sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O MAGNETISMO E O ESPIRITISMO COMPARADOS.


DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS
O MAGNETISMO E O ESPIRITISMO COMPARADOS.
(Sociedade de Paris, 17 de maio de 1867, méd, Sr. Desliens.)

PALAVRAS do Codificador
Revista Espírita, junho de 1867

"Quando vivo, ocupei-me da prática do magnetismo do ponto de vista exclusivamente material; pelo menos, assim eu o acreditava; sei hoje que a elevação voluntária ou involuntária da alma que faz desejar a cura do doente, é uma verdadeira magnetização espiritual.

"A cura prende-se a causas excessivamente variáveis: Tal doença, tratada de tal maneira, cede diante da força de ação material; tal outra, que é idêntica, mas menos acentuada, não sofre nenhuma espécie de melhora, se bem que os meios curativos empregados sejam talvez mais poderosos ainda. A que se prendem, pois, essas variações de influências? - A uma causa ignorada da maioria dos magnetizadores que não atacam senão os princípios mórbidos materiais; elas são a conseqüência da situação moral do indivíduo.

"A doença material é um efeito; para destruir este efeito, não basta atacá-lo, tomá-lo corpo a corpo e aniquilá-lo; a causa existindo sempre, reproduzirá de novo efeitos mórbidos enquanto a ação curativa estiver longe.

"O fluido transmissor da saúde no magnetizador é um intermediário entre a matéria e a parte espiritual do ser, e que se poderia comparar ao perispírito. Ele une dois corpos um ao outro; é um ponto sobre o qual passam os elementos que devem levar a cura nos órgãos doentes.
Sendo um intermediário entre o Espírito e a matéria, em consequência de sua constituição molecular, esse fluido pode transmitir tão bem uma influência espiritual quanto uma influência puramente animal.

"Em definitivo, o que é o Espiritismo, ou antes, o que é a mediunidade, esta faculdade incompreendida até aqui, e cuja extensão considerável estabeleceu sobre bases incontestáveis os princípios fundamentais da nova revelação? É puramente e simplesmente uma variedade da ação magnética exercida por um ou por vários magnetizadores desencarnados, sobre um sujeito humano agindo no estado de vigília ou no estado extático, conscientemente ou inconscientemente.

"O que é, de outra parte, o magnetismo? Uma variedade do Espiritismo na qual os Espíritos encarnados agem sobre outros Espíritos encarnados.
"Existe, enfim, uma terceira variedade do magnetismo ou do Espiritismo, segundo se o tome por ponto de partida da ação de encarnados sobre desencarnados, ou a de Espíritos relativamente livres sobre Espíritos aprisionados num corpo; essa terceira variedade, que tem por princípio a ação dos encarnados sobre os Espíritos, se revela no tratamento e na moralização dos Espíritos obsessores.

"O Espiritismo não é, pois, senão do magnetismo espiritual, e o magnetismo não é outra coisa senão do Espiritismo humano.
"Com efeito, como procede o magnetizador que quer submeter à sua influência um sujeito sonambúlico? Ele o envolve com o seu fluido; o possui numa certa medida, e, notai-o, sem jamais chegar a aniquilar seu livre arbítrio, sem poder dele fazer sua coisa, um instrumento puramente passivo.

Frequentemente o magnetizado resiste à influência do magnetizador e age num sentido quando este desejaria que a ação fosse diametralmente oposta. Embora geralmente o sonâmbulo esteja adormecido, e que o seu próprio Espírito age enquanto seu corpo permanece mais ou menos inerte, ocorre também, porém mais raramente, que o sujeito simplesmente fascinado, iluminado, permanece num estado de vigília, se bem que com uma maior tensão de espírito e uma exaltação desabituada de suas faculdades.

"E agora, como procede o Espírito que deseja se comunicar? Ele envolve o médium com seu fluido; ele o possui numa certa medida, sem jamais chegar a dele fazer sua coisa, um instrumento puramente passivo. Vós me objetareis talvez que, nos casos de obsessão, de possessão, a aniquilação do livre arbítrio parece ser completa. Haveria muito a dizer sobre esta questão, porque a ação anulatória pesa mais sobre as forças vitais materiais do que sobre o Espírito que pode se encontrar paralisado, abatido e na impossibilidade de resistir, mas cujo pensamento jamais está aniquilado, assim como se pode notá-lo em muitas ocasiões. Eu acho no próprio fato da obsessão uma confirmação, uma prova em apoio de minha teoria, lembrando que a obsessão se exerce também de encarnado a encarnado, e que se viram magnetizadores se aproveitarem do domínio que exerciam para fazer seus sonâmbulos cometerem ações censuráveis. Aqui como sempre, a exceção confirma a regra.
Se bem que, geralmente, o sujeito medianímico esteja desperto, em certos casos, que se tomam cada vez mais frequentes, o sonambulismo espontâneo se declara no médium, e ele fala por si mesmo ou por sugestão absolutamente, como o sonâmbulo magnético se conduz nas mesmas circunstâncias.

"Enfim, como procedeis com relação aos Espíritos obsessores, ou simplesmente inferiores, que desejais moralizar?
Agis sobre eles por atração fluídica; vós os magnetizais, inconscientemente o mais frequentemente, para retê-los em vosso círculo de ação; conscientemente algumas vezes, quando estabeleceis ao redor deles uma toalha fluídica que não podem penetrar sem a vossa permissão, e agis sobre eles pela força moral que não é outra do que uma ação magnética quintessenciada.

"Como se vos disse muitas vezes, não há lacunas na obra da Natureza, não há saltos bruscos, mas transições insensíveis que fazem que se passe, pouco a pouco, de um estado a um outro, sem se aperceber da mudança de outro modo do que pela consciência de uma situação melhor.

"O magnetismo é, pois, um grau inferior do Espiritismo, e que se confunde insensivelmente com este último por uma série de variedades, diferindo pouco um do outro, como o animal é um estado superior da planta, etc. Num como nooutro, são dois degraus da escala infinita que liga todas as criações, desde o ínfimo átomo até Deus criador! Acima de vós está a luz ofuscante que vossos fracos olhos não podem ainda suportar; abaixo, estão as trevas profundas que vossos mais poderosos instrumentos de ótica não puderam ainda esclarecer. 

Ontem, nada sabíeis; hoje, vedes o abismo profundo no qual se perde a vossa origem. Pressentis o objetivo infinitamente perfeito para o qual tendem todas as vossas aspirações; e a quem deveis todos esses conhecimentos? ao magnetismo! ao Espiritismo, a todas as revelações que decorrem de uma lei de relação universal entre todos os seres e seu criador! a uma ciência eclodida ontem por vossa concepção, mas cuja existência se perde na noite dos tempos, porque ela é uma das bases fundamentais da criação.
"De tudo isto, concluo que o magnetismo, desenvolvido pelo Espiritismo, é a chave de abóbada da saúde moral e material da humanidade futura.

"E. QUINEMANT."

Nota. A justeza das apreciações e as profundezas do novo ponto de vista que esta comunicação encerra, não escaparão a ninguém. O Sr. Quinemant, embora partido depois de bem pouco tempo, se revela desde o início, e sem a menor hesitação, como um Espírito de uma incontestável superioridade.
Apenas liberto da matéria, que não parece ter deixado sobre ele nenhum traço, desdobra as suas faculdades com uma força notável, que promete a seus irmãos da Terra um bom conselheiro a mais.

Aqueles que pretendiam que o Espiritismo se arrastava na rotina dos lugares comuns e das banalidades, podem ver, pelas questões que ele aborda há algum tempo, se está estacionário, e o verão melhor ainda, à medida que lhes forem permitido desenvolver suas conseqüências. No entanto, ele não ensina, propriamente falando, nada de novo; estudando-se com cuidado seus princípios constitutivos fundamentais, ver-se-á que encerram os germes de tudo; mas esses germes não podem se desenvolver senão gradualmente; se todos não florescem ao mesmo tempo, é que a extensão do círculo de suas atribuições não depende da vontade dos homens, mas da dos Espíritos, que regulam o grau de seu ensino sobre a oportunidade. É em vão que os homens gostariam de antecipar no tempo; eles não podem constranger a vontade dos Espíritos que agem segundo as inspirações superiores, e não se deixam ir pela impaciência dos encarnados; eles sabem, se for preciso, tomar essa impaciência estéril. Deixai-os, pois, agir; fortaleçamo-nos naquilo que nos ensinam, e estejamos certos que saberão fazer dar, em tempo útil, pelo Espiritismo, o que devem dar.

Jornal Vórtice ANO II, n.º 08, janeiro/2010


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PASSES E MAGNETISMO


Antes de mais nada, é importante estabelecermos a diferença entre magnetismo e hipnotismo. Historicamente, o magnetismo data da antigüidade, do antigo Egito, da Grécia antiga, fazendo parte das relações sacerdotais com o povo e os fiéis que buscavam o contato com seres capazes de intermediar a cura divina.

O termo magnetismo já era usado no século XVII por Van Helmont. Era conhecido como "magnetismo animal", mas ganhou foro de doutrina somente com o austríaco Franz Anton Mesmer, que, através de suas memórias impressas, estabeleceu 27 proposições acerca do fenômeno. Ele dizia que os astros agiam sobre nós, outros astros e corpos animados, sendo que esta influência tinha um agente, que era o fluido cósmico universal. Os corpos gozavam de propriedades análogas às do ímã, podendo ser transmitidas para outros corpos animados ou inanimados. Afirmava ainda que a doença era um desequilíbrio deste magnetismo corporal.

Já o termo hipnotismo foi criado pelo médico inglês Braid, depois de ver algumas sessões com o magnetizador La Fontaine. Ele dizia ter descoberto a causa da magnetização de um corpo sobre outro, que era a sugestão do magnetizador ao agir sobre os centros nervosos. Com isso, ele quis dar ares de ciência à questão, batizando o fenômeno com um novo nome.
Devemos olhar o magnetismo sempre tendo em mente um fim importante para sua utilidade e, por sermos espíritas, utilizarmos esta força juntamente com os espíritos. Por certo, agindo como médium, teremos nossas disposições fluídicas melhoradas pelos espíritos trabalhadores do bem. Portanto, façamos uma "auto-hipnose" todos os dias, com idéias otimistas fortalecidas por tudo aquilo que já aprendemos com a doutrina espírita. Desse modo, estaremos sempre com as mãos no serviço do bem, não tendo tempo para acomodar as "sugestões do mal" em nós.

Franz Anton Mesmer, conhecido como o "pai do mesmerismo", ainda é considerado como cientista e inovador por uns e como charlatão por outros. Qual a sua opinião?
Mário Coelho – Vejo Mesmer da mesma forma que qualquer homem implantador de idéias. Ele trouxe as bases para que entendêssemos o magnetismo, muito embora tenha sido taxado de charlatão em algumas de suas demonstrações. Muitos dos erros de Mesmer não foram equívocos da doutrina que trazia, mas da própria ânsia de querer provar a realidade de seus estudos para aqueles que o pressionavam tenazmente. Acho que tudo foi fruto da própria época, do desejo de crer por parte de alguns e de combater por parte de outros.

Segundo Mesmer, a doença é o magnetismo desequilibrado. Sendo assim, a hipnose pode ajudar a reequilibrar o corpo? De que maneira?
Mário Coelho – O hipnotismo com finalidade médica ajuda o equilíbrio da mente no sentido de sugestionar o doente a tirar de dentro dele algumas idéias fixas que são substratos da doença. Porém, fazemos isso mesmo sem conhecermos hipnotismo. Quando temos uma dor e começamos a criar idéias otimistas sobre ela ou procuramos entender sua causa, isto é uma auto-sugestão para redimensionarmos nossa dor. Por exemplo: é mais fácil para um espírita aceitar a dor da morte de um ente querido do que um não-espírita, mas a perda não é a mesma para ambos? No entanto, com conhecimento, o espírita redimensiona sua dor, tornando-a menor. Ele aceita porque entendeu e se preparou para tal. No fundo, é um trabalho junto à própria mente e, porque não dizer, ao próprio espírito.

O magnetismo pode ser confundido com transe mediúnico? A pessoa hipnotizada está sempre acompanhada por alguma entidade?
Mário Coelho – Há pessoas que se auto-hipnotizam inconscientemente e entenda-se essa hipnose no sentido de fortificar em si uma idéia fixa. Desse modo, vemos pessoas com crise emocional simulando inconscientemente uma incorporação mediúnica. Primeiro, ela tem a crise com uma pseudo perda da consciência, ao ponto das pessoas que não conhecem profundamente o tema acharem que ela estava caída no chão por ação de espíritos. Depois, muitas vezes, a pessoa sai desse transe como se tivesse mesmo desincorporando. São sutilezas que aqueles que têm contato com pessoas sofridas no centro espírita encontram vez por outra.

O magnetismo tem poder de cura?
Mário Coelho – Sim, o próprio Allan Kardec nos fala isso na Revista Espírita e nas obras da codificação. Antes de ver fenômenos espíritas, ele estudou magnetismo durante 30 anos. Em A Gênese, Kardec afirma que nem sempre é possivel se dizer quando a pessoa foi magnetizadora pura e simples. Ou seja, imbuído pelo desejo de ajudar, o magnetizador sempre será auxiliado por um bom espírito, daí ele passa a atuar como médium.

O passe magnético deve ser aplicado aos doentes em hospitais?
Mário Coelho – Em muitos países, os magnetizadores e até mesmo os médiuns são cadastrados como agentes de saúde. Muitos centros espíritas fazem o serviço de visita aos enfermos que queiram, que tenham idéias espíritas ou aceitam as mesmas. Mas isso é um serviço previamente preparado, no qual o médium não vai para magnetizar, mas para fazer um auxílio apoiado nos espíritos. Se já temos consciência espírita, não há motivos para sairmos dando passes como magnetizadores sem um planejamento.

Uma pessoa que vai magnetizar outra pode, de alguma maneira, vir a prejudicá-la?
Mário Coelho – Caso não tenha conhecimento das técnicas de magnetismo ou mesmo dos próprios mecanismos das doenças, pode prejudicar sim. Certa vez, um médium passista amigo meu, ao ver a filha com um leve ataque de asma brônquica, decidiu agir como magnetizador e passou a jogar fluido no tórax da criança, só que ela começou a piorar instantaneamente. Por que isso aconteceu? A asma, por si só, já é uma doença hiper reativa e, ao irradiar fluidos, meu amigo só aumentou ainda mais a reatividade dos brônquios. Na verdade, ele deveria ter dado os passes para dispersar os fluidos do corpo da filha.

O magnetismo é algo inerente ao ser humano?
Mário Coelho – Sim, todo ser humano é portador de magnetismo, já que este nada mais é do que uma transformação de nosso fluido vital. Sendo assim, teoricamente, todos podemos magnetizar. Sem querer, agimos da mesma maneira que os magnetizadores do passado, que também utilizavam o passe de sopro para aliviar dores.

 Este artigo foi publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 17



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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O PODER DO PENSAMENTO


Pensamento e Inércia

Por Carlos Bernardo Loureiro

Após a morte de Helena P. Blavatsky, em 1891, os discípulos de C. W. Leadbeater e Annie Besant deram a lume o livro "Thughtforms" (Formas Pensamento), lançado no Brasil pela Editora Pensamento. As pesquisas dos dois teosofistas partiram dos trabalhos do Dr. Hippolyte Baraduc, na expectativa de confirmar, como realmente confirmaram, as informações colhidas através da vidência. Os pensamentos-emoções, irradiados por uma pessoa manifestam-se em determinadas formas e cores. Observou-se que o conteúdo moral dos pensamentos determinadas formas. Ódio, amor, felicidade, agressividade, medo, frustração, cada sentimento produzia imagem distinta, específica. Leadbeater e Annie Besant concluíram que as pesquisas que se realizavam poderiam revolucionar a Ciência que, finalmente, poderia envolver-se no estudo sobre os fenômenos psíquicos. Mas, a Ciência jamais se interessou por esse tipo de pesquisa, salvo isoladas investigações (algumas notáveis) a cargo de cientistas do porte de T. Fukurai, o francês Comandante Darget e o alemão Barão Albert S. Notzing, os dois últimos notáveis experimentadores no campo da ectoplasmia. Por volta de 1910, o Dr. Fukurai realizou uma série de experiências com um grupo de médiuns. Solicitava que transferissem símbolos e signos da escrita japonesa para uma chapa fotográfica, usando tão somente a força do pensamento. O método do Dr. Fukurai antecipava, em anos, o que seria utilizado com o sensitivo americano Ted Sérios.
Considerava-se, assim, o pensamento como uma forma de energia, que conseguia imprimir nas chapas fotográficas, diretamente, imagens e signos. O êxito dessas revolucionárias experiências não conseguiu, porém, sensibilizar os setores ortodoxos da Ciência oficial. Houve, até, acerba reação ao trabalho do Dr. Fukurai, por parte de seus colegas da Universidade Imperial de Tóquio. A ignorância, o preconceito, o espírito de sistema, a velha e perniciosa inveja sempre se constituíram obstáculos aos avanços científicos. Na atualidade, o estudo dos fenômenos psíquicos, promovidos pelos encarnados (vivos) e desencarnados ( mortos? ), tem avançado consideravelmente. Criaram, até, em Laboratório o termo PSI, retirado da letra grega de igual nome, por Thouless e Wiesner, para designar qualquer espécie de conhecimento que se não coaduna com as leis científicas usuais. Estabeleceram uma divisão:

PSI-GAMA (ou Mentais)
PSI-KAPA (os Físicos)

Em 1969, dezembro, a "American Association for the Advancement of Science" aceitou a filiação da "Parapsychological Association". O fato representa o coroamento de longa e penosa luta desde os tempos gloriosos das pesquisas psíquicas. Tem-se como provada a realidade dos fenômenos de telepatia, da clarividência, da precognição e da psicocinesia. Mas, deve-se fazer justiça ao Mestre Allan Kardec: ele foi o responsável direto e consciencioso de todo o processo de investigação em torno do homem e da alma, a partir do momento em que lançou, em Paris, "O Livro dos Espíritos", a 18 de abril de 1857.

Héctor Durville (1848-1923), continuador da obra do magnetizador Barão Du Potet, realizou extraordinárias experiências sobre o desdobramento espiritual. Escreveu uma obra clássica a respeito do magnetismo, de parceria com Paul C. Jagot. Certa ocasião, uma médium levada, por Héctor Durville ao estado sonambúlico descreveu o seguinte:
O paciente pensa, o médium lê.
"Não posso ouvir a sua voz, mas "vejo" seus pensamentos como espécies de raios de luz saindo de seu cérebro; eles emanam de sua própria alma; nós, almas livres, conseguimos ver com incrível facilidade as vibrações que a alma emite, através do organismo físico, ao pensar."

Eis por qual motivo almas mais adiantadas podem ler nossos pensamentos, a eles reagindo conforme o teor de que os mesmos se revestem. Em escala menor, é claro, pode-se identificar o fenômeno da Natureza. Cleve Backster, pioneiro da moderna pesquisa sobre o comportamento dos vegetais, admite que eles possuem, ainda que a nível primário, um tipo de percepção cujo mecanismo é uma incógnita. Após uma série de demoradas experiências, Cleve Backster (com o seu Polígrafo) começou a ter acesso ao fantástico universo emocional das plantas. Constatou que uma planta doméstica às vezes escolhe uma pessoa que se encontra na sala e começa a produzir no Polígrafo um padrão gráfico que reproduz, à perfeição, as batidas cardíacas da pessoa tomada como modelo. As plantas "sabem" quando devem encenar um "desmaio" estratégico. Quando um cientista canadense visitou Backster, para observar as suas experiências, as plantas não se manifestaram. Enquanto o pesquisador estrangeiro permaneceu no ambiente, as plantas não se prontificaram a cooperar, percebendo que algo determinara o "procedimento"das plantas, perguntou ao canadense se seus trabalhos, de algum modo, envolviam violências contra plantas. A resposta deixou-o espantado. - "sim, eu as levo ao forno, a fim de obter o seu peso seco para análise". Pouco tempo depois da partida do visitante, as plantas retornaram as suas surpreendentes manifestações...

O tema é sobretudo fascinante e perturbador. Admitindo-se que as revelações de Leadbeater e Annie Besant não se sustentem na ilusão, devendo ser tratadas como autênticos fenômenos, deve-se concluir que as formas-pensamento que ambos viram são compostas de uma matéria sutil, capazes de se movimentar. Vejamos o que esses expoentes da Teosofia informam a respeito: "Se os pensamentos de alguém estão concentrados em outra pessoa, a forma criada por tais pensamentos estão concentrados no próprio emitente, então eles ficam circulando à sua volta, sempre prontos a influenciá-lo." Eles finalizam: "O homem viaja pela vida dentro de um invólucro de pensamentos que ele mesmo cria".
Alguns cientistas, ao longo de suas pesquisas, perceberam que existe uma inquestionável relação entre o pensamento e a matéria. O físico Niels Bohr chegou a afirmar que "se quisermos interpretar corretamente a mecânica dos "quantas", suas experiências, e seus paradoxos, temos de aceitar o pensamento como uma ação puramente física".
Einstein, por sua vez, admite que "Do conceito de que a matéria é um fantasma eletrônico, até a idéia de que o pensar ; e uma imagem-pensamento que se materializa, não existe um grande passo".
Há algum tempo, o Físico Marcel Vogel, da Califórnia, realizou experiências utilizando-se métodos espectográficos, destinados a medir uma seqüência de pensamentos concentrados, e expressar os resultados graficamente. Voguel publicou os resultados de suas notáveis e revolucionárias experiências em 1973.

Vem-se observando, pois, que os fenômenos antes estudados e praticados pelo Ocultismo, constituem objeto das preocupações dos grandes cientistas, que não medem esforços para penetrar-lhes a natureza íntima de seus mecanismos. Na verdade, o que antes andava no terreno da superstição é matéria de laboratório. Afinal de contas, a fenomenologia espiritual tem a sua gênese na própria Lei Natural. E o pensamento é, nada mais nada menos, que a expressão do Ser espiritual quer esteja vivenciando uma existência corpórea ou incorpórea. Ambos, como afirmou Allan Kardec, têm condições de provocar idênticos fenômenos dependendo das circunstâncias ambientais.

Publicado no Correio Fraterno do ABC, novembro de 2001


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MAGNETISMO E ESPIRITISMO


Essa afirmação de Kardec não se restringe apenas ao magnetismo consistente nos corpos celestes, mas se estende ao magnetismo nas suas mais variadas configurações e que está presente em todas partículas com as quais se constituem o micro e o macro Universo. É através desse fluido elétrico que os seres pensantes se atraem ou se repelem e se influenciam mutuamente segundo seus pensamentos, suas emoções e seus sentimentos.
Na pergunta 388, de O livro dos Espíritos, Kardec indaga: “Os encontros, que costumam dar-se, de algumas pessoas e que comumente se atribuem ao acaso, não serão efeito de uma certa relação de simpatia?” E obteve a seguinte resposta: “Entre os seres pensantes há ligação que ainda não conheceis. O magnetismo é o piloto desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor”.
Esta resposta dos espíritos coloca o magnetismo como piloto dessa ciência. Quer dizer, está no comando dos acontecimentos e é ele que atua para que haja tal encontro. Ou seja, quando necessitamos compartilhar de uma convivência com alguém, nosso encontro se dará infalivelmente, pois seremos atraídos mutuamente por força de uma imantação magnética que liga os nossos destinos para uma convivência em comum.
Essa imantação é construída através das nossas ações praticadas durante nossas vidas sucessivas segundo as quais não só nos imantamos às pessoas, mas também aos acontecimentos que irão compor o roteiro das nossas provações e resgates enquanto encarnados neste mundo de expiação e prova.
É através do magnetismo cósmico ou fluido universal que nos imantamos e nos submetemos às leis naturais e divinas que nos impulsionam na direção das nossas necessidades evolutivas, situando-nos exatamente onde merecemos estar e com quem devemos estar segundo as leis de causa e efeito.
Em O Livro dos Espíritos, no capítulo da Intervenção dos Espíritos, os espíritos afirmam:“O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, revela a realidade das coisas e suas verdadeiras causas”.
Realmente, o estudo do Espiritismo sem uma compreensão maior do magnetismo fica incompleto, pois o Espiritismo nos revela a natureza espiritual do ser humano e nos esclarece sobre as leis naturais e divinas às quais todos os seres estão submetidos, e o magnetismo por sua vez nos revela o meio por onde essas leis se cumprem.
Assim como tudo se origina de uma transformação do fluido universal, o magnetismo ou fluido magnético também é uma modificação do fluido universal e não difere do fluido vital revelado pelos espíritos e que está presente em todos os corpos orgânicos.
No capítulo intitulado Do Princípio Vital, de O Livro dos Espíritos, os espíritos fazem uma analogia interessante: “Um aparelho elétrico, como todos os corpos da Natureza, contém eletricidade em estado latente. Os fenômenos elétricos, porém, não se produzem senão quando o fluido elétrico é posto em atividade por uma causa especial. Poder-se-ia então dizer que o aparelho está vivo. Vindo a cessar a causa da atividade, cessa o fenômeno: o aparelho volta ao estado de inércia.”
“Os corpos orgânicos são, assim, uma espécie de pilhas ou aparelhos elétricos, nos quais a atividade do fluido determina o fenômeno da vida. A cessação dessa atividade causa a morte. A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos. Varia segundo as espécies e não é constante, quer em cada indivíduo, quer nos indivíduos de uma espécie. Alguns há, que se acham, por assim dizer saturados desse fluido, enquanto os outros o possuem em quantidade apenas suficiente. Daí, para alguns, vida mais ativa, mais tenaz e, de certo modo, superabundante. A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se insuficiente para a conservação da vida, se não for renovada pela absorção e assimilação das substâncias que o contêm. O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tiver em maior porção pode dá-lo a um que o tenha de menos e em certos casos prolongar a vida prestes a extinguir-se.”
O progresso no estudo do eletromagnetismo, ocorrido principalmente no século XIX, provocou uma mudança a respeito dos conceitos da Ciência sobre a energia.
Segundo as teorias quânticas, a troca de energia a distância se produz em conseqüência das ondas eletromagnéticas, que viajam no espaço à velocidade da luz. Tais ondas, constituídas por fótons, atuam sobre as partículas do meio e dos corpos.
Os apontamentos dos espíritos e o estudo da física quântica nos induzem a uma compreensão ampliada do que consiste o fluido universal e nos dá uma idéia da importância do magnetismo e da sua função no contexto das relações entre os mundos e entres os seres, o qual podemos defini-lo como o veículo condutor dos pensamentos e da vontade do Criador e de todos os seres pensantes.
Na parte 2, cap. IX de O Livro dos Espíritos, os espíritos afirmam: “...o fluido universal entrelaça todos os mundos, tornando-os solidários; veículo imenso da transmissão dos pensamentos, como o ar é, para nós, o da transmissão do som.”
Se, segundo a ciência, as ondas eletromagnéticas atuam sobre as partículas do meio e dos corpos e, considerando que hoje o pensamento é reconhecido como pulsos eletromagnéticos, torna-se clara a força incomensurável com que o pensamento atua sobre os corpos e partículas quando direcionado sob o impulso de uma vigorosa vontade ou desejo.
Ainda em O Livro dos Espíritos, pergunta 424:
“Por meio de cuidados dispensados a tempo, podem reatar-se laços prestes a se desfazerem e restituir-se à vida um ser que definitivamente morreria se não fosse socorrido?”
Resposta: “Sem dúvida e todos os dias tendes a prova disso. O magnetismo, em tais casos, constitui, muitas vezes, poderoso meio de ação, porque restitui ao corpo o fluido vital que lhe falta para manter o funcionamento dos órgãos”.
Segundo Franz Anton Mesmer (1733-1815), médico austríaco, todo ser vivo seria dotado de um fluido magnético capaz de se transmitir a outros indivíduos, estabelecendo-se, assim, influências psicossomáticas recíprocas, inclusive com fins terapêuticos.
Considerando o magnetismo como condutor da vontade e dos pensamentos dos seres pensantes atuando incessantemente sobre as partículas e os corpos, sua ação pode ser benéfica ou maléfica, dependendo da fonte que o irradia. Neste caso, a fonte geradora, ou seja, o ser pensante, pode ser comparado a uma usina de eletricidade e os seus pensamentos e sentimentos os transformadores que graduam e determinam sua potência e qualidade. Nada melhor para a comprovação dessa realidade do que os fatos observados e que são muito numerosos, registrando a ação magnética direcionada através dos pensamentos e dos sentimentos humanos.
Lembro-me quando eu contava apenas nove anos de idade e como sempre fazíamos, estava eu e minha mãe no portão de casa aguardando meu pai retornar do trabalho quando uma vizinha parou para conversar com minha mãe. Em determinado momento, ela voltou-se para a jardineira onde minha mãe cultivava suas plantas e, demonstrando uma certa indignação, afirmou:
– Dona Aurora! Que avenca linda! Por que a minha nunca ficou tão bonita?
Logo depois ela foi embora. Minha mãe, após alguns instantes, apontou para a avenca cujas folhas haviam se fechado como se estivessem murchando, e explicou-me:
– Viu meu filho, o que o pensamento de despeito e de inveja da nossa vizinha fez com a nossa plantinha? Guarde esta lição! Nunca use o seu pensamento para invejar ou odiar alguém. Da mesma forma que a planta se ressentiu do magnetismo negativo da nossa vizinha, as pessoas mais sensíveis também se ressentem e podem até adoecer. Mas, se você usar os seus pensamentos para ajudar, envolvendo-as com o seu amor, o teu magnetismo poderá até curá-las das suas enfermidades.
Dizendo isso, voltou-se para a planta e impôs suas mãos sobre ela e orou. Antes que o meu pai retornasse do trabalho, a avenca já havia se recuperado. Minha mãe passou-me esta lição com conhecimento de causa, pois durante toda sua vida aliviou e curou muita gente impondo suas mãos revestidas da generosidade e do amor que nos ensina o Espiritismo Cristão.
A avenca é uma das plantas mais sensíveis, por isso logo se ressentiu da carga magnética negativa que enfraqueceu o fluido vital que lhe garantia a vida. O mesmo ocorre com os animais, cujo efeito demora um pouco mais para se manifestar, mas se não socorrido este acabará morrendo.
No ano de 1970, eu morava em uma casa com um quintal muito grande. Como eu gosto de animais, passei a criar algumas galinhas, um casal de gansos e um peru. Certo dia eu estava muito feliz, pois a gansa havia chocado seus ovos trazendo à vida seis filhotes. Uma conhecida nossa, dona do armazém onde realizávamos nossas compras, ficou sabendo e quis ver os gansos, pois, segundo ela, eles não procriavam facilmente no cativeiro. Certo dia ela apareceu em casa e logo ao entrar no quintal demonstrou ser uma apaixonada pela criação de gansos e revelou-me que possuía três casais que nunca haviam procriado. Percebi no seu olhar e semblante uma certa indignação. Ficou algum tempo olhando para os gansos admirando-os e elogiando a beleza de todas as aves do meu quintal, logo depois se despediu e partiu.
No dia seguinte da sua visita, as galinhas não desceram do poleiro para se alimentarem e ali ficaram defecando fezes líquidas até que acabaram morrendo. No terceiro dia foi o galo que, à semelhança das galinhas, permaneceu no poleiro até a morte. No quarto dia morreram os gansos, entretanto, o peru continuou vivo, mas apresentava sinais de que também morreria, pos já não descia do poleiro e não se alimentava. Foi quando conversando com minha mãe chegamos à conclusão de aquela mulher poderia estar por trás daquelas mortes, pois nenhum remédio veterinário conseguira curá-los. Foi então que resolvemos tentar salvar o peru magnetizando-o. Qual não foi a nossa surpresa quando depois de algumas horas após atuarmos sobre ele, apresentava uma visível revitalização recuperando-se completamente ao final do dia.
A ação magnética negativa emitida pela mulher enfraqueceu o fluido vital dos animais, levando-os à morte em uma sinistra seqüência: primeiramente morreram os mais fracos, no caso as galinhas; depois o galo, e mais tarde, os gansos. Porém, o peru, por apresentar uma constituição física mais forte, conseguiu resistir mais tempo até que pudéssemos socorrê-lo.
A ação magnética que direcionamos sobre o peru operou no sentido inverso e repôs o fluido vital enfraquecido pelo magnetismo maléfico da mulher.
Quando observamos os relatos acima onde ambas as mulheres, com um simples olhar, alteraram as condições físicas da planta e dos animais, fica claro para nós que a ação magnética não depende de gestos manuais e nem de técnicas. O magnetismo não é captado, é próprio do indivíduo. A simples presença de uma pessoa dotada de bons sentimentos pode causar uma influência magnética benéfica nas pessoas a sua volta, da mesma forma que uma pessoa dotada de maus sentimentos pode causar uma influência maléfica.
O espírito reencarnado através do magnetismo que irradia a sua volta revela sua índole e grava o seu perfil mental nos seus objetos de uso pessoal e no ambiente onde vive, impregnando-os com o seu psiquismo.
Certa vez, quando eu administrava a construção de um prédio industrial na capital do estado de São Paulo, ocorreu um fato que ilustra bem esse fenômeno de impregnação psíquica magnética nos objetos de uso pessoal. Um dos meus funcionários, o encarregado da obra, foi acometido de um mal estranho. Todo dia chegava no canteiro da obra sentindo-se bem, mas assim que começava a trabalhar, passava a sofrer de cólicas intestinais violentas sendo obrigado a retornar para casa, porém, assim que deixava a obra, sentia-se muito bem novamente. Isso se repetiu durantes três dias. No quarto dia conversávamos enquanto ele se trocava no barraco da obra e observando-o, fui intuído de que o problema estava na roupa que usava para trabalhar, então perguntei a ele a origem da roupa e ele afirmou que a calça e a cinta que ele usava ganhara de uma vizinha e que era a roupa do seu marido que há pouco tempo havia desencarnado de câncer intestinal. Diante dessa afirmação, a qual confirmava a minha intuição, eu atuei com o meu magnetismo sobre as calças e a cinta. A partir daquele dia não mais sentiu as cólicas que o importunavam.
É evidente que a calça e a cinta do recém-desencarnado ainda se mantinham impregnadas do seu psiquismo de dor e de sofrimento que havia precedido à sua passagem para o mundo dos espíritos, cuja atuação magnética alterava a estabilidade das moléculas situadas na região gástrico intestinal do meu funcionário provocando dores semelhantes as que havia sofrido.
Aqui fizemos um pálido estudo sobre o magnetismo, pois seria impossível em um espaço diminuto de uma matéria se aprofundar mais num assunto tão empolgante e esclarecedor, porém, tenho a certeza que foi o suficiente para compreendermos a profunda visão de Kardec quando afirmou que ninguém imagina que no brinquedo dos patinhos imantados está o segredo do mecanismo do Universo e da marcha dos mundos.

Nelson Moraes
Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 46.
http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?


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