quarta-feira, 18 de setembro de 2013

DILÚVIO DE LIVROS “ESPÍRITAS” DELIRANTES



Como (re)agir diante dos livros antidoutrinários, supostamente “mediúnicos”, que invadem as instituições espíritas, colonizando turbas de ingênuos adeptos? Há pseudomédiuns, sem qualquer compromisso com o Espiritismo, que agem quais livres atiradores, e paradoxalmente “suas obras são vendidas nos Centros Espíritas, porque vendem muito, mas o tempo que se consome lendo seus livros é um desvio do tempo de aprendizagem da Doutrina Espírita.” (1)

Possivelmente seja perda de tempo acercar-nos desse cansativo tema. Todavia, acreditamos que sob o pálio do velho adágio “cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”, a questão pode ser abordada de forma menos complicada. Antes, porém, reafirmamos tudo o que já registramos muitas vezes na imprensa: os livros insalubres não devem ser comercializados nas livrarias de uma instituição espírita! Nem mesmo em nome da surrada cantilena “liberdade de expressão”. “Não faz nenhum sentido as instituições continuarem comprando essa literatura [infausta]. Deveriam fazer a barreira de obstrução mesmo sem brigar com ninguém, até porque somos espíritas e é urgente saber o que é um livro genuinamente espírita.” (2)

Raul Teixeira explana o seguinte: “quanto mais descomprometido com a Doutrina Espírita é o ‘livrinho’ ou o ‘romancinho’, mais o povo gosta. Somos responsáveis por essa chuva de lodo sobre a nossa literatura espírita que dá lucros exorbitantes. Muitos clubes do livro [com honrosas ressalvas] não respeitam a Doutrina Espírita e normalmente colocam mensalmente um livrinho “baratinho” para cobrar mais caro e terem altos lucros sobre os seus assinantes.” (3)

Atualmente são vendidos a rodo esses destroços literários. “É preciso frear a entrada dessas obras nas instituições. Que os editores vendam onde quiserem, menos no centro espírita. É muito importante os espíritas assumirem posição. Nunca será falta de caridade denunciar o mal. Falta de caridade é nossa omissão ante a disseminação do mal através dos livros. Não podemos entrar na falácia de que o mal é querer o bem.” (4).

Há obstinados gênios das trevas divulgando “pérolas azuis” do tipo “o mundo espiritual é uma cópia do mundo físico e não o contrário”; “a mulher desencarnada sofre fluxos menstruais”; “os Espíritos vão ao banheiro e dão descarga”, “instrutor espiritual conta piadas pornográficas”, “mentor descreve com minúcias as curvas sensuais de jovem desencarnada”, “mentor endossa o aborto de anencéfalos”. É chocante! Nessa invasão “mediúnica” enunciam “que existem relacionamentos sexuais para promoção de ‘reencarnação’ no Além”. Ah!, por falar em reencarnação, tais livros revelam as várias “reencarnações” de Allan Kardec, culminando por encontrar o mestre de Lyon imerso num  corpo (re)nascido em Pedro Leopoldo. Seria patético se não fosse burlesco, ou o avesso?!  Seria cômico se não fosse  trágico.

Garante tal literatura que “as pretas e pretos velhos, caboclos e correlatos, são entronizados como mentores de instituições espíritas.” Óbvio que as tradições das práticas mediúnicas africanas e ameríndias não padecem de discriminação entre os espíritas estudiosos, nem avaliamos os Espíritos de índios e negros, de todo, involuídos, todavia, ignorantes. Sim! Porque se fossem mais conscientes ou se não fossem ignorantes, não algemariam a mente em atavismos exóticos de personagens do pretérito. Estamos diante de delírio e de extrema fascinação no movimento espírita doutrinário.

Os dirigentes não utilizam de forma criteriosa as barreiras para seleção doutrinária dos livros expostos ao público! Afirma Divaldo Franco que “o pudor em torno do Índex Expurgatorius da Igreja Romana tem levado muitos líderes a uma tolerância conivente [contemporização].”(5) As instituições espíritas [inclusive algumas federativas], “por interesse puramente comercial, vendem quaisquer livros “psicografados”, de autoajuda, de esoterismo, de outras doutrinas, quando deveriam preocupar-se em divulgar as obras do Espiritismo, tendo um critério de lógica.”(6)

Temos observado que sob o lábaro da “liberdade cultural” há os que pugnam pelo não expurgo dos livros antidoutrinários nas prateleiras das nossas bibliotecas espíritas, desde que haja na página inicial dessas obras (avaliadas como lesivas ao programa da Codificação), sumários de análise e sugestão para a leitura de obras com contextos adversos. Interessante esse método, sem dúvida, mas cremos que o ingresso dos espíritas (menos precavidos), deve ser irrestrito tão somente nas bibliotecas que se balizem exclusivamente nas obras doutrinariamente irrefutáveis.

Logicamente, sem obrigação de pelejar com os desfavoráveis a restrições, podemos aceitar a catalogação dos atuais “entulhos-literários” e destiná-los a espaços de leitura apenas frequentados por espíritas conscienciosos e pesquisadores honestos, capazes de analisar com lucidez os conteúdos das obras. Somos partidários do ideário de “que as instituições espíritas deveriam ter uma comissão para analisar e avaliar a qualidade do livro e divulgá-los ou não, porquanto as pessoas incautas ou desconhecedoras do Espiritismo fascinam-se com ideias verdadeiramente absurdas. (7) Destarte, é importantíssimo “montar a barreira natural do exame [dos livros] consoante recomenda Kardec, até porque não se trata de reconstrução do arrepiante Índex Librorum Prohibitorum..” (8)

Se a biblioteca for acessível a qualquer pessoa, é urgente toda precaução, pois quanto maior nível de ignorância do ledor, importância máxima dará a “segurança” oferecida pela instituição ao livro a que ele tem livre acesso para leitura. Infelizmente, para os calouros e/ou incautos, o que é oferecido pelo centro espírita é interpretado como válido, fidedigno e doutrinariamente correto. Eis aí o “deus-nos-acuda” instalado! Cremos que “mesmo sem atracar com ninguém é imperioso defender o território [instituição espírita], porque quem compra [ou toma emprestada] uma obra de má qualidade no centro, sai declarando que aquela obra é espírita, pois foi adquirida no centro. Se um centro espírita comercializa uma obra de má qualidade é porque esse centro também é de má qualidade.” (9)

Sobre as bibliotecas espíritas, concordamos que as mesmas devem ser locais “intocáveis”. Porém, não há como comparar a liberalidade de uma biblioteca mundana (descompromissada com a Terceira Revelação) com uma biblioteca espírita. Nada mais desigual! Os desígnios são completamente diferentes. A primeira prima por arquivar, conservar e oferecer informações para desenvolvimento da cultura ordinária. A biblioteca espírita, entretanto, deve ser ambiente intocável, e muito mais do que isso, deve ser um templo abençoado para abrigar as obras ajuizadas e consagradas universalmente pelos Benfeitores Espirituais. A primeira propõe aclarar o intelecto, mas a segunda necessita alumiar a mente e potencializar o coração do homem.

Não podemos permitir que as instituições espíritas sejam transformadas em picadeiros, inobstante seja a “comédia o inverso da tragédia”(10), porém, na retaguarda do malfeitor campeia o bufão (protagonista do circo), e “os falsos devotos têm por acólitos seres ineptos, que só agem por imitação: à maneira dos espelhos, refletem a fisionomia de seus vizinhos. Tomam-se a sério, enganam-se a si próprios; a timidez os faz zombar daquilo em que não acreditam, exaltam o que duvidam, comungam com ostentação e acendem às escondidas pequenas velas, às quais atribuem muito mais virtude do que a transformação moral.”(11)

Os espíritas desleais são os verdadeiros descrentes da equidade, da esperança, da Natureza e de Deus; recusam o bom senso e afiançam o fanatismo. A desencarnação, porém, os arrastará encharcados de águas de cheiro e cobertos de ouropéis, que hoje os disfarçam entre os homens.

Pelo exposto, é inadmissível ficarmos temerosos de sermos classificados de anacrônicos, conservadores ou até mesmo clericais. Depende de todos nós melhorar a qualidade das práticas doutrinárias e cada qual deve fazer a sua parte. É importante sermos inexoráveis para blindar ininterruptamente a Doutrina Espírita contra os títeres das trevas (conhecidos como falsos profetas da atualidade), que tapeiam quais concessionários das Trevas. Contra eles devemos nos insurgir, a fim de expor o Espiritismo como Doutrina ajuizada, sublime e incorruptível.

Jorge Hessen

Referências:
(1)    Divaldo P. Franco, http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2013/02/opiniao-do-divaldo-franco-sobre.html , acessado em 24/02/2013
(2)    Raul Teixeira  http://tanialeimig-espiritismo.blogspot.com.br/search?updated-min=2013-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2014-01-01T00:00:00-08:00&max-results=4 , acessado em 23/02/2013
(3)    idem
(4)    idem
(5)    Divaldo P. Franco, http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2013/02/opiniao-do-divaldo-franco-sobre.html , acessado em 24/02/2013
(6)    idem
(7)    idem
(8)    Raul Teixeira  http://tanialeimig-espiritismo.blogspot.com.br/search?updated-min=2013-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2014-01-01T00:00:00-08:00&max-results=4 , acessado em 23/02/2013
(9)    idem
(10)    Kardec, Allan. Revista Espirita/outubro de 1863 , mensagem ditada pelo Espírito Delphine de Girardin, disponível em   http://www.sistemas.febnet.org.br/site/indiceGeralDeRevistas/verArtigo.php?CodArtigo=575&Palavra=B%EDblia , acessado em 25/02/2013
(11)    idem


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HÁ DIFERENÇA DE RESULTADOS ENTRE O PASSE PALMAR E O PASSE DIGITAL? COMO ESSAS TÉCNICAS OCORREM?

Primeiramente vamos esclarecer do que se trata o passe palmar e o digital.Alguns magnetizadores sentem, percebem ou mesmo confirmam que seus fluidos, quando empregando as mãos, saem potencialmente pelos dedos estes são chamados de digitais –; outros (e parece que estes compõem a maioria) registram que é pelas palmas das mãos que se verifica a grande profusão fluídica – são os palmares.

O que determina essa diferença é uma aptidão natural e não intencional, mas ainda não é sabido o ou os motivos que geram isso. Contudo convém estarmos atentos a essa diferença, pois se um magnetizador digital for forçado a aplicar magnetismo de forma palmar, e vice-versa, pode ocasionar perdas, ineficiências e até efeitos contrários ao que se busca.

Lendo obras de magnetizadores mais antigos, quando o intercâmbio entre eles era sabidamente deficiente, fica bastante perceptível que mesmo eles não explicitando o fator, uns eram digitais e outros palmares. Em consequência, cada um orientava seus alunos e leitores a repetirem seus gestos e movimentos, como se imaginassem que todos teriam idênticas aptidões. Fica no ar uma sensação de que eles não percebiam essa diferença básica, natural, entre os vários aplicadores.

Chegando ao ponto “X” da questão, não tenho visto diferenças significativas entre os passes aplicados por palmares e/ou digitais. O que se tem revelado como muito significativo é que cada um se identifique na sua melhor maneira de exteriorizar seus fluidos e como manipulá-los com mais eficiência.
Pelo menos até onde tenho percebido e acompanhado, uma observação adicional é que para se fazer introjeções(*) magnéticas ou fluídicas em locais ou partes delicadas e pequenas, as técnicas praticamente reclamam que o magnetizador aja de forma digital. Paralelamente, noto que mesmo os magnetizadores palmares, quando conseguem trabalhar essas introjeções com o uso dos dedos, agem como se estes apenas dirigissem ou manipulassem os fluidos em circulação ou doação, pois neles o jato energético viria mesmo da palma da mão.

Em termos de sensações, os digitais se referem a formigamentos, esquentamentos,
frio ou pequenos choques nos dedos ou em suas extremidades enquanto aplicam os fluidos; os palmares traduzem isso na palma da mão, de uma ou das duas.□


(*) Chamo de introjeção magnética a técnica em que fazemos indução fluídica de forma pontual, através dos dedos, quase sempre em regiões de difícil acesso, como, por exemplo, partes do cérebro. Deduzo, inclusive, que o próprio Jesus fazia esse tipo de ação magnética, como se observa nesta passagem: E, tirando-o à parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua”. (Marcos 7:33).


JORNAL VORTICE - Ano V - n° 04 Março 2013


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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

EURÍPIDES E HÉCUBA

 EURÍPIDES E HÉCUBA

 José Reilly Algodoal


No estudo das antigas civilizações, constatamos a crença generalizada na imortalidade e comunicabilidade dos Espíritos. A todo instante nos defrontamos com oráculos, pitonisas, sibilas, hierofantes, magos, necromantes, profetas e médiuns, o que é bastante significativo.

A cultura grega não fugiu à regra.  Efetivamente, os gregos, conforme nos revelam seus costumes, crenças, medos, cultos e rituais, acreditavam piamente na imortalidade, nada obstante fossem vagas e imprecisas as noções sobre a vida além do túmulo.

O teatro grego é uma proclamação à vida imortal. Da mesma forma que o comerciante só põe à venda a mercadoria desejada pelos consumidores,  na peça teatral, o poeta grego tinha que atender aos desejos e aspirações dos espectadores, deixando assim registrado o nível cultural de sua gente e de sua época.

Os gregos faziam teatros aproveitando os aclives naturais do terreno. Na base, o palco para os atores e o coro. Ao redor do palco, degraus em semicírculos, poucos na base, para irem se ampliando à medida que esses subiam as encostas do morro. Eram e são autênticas conchas acústicas, proporcionando excelentes condições para a propagação do som. Alguns teatros comportavam mais de 20.000 espectadores.

Nos teatros encenavam comédias e tragédias. Algumas delas são reencenadas nos dias atuais, sempre com sucesso. Os atores entravam em cena usando máscaras, chamadas personas, para melhor identificar os personagens que iam representar. O coro dava movimentação ao espetáculo.

Eurípides está entre os mais festejados poetas gregos.  A tragédia Hécuba, apresentada pela primeira vez em 424 a. C., focaliza a Guerra de Troia, no momento histórico em que os gregos, vitoriosos, se preparavam para retornar com os despojos dos vencidos.

Hécuba foi a última rainha de Troia. Sobreviveu ao massacre e se tornou escrava. Na peça, ela tinha sonhos premonitórios que se concretizavam.

O primeiro personagem a entrar em cena é um Espírito. É o Espírito de Polidoro que, em seu demorado monólogo, conta ter sido o último filho do rei Príamo e da rainha Hécuba. Adolescente, não apto para empunhar a lança e o escudo, foi mandado aos cuidados de Polimnestor, rei da Trácia, levando consigo considerável tesouro. O tesouro, destinado para atendê-lo nas necessidades futuras, foi a causa de sua ruína.   Com a queda de Troia, dominado por ganância incontida, seu hospedeiro assassinou-o e lançou seu corpo ao mar, apropriando-se do tesouro.   Continuando seu monólogo, Polidoro diz que rogou aos deuses para que as ondas levassem seu corpo à praia, para ser sepultado conforme o ritual. Conta mais, que o Espírito  Aquiles pede o sacrifício de uma princesa sobre seu túmulo.

Na continuação da tragédia, os gregos recusam-se a partir enquanto não atendido o apelo do Espírito  Aquiles, o qual, materializando-se sobre seu túmulo, exigia o sacrifício de uma princesa.

Ulisses é encarregado de buscar Polixena, filha de Hécuba, para ser decapitada.  Hécuba pede, implora, oferece-se para ser sacrificada no lugar da filha.   Ulisses lastima, mas não pode deixar de atender ao pedido do Espírito  Aquiles.   Ele leva Polixena, para que seu sangue corra como libação sobre o túmulo de Aquiles.    Polixena, ante o inevitável, pede seja desligada das amarras, para entrar no reino da morte como uma mulher livre, não escrava.

Os personagens se sucedem. A tragédia continua toda recheada com sentimentos e emoções fortes;  com traições, ódios e vinganças; torturas e homicídios; com intromissão de Espíritos na vida dos homens;  com metamorfoses, profecias e vaticínios.

O certo e irretorquível é que a tragédia Hécuba é um cântico à imortalidade da alma e à comunicabilidade dos Espíritos. E só poderia ser aplaudida por um público que aceitava a continuidade da vida depois da morte, como uma realidade inconteste.

Fonte; http://www.mundoespirita.com.br/?materia=euripides-e-hecuba

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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

DE QUE MANEIRA O ESTUDO DOS CLÁSSICOS DO MAGNETISMO PODE AJUDAR HOJE PARA O DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS MAGNÉTICOS NOS CENTROS ESPÍRITAS?


Quando Allan Kardec afirmou, em O Livro dos Médiuns (cap. 17, 211): “Por isso é que indispensável se faz o estudo prévio da teoria, para todo aquele que queira evitar os inconvenientes peculiares à experiência”, ele estava dizendo ser inconcebível não se conhecer a base de uma ciência se quisermos caminhar seguros por seus caminhos e conexões. O Magnetismo é uma ciência que, como tal, surgiu antes do Espiritismo. O respeito que Allan Kardec teve para com ela foi incontestável: “O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e os rápidos progressos desta última doutrina são incontestavelmente devidos à vulgarização das ideias sobre a primeira” (Revista Espírita, edição março-1858, artigo “Magnetismo e Espiritismo”). Assim se pronunciando, ele deixava enfático seu ponto de vista de gratidão ao Magnetismo e do vínculo estreito entre essa ciência e o Espiritismo. Tanto que no mesmo artigo ele coloca: “(...) longe de se combaterem, podem e devem se prestar mútuo apoio: elas (as duas ciências) se completam e se explicam mutuamente”.

Ora, sendo constatado que o dito pelo senhor Kardec é mais do que verdade, não nos restaria muita coisa a fazer que não fosse sairmos correndo atrás de tudo o que dissesse respeito ao Magnetismo, especialmente àquele que chamamos de Magnetismo Clássico, o qual se fundamenta em Mesmer, Puységur, Du Potet, Deleuze e LaFontaine, dentre outros.
Muito bem; e o que foi que fizemos? Simplesmente deixamos todos eles de lado. Tanto que até agora só as obras de Mesmer foram traduzidas para o português, e há apenas quatro anos aproximadamente. Seria até justo perguntarmos: por que será que os órgãos que se dizem responsáveis pela divulgação da Doutrina Espírita, não cuidaram disso até hoje? Por que será que obras que abordavam a questão do magnetismo, antes publicadas, deixaram de sê-lo, sem que nenhuma explicação fosse dada a quem quer que seja? O que temem essas Casas ante a base em que o próprio Codificador se assentou e recomendou fosse conhecida, estudada, analisada e continuada?

 Mas nosso foco, nesta questão, é outro. Vamos a ele. O conhecimento e o estudo dessas obras clássicas, fornecendo-nos a base teórica que tanto precisamos, nos arremeterão a um mundo no mínimo surpreendente. Jamais poderia dizer “mundo novo”, porque isso tudo já vem de muito tempo. Mas que seríamos surpreendidos – como seremos, mais dia, menos dia – com tantas oportunidades de entendimentos novos, úteis, práticos, objetivos advindos dessas obras que certamente nos perguntaremos: e como conseguimos chegar aonde chegamos sem saber nada disso??? Conhecer essas obras deixarão ressaltadas a responsabilidade e a importância do magnetizador nos processos de cura, sem que isso, em tempo algum, diminua ou tisne a presença e/ou influência dos Benfeitores Espirituais. Por outro lado, o mundo em que esses magnetizadores clássicos caminharam e deixaram suas marcas exigirão de cada um de nós apurado senso para sabermos reter tudo de muito bom que ali tem, sem nos perdermos pelas oscilações que também aconteceram, numa época em que as correspondências e os conhecimentos aconteciam de forma gradual e lenta, quase sem cruzamento de dados de informações, pelo menos até que um livro fosse publicado e tivesse como ser lido por aqueles que se interessavam pelo tema.

Sabemos que no dia 22 de abril do próximo ano, na abertura do 4º Encontro Mundial de Magnetizadores Espíritas, que acontecerá em Pelotas/RS, sob o patrocínio da Sociedade Espírita Vida, dirigida por nossa valorosa e destemida companheira Ana Vargas, ali teremos o lançamento da tradução da primeira obra do Barão du Potet, o que será um verdadeiro marco, mas, convenhamos, com um atraso de pelo menos 150 anos. (E fico me perguntando: por que será que nós, os espíritas, somos tão lerdos nas questões do Magnetismo?)

Hoje vivemos uma grande dificuldade: não temos editoras interessadas em publicar esses clássicos nem contamos com tradutores de qualidade que pudessem fazer isso sem custos a fim de que distribuíssemos, nem que fosse via internet, todo o manancial de informações, livros, revistas e pesquisas disponíveis, a maioria em línguas estrangeiras (inglês, alemão, francês e italiano, tudo com redação de mais de um século). Caso um artigo como este faça aparecer gente com essa disposição, ofereceremos ao mundo uma bênção tão grande que só nos daremos conta disso depois que a história refizer seu rumo plenamente.

Até lá, sugiro que se leia o livro Mesmer, de Paulo Henrique de Figueiredo, da editora Lachatre; baixe-se na internet e leia-se igualmente os volumes dos livros do Alphonse Bué (em português) e ainda leiam o Magnetismo Espiritual, publicado pela FEB. Sem falar que ler e analisar todos os exemplares da Revista Espírita de Allan Kardec (igualmente disponível na internet) é tarefa inadiável para qualquer pessoa que queira andar seguro no Magnetismo. Isso é o mínimo do mínimo que poderemos ler e conhecer para irmos aprimorando nossas ações em nossos passes e atendimentos magnéticos.□

“O conhecimento e o estudo dessas obras clássicas, fornecendo-nos a base teórica que tanto precisamos, nos arremeterão a um mundo no mínimo surpreendente. Jamais poderia dizer “mundo novo”, porque isso tudo já vem de muito tempo”.

JORNAL VORTICE -ANO III, n.º 08 ,janeiro/2011
jacobmelo@gmail.com

QUAL A INFLUÊNCIA DOS VÍCIOS NOS RESULTADOS DO MAGNETISMO?

QUAL A INFLUÊNCIA DOS VÍCIOS NOS RESULTADOS DO MAGNETISMO?

Coisa boa e quando podemos ser exatos como a operacao 2 + 2 = 4. Lamentavelmente, nem tudo e assim. A subjetividade e a existencia de fatores que teimam em nao seguir nossa logica sao, por vezes, inquietantes e intrigantes. Em Magnetismo parece que esta e a regra, ou seja, inexiste regra absoluta, matematicamente pronta.

Respondendo a questao proposta, o mais correto seria dizermos que os vicios, notadamente nos magnetizadores, degeneram os resultados, implicam negativamente no processo e que, por isso mesmo, nao deve ser elemento comum na vida de quem pretende ser bom magnetizador.

Explicando e justificando essa resposta, muitos sao os motivos e razoes, dos quais alguns enumero rapidamente.

- como a usinagem (transformacao de energia fisio-biologica em fluido vital) se utiliza de elementos organicos, se estes estao contaminados, o fluido vital dai resultante consequentemente sai contaminado;

- parte do que transmitimos no passe magnetico pode ser traspassado de forma praticamente direta e integral a quem o dirigimos; com isso expomos o paciente a receber os equivocos e muitas consequencias de nossos maus habitos;

- quase sempre vicios denotam imperfeicao em quem deles se utilizam e esta pede corrigendas e superacoes para que nao seja transmitida ou pelo exemplo ou pelo contagio;

- vicios roubam vida e quem quer doa-la ou salvar a dos outros nao o faz melhor consumindo-a de forma desequilibrada; - as qualidades radiantes dos fluidos dependem diretamente da qualidade organica do seu doador e e quase sempre certo que pessoas viciosas trazem corpos desarmonizados, fracos produtores de “radiancia fluidica” portanto

Disso tudo, podemos dizer que os vicios, dos mais simples aos mais graves e desgastantes, sao terriveis inimigos dos bons magnetizadores.O que intriga, entretanto, e que alguns casos parecem fugir a regra.
Quando lidamos com os chamados curandeiros populares, aquelas criaturas simples que na maioria das vezes residem em casas simples eafastadas e que costumam nada cobrar por seus “servicos” de cura, dentre elas encontramos exemplares raros de pessoas que fazem uso regular de alguns vicios e que, apesar disso, detem um poder magnetico soberbo, imenso, super eficaz. De alguma forma, isso gera uma certa contradicao com o que acima coloquei.

Para dirimir ou pelo menos tentar entender tudo isso, preciso e que observemos pelo menos dois pontos: a forca magnetica em si e a conduta moral no todo. Muitos curadores sao portadores de um magnetismo (no sentido de poder magnetico) acima do normal, o que lhes da uma forca quase irresistivel, podendo, por isso mesmo, suplantar ate essas questoes que vimos analisando. Essas criaturas, facil perceber, produzem fluidos de exteriorizacao de alto vigor e penetrabilidade, realizando coisas qualificadas como impossiveis. Creio que seus organismos conseguem usinar os fluidos exteriorizaveis de um jeito muito peculiar, nao se deixando envolver pelos campos desarmônicos decorrentes dos vicios. Apesar de possivel, a realidade dos fatos nos leva a crer ser muito dificil se conseguir isso de forma generica e ordinaria por todos ou por quem simplesmente o queira. O outro aspecto, o moral, este parece ser bem determinante nesses casos tambem. Apesar dos vicios, essas pessoas ordinariamente são simpaticas, pacificadoras e sempre recorrem as oracoes e ao recolhimento para obterem seus melhores resultados. Os que compartilham de suas vidas sempre depoem a favor de sua retidao e sua bondade costumeiras. Muito provavelmente a moral dessas criaturas, ainda que envolvidas em vicios comuns – se e que algum vicio possa ser considerado como tal – e serena e cheia de respaldo pelos feitos generosos de amor e bondade frequentes.

Um outro lado da questao sao os vicios nos pacientes.
Nesse particular, nao vejo como considerar um paciente ou assistido vicioso  conseguindo auferir grandes resultados com o Magnetismo, posto que o consumo de vida em cima de desarmonias decorrentes de vicios e forca contraria ao beneficio
buscado.

Ja conheci portador de cancer de pulmao que queria se curar para poder voltar a fumar; pessoa com cirrose hepatica querendo continuar bebendo;dependentes quimicos de alto teor toxico esperando melhorar para mergulhar mais profundamente no vicio... Mesmo pessoas que pararam definitivamente com os vicios que lhes consumiram os corpos e as almas e que pretendem redimir todo comportamento
equivocado, ainda assim apresentam dificuldades enormes na busca do sucesso da terapia magnetica.
Que esperar de um vicioso que nao quer abrir Mao do que lhe contamina, lhe dizima a vida?

Assim e bem visivel que os vicios sao péssimos companheiros de quem queira servir melhor e totalmente dispensaveis para quem queira vencer suas mazelas.□

JORNAL VORTICE -ANO III, n.º 08 ,janeiro/2011
jacobmelo@gmail.com