAIS DE DUAS HORAS
EXAMINANDO DO FILHOTE QUE PERDEU.
COMPORTAMENTO
ESSE
COMPORTAMENTO É SURPREENDENTE POR DIVERSAS RAZÕES. AS GIRAFAS FÊMEAS RARAMENTE
PASSAM TEMPO SOZINHAS, E NO ENTANTO ESTA PASSOU HORAS COM SEU FILHOTE MORTO,
LONGE DAS OUTRAS FÊMEAS.
AS GIRAFAS
TAMBÉM RARAMENTE SE INCLINAM, A NÃO SER PARA BEBER OU COMER. E, A NÃO SER POR
DOIS OUTROS EPISÓDIOS SEMELHANTES, AS GIRAFAS NÃO COSTUMAM SER VISTAS
EXAMINANDO ATENTAMENTE SEUS MORTOS.
"A
REAÇÃO MATERNAL A SEU FILHOTE MORTO NÃO FOI TÃO PROLONGADA QUANTO A OBSERVADA
EM ELEFANTES AFRICANOS", ESCREVEU BERCOVITCH. ELEFANTES E CHIMPANZÉS,
AMBOS VIVENDO EM GRUPOS ALTAMENTE SOCIAIS, JÁ FORAM OBSERVADOS APARENTEMENTE
SOFRENDO A PERDA DE SEUS MORTOS .
OS
ELEFANTES FICAM AGITADOS QUANDO UM MEMBRO DE SUA MANADA MORRE, EXAMINAM O MORTO
E GERALMENTE PROTEGEM OS CORPOS. HÁ REGISTROS DE CHIMPANZÉS CARREGANDO SEUS
FILHOTES MORTOS. GERALMENTE, FILHOTES MAIS VELHOS SÃO CARREGADOS POR MAIS
TEMPO.
EPISÓDIOS
NO CASO DAS
GIRAFAS, EM UM DOS TRÊS EPISÓDIOS REGISTRADOS ATÉ AGORA, EM 2010, NO QUÊNIA,
UMA GIRAFA FÊMEA PASSOU QUATRO DIAS AO LADO DO FILHOTE DE UM MÊS QUE HAVIA
ACABADO DE MORRER. O COMPORTAMENTO FOI OBSERVADO PELA BIÓLOGA ZOE MULLER.
DEZESSETE
OUTRAS GIRAFAS FÊMEAS CERCARAM O CORPO DO FILHOTE EM DIFERENTES MOMENTOS AO
LONGO DOS QUATRO DIAS.
NO
INCIDENTE DA ZÂMBIA, TESTEMUNHADO POR BERCOVITCH NO FIM DO ANO PASSADO, A
GIRAFA FICOU DUAS HORAS COM O FILHOTE, QUE APARENTEMENTE NASCEU MORTO.
O TERCEIRO
EPISÓDIO FOI REGISTRADO EM 2011, NA NAMÍBIA, QUANDO UMA MANADA DE GIRAFAS PAROU
PARA INSPECIONAR O LOCAL EM QUE UMA JOVEM FÊMEA HAVIA MORRIDO TRÊS SEMANAS
ANTES.
UMA GIRAFA
MACHO PAROU DE CAMINHAR E FAREJOU O TERRENO. QUATRO OUTROS MEMBROS DA MANADA
EXAMINARAM O LOCAL DA MESMA MANEIRA.
LAÇOS
NO ENTANTO,
ENQUANTO O COMPORTAMENTO DE ELEFANTES E PRIMATAS TEM SIDO USADO PARA SUGERIR
QUE ALGUNS MAMÍFEROS SÃO CAPAZES DE CONCEITUAR A MORTE, BERCOVITCH SE MANTÉM
CAUTELOSO.
OS
EPISÓDIOS CLARAMENTE MOSTRAM QUE GIRAFAS MÃES FORMAM LAÇOS COM SEUS FILHOTES DE
MANEIRA MAIS PROFUNDA DO QUE SE PENSAVA, DIZ BERCOVITCH.
MAS A
IMPORTÂNCIA DA DESCOBERTA TAMBÉM PODE RESIDIR MAIS NO FATO DE QUE AMPLIA O
NÚMERO DE ESPÉCIES QUE REAGEM QUANDO PARENTES OU MEMBROS DE SEU GRUPO MORREM.
SOMENTE AO
COLETAR EVIDÊNCIAS DE VÁRIAS ESPÉCIES OS CIENTISTAS PODERÃO COMEÇAR A
INVESTIGAR SE OS ANIMAIS SOFREM POR SEUS MORTOS, E EM QUE MOMENTO DA EVOLUÇÃO
ESSA CARACTERÍSTICA APARECEU.
POSTADO POR DDS
IG -BBC | 24/08/2012