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quinta-feira, 14 de março de 2013

FALTA DE MERECIMENTO OU DE ESTUDO?


Yonara Rocha / EUA

Muito se fala no movimento espírita sobre o merecimento do paciente ou atendido nas Casas Espíritas, e eu gostaria de fazer uma reflexão a respeito deste assunto.

Será que Deus realmente escolhe quem tem merecimento ou não? Até que ponto, fisiologicamente falando, isso é possível?

No passe estamos atuando tanto no campo do perispírito como no físico, portanto, fica a questão: o que predominaria numa pessoa para ela receber uma cura dentro do que seria o seu merecimento: a estrutura do perispírito? Se sim, de que maneira isso se verificaria? O perispírito teria um escudo contra o magnetismo? Do outro lado temos visto casos em que ainda não conseguimos resultados positivos, mas será mesmo por causa da tão falada falta de merecimento do paciente? Eu questiono isso, porque quando algo não dá certo temos a mania de culpar os outros – e isso ainda é muito forte dentro de todos nós. Um exemplo disso temos quando várias pessoas sofrem de depressão no mundo, mas aqueles que se submetem ao tratamento de depressão pela técnica de Jacob Melo ficam curados. Por quê? Esses – e só esses – merecem a cura?

Alguém se dedicou, estudou, pesquisou a depressão pelo Magnetismo e conseguiu descobrir uma maneira de curá-la por seus mecanismos, de tal maneira que se isso não tivesse acontecido vários casos de depressão não solucionados decerto seriam creditados ao não merecimento do paciente.

O que mais me preocupa nessa questão do merecimento – ou da falta dele – é o acomodamento dos passistas que podem perder seus potenciais magnéticos, os quais são movidos pela vontade; quando eles suspeitam que talvez o paciente não mereça a cura, simplesmente se satisfazem. Seria diferente, em termos de doação e qualidade de fluidos, se eles acreditassem que todos são merecedores da cura. A postura do EU POSSO é essencial para um bom magnetizador, ele tem que acreditar em si mesmo, em sua força para fazer um bom atendimento magnético, pois se achar que está apenas submetido ao merecimento do paciente, logo desanimarão, perdendo o entusiasmo, o desejo da pesquisa, a vontade de se desenvolver mais e melhor. A consequência dessa postura leva à perda da oportunidade de conseguir descobrir a cura ou os meios de obtê-la.

Esse conceito é antigo no Movimento Espírita e em minha opinião precisa ser reavaliado. Estamos ainda começando a trabalhar com a ciência do Magnetismo e toda ciência deve evoluir. Os magnetizadores do passado nos deixaram a base e cabe a nós, os magnetizadores de hoje, levar essa ciência adiante, fazendo novas descobertas e pesquisas, aprofundando estudos e colhendo melhores resultados. Mas para conseguir isso devemos nos colocar na posição de aprendizes interessados e pesquisadores perseverantes. Não sabemos de tudo, ainda não conhecemos 100% do que o Magnetismo nos oferece e nem mesmo o que os magnetizadores de épocas remotas sabiam. Por isso, ainda não conseguimos a cura em determinadas situações e sobre certas patologias, não porque o paciente não merece e sim porque NÓS, os magnetizadores do hoje, AINDA não sabemos nos conduzir, magneticamente falando, como já seria de se esperar. Falta-nos, em muitas situações, eficácia no tato magnético, concentração no momento do passe, conhecimento fisiológico e fluídico mais aprimorados, tempo para atender aos pacientes de forma mais adequada e eficiente, conhecimento da qualidade no fluido doado, perseverança em todas as fases do que essa busca nos pede, etc..

O melhor que podemos fazer hoje não é O MELHOR QUE EXISTE PARA O PACIENTE, simplesmente é a nossa limitação; o paciente é merecedor de tudo de bom, inclusive da cura, e cabe a nós nos esforçarmos, através da prática e do estudo do Magnetismo, dar ao paciente o que ele realmente MERECE: a cura.

A Organização Mundial de Saúde diz que existem doentes e não doenças, e não poderia ser diferente no Magnetismo. Cada paciente é um universo fluídico a ser desvendado pelo passista. Existem regras básicas, mas também existem diferenciais que precisam ser analisados e descobertos. A Ciência médica até hoje busca compreender melhor essa máquina que é o corpo humano; quantas doenças a ciência não consegue curar!

Seria apenas por falta de merecimento do paciente ou ignorância da própria Medicina?  Quantos morreram no passado de doenças que são hoje completamente curáveis? No Magnetismo, o passista, além de conhecedor das funções do corpo humano precisa também conhecer o fator energético e descobrir onde está a falha energética no campo fluídico que gerou a doença no corpo físico; isso requer pesquisas, estudos, buscas incessantes. O Magnetismo já descobriu a cura de várias doenças, mas, assim como a ciência, ainda não descobriu a cura de tudo e isso não quer dizer que a cura seja impossível.

Ninguém evolui pela dor, ainda quando esta seja vista ou percebida como um chamado ao caminho do amor. Se a dor, por si só, gerasse evolução nos seres, não se apontariam tantos doentes revoltados exatamente por conta dela. Por conta da dor blasfemam contra Deus, mas Ele não castiga ninguém. Na realidade, a doença é uma consequência dos nossos atos e não um castigo; não sendo castigo ela pode ser curada sim. Por outro lado, a cura pode trazer ao paciente a oportunidade de renovação interior, pelo sentimento da gratidão – por sinal, o que importa na lei do progresso é a reforma íntima, pois o ser só progride de fato pela mudança positiva de comportamento.

Kardec (A Gênese, cap. 14, item 31) anotou:

"A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo está, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada, mas depende também da energia da vontade, que, quanto maior for, mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou espírito".

O que se depreende dessa afirmação é que existem vários fatores a determinar uma cura e não dá para se entender que o “merecimento” seja dos mais poderosos.

Temos visto muitos casos onde um passista não consegue resultados positivos e outro sim. O fluido de determinado magnetizador tem mais poder de ação em certas doenças do que outros e isso também é um fator importante no processo da cura. Devemos também levar em consideração essas e outras muitas variáveis antes de assumir que o Magnetismo não cura ou o paciente não tem merecimento.

Um bom magnetizador deve ter sempre em mente a máxima do Evangelho “o amor cobre uma imensidão de pecados”, portanto o amor pode ser considerado como o maior destruidor de não merecimentos.

Jornal Vortice ANO III, n.º 02, julho/2010   


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