Apesar do conceito de “Filosofia” ser
um dos mais controversos da história do pensamento, uma das definições que
reputamos seja uma das mais úteis e felizes é aquela dada pelo filósofo francês
Luc Ferry, para quem a filosofia seria a busca de caminhos para vencer nossas
angústias e medos relacionados à vida e à morte, utilizando para isso as nossas
próprias forças e a razão1.
Ao seguirmos essa linha, estudando o
Espiritismo através do prisma filosófico da salvação, vemos que os aspectos
passíveis de serem explorados são números. Neste artigo, porém, ficaremos adstritos
a apenas um deles, embora, em nosso entender, o principal. Isto porque, quando
se trata de falar de salvação segundo a Doutrina Espírita, a mais importante
ideia relacionada ao tema é aquela sintetizada por Allan Kardec na frase: “fora
da caridade não há salvação”2. Vamos, então, tentar brevemente
entender, interpretar e contextualizar um pouco desta afirmativa do
Codificador.
O estudo sistemático do Espiritismo nos
leva a compreender que a verdadeira caridade nos impele a praticá-la em suas
três formas: benevolência,
indulgência e perdão3. A explicação da abrangência deste
conceito, em seu tríplice modo de se manifestar, não será objeto deste artigo,
dada a profundidade das sequências que cada um desses aspectos tem nas nossas
vidas. Por agora, o que cabe ressaltar é que a prática da caridade não se
restringe a servir ao próximo (benevolência), pois em pé de igualdade com ela
também se encontram duas outras virtudes: a indulgência e o perdão4.
Partindo-se desta premissa, qual seria
considerada a melhor e mais proveitosa caridade a ser feita, para nós e para o
próximo? Seria participar da preparação de um “sopão” para os que passam fome?
A visita a asilos de idosos ou a orfanatos? A doação de tempo e/ou dinheiro
para instituições beneficentes? O auxílio e a visita a doentes? A divulgação da
Doutrina Espírita e do bem de uma maneira geral? Compreender e tolerar as
imperfeições e limitações do próximo? Perdoar aqueles que nos fizeram o mal?
Não importa! Isto porque o fundamental, segundo a filosofia espírita, não é o gesto
em si, porém os sentimentos e o (des) interesse que nos impelem a faz ê-lo. É
claro que aqueles de nós que já conseguem se doar ao próximo com dedicação e
carinho, esmo que não tenham sequer refletido a respeito da razão pela qual
fazem isto – se por interesse pessoal ou não –, e assim aprendem a ser felizes,
já deram um significativo salto evolutivo, de maneira que agir deste modo será
sempre melhor do que não fazer nada ou do que fazer o mal. Isso não nos impede,
contudo, de tentar ir um pouco mais além e de buscar entender a essência da
caridade ensinada pela doutrina espírita.
Lembremos que a definição do nosso bem
estar no plano espiritual não depende da quantidade de gestos bons que fizemos
quando encarnados, mas sim da qualidade dos fluidos que envolvem e formam nosso
perispírito. Por sua vez, este é determinado pela nossa evolução moral, que não
é, segundo a Ciência Espírita, determinada por nossos gestos exteriores, mas
sim pela verdadeira vivência das virtudes no nosso íntimo. Vejamos algumas
passagens da obra “A Gênese” que bem ilustram isto:
A natureza do envoltório fluídico está
sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. (...).
Também resulta que: o envoltório
perispirítico de um Espírito se modifica com o progresso moral que este realiza
em cada encarnação, embora ele encarne no mesmo meio. (...).
(...). Ora, do mesmo modo que os peixes
não podem viver no ar; que os animais terrestres não podem viver numa atmosfera
muito rarefeita para seus pulmões, os Espíritos inferiores não podem suportar o
brilho e a impressão dos fluidos mais etéreos. Não morreriam no meio desses
fluidos, porque o Espírito não morre, mas uma força instintiva os mantêm afastados dali, como a criatura
terrena se afasta de um fogo muito ardente ou de uma luz muito deslumbrante.
Eis aí por que não podem sair do meio que lhes é apropriado à natureza; para
mudarem de meio, precisam antes mudar
de natureza, despojar-se dos instintos materiais que os retêm nos meios
materiais; numa palavra, que se depurem e moralmente se transformem.5
Portanto, o “céu”, ou seja, a salvação,
para aqueles que bem compreendem o Espiritismo, é um estado da alma, como bem
ensinaram Kardec e os espíritos em diversas passagens da codificação, dentre
elas a seguinte:
“A felicidade está na razão direta do
progresso realizado, de sorte que, de dois Espíritos, um pode não ser tão feliz
quanto outro, unicamente por não possuir
o mesmo adiantamento intelectual e moral, sem que por isso precisem estar, cada
qual, em lugar distinto.
Ainda que juntos, pode um estar em
trevas, enquanto que tudo resplandece para o outro, tal como um cego e um
vidente que se dão as mãos: este percebe a luz da qual aquele não recebe a
mínima
impressão. Sendo a felicidade dos
Espíritos inerente às suas qualidades, haurem-na eles em toda parte em que se
encontram, seja à superfície da Terra, no meio dos encarnados, ou no Espaço.
(...). Nessa imensidade ilimitada, onde está o Céu? Em toda parte. Nenhum
contorno lhe traça limites.”6
A mesma coisa disse Jesus no Evangelho
de Lucas:
“Interrogado pelos fariseus sobre
quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com
aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o
reino de Deus está dentro de vós.”7
A parábola denominada de “O Óbolo da
Viúva”, contada por Jesus, também ilustra esta ideia. Ali se narra que:
Estando Jesus sentado defronte do
gazofilácio, a observar de que modo o povo lançava ali o dinheiro, viu que
muitas pessoas ricas o deitavam em abundância. – Nisso, veio também uma pobre
viúva que apenas deitou duas pequenas moedas do valor de dez centavos cada uma.
– Chamando então seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito
mais do que todos os que antes puseram suas dádivas no gazofilácio; – que todos
os outros deram do que lhes abunda, ao passo que ela deu do que lhe faz falta,
deu mesmo tudo o que tinha para seu sustento.8
Por que a viúva, que pouco deu
comparado às pessoas ricas, tinha mais mérito? Porque o sentimento que a movia
para ajudar era sincero e verdadeiro, capaz de sacrificar até mesmo suas próprias
necessidades e interesses. Portanto, pouco importa, ao final, que a quantidade
doada seja grande, se o sentimento por trás do gesto é pequeno.
Aliás, vivêssemos nós sujeitos a uma “contabilidade
moral” – precisa, atemática e absoluta
–, como explicaríamos a salvação de
Paulo de Tarso, um exemplo de vida em que se pode ver o salto de um Espírito
ainda cheio de más paixões para se transformar em Espírito bom em uma mesma encarnação9? Fosse implacável a lógica
ensinada por Jesus em advertência a Pedro10, Paulo ainda teria tido de
reencarnar inúmeras vezes a fim de expiar todas as injustiças e mortes pelas
quais foi responsável em relação ao cristianismo e seus adeptos. Contudo, muito
mais importante do que a Lei de Talião (olho por olho, dente por dente) é o
princípio segundo o qual “o amor cobre a multidão de pecados”. Foi justamente o
que Paulo entendeu e viveu.
Nós, porém, muitas vezes
entendemos estes conceitos equivocadamente, achando – e, pior, divulgando – que
todo mal que sofremos é consequência de um erro que cometemos no passado, ou que
todo mal/erro que praticarmos hoje terá que ser necessariamente sofrido de
volta no futuro. E não percebemos que esta ideia nos joga dentro de uma lógica
perversa e insolúvel, que só poderia ser legitimada por um Deus sádico e
malvado.
Aliás, a parábola dos “Trabalhadores
da Última Hora” também nos ensina muito a este respeito. Dentre as várias
lições que podem ser extraídas desta passagem, uma delas, que por agora vai nos
interessar, diz respeito ao fato de que para ser “salvo” não é preciso “trabalhar”
no bem a mesma e precisa quantidade daqueles que começaram primeiro, mas sim
integrar-se ao trabalho com o mesmo amor e piedade11.
Sobre o assunto também é
importante lembrar a questão 919 de O Livro dos Espíritos, que trata do
autoconhecimento. Ali, Santo Agostinho pede que nos perguntemos, ao nos
questionarmos sobre nossa conduta diária, se teríamos vergonha de nós mesmos,
caso fossemos chamados de volta ao mundo dos espíritos, “onde nada pode ser
ocultado, notadamente nossos pensamentos”.
A provocação feita por
Santo Agostinho é bastante válida e nos faz lembrar uma alegoria contada por
Platão no livro “A República”. Nela um pastor, chamado Giges, encontra por
acaso um anel que lhe dá poderes para ficar invisível às outras pessoas.
Aproveitando-se desta sua nova e inesperada faculdade, Giges muda seu caráter e
passa a praticar uma série de más ações: mata o rei, seduz a rainha e assume o
poder12. E então, como será que
nos comportaríamos se encontrássemos o anel de Giges, de Platão, e nos
tornássemos invisíveis? Será que continuaríamos nos preocupando com nossa
conduta ética? Será que resistiríamos à tentação e aos prazeres do mal se
soubéssemos que nossos atos não seriam testemunhados pelos olhos dos outros?
Outra alegoria interessante
pode ser extraída de uma conhecida obra de ficção. No filme “Drácula”, dirigido
por Francis Ford Coppola, são exibidas diversas passagens em que o vampiro conversava
de um modo educado e cavalheiresco com as pessoas, porém sua sombra, que seprojetava
atrás da cena, movia-se de modo independente, denunciando e refletindo assim o
seu real pensamento e vontade.
Pois bem. Deixando de lado
o fantasioso destas alegorias, poderíamos comparar nossas faculdades, na
erraticidade, às de Giges quando usa o anel, e nosso perispírito à “sombra do Drácula”,
pois nosso Espírito ali, além de invisível a muitos, não possuirá mais a
máscara do corpo físico, que possibilita a contenção dos nossos pensamentos
dentro de limites bem mais estreitos, o
que nos permite assim ser
até mesmo hipócrita diante do outro, sem que queles que convivem conosco
necessariamente percebam essa falsidade de sentimentos. Tal como Kardec nos
ensinou:
“Criando imagens fluídicas,
o pensamento se reflete no envoltório
perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se
fotografa. Tenha um homem, por exemplo, a ideia de matar a outro: embora o
corpo material se lhe conserve impassível, seu corpo fluídico é posto em ação
pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que
intentou praticar. O pensamento cria a imagem da vítima e a cena inteira é
pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola no espírito.
Desse modo é que os mais secretos
movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico;
que uma alma pode ler noutra alma como
num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo.”13
Assim, por maior que seja a quantidade
de tempo que tenhamos dedicado em nossa encarnação praticando a beneficência,
se não tivermos melhorado ossos sentimentos e promovido verdadeiramente nossa
moralização íntima, domando assim nossas paixões, de nada esse bem exterior
terá adiantado. Talvez isto penas nos faça sentir mais culpados.
Portanto, a caridade que salva, aquela
preconizada por Kardec, não é um gesto, mas um estado de espírito, que deve
estar presente em nós permanentemente, pois a qualquer momento poderemos ser
chamados a praticá-la – p. ex., numa simples conversa, diante da dificuldade de
pessoas que não conhecemos, em horas e lugares inesperados, etc. –, e não
apenas em momentos pré- determinados e reservados por nós para fazer o bem,
como aqueles em que estamos no grupo espírita. Logo, conclui-se que fora dos
verdadeiros sentimentos que nos impelem à caridade, ou seja, fora da vivência legítima
e sincera das virtudes em nosso íntimo, é que não há salvação.
Vemos, portanto, que é um equívoco
interpretar a prática da caridade segundo um entendimento de “troca”, de uma “contabilidade
das boas ações”. Contudo, parece-nos que, apesar da compra e venda de
indulgências como meio de garantir um lugar no “céu” ter deixado de existir faz
muitos séculos, nós talvez ainda tragamos em nosso subconsciente – o que em boa
parte se explica pela reencarnação – a mesma lógica de troca e barganha com
Deus, por meio da qual eu obtenho a salvação bastando para isso apenas fazer
algum gesto exterior de natureza caritativa. Daí porque ainda hoje muitos de
nós continuamos pretendendo “comprar o céu”, não mais com dinheiro, porém
acumulando o bem apenas pela prática de tais gestos, sem se importar
intimamente em reformar o caráter réprobo que ainda carregamos.
Mas o Espiritismo é muito exigente,
pois não basta viver e praticar a beneficência. Essa vivência, além de ser
sincera e verdadeira, tem que se assentar no mais puro desinteresse14. E este desinteresse abrange inclusive
as consequências que daí possam advir à nossa condição na vida futura. Vejamos
o que os Espíritos dizem a este respeito, na questão 897 de O Livro dos
Espíritos:
897. Merecerá reprovação aquele que faz o bem sem visar a
qualquer recompensa na Terra, mas esperando que lhe seja levado em conta na
outra vida e que lá venha a ser melhor a sua situação? E essa preocupação lhe
prejudicará o progresso?
“O bem deve ser feito caritativamente,
isto é, com desinteresse.”
a) – Contudo, todos alimentam o desejo muito natural de
progredir, para forrar-se à penosa condição desta vida. Os próprios Espíritos
nos ensinam a praticar o bem com esse objetivo.
Será, então, um mal pensarmos
que, praticando o bem, podemos esperar coisa melhor do que temos na Terra?
“Não, certamente; mas aquele que faz o
bem sem ideia preconcebida, pelo só prazer de ser agradável a Deus e ao seu
próximo que sofre, já se acha num certo grau de progresso, que lhe permitirá
alcançar a felicidade muito mais depressa do que seu irmão que, mais positivo,
faz
o bem por cálculo e não impelido pelo
ardor natural do seu coração.” (894)
b) – Não haverá aqui uma distinção a estabelecer-se entre
o bem que podemos fazer ao nosso próximo e o cuidado que pomos em corrigir-nos
dos nossos defeitos? Concebemos que seja pouco meritório fazermos o bem com a
ideia de que nos seja levado em conta na outra vida; mas será igualmente
indício de inferioridade emendarmo-nos,
vencermos as nossas paixões, corrigirmos o nosso caráter, com o propósito de
nos aproximarmos dos Espíritos bons e de nos elevarmos?
“Não, não. Quando dizemos fazer o bem queremos significar ser caridoso. Procede como egoísta todo aquele que
calcula o que lhe possa cada uma de suas boas ações render na vida futura,
tanto quanto na vida terrena. Nenhum egoísmo, porém, há em querer o homem melhorar-se,
para se aproximar de Deus, pois que é o fim para o qual devem todos tender.”
Importante
lembrar, por fim, que essa salvação pela caridade independe de sermos adeptos do
Espiritismo, bem como do fato de sermos frequentadores ou trabalhadores de
qualquer grupo espírita15.
De fato, pouco importa quantas vezes alguém foi para o estudo ou quantas aulas
ou palestras ministrou, ou quantos
artigos sobre Espiritismo escreveu, se isto não ocasionou uma melhoria
verdadeira no íntimo do indivíduo. Porém, parece que às vezes preocupamo-nos
mais em “converter” as pessoas ao Espiritismo do que em tentar ser um exemplo
de homem de bem.
Preocupamo-nos demasiadamente em salvar
o mundo e os outros, quando deveríamos primeiramente trabalhar para nos salvar
de nós mesmos, dos nossos vícios, de
nossos defeitos e de nossos apegos aos bens materiais. Façamos isto e já
estaremos fazendo muita coisa, por nós, pelos outros e pelo
mundo também.
E apesar de nossa meta ser um dia
conseguirmos agir por desinteresse, devemos ter consciência de que não o
conseguiremos imediatamente. Então comecemos a agir no bem, ainda que de início
isto ocorra por interesse “na nossa salvação”, e aí aos poucos o desinteresse
irá ganhando lugar. Isto nos faz recordar mais uma belíssima frase de Kardec
que, ao comentar os efeitos do pensamento no homem, lembra que “se o egoísmo o levava a
desconhecer as consequências, para outrem, de um pensamento perverso,
pessoalmente seu, por esse mesmo egoísmo ele se verá induzido a ter bons
pensamentos, para elevar o nível moral da generalidade das criaturas, atentando
nas consequências que sobre si mesmo produziria um mau pensamento de outrem”16.
Desta forma, se alguém quiser saber se,
após a morte, será “salvo”, se terá um “bom lugar” no mundo espiritual, que
pergunte a si mesmo: as virtudes, o bem e o amor já fazem parte indissociável
do meu ser e do meu íntimo? Estou pronto para expor aos outros – porque, na erraticidade,
não terei mesmo como esconder – tudo aquilo que penso, já que, mesmo invisível (espírito)
para os encarnados, eu só pensarei nas virtudes, no bem e no amor? Minha vida
passou a girar fundamentalmente em torno da caridade desinteressada?
Independentemente de onde, como ou a quem fiz o bem, eu o fiz e continuaria a
fazer, desinteressadamente, sem esperar nada em troca, mesmo que eu me tornasse
invisível e soubesse que ninguém estaria fiscalizando meus atos? Eu já estou
habituado em tentar me tornar uma pessoa de bem, independentemente da minha
condição financeira ou social? Enfim, se essa pessoa conseguir responder sim a
estas perguntas, então não deve se preocupar com sua sorte futura, se
conseguirá se salvar ou se irá para “o céu”, pois na verdade ela já estará
salva e habitando-o aqui mesmo!
Daniel A. Lima - 10 de Novembro de 2011
Referência;
1
Para uma abordagem ampla do conceito de filosofia enquanto soteriologia, ou
seja, enquanto estudo da salvação através da razão,
ver
o excelente livro de Luc Ferry, “Aprender a Viver”.
2
Capítulo XV de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
3
Ver a questão 886 de O Livro dos Espíritos: Qual o verdadeiro sentido da
palavra caridade, como a entendia Jesus? “Benevolência
4 Para uma análise mais ampla do tema, ver o artigo “Caridade e
Amor”, de Silvio Seno Chibeni, em
http://www.geak.com.br/site/upload/midia/pdf/caridade_e_amor_-_silvio_chibeni.pdf
5
As três passagens foram extraídas, respectivamente, dos itens 9, 10 e 11, Cap.
XIV, da obra “A Gênese”.
6
O Céu e o Inferno, Primeira Parte, Doutrina, Capítulo III - O Céu, item 06.
7
Lucas 17: 20 e 21.
8
Marcos, 12: 41 a 44; e Lucas, 21: 1 a 4.
9 Para um melhor entendimento da vida de Paulo de Tarso, conferir
a obra “Paulo e Estevão”, psicografada por Francisco Cândido
Xavier.
10 “Pedro, embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão
da espada, à espada morrerão.” (Mateus 26: 52)
11 Para uma correta compreensão da palavra “Piedade”, ver o artigo
de Terezinha Colle, “Sobre a Palavra Piedade”, em
http://www.geak.com.br/site/upload/midia/pdf/sobre_a_palavra_piedade.pdf
12 A República, Livro II.
13
A Gênese, Cap. XIV, item 15.
14
Ver a questão 893 de O Livro dos Espíritos.
15
982. Será necessário que professemos o Espiritismo e creiamos nas
manifestações espíritas para termos assegurada a nossa sorte
na vida futura?
“Se
assim fosse, seguir-se-ia que estariam deserdados todos os que não crêem, ou
que não tiveram ensejo de esclarecer-se, o que seria
absurdo.
Só o bem assegura a sorte futura. Ora, o bem é sempre o bem, qualquer que seja
o caminho que a ele conduza.” (165-799)
A
crença no Espiritismo ajuda o homem a se melhorar, firmando-lhe as ideias sobre
certos pontos atinentes ao futuro. Apressa o
adiantamento
dos indivíduos e das massas, porque faculta nos inteiremos do que seremos um
dia. É um ponto de apoio, uma luz que
nos
guia. O Espiritismo ensina o homem a suportar as provas com paciência e
resignação; afasta-o dos atos que possam retardar-lhe a
felicidade,
mas ninguém diz que, sem ele, não possa ela ser conseguida.
-
Ver também a parábola do bom samaritano, no ESE, cap. XV, e ainda o item 9
deste mesmo capítulo.
16 Obras Póstumas, Capítulo “Fotografia e Telegrafia do
Pensamento”. A frase de Kardec se se assemelha a esta outra, de Sócrates: “Se o
desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por
desonestidade.”