Para
alinhar algumas notas acerca da aura humana, recordemos o que seja irradiação,
na ciência atômica dos tempos modernos.
Temo-la,
em nossas definições, como sendo a onda de forças dinâmicas, nascida do
movimento que provocamos no espaço, cujas emanações se exteriorizam por todos
os lados.
Todos os
corpos emitem ondulações, desde que sofram agitação ou que a produzam, e as
ondas respectivas podem ser medidas pelo comprimento que lhes é característico,
dependendo esse comprimento do emissor que as difunde.
A queda de
um grânulo de chumbo sobre a face de um lago, estabelecerá ondas diminutas no
espelho líquido, mas a imersão violenta de um calhau de grandes proporções
criará ondas enormes.
A
quantidade das ondas formadas por segundo, pelo núcleo emissor, é o fenômeno
que denominamos frequência, gerando oscilações eletromagnéticas que de fazem
acompanhar da força de gravitação que lhes corresponde.
Assim é
que cada corpo em movimento, dos átomos às galáxias, possui um campo próprio de
tensão e influência, constituído pela ondulação que produz.
Para
mentalizarmos o que seja um campo de influência, figuremo-nos uma lâmpada
vulgar. Toda a área de espaço clareada pelos fótons que arroja de si, expressa
o campo que lhe é próprio, campo esse cuja influência diminui à medida que os
fótons se distanciam do seu foco gerador, fragmentando-se ao infinito.
Qual
ocorre com a matéria densa, sob estrita observação científica, nosso espírito é
fulcro de criação mental incessante, formando para si mesmo um halo de eflúvios
eletromagnéticos, com o teor de força gravitativa que lhes diz respeito.
Nossos
pensamentos, assim, tecendo a nossa auréola de emanações vitais ou a ondulação
que nos identifica, representam o campo em que nos desenvolvemos.
Mas se no
físico a agitação da matéria primária pode ser instintiva, no plano da
inteligência e da razão, em que nos situamos, possuímos na vontade a válvula de
controle da nossa movimentação consciente, auxiliando-nos a dirigir a onda de
nossa vida para a ascensão à luz, ou para a descida às trevas.
Sentimentos
e ideias, palavras e atos são recursos íntimos de transformação e purificação
da nossa esfera vibratória, de conformidade com a direção que lhes imprimimos,
tanto quanto as dores e as provas, as aflições e os problemas são fatores
externos de luta que nos impelem a movimento renovador.
Sentindo e
pensando, falando e agindo, ampliamos a nossa zona de influência, criando em
nós mesmos a atração para o engrandecimento na Vida Superior, ou para a miséria
na vida inferior, segundo as nossas tendências e atividades para o bem ou para
o mal.
Enriqueçamo-nos,
pois, de luz, amealhando experiências santificantes pelo estudo dignamente
conduzido e pela bondade construtivamente praticada.
Apenas
dessa forma regeneraremos o manancial irradiante de nosso espírito, diante do
passado, habilitando-nos para a grandeza do futuro.
Constelações
e mundos, almas e elementos, todos somos criações de Deus, adstritos ao campo
de nossas próprias criações, com o qual influenciamos e somos influenciados,
vivendo no campo universal e incomensurável da Força Divina.
Se nos
propomos, desse modo, aprimorar nosso cosmo interior, caminhando ao encontro
dos tesouros de amor e sabedoria que nos são reservados, sintonizemos, no
mundo, a onda de nossa existência com a onda do Cristo, e então edificaremos
nas longas curvas do tempo e do espaço o atalho seguro que nos erguerá da Terra
aos píncaros da gloriosa imortalidade.
Do livro “Vozes do
Grande Além"
F. Labouriau - 22 de
setembro de 1955
Francisco Cândido
Xavier
Blog Magnetismo
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