Doris
Madeira Gandres
"Somos
feitos da mesma matéria dos nossos sonhos"
Shakespeare
Considerado
um dos maiores dramaturgos e escritores de todos os tempos, William Shakespeare
apresenta um dado singular, não muito comum: reencarnou e desencarnou no mesmo
dia: 23 de abril (de 1564 e de 1616, respectivamente), tendo vivido em grande
parte no século dezesseis, quando a Inglaterra desfrutava os tempos de ouro,
sob o reinado de Elizabeth I. Escreveu mais de 150 sonetos, inúmeros dramas
históricos, tragédias e comédias, particularmente utilizados no teatro,
inclusive até hoje; e não só no teatro, mas também no cinema e na televisão.
Fiz
esse sucinto histórico sobre Shakespeare apenas para dar uma ideia da qualidade
do Espírito que nos legou esse pensamento acima destacado como título da
matéria deste mês. O que, ainda no século XVI, nos transmite esse pensamento é
o que hoje já compreendemos um pouco mais, não só graças aos ensinamentos de
Allan Kardec e da Espiritualidade maior no contexto da nossa Doutrina Espírita,
mas também graças às descobertas da ciência humana, principalmente a Física e a
Física Quântica, que nos desdobrou o mundo das energias, densas e etéreas; nos
provou que a chamada matéria nada mais é do que energia densa – André Luiz nos
fala em “luz coagulada”, bem como Emmanuel... Essa a “matéria” de nossos
sonhos, na verdade a energia de que somos feitos.
Nos
tempos contemporâneos em que vivemos, outro escritor e filósofo, Leonardo Boff,
declarou: “Lá nas estrelas se encontra nossa origem, pois somos feitos do mesmo
pó”. Certamente encontramos aí um traço de união com a declaração de
Shakespeare... E, mais ainda, um traço de união com os esclarecimentos de
Kardec no livro A Gênese, capítulo XIV, itens: (2) “O fluido cósmico universal
é a matéria elementar primitiva, da qual as modificações e transformações
constituem a inumerável variedade de corpos da natureza (...) (3) No estado de
eterização, o fluido cósmico não é uniforme; sem deixar de ser etéreo, passa
por modificações tão variadas em seu gênero, e mais numerosas talvez do que no
estado de matéria tangível (...) (5) O ponto de partida do fluido universal é o
grau de pureza absoluta, do qual nada pode dar uma ideia; o ponto oposto é a
sua transformação em matéria tangível” .
Assim,
através do tempo e de tantos esclarecimentos e comprovações, vamos a cada dia,
a cada momento, nos conscientizando um pouco mais também daquilo que inclusive
destaca o Espiritismo, na questão 540 de O Livro dos Espíritos, que afirma “é
assim que tudo serve, tudo se encadeia na natureza, desde o átomo primitivo até
o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo”.
Toda
a Criação está interligada, conectada sob todas as formas, e interdependente em
todos os aspectos. Em março de 1867, na Revista Espírita, Allan Kardec colocou
uma dissertação de um Espírito acerca da Solidariedade absolutamente coerente
com o pensamento da unidade, do “tudo em tudo” (LE q. 33): “O homem não é um
ser isolado, é um ser coletivo. O homem é solidário do homem. É em vão que
procura o complemento de seu ser, isto é, a felicidade, em si mesmo ou no que o
rodeia isoladamente: não pode encontrá-la senão no homem ou na humanidade,
tanto que a infelicidade de um membro da humanidade, de uma parte de vós
mesmos, poderá vos afligir” .
Precisamos,
portanto, efetivamente olhar para o próximo, para o distante, para a
humanidade, para o mundo, para o universo, como parte de nós mesmos; somos uma
célula de um grande e magnífico organismo, regido por leis absolutamente
justas, a tudo e a todos aplicáveis. Não existem exceções, nem privilégios nem
isenções.
Esse
Espírito bastante esclarecido ainda afirma: “Sabei de onde vindes e para onde
ides. Sois o filho amado Daquele que tudo fez e vos deu um fim, um destino que
deveis realizar sem o conhecer absolutamente. Éreis necessários aos seus
desígnios, à sua glória, à sua própria felicidade? Questões ociosas porque
insolúveis. Vós sois; sede reconhecidos por isto. Mas ser não é tudo; é preciso
ser segundo as leis do Criador (...) Lançado na existência, sois ao mesmo tempo
causa e efeito” (...)
E
não é isso? Não somos nós próprios a causa da nossa felicidade ou infelicidade,
bem como da felicidade ou infelicidade de outros, situações que são, por sua
vez, efeito de nossas atitudes? Jesus, o Mestre por excelência, já nos
assegurou há cerca de dois mil anos: “a cada um segundo suas obras”.
E
assim, voltamos a Shakespeare, com sua famosa dúvida: “ser ou não ser, eis a
questão” – ser ou não ser solidário realmente, ser ou não ser fraterno
verdadeiramente, ser ou não ser o “deus em nós”.
Fonte; http://www.correioespirita.org.br/
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