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domingo, 5 de junho de 2016

Emancipação da Alma – Morte Aparente


Adilson Mota
adilsonmota1@gmail.com

Certos povos do oriente se dedicam milenarmente a certas práticas que para a mentalidade médica ocidental não passa de expressões de anormalidade, sendo passíveis de tratamento. A morte aparente é um desses fenômenos que impressionam pelo inusitado em que, como o termo diz, o indivíduo mostra-se com todas as aparências da morte. O que para os iniciados orientais é natural e controlável, para nós ocidentais ainda soa como algo extraordinário que assusta ou deslumbra.

Os estados letárgicos avançados podem levar ao fenômeno de quase morte onde o sensitivo voluntária ou involuntariamente atinge um grau elevado de transe fazendo mas vezes com que as batidas do coração e a respiração não sejam mais sentidas. O Espírito ainda permanece ligado ao corpo, mas a vida fica por um fio.

É do conhecimento popular os casos de pessoas que eram enterradas vivas, pois ao se abrir o caixão, encontrava-se o defunto ou o seu esqueleto em posição diversa daquela na qual foi enterrado. Isso se dava numa época e região em que os conhecimentos médicos ainda não tinham alcançado o desenvolvimento moderno.

No Evangelho de João encontramos um exemplo de quase morte no sepultamento de Lázaro.

Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.

E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo.

Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.

E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.

Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.

Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura.

(Ora Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.)

E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem e vê.

E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora.

E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, deixai-o ir.

(João, XI, 1-4, 11, 17, 18, 34, 43, 44)

Logicamente, Lázaro não estava morto, pois nesse caso os elementos orgânicos já se encontrariam esparsos pela natureza impossibilitando o retorno à vida. Jesus usou da sua autoridade moral e força magnética conclamando Lázaro a retomar ao corpo, o que ele obedece de pronto. Para a época, este feito de Jesus era um verdadeiro milagre de ressurreição. Os conhecimentos magnéticos esclarecem a questão mostrando que a vontade irresis-tível do Mestre restituiu as ligações vitais que haviam se afrouxado entre o Espírito e o corpo, não permitindo que o fenômeno se desenvolvesse em direção à morte.

O fenômeno de quase morte pode ser realizado voluntariamente por pessoas de grande experiência, treinadas para tal, que conseguem emancipar-se do corpo físico e voltar ao estado de vigília de maneira programada, revelando uma grande autodisciplina.

Fonte: Jornal Vortice ANO VIII, Nº 12 – Maio – 2016