Redação
do Correio Espírita
Está
claro agora que os faraós construíram suas maiores pirâmides - as do Vale de
Gizé, a 10 quilômetros do centro do Cairo - alinhadas em direção ao norte e que
eles utilizavam as estrelas para determinar essa direção. Para chegar a essas
conclusões a arquiteta, e egiptóloga Kate Spencer, da Universidade de
Cambridge, na Inglaterra, analisou meticulosamente a posição dos astros em
torno do ano 2500 a.C (data aproximada ao erguimento das pirâmides). Kate
revela que antes de começar a ergue-las, os egípcios reuniam-se à noite em uma
cerimônia religiosa na qual os sacerdotes traçavam no céu uma linha imaginária,
ligando a estrela Beta da constelação da Ursa Maior à estrela Zeta da Ursa
Menor. O ponto em que a linha tocava o horizonte dava a posição exata do norte.
Os lados dos grandes templos eram então projetados de modo a ficar paralelos a
essa direção (veja o desenho abaixo). Esse método, diz a cientista, era seguro;
o problema é que as estrelas mudam ligeiramente de lugar com o tempo, devido ao
próprio movimento do Sol pela Via Láctea. Tanto que, hoje, passados quase 5.000
anos do tempo dos faraós, algumas das pirâmides estão ligeiramente voltadas
para oeste e outras, para leste. Esse fato até hoje confundia os egiptólogos.
Outro
feito de Kate Spence: conseguiu datar com precisão, pela primeira vez, a
construção das pirâmides, que, quanto mais se afastam do norte, atualmente,
mais velhas são. A mais antiga pirâmide é a de Quéfren, com 2467 a.C.
Como
foram construídas as pirâmides?
Encontramos
a resposta na Revista Espírita do ano de 1858 através do Espírito de
Mehemet-Ali quando pontuou a Allan Kardec, eis o diálogo:
AK
- Desde que vivestes ao tempo dos faraós, podereis dizer-nos com que fim foram
construídas as pirâmides? R: São sepulcros; sepulcros e templos. Ali se davam
frandes manifestações.
AK
- Tinham estas um objetivo científico? R: Não. O interesse religioso absorvia
tudo.
AK
- Podereis dar-nos uma idéia dos meios empregados na construção das pirâmides?
R: Massas de homens gemeram sob o peso destas pedras que atravessaram os
séculos. A máquina era o homem.
AK
- De onde tiravam os egípcios os gosto pelas coisas colossais, em vez do das
coisas graciosas, que distinguia os gregos, posto tivessem a mesma origem?
R: O egípcio era tocado pela grandeza de
Deus. Procurava igualá-lo, superando as suas próprias forças. Sempre o homem!
Dentre
todas os povos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia
foram os que mais se destacavam na prática do bem e no culto a verdade.
Ressalta
Emmanuel que eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da
justiça divina. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardaram no
íntimo uma lembrança mais viva das experiências de uma pátria distante.
Culto
à morte - Metempsicose
A
civilização egípcia foi a quem mais preocupou com a idéia da morte. A sua vida
era apenas um esforço para bem morrer. Seus papiros e frescos estão cheios dos
consoladores mistérios do além-túmulo.
Natural
era o grande povo dos faraós guardava a reminiscência do seu doloroso degredo
na face obscura do mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que,
na lembrança do pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a
alma de um homem podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação
punitiva dos deuses. A metempsicose era exatamente o fruto amargo da sua
impressão, a respeito do exílio penoso que lhe fora inflingido no ambiente
terrestre. Inventou-se desse modo, uma série de rituais e cerimônias para
solenizar o regresso dos seus irmãos à Pátria espiritual.
Os
mistérios de Ísis e Osíris e toda uma influenciação na cultura da mitologia
grega eram símbolos das forças espirituais que presidiam aos fenômenos da
morte.
A
constelação de Capela
Nos
mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se
desenhada uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra,
o nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais
vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente,
da sua família de mundo, cantando as glórias divinas do Ilimitado.
A
sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se,
desse modo, a regular distância existente entre a Capela e o nosso planeta, já
que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros
por segundo.
A
Constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias grandezas,
entre as quais se inclui a Capela, de primeira grandeza, que, por isso mesmo, é
alfa da constelação.
Capela
é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol, e se este fosse colocado em
seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada.
Na
abóbada celeste Capela está situada no hemisfério boreal, limitada pelas
constelações da Girafa, Perseu e Lince, e, quanto ao Zodíaco, sua posição é
entre Gêmeos e Touro.
Conhecida
desde a mais remota antiguidade, Capela é uma estrela gasosa, segundo afirma o
célebre astrônomo e físico inglês Arthur Stanley Eddington (1822-1924), e de
matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que
respiramos. Sua cor é amarela, o que demonstra ser um Sol em plena juventude,
é, como um Sol, deve ser habitada por uma humanidade bastante evoluída.
Há
muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o
globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos
evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas,
como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX,
neste crepúsculo de civilização.
Alguns
milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral,
dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de
piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela
humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus
elevados trabalhos.
As
grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então,
localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra
longínqua, onde aprenderiam realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu
ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o
progresso dos seus irmãos inferiores.
Único
desejo, voltar à Capela
Os
egípcios eram animados pelo desejo que era trabalhar devotadamente para
regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes. Uma saudade torturante do
céu foi a base de todas as suas organizações religiosas. Em nenhuma civilização
da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Morava em seus
corações a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos
pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais
belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo
Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de
perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos
daquela região africana regressaram à Pátria Sideral.
Religião
e sociedade egípcia
A
partir da Pré-História - se assim podemos dizer - todos os povos passaram pelas
fases de fetichismo, do animismo e do politeísmo. Ainda hoje, aqui e ali, se
encontram vestígios disso em vários lugares e religiões.
Os
egípcios também passaram por isso. Vencida a fase de culto aos totens eles
chagaram ao culto dos deuses. Além do Deus Pré-Existente e único - Amon-Rá.
Osíres, o deus do Infinito, do Espaço, do Tempo e Senhor da Luz, que também era
o protetor da terra e da vegetação.
Os
egípcios acreditavam na reencarnação e de certo modo mantinham o intercâmbio
com os desencarnados. Havia uma religião secreta professada pelos sacerdotes,
que também era ciência, englobando a matemática, a física, a química, a
astronomia, a medicina, a meteorologia etc. Conheciam o magnetismo, o
sonambulismo, curavam pelo sono provocado e praticavam largamente a sugestão. É
o que denominavam de magia.
A
Bíblia Sagrada do povo egípcio foi o " Livro dos Mortos" . Continha
165 capítulos e dele emanaram todas as religiões do ramo ocidental, dogmas etc.
A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do
rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.C (domínio romano).
A
sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a
autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes,
militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na
sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses,
artesã\os e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade
egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e
nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.
A
escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a
divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas
de escrita: a demótica (mais simplificadas) e a hieroglífica (mais complexa e
formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram
repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, cultos e mensagens para
espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamada papiro que era
produzida a partir de uma planta de mesmo nome também era utilizado para
escrever.
Fonte; http://www.correioespirita.org.br/
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