João
Maria Vianney nasceu em 8 de maio de 1786 em Dardilly, aldeia a dez quilômetros
ao norte de Lyon. Foi o quarto filho do casal Mateus e Maria Vianney, que
tiveram 7 filhos.
Desde
os quatro anos, ele gostava de freqüentar a Igreja. Quando isso se tornou
impossível, pelas perseguições que o Estado desencadeou, ele fazia suas orações
habituais, todas as tardes, na casa dos pais.
Quando
foi aberta uma escola, Vianney, adolescente a freqüentou durante dois invernos,
porque ele trabalhava no campo sempre que o tempo permitia. Foi então que
aprendeu a ler, escrever, contar e falar francês, pois em sua casa se falava um
dialeto regional.
Foi
na escola que se tornou amigo do padre Fournier, e aos poucos foi crescendo
nele o desejo de se tornar sacerdote. Foi necessário muita insistência, pois o
pai, de forma alguma, desejava dispensar braços fortes de que a terra
necessitava.
Aos
20 anos ele seguiu para Écully, na casa de seu tio Humberto. Sabia ler, mas
escrevia e falava francês muito mal. Além de aprimorar a língua pátria,
precisou aprender latim, pois na época os estudos para o sacerdócio eram feitos
em latim, bem assim toda a celebração litúrgica.
Em
28 de maio de 1811, com 25 anos de idade, na catedral Saint-Jean tornou-se
clérigo de diocese. Por ter fama de ignorante perante os superiores, foi-lhe
confiada a paróquia de Ars-en _Dombes, ou talvez porque lhe conhecessem a
grandeza de alma.Em Ars, não havia pobres, só miseráveis.
João
Maria Vianney chegou a Ars em uma sexta-feira, 13 de fevereiro de 1818. Veio em
uma carroça trazendo alguns móveis e utensílios domésticos, alguns quadros
piedosos e seu maior tesouro: sua biblioteca de cerca de trezentos volumes.
Conta-se
que encontrou um pequeno pastor a quem pediu que lhe indicasse o caminho. A
conversa foi difícil, pois o menino não falava francês e o dialeto de Ars
diferia do de Écully. Mas acabaram por se compreenderem.
A
tradição narra que o novo pároco teria dito ao garoto: "Tu me mostraste o
caminho de Ars: eu te mostrarei o caminho do céu."Um pequeno monumento de
bronze à entrada da aldeia lembra esse encontro.
Ele
mesmo preparava suas refeições. Apenas dois pratos: umas vezes, batatas, que
punha para secar ao ar livre. Outras vezes, "mata-fomes", grandes
bolos de farinha de trigo escura. Um pouco de pão e água. Era o suficiente.
Comia pouco.Quando lhe davam pão branco, trocava pelo escuro e distribuía o
primeiro aos pobres.
Dizia:
"Tenho um bom físico. Depois de comer não importa o quê e de dormir duas
horas, estou pronto para recomeçar."
O
que mais ele valorizava era a caridade e a gentileza. Grandes somas ele
dispendia auxiliando os seus paroquianos. Dinheiro que vinha da pequena herança
de seu pai, que lhe enviara seu irmão Francisco e de doações de pessoas
abastadas, a quem ele sensibilizava pela palavra e dedicação.
Por
volta de 1830, era muito grande o afluxo de pessoas que se dirigia a Ars. Os
peregrinos não tinham outro objetivo senão ver o pároco e, acima de tudo, poder
confessar-se com ele. Para conseguir, esperavam horas...às vezes, a noite
inteira.
Esse
pároco que dormia o mínimo para atender a todos, madrugada a dentro. Que vivia
em extrema pobreza e austeridade, vendendo móveis , roupas e calçados seus para
dar a outrem.
Comovia-se
com a dor alheia. Quando se punha a ouvir os penitentes que o buscavam, mais de
uma vez derramava lágrimas como se estivesse chorando por si próprio. Dizia:
"Eu choro o que vocês não choram."
Tanto
trabalho, pouca alimentação e repouso, foram cansando o velho Cura. Ele
desejava deixar a paróquia para um pouco de descanso. Mas os homens e mulheres
da aldeia fizeram tal coro ao seu redor, que ele resolveu permanecer.
Ele,
que em sua juventude, fora ágil, agora andava arrastando os pés. Nos dias de
inverno, sentia muito frio.
Em
1859, numa quinta feira do mês de agosto, dia 4, às duas da madrugada, ele
desencarnou tranqüilamente.
Dois
dias antes, já bastante debilitado fora visto a chorar. Perguntaram-lhe se
estava muito cansado.
"Oh,
não", respondeu. "Choro pensando na grande bondade de Nosso Senhor em
vir visitar _nos nos últimos momentos."
João
Maria Vianney comparece na Codificação com uma mensagem em O Evangelho Segundo
o Espiritismo, em seu capítulo VIII, item 20, intitulada "Bem-aventurados
os que têm fechados os olhos", onde demonstra a humildade de que se
revestia, o conceito que tinha das dores sobre a face da Terra e o profundo
amor ao Senhor da Vida.
Fonte:
Joulin, Marc. João Maria Vianney, o cura d'Ars. PAULINAS, 1990.
Kardec,
Allan. O evangelho segundo o espiritismo. FEB, 198Leitura Recomendada;
A
AURA E OS CHACRAS NO ESPIRITISMO (NOVO)
AS
PAIXÕES: UMA BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA E ESPÍRITA [1] (NOVO)
COMO
ENTENDER A ORTODOXIA - PARTE II
(NOVO)
COMO
ENTENDER A ORTODOXIA - PARTE I (NOVO)
ORGULHO (NOVO)
SOBRE
A EDUCAÇÃO1 (NOVO)
ESCOLA
FUNDADA NO MONT-JURA (NOVO)
HUMILDADE
- Termos traduzidos do francês (NOVO)
AS
PIRÂMIDES DO EGITO E O MUNDO ESPIRITUAL (NOVO)
LITERATURA
MEDIÚNICA
(NOVO)
A
DEGENERAÇÃO DO ESPIRITISMO
CARTA
DE ALLAN KARDEC AO PRÍNCIPE G.
A
CIÊNCIA EM KARDEC
O
QUE PENSA O ESPIRITISMO
ESPIRITISMO
E FILOSOFIA
O
PROBLEMA DO DESTINO
PIONEIRISMO
E OPOSIÇÃO DA IGREJA
ESPIRITISMO
Ou será científico ou não subsistirá
ESTUDO
SEQUENCIAL OU SISTEMATIZADO?
CEM
ANOS DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA
DIMENSÕES
ESPIRITUAIS DO CENTRO ESPÍRITA
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2014/06/dimensoes-espirituais-do-centro-espirita.html
O
ESPIRITISMO E A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
PRIMEIRO
LIVRO DE ALLAN KARDEC TRADUZIDO PARA O BRASIL
O
SEGREDO DE ALLAN KARDEC
A
DIMENSÃO ESPIRITUAL E A SAÚDE DA ALMA
O
ASPECTO FILOSÓFICO DA DOUTRINA ESPÍRITA
O
SILÊNCIO DO SERVIDOR
TALISMÃS,
FITINHAS DO “SENHOR DO BONFIM” E OUTROS AMULETOS NUM CONCISO COMENTÁRIO
ESPÍRITA
“CURANDEIROS
ENDEUSADOS”, CIRURGIÕES DO ALÉM – SOB OS NARCÓTICOS INSENSATOS DO COMÉRCIO
DILÚVIO
DE LIVROS “ESPÍRITAS” DELIRANTES
TRATAR
OU NÃO TRATAR: EIS A QUESTÃO
ATRAÇÃO
SEXUAL, MAGNETISMO, HOMOSSESUALIDADE E PRECONCEITO
RECORDANDO
A VIAGEM ESPÍRITA DE ALLAN KARDEC, EM 1862
OS
FRUTOS DO ESPIRITISMO
FALTA
DE MERECIMENTO OU DE ESTUDO?
FORA
DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
EURÍPIDES
E HÉCUBA
O
HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO
FONTE
DE PERFEIÇÃO
MESMERISMO
E ESPIRITISMO
VIVÊNCIAS
EVOLUTIVAS DE ALLAN KARDEC
AS
MESAS GIRANTES
RESGUARDEMOS
KARDEC
REFLEXÃO
SOBRE O LIVRE-ARBÍTRIO
AUTO
DE FÉ DE BARCELONA
ACERCA
DA AURA HUMANA
COMO
PODEMOS INTERPRETAR A FRASE DE JESUS: "A tua fé te curou"?
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/12/como-podemos-interpretar-frase-de-jesus.html
Faça meu favor, em vida o Santo Cura condenou energicamente quer participava do "levantamento de mesas" de Kardec. Conta-se no livro: "O Cura D'ars" (de Francis Trochu), que com a chegada de um amigo seu que tinha participado de uma sessão(por mera curiosidade) o santo mando-o,com grande tristeza, confessar-se. Pois conforme as palavras do padre este penitente "tinha flertado com o diabo". OBS.: Ninguém contou ao cura antecipadamente do ocorrido.
ResponderExcluirSão João Batista Maria Vianney era católico, acreditava em Jesus Cristo e hoje está na glória. Se vivesse no Brasil de hoje, entre muitas coisa, faria muitos sermões enérgicos contra o Espiritismo
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