terça-feira, 22 de julho de 2014

DIFERENÇA ENTRE ECTOPLASMIA E MATERIALIZAÇÃO DE ESPÍRITOS


DAVILSON SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Paulo, SP (Brasil)
  
Para quem gosta de ler, de pesquisar, de ouvir falar sobre Materialização de EspíritosEctoplasmia, o certo é: assisti a uma sessão de Materialização ou assisti a uma sessão de Ectoplasmia? Essas duas expressões têm o mesmo sentido? Pesquisadores denominam médiuns de ectoplasmia, ou médiuns ectoplastas, os que produzem ectoplasma. Há nos meios pelos quais se obtém os fenômenos físicos de características peculiares.

Ectoplasmia e materialização não denotam a mesma coisa. Ectoplasmia, ou processo ectoplasmático, entende-se por produto temporário de formações estruturais, mais ou menos metódico. Por se unir ao estudo do desprendimento ectoplasmático, esse termo também é empregado para designar “ciência do ectoplasma”, por causa da faculdade que alguns raríssimos médiuns possuem para fazer aparecerem formas materializadas perto ou longe deles.

Entende-se por ectoplasma uma substância plástica de natureza híbrida, possuidora de alto poder de dissolução, sensível à luminosidade do Sol ou da lâmpada elétrica, afora da lâmpada de irradiação avermelhada feito a de laboratórios fotográficos. (1) O ectoplasma se dispersa com a luz viva ou retorna ao organismo do médium. Em plena obscuridade, o ectoplasma pode se expor à vista em diversas e distintas fases, a modificar-se-lhe as formas em modelagem de bastões, alavancas, espirais, fios, cordas, teias etc. e alguns efeitos apreciáveis. Em contato com a luz, a sua estrutura molecular amolece, interrompendo assim o seguimento ectoplasmático que, não raro, assume caracteres anatômicos de vegetais, animais e até de seres humanos, total ou parcialmente.

Ectoplasmia e Materialização — A ectoplasmia não se resume na produção ectoplasmática de Espíritos materializados e seus correspondentes: desmaterialização e rematerialização. Já a materialização propriamente dita de pessoas desencarnadas e até mesmo encarnadas (muitíssimo rara) tem as suas particularidades.

A materialização é termo empregado para designar corporificação não só de seres humanos assim como de objetos, de plantas, de flores, de animais etc. Trata-se de um fenômeno complexo e observável sob diferentes pontos de vista, a respeito do qual ainda não se pode inferir uma categórica enunciação.

A materialização só pode se processar através da emissão do ectoplasma cujo ponto culminante resulta na sua consistência. Segundo um bem conceituado médico francês, Gustave Geley (1868/1924), autor de interessantíssimas obras a esse respeito, (1) o ectoplasma, quando emitido, logo de início, apresenta-se com uma aparência amorfa, ora sólida, ora vaporosa. Acabamos de dizer que o processo ectoplasmático está ligado à materialização — talvez, por isso, diversos pesquisadores entenderam-no por sinônimo de materialização, perfeitamente compreensível, levando-se em conta os primeiros passos metodológicos investigativos e a época em que principiara o interesse pelos fenômenos espirituais.

Eis sucintamente o que acrescentou Geley acerca da materialização:

Aí está a ectoplasmia, um fato simples considerado em si mesmo, desprendido de algumas complicações que deverão ser estudadas mais adiante, o fato nu dissecado, se assim podemos dizer, na sua estrutura anátomo-fisiológica.

Não forma agêneres — Para certos autores hodiernos, ectoplasmia não se restringe à formação de agêneres (figuras humanas). A diferença entre ectoplasma e materialização acha-se mesmo no modo pelo qual se lhes verificam os fenômenos, embora os fins se equivalham. A materialização origina-se no ato de um corpo orgânico ou inorgânico tornar-se denso ou mais ou menos transparente visto por todos que o observem. O termo ectoplasmia foi criado pelo médico e pesquisador francês, Charles Richet (1850/1935), duas vezes vencedor do prêmio Nobel de Fisiologia.

Quanto à pergunta de início, você pode dizer que foi a uma sessão de materialização assistir aos fenômenos de corporificação parcial ou total de Espíritos; pode dizer que foi a uma sessão de ectoplasmia a fim de apreciar apenas efeitos telecinéticos, pancadas (raps), o fenômeno de pneumatofonia, ou voz direta, o de formas e efeitos luminosos, o de suspensão e de transporte de objetos e até mesmo a própria materialização; veja, você pode ainda simplesmente dizer que foi assistir a uma sessão de Efeitos Físicos.

Eu, por exemplo, prefiro denominar “reunião de efeitos físicos”, em vez de “sessão de efeitos físicos” ou de “ectoplasmia”, ou de “materialização”. O termo sessão remete-se aos exaustivos ensaios científicos de antigamente os quais tinham em vista a prova dos fenômenos; sessão lembra as lamentáveis demonstrações em casa de espetáculos onde falsos médiuns cobravam ingresso do público para ver supostos Espíritos materializados. Acho melhor reunião de efeitos físicos. Sabe por quê? Porque os fenômenos podem até acontecer num mesmo instante, dependendo apenas do emprego das forças e faculdades humanas, principalmente, da competência medianímica do grupo de suporte ao médium físico, aquele que é o principal emissor do ectoplasma.

Notas :

1 - GELEY, Gustave. L’Ectoplasmie et la clairvoyance, observations et expériences personnelles (A ectoplasmia e a clarividência). S/ed. Paris: F. Alcan, 1924. p. 190.
2 - ANDRADE, Hernani Guimarães. A teoria corpuscular do espírito: uma extensão dos conceitos quânticos e atômicos à Ideia do espírito. São Paulo: edição do próprio autor, 1958, p. 207.

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domingo, 20 de julho de 2014

PASSES EM CRIANÇAS

Jacob Melo

     Mateus, 19 – 13, 14, 15. Então lhe trouxeram algumas crianças para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreenderam. Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus. E, depois de lhes impor as mãos, partiu dali.
     Interessante como, já ao tempo de Jesus, muitos sabiam da necessidade das crianças serem tocadas, receberem o influxo magnético de uma fonte de energias revigorantes.
   
  Impressiona que, juntamente com isso, àquela época também havia a tentativa de impedimento, o querer estabelecer-se regras ou proibições.
  
   Ao que se percebe no texto evangélico, as crianças não estavam, necessariamente, portando enfermidades; simplesmente elas foram trazidas até Ele e, colocadas ao seu redor, foi solicitado ao Mestre que impusesse suas mãos sobre elas.

    Antes de prosseguir, quero ressaltar que a expressão “imposição de mãos”, há 2000 anos, tinha significado bastante diferente do que entendemos hoje, como, de ordinário, quase tudo que seja antigo sempre pede contextualização a fim de serem evitados os equívocos cometidos, tão comuns como lamentáveis, quando queremos limitar nossas interpretações e/ou conclusões à literalidade das palavras e expressões.
  
   Jesus as abençoou, transmitindo-lhes os fluidos que cada uma carecia e aproveitou magistralmente o ensejo para dizer a todos que é imprescindível termos na alma aquele tipo de pureza.

    Embora transcorrido tanto tempo, ainda hoje é recorrente se perguntar sobre os passes em crianças. Concentram-se fluidos? Não se faz nada além de dispersar? Elas possuem centros vitais? A partir de que idade pode-se aplicá-los com segurança? E se a criança não quiser recebê-los? No caso de crianças muito inquietas, que não aceitam ficar sentadas na cabine de passes, não se faz ou o que se faz? E por aí se seguem as questões...

     Vamos refletir um pouco sobre elas.

    De início sabemos que uma criança, por menor que seja, é um ser humano perfeito, pois tendo os órgãos que todos dispomos, certamente também possui sua identidade perispiritual, o que significa dizer que trazem em si reais estruturas vitais (centros vitais), ainda que eventualmente sejam de extensões e potências diferentes daquelas dos adultos. Sendo assim, que diferenças básicas encontramos nelas em relação a estes (magneticamente falando)? As crianças, por estarem em desenvolvimento fisio-psico-emocional-perispiritual, não possuem estruturas vitais nas mesmas dimensões de um adulto, porém, embora usando os mesmos mecanismos, apresentam variações muito importantes, posto que precisam absorver, reter e dissipar “energias” de variada ordem em padrões diferentes. Só para servir de comparação: normalmente as crianças precisam de muito menores quantidades de alimentos do que os adultos, ainda assim seus processos de “multiplicação celular” seguem em franca expansão, dizendo-nos que do menos elas extraem e conservam o máximo, de forma distribuída e bem equilibrada. Energeticamente ocorre algo semelhante: elas precisam de fluidos, todavia de um padrão mais sutil e quase sempre em “quantidades” muito menores do que as que se aplica em adultos. Apesar disso, os resultados das manipulações bem executadas costumam apresentar resultados sobejamente felizes.
  
   A partir da realidade de como são e de como funcionam essas usinas vitais infantis podemos deduzir que os concentrados (imposições, circulares, sopros quentes) devem ser administrados com parcimônia, contando com uma qualificação emocional do magnetizador bastante harmônica e evitando-se longas exposições energéticas aos pequenos. Já os dispersivos, por serem mais distributivos e dissipadores de congestionamentos energéticos, estes podem e até devem ser aplicados com mais eficiência e com muito menores “riscos” para os infantes.
  
   Se tomarmos em consideração a banalização do “aplicar passes por aplicá-los apenas”, não sou dos que sugerem fazê-lo no primeiro ano de vida e, logo após esse período, ainda aí não convém gerar condicionamentos, tudo isso ressalvados os casos de crianças portadoras de problemas fisiológicos ou deficiências diversas, nas quais seja imperioso aplicar-lhe os recursos magnéticos. Para tanto é determinante que o magnetizador tenha um mínimo de experiência e segurança para agir de forma correta e feliz, a fim de não sujeitá-las a riscos desnecessários.

     Por fim, a questão do comportamento das crianças na recepção dos passes; isto, por si só, nos indica de que devemos estar muito bem preparados para atendê-las. Veja-se o exemplo de autistas, na maioria irrequietos, alguns chegando a atitudes violentas ou de total desabandono interior, sem se conectarem às menores recomendações que lhes sejam repassadas. Se os magnetizadores não se prepararem para atendê-los como deve, eles estarão entregues à própria sorte, posto que as Casas costumam cobrar comportamentos que não lhes são aplicados. Sendo assim, será que uma criança “problema” (como ordinariamente as chamam) não precisa nem merece um atendimento digno e justo? Seria justo não atendê-las por elas não se sujeitarem ao padrão que queremos impor?
  
   Muito se fala de que “Deus protege os inocentes” bem como “a boa vontade sempre faz o bem”. Na vida real isto não é tão seguro como se pensa ou se diz. Deus protege a todos, indistintamente, mas Ele não quebra as regras da Grande Lei para que nossos descasos e irresponsabilidades sejam inócuos ou inofensivos. Por sua vez, a boa vontade, em muitos casos, sequer chega a mobilizar o mínimo, muito menos o suficiente, por isso não chegando a gerar o bem que se espera. Por tudo isso, agir magneticamente com crianças não é ter comportamentos mágicos, não agir por simples obrigação ou crer que atitudes magnéticas não possam oferecer riscos. É preciso sim que os aplicadores de passes em crianças saibam exatamente o que fazem.
   
  Jesus, quando atendia a quem quer que fosse, inclusive às crianças, Ele sabia primorosamente como, quanto e de que maneira fazer; quanto a nós precisamos todos estudar, aprimorar, aperfeiçoar para agirmos com a segurança indispensável.

     Este tema traz muitas reflexões, as quais pedem para serem pensadas e refletidas; do contrário poderemos ensejar condicionamentos sem solução ou levar algumas crianças a verem o passe não como uma bênção e sim como uma obrigação esdrúxula

Fonte Correio Espírita


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sábado, 19 de julho de 2014

POR QUE DESAPARECERAM AS REUNIÕES DE MATERIALIZAÇÃO

Gerson Simões Monteiro

Objetivos das reuniões de materialização de espíritos –– Por que desapareceram as reuniões de materialização - Onde os médiuns de efeitos físicos podem atuar

     A realização das Reuniões de Materialização tem diversos objetivos. O primeiro deles é o de provar a imortalidade da alma. O segundo, consolar os que ficaram na Terra diante das perdas dos entes caros, e o terceiro objetivo prestar assistência aos enfermos.
 
PROVA DA IMORTALIDADE DA ALMA

       As experiências de materializações de espíritos, de cunho científico, realizadas pelo cientista inglês William Crookes, são a maior prova de que depois da morte a alma continua a viver. Mas antes de demonstrá-las, vamos saber primeiro quem foi William Crokes, nascido em Londres, Inglaterra, em 17.06.1832, e desencarnado em 04.04.1919.

     Em 1878, Crookes apresentou à Sociedade Real o seu célebre trabalho sobre o quarto estado da matéria, que denominou "matéria radiante", acontecimento científico de repercussão internacional, que lhe proporcionou uma recompensa pela Academia de Ciências da França.

     Tal conquista, porém, não se realizaria sem os fenômenos de materialização de Katie King (1870-1873), obtidos com o concurso mediúnico da jovem Florence Cook, pois foi a observação desses fenômenos que pode ter despertado a atenção de Crokes, para verificar, na matéria tangível, estados especiais, ainda não explorados, no quadro geral do conhecimento humano, e que teriam grande influência na Física moderna. Admitido na Sociedade Química de Londres, o cientista tornou-se uma das maiores figuras dessa importante sociedade, especialmente depois de seu estudo sobre a natureza dos corpos simples.

     Foi Presidente da "Royal Society" (1913-1915) e de várias sociedades de cultura e consultor científico do Governo Britânico. Assistiu, por 3 anos, em seu laboratório, em Londres, à materialização integral de Katie King. Mediu, pesou e examinou meticulosamente o Espírito, constatando a realidade tangível da imortalidade da alma e o poder extraordinário que possui o Espírito, em utilizar-se da matéria física para se tornar tão real e vivo como os encarnados.
Foto 01
     Na foto nº 1 podemos ver o corpo da médium Florence Cook deitada no chão, o Espírito Katie King totalmente materializado, e William Crokes com uma luz iluminando o ambiente. Essa foto, portanto, afasta qualquer possibilidade de fraude, pois vemos a médium deitada no chão dormindo; o Espírito de Kate King em pé totalmente materializado; e William Crokes iluminando a cena com um foco de luz na mão.

CONSOLO PARA OS ENTES QUERIDOS

   No segundo objetivo das reuniões de materialização, vamos encontrar na resposta da questão 934, de O Livro dos Espíritos, os fundamentos para essa realização. Nela, os Benfeitores Espirituais, respondendo a Allan Kardec sobre a dor que atinge a todos com a perda dos entes que nos são caros, dizem em certo trecho da resposta que:

     “...Tendes, porém, uma consolação em poderdes comunicar-vos com os vossos

     amigos pelos meios que vos estão ao alcance, enquanto não dispondes de

     outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos”.

     Nessa resposta entendemos que a comunicação com os desencarnados pode ser feita nas reuniões de materialização de espíritos, como também, hoje em dia, através da Transcomunicação Instrumental. Aliás sobre esse tipo de fenômeno relato no livro de minha autoria, Morreram e voltaram para contar ( Editora Novo Ser), o fato do grande escritor Coelho Neto ter ouvido sua neta desencarnada falar ao telefone, inclusive registrando esse acontecimento numa reportagem do Jornal do Brasil de 23 de Junho de 1923.

TISSOT VÊ A NOIVA MATERIALIZADA
Foto 02

     O pintor James Tissot (1836-1902) – foto nº 2 – foi atraído pelo fenômeno ao ler num jornal da descrição de uma sessão de materialização de espíritos. Logo em seguida, ele encontrou-se com o médium William Eglinton, o conhecido médium de efeitos físicos da idade vitoriana. Este médium nunca usava cabines, pelo contrário, assentava-se com os outros assistentes e permitia que suas mãos fossem seguras por eles.

     Numa sessão realizada em 1885, Tissot sentou-se à direita de Eglinton. Duas figuras se apresentaram à esquerda de Tissot: eram um homem e uma mulher, lado a lado. Nas mãos traziam bolas que os iluminavam perfeitamente, parecendo partir do plexo solar. Era Katherine Irene Newton, sua noiva, que tornara feliz sua vida durante seis anos, e seu guia espiritual.

    
Foto  03

 A luz emitida pelos Espíritos permitiu que Tissot gravasse os mínimos detalhes. Mal terminara a sessão, Tissot correu ao seu estúdio e debuxou o mais depressa que pôde as figuras da maravilhosa aparição. O quadro é um dos poucos, senão o único existente no mundo, com tais características – foto nº3.

CONFORTO ESPIRITUAL

A comunicação com os espíritos desencarnados, para o Espiritismo, tem duas finalidades. A primeira é a de nos mostrar o caminho do bem, para realizarmos o nosso progresso moral. A segunda é de nos consolar diante das provas da vida.

     Esse consolo recebi nos idos de 1980, em reuniões de materialização de espíritos para assistência aos enfermos. Nelas, o médium de efeitos físicos fica deitado numa cama, quando seu corpo – desmaterializando-se por ação dos instrutores espirituais – passa a fornecer ectoplasma, substância com a qual os espíritos têm a possibilidade de se materializar.

     Nessas reuniões, fui abraçado e beijado pelos espíritos materializados de meus pais e de um dos meus filhos, desencarnado de câncer, aos dois anos de idade, dos quais tive conforto e coragem para viver.

REUNIÃO PARA ASSISTÊNCIA AOS ENFERMOS

     Os fundamentos para a realização das Reuniões de Materialização para Assistência aos Enfermos vamos encontrar no capítulo 28 - Efeitos Físicos, do livro Nos Domínios da Mediunidade, quando o Instrutor Aulus, dirigindo-se a André Luiz pondera:

     “Só os doentes, por enquanto, no mundo, justificam a
nosso ver o esforço dessa espécie, junto das raras experiências,

     essencialmente respeitáveis e dignas, realizadas pelo mundo

     científico, em beneficio da Humanidade”.

         O Benfeitor Espiritual Emmanuel, também em mensagem “Nos Trabalhos de Materialização”, extraída do livro Materializações Luminosas diz textualmente:

     “...sugerimos sejam quaisquer serviços de materialização

     movimentados na direção da saúde humana. Por

     enquanto, só o esforço assistencial aos doentes justifica o

     desdobramento intensivo das nossas atividades nesse setor”.

RISCOS PARA A ORGANIZAÇÃO MEDIÚNICA

    As advertências de André Luiz e Emmanuel a respeito do esforço do plano espiritual para que a realização das reuniões de Materialização sejam canalizados para um fim sério, ou seja, o socorro aos doentes, tem por motivo que:

       “Trata-se de serviço de elevada responsabilidade, porquanto, além de exigir todas as possibilidades do aparelho mediúnico, há que movimentar todos os elementos de colaboração dos companheiros encarnados, presentes às reuniões destinadas a esses fins. Se houvesse perfeita compreensão geral, respeito aos dons da vida, e se pudéssemos contar com valores morais espontâneos e legitimamente consolidados no espírito coletivo, essas manifestações seriam as mais naturais possíveis, sem qualquer prejuízo para o médium e assistentes. Acontece, porém, que são muito raros os companheiros encarnados dispostos às condições espirituais que semelhantes trabalhos exigem. Por isso mesmo, na incerteza de colaboração eficiente, as sessões de materialização efetuam-se com grandes riscos para a organização mediúnica e requisitam número dilatado de cooperadores do plano espiritual”. (Capítulo 28, Nos Domínios da Mediunidade).

POR QUE DESAPARECERAM

     Enfim, para encerrarmos esta matéria à guisa de reflexão do por quê essas reuniões praticamente desapareceram dos Centros Espíritas, ouçamos a constatação do Benfeitor Espiritual André Luiz:

     “ ...Alguns encarnados, como habitualmente acontece, não tomam a sério as responsabilidades do assunto e trazem consigo, para as seções de materialização, emanações tóxicas, oriundas do abuso de nicotina, carne e aperitivos, além das formas-pensamentos menos adequadas à tarefa que o grupo deve realizar. Infelizmente essa é a razão!”

ONDE OS MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS PODEM ATUAR
     
     No dia 20 de julho desse ano, a convite dos dirigentes do Grupo Espírita Jesus e a Caridade, rua Pará 33, em Santos, SP, promovemos o Seminário sobre o tema: Materialização de Espíritos. No final, o confrade José da Conceição Abreu, de Santos, formulou a seguinte pergunta:

     “Com base nos seus comentários de que praticamente não existem mais Reuniões de Materialização devido à falta de responsabilidade dos seus participantes, onde os médiuns de efeitos físicos podem atuar?”

     Respondi que eles podem atuar como médiuns passistas nas Reuniões de Estudos e Passes, e das de Desobsessão nos Centros Espíritas, assim doando seus fluidos para manipulação dos benfeitores espirituais a benefício da saúde orgânica e perispiritual dos encarnados e desencarnados.

Fonte; Correio Espirita


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quinta-feira, 17 de julho de 2014

MAGNETISMO E HOMEOPATIA, PRECURSORES DO ESPIRITISMO

Allan Kardec

Todo grande pensamento ou idéia religiosa não surge de repente, mas há que se haver uma preparação do solo para que a semente seja lançada e frutifique.  Assim ocorreu com o Espiritismo cujo Codificador, Allan Kardec estudou por 35 anos o Magnetismo Animal ou Mesmerismo antes de se dedicar à Doutrina Espírita.
A Homeopatia, criação inspirada de Samuel Hanehmann, e o Magnetismo, proporcionaram o  enraizamento de idéias que preparavam as almas européias sensíveis a pensarem o Ser Humano como um ser bio-psico-social dotado de uma alma, componente de uma centelha  que sustenta a vida. Não mais a influência de uma medicina medieval, materialista, mecanicista, mas uma ciência médica voltada para enxergar homem e o princípio vital contido em seu espírito.
Magnetismo e Homeopatia, portanto, se tornaram forças equilibrantes e opostas, na Europa e no Brasil, às idéias materialistas que permeavam o mundo pós-Inquisição. As doutrinas de Auguste Comte e Spencer seduziam milhares de criaturas se opondo intransigentemente ao sobrenatural, reforçando o “espírito positivo” e rejeitando qualquer cogitação das primeiras causas.

Samuel Hahnemann
•  Ao tempo de Hahnemann, a medicina oficial era um conjunto anacrônico de princípios, teorias e práticas empíricas, eminentemente drenadoras. Sua base eram as “sangrias”, os purgantes, os vomitórios e outros recursos criados sem um estudo metódico e científico.
•  A Homeopatia trouxe uma farmacodinâmica própria, considerando não só os limites materiais do indivíduo, mas penetrando no conhecimento da intimidade discreta e sutil de seu corpo bioplasmático.
Franz Anton Mesmer
Escreveu Mesmer em 1799: As primeiras curas obtidas de algumas doenças consideradas incuráveis pela medicina, suscitaram inveja e produziram mesmo ingratidão, que se somaram para ampliar as prevenções contra meu método de cura.
 Muitos sábios uniram-se  para fazer cair senão no esquecimento, pelo menos no desprezo, as aberturas que realizei neste campo: divulgou-se por toda parte como impostura.

Mas que, longe de me desencorajar, redobraram meus esforços para o triunfo das verdades que acho essenciais à felicidade dos homens.
Enquanto os Médicos de sua  época exerciam a medicina heróica, tradicional, desde Galeno no século II, por sua vez, Mesmer foi formado pela Universidade de Viena, então reformada por Van Swieden, na escola clínica de Boerhaave (conhecido como professor da Europa ou Hipócrates holandês).
Mesmer cursou as faculdades de teologia, filosofia, medicina, e em parte, de direito. Seu terceiro doutorado, foi em Medicina, pela Universidade de Viena, reformulada por Van-Swieten, discípulo de Boerhaave,  o criador da clínica moderna, que propôs uma retomada dos princípios da medicina científica e vitalista, fruto da observação junto aos pacientes e do uso da razão, recuperando os princípios do pai da medicina, o grego Hipócrates (vis medicatrix naturae). Incluía o estudo de ciências naturais, física, química e as então recentes descobertas fisiológicas.
 Para Boerhaave, uma  vis vitae, ou força vital, era responsável pela manutenção da saúde orgânica, como para todos os vitalistas científicos, que estavam  se contrapondo ao materialismo mecanicista da medicina oficial, a prática médica heróica milenar.
Muitas mentiras e difamações sofreu Mesmer e até mesmo uma das obras tidas como principais de sua bibliografia, AFORISMOS DE MESMER  foi desautorizada por ele, tendo sido compilada por seus alunos de um Curso dado por ele.
Sua obra principal foi Mémoires de F. A. Mesmer, docteur en médicine, sur ses découvertes. Paris, 1799.  “Memória de F. A. Mesmer, Doutor em Medicina, Sobre Suas Descobertas”. Esta obra, contém o modelo teórico da terapia do Magnetismo Animal, sonambulismo provocado e lucidez sonambúlica.
Diferentes tons de movimentos (vibrações) do Fluido Universal: Luz, eletricidade, magnetismo mineral, gravidade, magnetismo animal e todas as coisas.
A terapia do Magnetismo animal acelera o ciclo das doenças, antecipando a crise (crisis hipocrática) e restabelecendo o estado de equilíbrio, ou saúde.
Esclarece Mesmer em sua obra principal, ainda hoje desconhecida da geração atual: É o empirismo ou a aplicação às cegas dos meus procedimentos, que deram lugar às prevenções e às críticas indiscretas que se fizeram contra esse novo método. Estes procedimentos se não forem razoáveis, se assemelharão a afetações tão absurdas quanto ridículas, às quais será impossível atribuir fé.
Sexto sentido, instinto, sonambulismo provocado.
1. Como o homem adormecido pode julgar e prevenir suas moléstias, e mesmo as dos outros?
2. Como, sem qualquer instrução, pode indicar os meios mais adequados à cura?
3.  Como  pode  ver  objetos  afastados,  e  pressentir  os acontecimentos?
4. Como o homem pode receber impressões de uma outra vontade que não a sua ?
5. Por que o homem não é sempre dotado dessas faculdades?
6. Como são passíveis de aperfeiçoamento?
7. Por que este estado é mais freqüente, e parece ser mais perfeito após o emprego  do processo do Magnetismo Animal?
8. Quais têm sido os efeitos da ignorância destes fenômenos e quais são eles ainda hoje?
9. Quais são os inconvenientes resultantes do abuso que deles se faz?

DECLAROU KARDEC NA REVISTA ESPÍRITA DE 1868:

O Magnetismo, a Homeopatia, e o Espiritismo A cura só é completa após a destruição das causas.  Eis porque os tratamentos terapêuticos muitas vezes necessitam ser completados por tratamento fluídico e reciprocamente. Eis, também, porque as curas instantâneas, que ocorrem nos casos em que a predominância fluídica é, por assim dizer, exclusiva, jamais poderão tornar-se um meio curativo universal. Não são, consequentemente, chamadas  a suplantar nem a medicina, nem a homeopatia, nem o magnetismo comum.
Hahnemann, por sua vez,  escreveu no ORGANON, a “bíblia” da Homeopatia: Organon Parágrafo 288:

“Neste ponto acho ainda necessário fazer menção ao chamado Magnetismo Animal, ou melhor, ao mesmerismo (como deveria ser chamado, graças a Mesmer, seu fundador), que difere da natureza de todos  os outros medicamentos. Essa força curativa, muitas vezes tolamente negada e difamada ao longo de um século inteiro,  esse maravilhoso e inestimável presente com que Deus agraciou o Homem, mediante o qual, através da poderosa vontade de uma pessoa bem intencionada sobre um doente, por contato, ou mesmo sem ele, e mesmo a uma certa distância, a força vital do mesmerizador sadio, dotado com essa força, aflui  dinamicamente para um outro indivíduo (...) (Parágrafo 288)

Já no Plano Espiritual, viria declarar mais tarde
Hahnemann:


O Espiritismo será um poderoso auxiliar da medicina. Graças a ele, ela abandonará a tradição materialista que, há muito tempo, retardou o seu vôo.


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A FILOSOFIA DO MAGNETISMO
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