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domingo, 20 de julho de 2014

PASSES EM CRIANÇAS

Jacob Melo

     Mateus, 19 – 13, 14, 15. Então lhe trouxeram algumas crianças para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreenderam. Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus. E, depois de lhes impor as mãos, partiu dali.
     Interessante como, já ao tempo de Jesus, muitos sabiam da necessidade das crianças serem tocadas, receberem o influxo magnético de uma fonte de energias revigorantes.
   
  Impressiona que, juntamente com isso, àquela época também havia a tentativa de impedimento, o querer estabelecer-se regras ou proibições.
  
   Ao que se percebe no texto evangélico, as crianças não estavam, necessariamente, portando enfermidades; simplesmente elas foram trazidas até Ele e, colocadas ao seu redor, foi solicitado ao Mestre que impusesse suas mãos sobre elas.

    Antes de prosseguir, quero ressaltar que a expressão “imposição de mãos”, há 2000 anos, tinha significado bastante diferente do que entendemos hoje, como, de ordinário, quase tudo que seja antigo sempre pede contextualização a fim de serem evitados os equívocos cometidos, tão comuns como lamentáveis, quando queremos limitar nossas interpretações e/ou conclusões à literalidade das palavras e expressões.
  
   Jesus as abençoou, transmitindo-lhes os fluidos que cada uma carecia e aproveitou magistralmente o ensejo para dizer a todos que é imprescindível termos na alma aquele tipo de pureza.

    Embora transcorrido tanto tempo, ainda hoje é recorrente se perguntar sobre os passes em crianças. Concentram-se fluidos? Não se faz nada além de dispersar? Elas possuem centros vitais? A partir de que idade pode-se aplicá-los com segurança? E se a criança não quiser recebê-los? No caso de crianças muito inquietas, que não aceitam ficar sentadas na cabine de passes, não se faz ou o que se faz? E por aí se seguem as questões...

     Vamos refletir um pouco sobre elas.

    De início sabemos que uma criança, por menor que seja, é um ser humano perfeito, pois tendo os órgãos que todos dispomos, certamente também possui sua identidade perispiritual, o que significa dizer que trazem em si reais estruturas vitais (centros vitais), ainda que eventualmente sejam de extensões e potências diferentes daquelas dos adultos. Sendo assim, que diferenças básicas encontramos nelas em relação a estes (magneticamente falando)? As crianças, por estarem em desenvolvimento fisio-psico-emocional-perispiritual, não possuem estruturas vitais nas mesmas dimensões de um adulto, porém, embora usando os mesmos mecanismos, apresentam variações muito importantes, posto que precisam absorver, reter e dissipar “energias” de variada ordem em padrões diferentes. Só para servir de comparação: normalmente as crianças precisam de muito menores quantidades de alimentos do que os adultos, ainda assim seus processos de “multiplicação celular” seguem em franca expansão, dizendo-nos que do menos elas extraem e conservam o máximo, de forma distribuída e bem equilibrada. Energeticamente ocorre algo semelhante: elas precisam de fluidos, todavia de um padrão mais sutil e quase sempre em “quantidades” muito menores do que as que se aplica em adultos. Apesar disso, os resultados das manipulações bem executadas costumam apresentar resultados sobejamente felizes.
  
   A partir da realidade de como são e de como funcionam essas usinas vitais infantis podemos deduzir que os concentrados (imposições, circulares, sopros quentes) devem ser administrados com parcimônia, contando com uma qualificação emocional do magnetizador bastante harmônica e evitando-se longas exposições energéticas aos pequenos. Já os dispersivos, por serem mais distributivos e dissipadores de congestionamentos energéticos, estes podem e até devem ser aplicados com mais eficiência e com muito menores “riscos” para os infantes.
  
   Se tomarmos em consideração a banalização do “aplicar passes por aplicá-los apenas”, não sou dos que sugerem fazê-lo no primeiro ano de vida e, logo após esse período, ainda aí não convém gerar condicionamentos, tudo isso ressalvados os casos de crianças portadoras de problemas fisiológicos ou deficiências diversas, nas quais seja imperioso aplicar-lhe os recursos magnéticos. Para tanto é determinante que o magnetizador tenha um mínimo de experiência e segurança para agir de forma correta e feliz, a fim de não sujeitá-las a riscos desnecessários.

     Por fim, a questão do comportamento das crianças na recepção dos passes; isto, por si só, nos indica de que devemos estar muito bem preparados para atendê-las. Veja-se o exemplo de autistas, na maioria irrequietos, alguns chegando a atitudes violentas ou de total desabandono interior, sem se conectarem às menores recomendações que lhes sejam repassadas. Se os magnetizadores não se prepararem para atendê-los como deve, eles estarão entregues à própria sorte, posto que as Casas costumam cobrar comportamentos que não lhes são aplicados. Sendo assim, será que uma criança “problema” (como ordinariamente as chamam) não precisa nem merece um atendimento digno e justo? Seria justo não atendê-las por elas não se sujeitarem ao padrão que queremos impor?
  
   Muito se fala de que “Deus protege os inocentes” bem como “a boa vontade sempre faz o bem”. Na vida real isto não é tão seguro como se pensa ou se diz. Deus protege a todos, indistintamente, mas Ele não quebra as regras da Grande Lei para que nossos descasos e irresponsabilidades sejam inócuos ou inofensivos. Por sua vez, a boa vontade, em muitos casos, sequer chega a mobilizar o mínimo, muito menos o suficiente, por isso não chegando a gerar o bem que se espera. Por tudo isso, agir magneticamente com crianças não é ter comportamentos mágicos, não agir por simples obrigação ou crer que atitudes magnéticas não possam oferecer riscos. É preciso sim que os aplicadores de passes em crianças saibam exatamente o que fazem.
   
  Jesus, quando atendia a quem quer que fosse, inclusive às crianças, Ele sabia primorosamente como, quanto e de que maneira fazer; quanto a nós precisamos todos estudar, aprimorar, aperfeiçoar para agirmos com a segurança indispensável.

     Este tema traz muitas reflexões, as quais pedem para serem pensadas e refletidas; do contrário poderemos ensejar condicionamentos sem solução ou levar algumas crianças a verem o passe não como uma bênção e sim como uma obrigação esdrúxula

Fonte Correio Espírita


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http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/12/o-passe.html

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

DA EXTREMA SENSIBILIDADE DAS CRIANÇAS À AÇÃO DO MAGNETISMO E DE SEU PRONTO RESTABELECIMENTO


TRADUÇÃO DE LIZARBE GOMES

Todas as experiências feitas desde Mesmer, sobre as crianças provam que, por sua natureza não estar ainda contrariada pelos abusos da vida, a ação magnética é bem mais rápida e bem mais  salutar sobre elas que sobre os homens.
A filha primogênita da princesa M***, criança de dez a doze anos, disse Puységur (1811) estava em  convulsões violentas há várias horas; sua interessada mãe e a Sra. Ch... sua tia, chorando perto de seu leito, perdiam a esperança de conservá-la. Os pós e os remédios utilizados em casos semelhantes haviam sido infrutuosamente administrados; o mal resistia a energia de todos os medicamentos; ao menos foi o que me disseram as senhoras ao me solicitar que as seguissem a fim de  verificar se o magnetismo, do qual haviam ouvido louvar a eficácia, poderia produzir algum efeito feliz sobre sua pequena doente; atendi às suas súplicas.
Quando entrei na casa da Sra. M***, eu vi o quadro de todas as dores: a pequena Honorine, os olhos verdes e fixos, estava enrijecida e sem  movimento e seus pais,silenciosos em seu redor, pareciam apenas esperar pelo momento de receber seu último suspiro.
Sem lhes dirigir a palavra, sem mesmo lhes pedir um novo consentimento, eu tomei a pequena Honorine em meus braços com o travesseiro no qual ela descansava; eu me sentei e a coloquei assim sobre meus joelhos. Então, sem me ocupar com nada do que se passava ao meu redor, eu me concentrei  inteiramente tocando esta criança com o único propósito de produzir sobre ela o efeito que lhe seria mais salutar. Ao fim de alguns minutos, acreditei perceber o retorno da respiração. Eu coloquei uma mão sobre seu coração e senti fracos batimentos. Eu dizia a cada segundo, para mim mesmo, as observações consoladoras que eu fazia. Meu profundo recolhimento impôs um silêncio o qual, na dolorosa expectativa em que estávamos, ninguém tentou romper. De repente, ouviu-se o ruído tranquilizador de uma abundante evacuação.
Exprimi a alegria que senti e, sem descobrir ainda nem olhar a pequena, eu apenas continuei com mais energia o exercício de minha ação magnética; logo um repouso geral dos músculos e a cessação do estado convulsivo da criança foram os felizes resultados.
Em menos de meia-hora, enfim, eu tive a doce satisfação de devolver a criança aos braços de sua mãe, inteiramente salva do perigo que a ameaçava.
Na Rússia, na Prússia, na Baviera, os efeitos do magnetismo sobre as crianças têm sido pertinentes e admiráveis.
Vê-se frequentemente curas miraculosas entre as crianças, dizem o Sr. Brosse, médico russo e Muck, médico bávaro (1818). Eles não opõem nem dúvidas nem preconceitos à influência magnética.
As crianças são mais dependentes da vontade dos outros, mais suscetíveis, mãos irritáveis e a natureza mais ativa entre elas em todas as funções é mais disposta a se regularizar para restabelecer a saúde.
Uma criança de dez anos, indiferente a tudo e absolutamente idiota, foi trazida a casa do Sr. Wolfart, em Berlim. Ao fim de alguns dias, ele expressou o desejo de retornar ao tratamento quando a hora fixada se aproximava. Eu o vi, disse um desses senhores, quando entrava na casa do Sr. Wolfart, abrir passagem na multidão de doentes para se aproximar dele. Depois de um tratamento de alguns meses, as funções dos sentidos e as do espírito se desenvolveram  maravilhosamente.
Uma criança de quatro anos tinha sido curada de uma coxalgia pela aplicação de um cautério; mas como se havia várias vezes excitado o cautério com o pó epispástico, a criança sofria muito. As dores cessavam assim que eu a magnetizava.
À noite, a mãe tentou magnetizá-la para adormecê-la e consegui tão bem quanto eu. A criança lhe dizia: continue, mamãe, isto me faz bem.
Eu vi, acrescentou este médico, crianças fracas, pálidas, magras, tendo o ventre duro e inchado, em estado de atrofia enfim, e entre as quais o quadro era bem avançado, se restabelecer em pouco tempo pelo magnetismo; a digestão e a nutrição se operavam, os corpos engordavam, os músculos se fortificavam e o crescimento parado se desenvolvia perfeitamente.
Eu sempre notei que o magnetismo agia com mais prontidão, mais força e mais sucesso sobre as crianças.
Eu lembro de uma cura da qual fui testemunha e que me surpreendeu por sua rapidez; é a de uma menina de dois ou três anos. Esta criança parecia bem nutrida, havia engordado, mas não podia se apoiar sobre suas pernas. Quando ela ficava em pé, os joelhos dobravam, ela caía e começava a chorar. Os membros eram, contudo, bem feitos, somente os músculos pareciam frouxos e moles.
Na segunda vez que esta criança foi magnetizada, ela se pôs em pé e na terceira vez, caminhou muito bem.
Entre as doenças as quais já vi curar entre as crianças pelo magnetismo, eu posso citar as paralisias dos membros, as erisipelas, as doenças de pele, os catarros pulmonares obstinados e que faziam temer pela tísica  mucosa, os inchamentos das glândulas, diarréias, vômitos convulsivos, doenças dos olhos.
Os efeitos do magnetismo não são menos surpreendentes nas deformidades do tórax e de outros produzidos pelo raquitismo. Eu vi uma criança em que um desvio bastante considerável da espinha dorsal diminuiu de duas a três polegadas durante um tratamento de cerca de três meses.
Nas dores de cabeça, nas enxaquecas, nas hidrocefalias, na surdez, eu observei crises notáveis pelas secreções e escorrimentos nas orelhas, nos olhos, no nariz e mesmo pela salivação.
Na França, o magnetismo operou com o mesmo sucesso e com a mesma rapidez sobre as crianças.
Uma menina de dezoito meses, diz Deleuze (1825) tinha um terçol que lhe fazia mal. Seu pai a
colocou sobre seus joelhos; ela a magnetizou colocando-lhe a mão sobre os olhos; a criança logo adormeceu. Uma hora depois ela se acordou e o terçol havia desaparecido.
A Sra. *** em Châlons-sur-Marne tinha um filho de seis anos cujos intestinos eram tão relaxados que ele se sujava todas as noites. Tinha-se empregado todos os meios imagináveis para remediar esta enfermidade; enfim, sua mãe tomou a tarefa de magnetizá-lo.
Na primeira vez o magnetismo produziu uma evacuação extraordinária; na segunda vez houve ainda um movimento, mas na terceira vez a criança foi curada.
Conheci uma jovem de doze anos cujas vértebras lombares formavam uma saliência considerável; um respeitável eclesiástico, com quem ela havia feito sua primeira comunhão, aconselhou sua mãe a magnetizá-la e se encarregou de dirigir o tratamento. Em quinze dias as vértebras retornaram a posição que elas deviam ter.
Conforme diz Bruno, como não admirar esta providência adorável que coloca o remédio ao lado do mal, põe entre as mãos de cada um dos membros de uma família os meios de curara ou de aliviar os males inevitáveis aos quais a humanidade está exposta.
Ó mães!! Escutem a natureza, cedam a este instinto que as levam a abraçar sua criança, a apertá-la docemente contra seu seio; levem sobre ela sua mão benfeitora; aplique-a por longo tempo em prece pelo doente sobre as principais vísceras do baixo ventre, sobre o estômago.
Procurem apenas nas preces o socorro que possa ajudá-las em sua ação. Rejeitem com horror estes venenos que, se não matam sua criança alterarão sensivelmente as partes ainda sensíveis de sua organização.

AUBIN GAUTHIER
Jornal Vortice  ANO III, n.º 01,  junho/2010.

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