Prof.
Edvaldo Nogueira
Fraternidade
Espírita
Nosso
Lar • Penha • SC
profnogueira@uol.com.br
Doutrina dos Espíritos,
na visão de professor Edvaldo, não pode caracterizar-se como uma simples
religião
Qual
a razão de iniciar este artigo com esta afirmação do eminente professor Denizard
Hippolyte Leon Rivail? A propósito, esse é o verdadeiro nome civil de Allan
Kardec, o codificador da Doutrina dos Espíritos.
Na
minha modesta visão, a mais adequada definição que se pode atribuir à “Doutrina
Espírita” é a seguinte: “Ciência, Filosofia Éticomoral de Consequências Religiosas”,
como atestaram estudiosos do quilate de Léon Denis, Eurípedes Barsanulfo e
Hermínio Miranda, só para citar três brilhantes espíritas. Portanto, não pode
caracterizar-se como uma simples religião, como chegam a afirmar afoitamente alguns
militantes mal informados.
Por
que ciência? Por se enquadrar como tal, ou seja: “Corpo de conhecimentos sistematizados
que adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de
determinadas categorias de fenômenos e fatos formulados metódica e racionalmente”.
A ciência espírita, como todas as demais ciências, é progressiva, evolutiva, ainda
que contestem alguns espíritas "ortodoxos". E
por que a doutrina se identifica como filosófica?
Vejamos
o que define Filosofia: “A busca racional dos princípios básicos e fundamentais
da vida e do Universo”. A Filosofia tem como axioma fundamental que “nada pode
ser e não ser simultaneamente”. Sendo assim, se duas teorias são contraditórias
entre si, uma está necessariamente incorreta e a outra não necessariamente correta.
Podemos
concluir o quanto ainda necessitamos de estudos, pesquisas, dedicação e
disciplina para apreender, compreender, e finalmente, poder praticar a
doutrina, com responsabilidade, em nosso próprio benefício bem como do nosso
próximo, lembrando
que
a maior caridade que podemos fazer pelo Espiritismo é a sua correta divulgação.
E
como divulgar com sabedoria e responsabilidade a Doutrina dos Espíritos sem os
conhecimentos e princípios filosóficos e científicos que a fundamentam?
E
por falar em caridade, o lema que nos chama a atenção,e que com frequência é
evocado no movimento espírita é: “Fora da caridade não há salvação”.
Primeiramente, vamos
analisar o que significa caridade. Conceituando: “Caridade
é tudo o que proporcionamos, de nossos próprios recursos, materiais ou não, em
benefícios reais ao próximo sem visar a qualquer tipo de compensação, e sem
causar-lhe constrangimento ou dependência”.
Alerta
a espíritas que pretendem assegurar a própria "salvação"
É
lamentável que, em consequência,
provavelmente, da falta de compreensão em relação a esse lema, muitos há,
principalmente entre os próprios espíritas, que pretendendo de qualquer maneira
assegurar sua própria “salvação”, passam a nutrir esse monoideísmo e dedicam-se
exclusivamente a arrecadar recursos materiais junto às pessoas de boa vontade,
para “praticar a caridade” aos seus “protegidos”, num processo nocivo de
estabelecer e alimentar dependências viciosas que acabam prejudicando-os quanto
à oportunidade da auto-realização evolutiva, através do trabalho dignificante que
venha suprir suas próprias necessidades. Com tal atitude, desconsidera inconscientemente
a sábia recomendação do Mestre Jesus: “Ensine-o a fazer, não faça por ele” ou
ainda; “Ensine-o a pescar, não lhe dê o peixe”.
Não
sou, absolutamente, contrário a que se pratique a caridade, mas devemos agir
com cautela quando nos propomos a ajudar. É claro que não devemos nos omitir
diante das dificuldades do próximo, lembrando, porém, que “só podemos dar
daquilo que
temos, ou seja, dos nossos próprios recursos”.
“Ajude-o
a levantar-se, não o carregue nas costas, pois isso não é CARIDADE”.
Deixe-o
caminhar com as próprias pernas. O centro espírita deve ser sempre aquele oásis
para os viajantes da Vida sedentos de Amor e luz, face às dificuldades do
caminho.
Para
refletirmos: “Deus move o universo inteiro naquilo que o ser humano é incapaz
de fazer, mas não move uma palha naquilo que nos compete resolver”.
O Jornal dos Espíritas
Catarinenses • Ano XI • Nº 38 • Novembro
de 2013
Leitura
Recomendada;
A
AURA E OS CHACRAS NO ESPIRITISMO (NOVO)
AS
PAIXÕES: UMA BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA E ESPÍRITA [1] (NOVO)
COMO
ENTENDER A ORTODOXIA - PARTE II
(NOVO)
COMO
ENTENDER A ORTODOXIA - PARTE I (NOVO)
ORGULHO (NOVO)
SOBRE
A EDUCAÇÃO1 (NOVO)
ESCOLA
FUNDADA NO MONT-JURA (NOVO)
DA
INVEJA
(NOVO)
HUMILDADE
- Termos traduzidos do francês (NOVO)
AS
PIRÂMIDES DO EGITO E O MUNDO ESPIRITUAL (NOVO)
LITERATURA
MEDIÚNICA
(NOVO)
A
DEGENERAÇÃO DO ESPIRITISMO
CARTA
DE ALLAN KARDEC AO PRÍNCIPE G.
A
CIÊNCIA EM KARDEC
O
QUE PENSA O ESPIRITISMO
ESPIRITISMO
E FILOSOFIA
O
PROBLEMA DO DESTINO
PIONEIRISMO
E OPOSIÇÃO DA IGREJA
ESTUDO
SEQUENCIAL OU SISTEMATIZADO?
CEM
ANOS DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA
DIMENSÕES
ESPIRITUAIS DO CENTRO ESPÍRITA
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2014/06/dimensoes-espirituais-do-centro-espirita.html
O
ESPIRITISMO E A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
PRIMEIRO
LIVRO DE ALLAN KARDEC TRADUZIDO PARA O BRASIL
O
SEGREDO DE ALLAN KARDEC
A
DIMENSÃO ESPIRITUAL E A SAÚDE DA ALMA
O
ASPECTO FILOSÓFICO DA DOUTRINA ESPÍRITA
O
SILÊNCIO DO SERVIDOR
TALISMÃS,
FITINHAS DO “SENHOR DO BONFIM” E OUTROS AMULETOS NUM CONCISO COMENTÁRIO
ESPÍRITA
“CURANDEIROS
ENDEUSADOS”, CIRURGIÕES DO ALÉM – SOB OS NARCÓTICOS INSENSATOS DO COMÉRCIO
DILÚVIO
DE LIVROS “ESPÍRITAS” DELIRANTES
TRATAR
OU NÃO TRATAR: EIS A QUESTÃO
ATRAÇÃO
SEXUAL, MAGNETISMO, HOMOSSESUALIDADE E PRECONCEITO
RECORDANDO
A VIAGEM ESPÍRITA DE ALLAN KARDEC, EM 1862
OS
FRUTOS DO ESPIRITISMO
FALTA
DE MERECIMENTO OU DE ESTUDO?
FORA
DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
EURÍPIDES
E HÉCUBA
O
HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO
FONTE
DE PERFEIÇÃO
MESMERISMO
E ESPIRITISMO
VIVÊNCIAS
EVOLUTIVAS DE ALLAN KARDEC
AS
MESAS GIRANTES
RESGUARDEMOS
KARDEC
REFLEXÃO
SOBRE O LIVRE-ARBÍTRIO
AUTO
DE FÉ DE BARCELONA
ACERCA
DA AURA HUMANA
COMO
PODEMOS INTERPRETAR A FRASE DE JESUS: "A tua fé te curou"?
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/12/como-podemos-interpretar-frase-de-jesus.html