quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

PIONEIRISMO E OPOSIÇÃO DA IGREJA

 Primeiros espíritas surgiram entre estudiosos do magnetismo; fenômeno das mesas girantes  ocorreu na Bahia

 A partir desta edição de espaço espírita, a pesquisadora, palestrante e articulista Maria Massucatti, de Joinville, passa a apresentar texto exclusivo sobre a História do Espiritismo no Brasil. A cada edição, em ordem cronológica, os fatos da trajetória da Doutrina no País, para brindar os leitores.
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No Brasil, as ideias que darão origem ao Espiritismo remontam às primeiras experiências com o chamado "fluido vital" (magnetismo animal, mesmerismo) por parte dos praticantes da homeopatia, nomeadamente os médicos Benoît Jules Mure, natural de França, e João Vicente Martins, de Portugal, que chegaram ao país em 1840 e o aplicavam em seus clientes. Entre as personalidades que se interessaram pelo estudo do "fluido vital" destacam-se José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da Independência, também cultor da homeopatia, e Mariano José Pereira da Fonseca (Marquês de Maricá), que, em 1844, publicou uma obra com ensinamentos de fundo espírita. O grupo mais antigo desses estudiosos e praticantes constituiu-se no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, em torno da figura do médico e historiador Alexandre José de Mello Moraes, sendo integrado por Pedro de Araújo Lima (Marquês de Olinda), Bernardo José da Gama (Visconde de Goiana), José Cesário de Miranda Ribeiro (Visconde de Uberaba) e outros vultos do Segundo Reinado.

Em 1845, no então distrito de Mata de São João, Província da Bahia, teriam sido registradas as primeiras manifestações. De acordo com Divaldo Franco, o ano teria sido 1849, tendo se caracterizado por um confronto entre elementos da Igreja Católica e espiritualistas, com a interveniência de força policial.

Já o fenômeno das mesas girantes, popular na Europa, foi noticiado pela primeira vez no país pelo jornal "O Cearense", 1853. Em Salvador, capital da Bahia, foi fundado em agosto de 1857 o Conservatório Dramático da Bahia, do qual participavam, entre outros, personalidades como Rui Barbosa e Luís Olímpio Teles de Menezes. Foi neste grupo que Teles de Menezes travou contato com os estranhos fenômenos, correspondendo-se com espíritas franceses.

Nas páginas da Revue Spirite, sob o título "O Espiritismo no Brasil", Kardec informou aos seus leitores que o periódico "Diário da Bahia", em suas edições de 26 e 27 de setembro de 1865, trouxera dois artigos, tradução em língua portuguesa dos que haviam sido publicados, seis anos antes, pelo Dr. Amédée Dechambre (1812-1886), coordenador de publicação do "Dictionnaire Encyclopédique des Sciences Médicales". Os artigos eram transcrições da "Gazette Médicale", onde aquele médico fizera uma exposição semiburlesca do assunto, referindo, por exemplo, que o fenômeno das mesas girantes e falantes já havia sido referido pelo poeta grego Teócrito (300-250 a.C.), pelo que concluía que, não sendo fenômeno novo, não tinha fundo de realidade.

"Lamentamos que a erudição do Sr. Déchambre"  comentou Kardec -, "não lhe tenha permitido ir mais longe, porque teria encontrado o fenômeno no antigo Egito e nas Índias." Os próprios espíritas da Bahia refutaram imediatamente esses artigos no próprio "Diário da Bahia", na edição de 28 de setembro.
A carta que antecedeu a refutação, dirigida à redação da folha baiana e assinada por Teles de Menezes, José Álvarez do Amaral e Joaquim Carneiro de Campos, leva a supor que o referido jornal só publicara o trabalho do Dr. Déchambre por julgar houvesse nele uma apreciação exata da Doutrina Espírita.

A refutação consistiu num extenso extrato da introdução de "O Livro dos Espíritos", o que levou Kardec a afirmar: "As citações textuais das obras espíritas são, com efeito, a melhor refutação às desfigurações que certos críticos fazem sofrer a Doutrina."

Este episódio é coevo da fundação, naquele mesmo ano 1865, em Salvador, do Grupo Familiar do Espiritismo, por Teles de Menezes. Será este mesmo personagem que orientará, nesse ano, a primeira sessão espírita registrada no país, a 17 de setembro.

No ano seguinte 1866, na cidade de São Paulo, a Tipografia Literária publicou "O Espiritismo reduzido à sua mais simples expressão", de Kardec, sem indicação de tradutor.

Também foi na Bahia que se registrou o início da reação da Igreja Católica, através da pastoral "Contra os erros perniciosos do Espiritismo", de autoria do então arcebispo da Arquidiocese de São Salvador, Manuel Joaquim da Silveira, em 16 de junho de 1867.

Em julho de 1869, em Salvador, iniciou-se a publicação da revista "O Écho d'Alêm-Tumulo", de Teles de Menezes. Em novembro de 1873, fundou-se em Salvador a Associação Espírita Brasileira, continuação do "Grupo Familiar do Espiritismo" e, no ano seguinte, 1874, na mesma cidade, membros dessa associação fundaram o "Grupo Santa Teresa de Jesus".

Foto: Blog espiritismohistoria.blogspot.com.br 
Acima, foto rara de Luiz Olímpio Teles de Menezes, fundador da primeira publicação espírita
do Brasil, o "Eco de Além Túmulo" 

Cida Massucatti
Dirigente dos Samaritanos do Caminho • Joinville
mariamassucatti@uol.com.br

O Jornal dos Espíritas Catarinenses  • Ano XI • Nº 38 • Novembro de 2013 


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COMO PODEMOS INTERPRETAR A FRASE DE JESUS: "A tua fé te curou"?
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/12/como-podemos-interpretar-frase-de-jesus.html

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ESPIRITISMO Ou será científico ou não subsistirá



Prof. Edvaldo Nogueira
Fraternidade Espírita
Nosso Lar • Penha • SC
profnogueira@uol.com.br

Doutrina dos Espíritos, na visão de professor Edvaldo, não pode caracterizar-se como uma simples religião
  
Qual a razão de iniciar este artigo com esta afirmação do eminente professor Denizard Hippolyte Leon Rivail? A propósito, esse é o verdadeiro nome civil de Allan Kardec, o codificador da Doutrina dos Espíritos.

Na minha modesta visão, a mais adequada definição que se pode atribuir à “Doutrina Espírita” é a seguinte: “Ciência, Filosofia Éticomoral de Consequências Religiosas”, como atestaram estudiosos do quilate de Léon Denis, Eurípedes Barsanulfo e Hermínio Miranda, só para citar três brilhantes espíritas. Portanto, não pode caracterizar-se como uma simples religião, como chegam a afirmar afoitamente alguns militantes mal informados.

Por que ciência? Por se enquadrar como tal, ou seja: “Corpo de conhecimentos sistematizados que adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos formulados metódica e racionalmente”. A ciência espírita, como todas as demais ciências, é progressiva, evolutiva, ainda que contestem alguns espíritas "ortodoxos". E por que a doutrina se identifica como filosófica?
Vejamos o que define Filosofia: “A busca racional dos princípios básicos e fundamentais da vida e do Universo”. A Filosofia tem como axioma fundamental que “nada pode ser e não ser simultaneamente”. Sendo assim, se duas teorias são contraditórias entre si, uma está necessariamente incorreta e a outra não necessariamente correta.

Podemos concluir o quanto ainda necessitamos de estudos, pesquisas, dedicação e disciplina para apreender, compreender, e finalmente, poder praticar a doutrina, com responsabilidade, em nosso próprio benefício bem como do nosso próximo, lembrando
que a maior caridade que podemos fazer pelo Espiritismo é a sua correta divulgação.
E como divulgar com sabedoria e responsabilidade a Doutrina dos Espíritos sem os conhecimentos e princípios filosóficos e científicos que a fundamentam?

E por falar em caridade, o lema que nos chama a atenção,e que com frequência é evocado no movimento espírita é: “Fora da caridade não há salvação”. Primeiramente, vamos analisar o que significa caridade. Conceituando: “Caridade é tudo o que proporcionamos, de nossos próprios recursos, materiais ou não, em benefícios reais ao próximo sem visar a qualquer tipo de compensação, e sem causar-lhe constrangimento ou dependência”.

Alerta a espíritas que pretendem assegurar a própria "salvação"

É lamentável que, em  consequência, provavelmente, da falta de compreensão em relação a esse lema, muitos há, principalmente entre os próprios espíritas, que pretendendo de qualquer maneira assegurar sua própria “salvação”, passam a nutrir esse monoideísmo e dedicam-se exclusivamente a arrecadar recursos materiais junto às pessoas de boa vontade, para “praticar a caridade” aos seus “protegidos”, num processo nocivo de estabelecer e alimentar dependências viciosas que acabam prejudicando-os quanto à oportunidade da auto-realização evolutiva, através do trabalho dignificante que venha suprir suas próprias necessidades. Com tal atitude, desconsidera inconscientemente a sábia recomendação do Mestre Jesus: “Ensine-o a fazer, não faça por ele” ou ainda; “Ensine-o a pescar, não lhe dê o peixe”.

Não sou, absolutamente, contrário a que se pratique a caridade, mas devemos agir com cautela quando nos propomos a ajudar. É claro que não devemos nos omitir diante das dificuldades do próximo, lembrando, porém, que “só podemos dar daquilo que temos, ou seja, dos nossos próprios recursos”.
“Ajude-o a levantar-se, não o carregue nas costas, pois isso não é CARIDADE”.
Deixe-o caminhar com as próprias pernas. O centro espírita deve ser sempre aquele oásis para os viajantes da Vida sedentos de Amor e luz, face às dificuldades do caminho.

Para refletirmos: “Deus move o universo inteiro naquilo que o ser humano é incapaz de fazer, mas não move uma palha naquilo que nos compete resolver”.

Muita paz a todos. Edvaldo


O Jornal dos Espíritas Catarinenses  • Ano XI • Nº 38 • Novembro de 2013 

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ESTUDO SEQUENCIAL OU SISTEMATIZADO?


Juvan de Souza Neto
Dirigente do C. E. Jesus de
Nazaré, Barra Velha • SC
juvandesouza@gmail.com



35 anos do sistema de ensino apostilado ESDE geram reflexão sobre importância de estudo  das Obras Básicas

 Nestes tempos de reflexão  sobre os 35 anos do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita no Brasil, ousamos, dentro de nossa limitação doutrinária, traçar algumas reflexões. Sem dúvida, o ESDE é uma significativa ferramenta para o Estudo na Casa Espírita. Aqui em Barra Velha, litoral norte de Santa Catarina, já completamos todo o ciclo (apostilas I, II e tomo único) da nova edição da FEB e completamos também algumas apostilas anteriores, também da  FEB, Feparaná e também na Mediunidade, com apostilas igualmente febianas.

Mas na condição de dirigente, ficamos ao mesmo tempo satisfeitos de observar progressos no grupo, e preocupados. Não estamos invertendo a ordem do estudo? Por mais que o ESDE tenha estratégias pedagógicas, planos de aula, propostas de discussão, avaliação final, ele acaba por suprimir o conhecimento DIRETO que o estudioso da Doutrina poderá ter com a Obra Básica em questão. E mais: esse ESDE será sempre o fruto da pesquisa e seleção de um grupo de encarnados- em que pese a boa vontade e conhecimento amplo dos elaboradores da apostila e o fato de eles se basearem nas lições dos Imortais.

Essa sistematização não vem, digamos, diretamente da Espiritualidade Superior (não pelo menos no grau que temos quando nos deparamos com as Obras Básicas), e pode suprimir trechos importantes da Codificação que chegaram para nós justamente como o Codificador queria que chegasse: na mesma ordem metodológica e didática que sabemos que o Senhor Allan Kardec usou, desdobrando sua primeira obra em quatro outros livros, a partir dos livros (ou sublivros) de "O Livro dos Espíritos".

Desde 2009, em Barra Velha, nós apostamos no Estudo Sequencial. Primeiro, o Sequencial: "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns" (em andamento), "O Evangelho Segundo o Espiritismo", já completado. Já completamos igualmente "O Céu e o Inferno" e "A Gênese" também. E outras ricas e oportunas obras sequenciais: "O Consolador", "Nosso Lar", "Os Mensageiros” (em andamento), "O Espírito e o Tempo" (recentemente concluído, fantástico livro de Herculano Pires), e agora estamos em "O Problema do Ser, do Destino e da Dor", Léon Denis. Claro que isso dividido em dias e horários diferentes, com monitores diferentes. E junto disso, o ESDE, nas segundas-feiras, recentemente concluído.

Vejam bem: não estamos minimizando a importância do ESDE ou qualquer outra estratégia de aprendizagem, pois como bem lembrou o confrade Marcelo Henrique Pereira, de São José, Santa Catarina, o Codificador (em “Obras Póstumas”, no “Projeto 1868”, que todos deveriam ler e reler), foi profético ao recomendar a preparação e profusão de “Um curso regular de Espiritismo”, o qual seria “professado com o fim de desenvolver os princípios da Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sérios”. Continua Kardec frisando que “este curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos, capazes de espalhar as ideias espíritas e de desenvolver grande número de médiuns”.

Vimos, por nós próprios, que apenas recomendar que o estudioso da Doutrina Espírita leia as Obras Básicas em casa, por si só, não basta. Muitos não chegam nem a "O Que é o Espiritismo?". Absoluta maioria sequer abriu as páginas da Revista Espírita.

Aí, uma casa espírita que oferece apenas a leitura em apostilas durante 5, 10, 15 anos, correrá o risco de ao final perguntar quem conhece a fundo o conteúdo, por exemplo, do "O Livro dos Espíritos", e receber apenas a resposta: "É, conheço, mas trechos dele...". Será um conhecimento fragmentado. "Picotado". 

Chegamos à conclusão que na casa espírita, o primeiro deve ser mesmo o estudo sequencial. A apostila vem depois. É complemento, é imprescindível, vem como referencial teórico, acrescido de excelentes trechos de ótimas obras, vasta bibliografia e todas as vantagens citadas acima. Essa é nossa modesta opinião.

Por hora, rogamos as bênçãos do Cristo aos lutadores, dos Dois Planos, dessa excepcional proposta de estudo e metodologia elaborada nos últimos 35 anos chamada “ESDE”. Mas ousamos dizer: "Em primeiro, Kardec por Inteiro!"

O Jornal dos Espíritas Catarinenses  • Ano XI • Nº 38 • Novembro de 2013


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