“A EDUCAÇÃO moral depende de
uma multidão de causas que parecem minuciosas e que no entanto têm uma grande
influência, principalmente numa idade em que o caráter, semelhante à cera mole,
é suscetível de receber todas as impressões. Frequentemente um vício se
manifesta numa criança sem que possamos conhecer-lhe a causa; então jogamos a
falta sobre a natureza, enquanto ela provém, talvez, de uma impressão que
recebeu, e que se poderia ter evitado com mais precaução.
Na maioria de nossas instituições, as punições que são empregadas, quase
sempre muito severas, quase sempre infligidas com parcialidade e num momento de
impaciência, irritam a criança; ela se revolta, se enraivece contra a
autoridade, e é assim que lhe damos ocasião de ser mentirosa, colérica,
desrespeitosa,insubordinada, etc.: ocasiões que poderiam ter sido evitadas.
Devemos nos surpreender ao ver os jovens experimentarem desgosto por seus
estudos, quando nas classes tudo respira tristeza, tudo é feito para desgostar
do trabalho, eu diria mesmo para fazer odiá-lo? Com efeito, como as crianças
podem amar uma coisa da qual não se lhes mostra senão o lado mais desagradável,
de que se servem mesmo para as punir? Como elas poderiam amar as pessoas que
estão sempre ocupadas em lhes atormentar, sob os caprichos das quais elas estão
continuamente em luta?Como podem elas estimar essas pessoas, quando
frequentemente vêm suas ações contrariar seus preceitos? Como podem elas se
tornar justas, se se é parcial com elas? Como podem ser boas se são tratadas
com crueldade? O espírito da criança, naturalmente pouco preocupado, observa
todas as nuances, mesmo as mais delicadas, do caráter do seu mestre e sabe
aproveitá-las com habilidade. Eu vi uma criança de dez anos empregar a
bajulação com tanta arte, quanto o mais hábil cortesão. O caráter frágil de um
mestre a havia feito tal. Eis como havia cumprido sua tarefa de professor, sem
ter, no entanto, a mínima má intenção.
Toda prudência se faz necessária
quanto à conduta que temos diante das crianças, pois facilmente criamos nelas uma
boa ou má impressão. Tudo, até o próprio tom com que lhes falamos, em certas
circunstâncias, pode influenciá-las. Deve causar surpresa o fato de nelas se
desenvolverem vícios dos quais se ignora a fonte? Uma criança pode aprender a
doçura com homens que se deixam dominar por suas paixões? Pode adquirir
sentimentos nobres com almas vis? Pode aprender a ser boa com aqueles que a
maltratam? Pode se tornar polida com um homem que não o é? Pode, em uma
palavra, adquirir as virtudes sociais com aquele que não as possui? Sem falar
dos vícios mais palpáveis, estão aí uma série de observações minuciosas que
contribuem essencialmente para a formação do moral da criança. São essas
atenções que se negligencia na maioria das instituições, e outras bem maiores,
as quais se pode perceber sem esforços. Mas, dir-se-á, qual é o homem bastante
paciente para entrar nesses pequenos detalhes? Quem é que tem suficiente
império sobre si mesmo, para atentar sobre suas pequenas falas, sobre suas
mínimas ações? Quem é que sacrificará, por assim dizer, sua existência, para não
se ocupar senão em ser útil a seu aluno? Esse homem seria o ser por Histórico,
da Sociedade gramatical, da Sociedade de Métodos, Correspondente da Sociedade
de Emulação de Ain, etc. etc.Rivail assumiu, em 18 de abril de 1857, o
pseudônimo de Allan Kardec, por ocasião da publicação da primeira obra
fundamental da Ciência Espírita, em Paris, França, intitulada Livro dos
Espíritos.excelência. Eu respondo: O professor, tal como eu o entendo, e não um
mercenário cujo objetivo é ganhar dinheiro, e que sacrifica tudo ao seu próprio
interesse. A reunião de todas essas qualidades no mesmo indivíduo é difícil, eu
o confesso; as se ele não pode aspirar à perfeição, deve tratar de, pelo menos,
dela se aproximar o máximo possível. A obrigação que um professor se impõe é
bem difícil de preencher, é uma obrigação sagrada quando se quer fazer honrado.
Alguém me perguntou um dia se existe um homem, tal como o que acabo de descrever,
e se esse não seria um ser quimérico para o nosso século; pois eu não conheço,
dizia ele, ninguém que não seja dominado por um espírito de interesse e de
egoísmo, mesmo aqueles que querem parecer filantropos. Respondi que não censurava
que se tivesse em vista um pouco o seu interesse, nessa parte, porque cada um
deve assegurar seus meios de existência; mas que se faça disso um ramode
comércio, uma especulação; que se sacrifique o interesse (físico, moral ou intelectual)
de seus alunos ao seu próprio interesse, eis o que censuro. Existem, no entanto,
homens como os que descrevi, mesmo em nosso século; existem poucos, é verdade,
mas é o que os torna ainda mais estimáveis. Provavelmente terei oportunidade de
voltar a falar sobre este artigo, e aí darei a conhecer alguns desse homens.”
1
Le Petit Album de la jeunesse, par Alexandre de Villiers. Paris, 1825.
Traduzido do francês pela equipe do
GEAK.
2 Diretor de escola, membro da Academia da indústria, da Sociedade Universal de
Estatística, do Instituto
H. L. D. RIVAIL.
Fonte; Geak - Grupo de Estudos Allan Kardec
A AURA E OS CHACRAS NO ESPIRITISMO (NOVO)
Leitura
Recomendada;
A AURA E OS CHACRAS NO ESPIRITISMO (NOVO)
AS
PAIXÕES: UMA BREVE ANÁLISE FILOSÓFICA E ESPÍRITA [1] (NOVO)
COMO
ENTENDER A ORTODOXIA - PARTE II
(NOVO)
COMO
ENTENDER A ORTODOXIA - PARTE I (NOVO)
ORGULHO (NOVO)
ESCOLA
FUNDADA NO MONT-JURA (NOVO)
DA
INVEJA
(NOVO)
HUMILDADE
- Termos traduzidos do francês (NOVO)
AS
PIRÂMIDES DO EGITO E O MUNDO ESPIRITUAL (NOVO)
LITERATURA
MEDIÚNICA
(NOVO)
A
DEGENERAÇÃO DO ESPIRITISMO
CARTA
DE ALLAN KARDEC AO PRÍNCIPE G.
A
CIÊNCIA EM KARDEC
O
QUE PENSA O ESPIRITISMO
ESPIRITISMO
E FILOSOFIA
O
PROBLEMA DO DESTINO
PIONEIRISMO
E OPOSIÇÃO DA IGREJA
ESPIRITISMO
Ou será científico ou não subsistirá
ESTUDO
SEQUENCIAL OU SISTEMATIZADO?
CEM
ANOS DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA
DIMENSÕES
ESPIRITUAIS DO CENTRO ESPÍRITA
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2014/06/dimensoes-espirituais-do-centro-espirita.html
O
ESPIRITISMO E A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
PRIMEIRO
LIVRO DE ALLAN KARDEC TRADUZIDO PARA O BRASIL
O
SEGREDO DE ALLAN KARDEC
A
DIMENSÃO ESPIRITUAL E A SAÚDE DA ALMA
O
ASPECTO FILOSÓFICO DA DOUTRINA ESPÍRITA
O
SILÊNCIO DO SERVIDOR
TALISMÃS,
FITINHAS DO “SENHOR DO BONFIM” E OUTROS AMULETOS NUM CONCISO COMENTÁRIO
ESPÍRITA
“CURANDEIROS
ENDEUSADOS”, CIRURGIÕES DO ALÉM – SOB OS NARCÓTICOS INSENSATOS DO COMÉRCIO
DILÚVIO
DE LIVROS “ESPÍRITAS” DELIRANTES
TRATAR
OU NÃO TRATAR: EIS A QUESTÃO
ATRAÇÃO
SEXUAL, MAGNETISMO, HOMOSSESUALIDADE E PRECONCEITO
RECORDANDO
A VIAGEM ESPÍRITA DE ALLAN KARDEC, EM 1862
OS
FRUTOS DO ESPIRITISMO
FALTA
DE MERECIMENTO OU DE ESTUDO?
FORA
DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
EURÍPIDES
E HÉCUBA
O
HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO
FONTE
DE PERFEIÇÃO
MESMERISMO
E ESPIRITISMO
VIVÊNCIAS
EVOLUTIVAS DE ALLAN KARDEC
AS
MESAS GIRANTES
RESGUARDEMOS
KARDEC
REFLEXÃO
SOBRE O LIVRE-ARBÍTRIO
AUTO
DE FÉ DE BARCELONA
ACERCA
DA AURA HUMANA
COMO
PODEMOS INTERPRETAR A FRASE DE JESUS: "A tua fé te curou"?
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/12/como-podemos-interpretar-frase-de-jesus.html