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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

TOMÉ - O APÓSTOLO DESCRENTE


Entre os doze Apóstolos selecionados por Jesus, consta Tomé. O nome vem do aramaico "toma", que significa gêmeo que, em grego, é Dídimo. E é como o nomina o Evangelista João, o que nos leva a crer que devia ser seu apelido.



 A ele são atribuídos alguns escritos apócrifos, como os Atos de Tomé, escritos em siríaco e conservados em tradução grega; o Apocalipse de Tomé, escrito em grego, conservado apenas em latim e ainda O Evangelho de Tomé, cujo texto cóptico foi descoberto em 1945, no Egito.

 Desse, escritores eclesiásticos gregos afirmam que fazia parte de uma coleção de obras a respeito de Jesus, cuja descoberta se reporta aos anos 140-150.
Tomé era descendente de um antigo pescador de Dalmanuta, território de Magedan, cidade para onde foi Jesus, após a segunda multiplicação dos pães, conforme relatos dos cronistas do Evangelho, Marcos e Mateus.

 Traços de sua personalidade no-lo apresentam como alguém rápido para pensar e rápido para desacreditar. Andava segundo a lógica. Parecia desconfiar de tudo e de todos.
 Alguns autores o apontam como portador de um certo pessimismo, que o levava a separar-se da convivência dos demais companheiros, por vezes.
 De todos, era o que mais se preocupava em que Jesus dilatasse a sua zona de influenciação junto aos homens importantes e mais ricos. Sob seu ponto de vista, era necessário atender algumas das exigências dos fariseus bem aquinhoados de autoridade e de riqueza. Disso dependia a vitória ampla e fácil do Evangelho, pensava. Por que, pois, Jesus não mostrava o seu poder perante eles, para os convencer?
 Alguns meses antes da prisão, julgamento e morte de Jesus, quando se encontrava o grupo de Apóstolos e Jesus, na Peréia, ele deu mostras de grande heroísmo, influenciando positivamente os demais, o que nos diz que, entre os doze, gozava de certa autoridade.
 Quando chegam a Jesus as notícias de que Lázaro, o amigo da cidade de Betânia, se encontra enfermo, Jesus prossegue a pregar por mais dois dias, após o que informa que voltará para a Judéia.

 As palavras caem sobre os Apóstolos como um raio. No conceito deles, era um ato temerário apresentar-se Jesus na Judéia, onde os fariseus estavam à espreita para O prender.
Recordam eles ao Mestre dos perigos de há bem pouco, do desejo dos judeus de O apedrejarem.
 Contudo, o Galileu começa a caminhar resolutamente, pondo-se rumo a Jerusalém. Os discípulos se entreolham, hesitantes e apreensivos. Mas, foram seguindo o Mestre, com o coração acabrunhado.
Subitamente, num impulso de heroísmo, ouve-se a voz de Tomé:
"Vamos também nós e morramos com Ele." O brado de intrepidez sugestionou os demais, que seguiram a Jesus, com novo ânimo.
 Ao ensejo da prisão do Mestre, debandou Tomé, espavorido. Depois de algum tempo, contudo, sentiu o coração cheio de remorsos.
 Segundo apontamentos de Humberto de Campos, Espírito, ele se teria disfarçado e acompanhado o cortejo até o Gólgota. O coração batia descompassado e ele procurou romper a massa popular, aproximando-se um pouco mais de Jesus.
 O Carpinteiro seguia a passos vacilantes, seguido de perto pelos soldados. Tomé pôde observar a serenidade do Mestre, apesar do martírio daquela hora. E vendo Suas mãos como duas rosas vermelhas, gotejando sangue, sua fronte aureolada de espinhos, os pés ensangüentados, chorou discretamente.
 O olhar de Jesus o descobriu entre tantas criaturas reunidas no Calvário. Tomé O sentiu sobre si e esperou que os lábios do Modelo e Guia se abrissem em reprovação sincera ao seu condenável e covarde procedimento.

 Mas, de forma imperceptível, a voz Dele se lhe fez ouvir, alertando de que "no Evangelho do Reino, o sinal do céu tem de ser o completo sacrifício de nós mesmos!" (11)
 Mesmo assim, o discípulo continuou em sua atitude de dúvidas. Para ele, o Cristo era a mais alta figura da Humanidade, em se falando do amor. No entanto, no que se referia ao raciocínio, mantinha certas restrições.
 Após a Ressurreição, quando o Mestre aparece aos discípulos reunidos, assustados e aflitos, Tomé não se encontrava entre eles. Possivelmente, se ocultara, ainda temeroso das represálias dos inimigos da Luz.
 Quando se reencontra com os amigos, é recebido com exclamações jubilosas e a informação de que Jesus ressuscitara e estivera com eles.
 Havia alegria em todos os olhares. Tomé sorriu um sorriso céptico e desdenhoso. Sem dar maior importância à sensacional notícia, respondeu:
 "Se eu não lhe vir as marcas dos cravos e não lhe introduzir a mão no seu lado, onde está a ferida aberta pela lança, digo-vos francamente que de maneira nenhuma o crerei."
 Oito dias depois, estando ainda os onze reunidos, na mesma casa do pai de Marcos, com as portas fechadas, Jesus se apresenta:
 "A paz seja convosco!"
 E, voltando-se para Tomé, demonstrando ter ciência total do que ia na alma do Apóstolo ainda descrente, diz:
 "Vem, Tomé! Põe aqui o teu dedo e vê as marcas dos cravos. Chega a tua mão e mete-a do meu lado."
 O Apóstolo executa automaticamente as ordens que recebe. Tocado pela humildade do Mestre, ajoelhou-se e chorou. Suas lágrimas eram, agora, de ventura. Na batalha entre cérebro e coração, o sentimento que lhe extravasava do peito, era fé.
Jesus o ergue e fala:
"Porque me viste, Tomé, creste. Bem-aventurados os que não viram e creram."
Partiram depois os onze para a Galiléia, segundo determinações de Jesus. Entregam-se à pesca.
 No lago de Genesaré, Simão Pedro, Natanael, João, Tiago e Tomé tripulam um barco, aproximando-se da Terra. Não trazem nenhum peixe. Noite infrutífera.
 Da praia, um homem lhes pergunta se algo têm para comer, e à negativa azeda de Pedro, lhes diz que lancem a rede para a banda direita do barco.
 Foram 153 os peixes retirados do mar da Galiléia. João reconhece que Aquele é Jesus. Quando chegam à praia, o Mestre já preparara um monte de brasas e lhes serve peixe assado e pão.

Tomé, como os demais, sente amor e temor, confiança e respeito. Um respeito diferente. Jesus ressurgira da morte. Ele está ali, mas num corpo diferente. Um corpo de surpreendentes propriedades que Lhe permite entrar nas casas de portas fechadas, desaparecer de forma instantânea.
 Após o repasto, Jesus caminha ao longo da praia, convidando Pedro a segui-Lo. Mais atrás, segue João. A alguns passos marcham Tomé, Natanael e Tiago.
 Jesus sai caminhando, enquanto sua túnica, batida pelo vento, brilha, como uma bandeira branca. Tomé se esforça por acompanhá-Lo. Jesus lhe dá a impressão de não tocar o solo, parece flutuar. Todo seu corpo e as vestes, adquirem a leveza de uma nuvem e a claridade de uma luz suave. Desaparece na tarde...

 E numa outra tarde de azul profundo, junto às cinco centenas de corações amigos, Tomé ouviu, no Monte das Oliveiras, as derradeiras exortações de Jesus, conclamando-os à missão de fazerem discípulos da Boa Nova a todas as gentes.
 Sua alma agora se enchia de coragem e ilimitada confiança. "Eu estarei convosco todos os dias..."

 E Tomé saiu a pregar, tendo estendido seu apostolado à Índia, onde é reconhecido como fundador da Igreja dos Cristãos Sírios Malabares, ou Igreja dos Cristãos de São Tomé.
 Consta que, no ano 53 da era cristã, teria sido martirizado pelo rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, a flechadas, que lhe provocaram intensa hemorragia, dissolvendo-se sua vida pouco a pouco. A dor e o sangue não lhe destruíram os sonhos. Ele sonhava com a eternidade.

Bibliografia:

01. BÍBLIA, N.T. Mateus. Português. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro: Imprensa Bíblica, 1966. cap. 10, vers. 2-4.

02. ______. Marcos. Op. cit. cap. 3, vers. 13-19.

03. ______. Lucas. Op. cit. cap. 6, vers. 13-16.

04. ______. João. Op. cit. cap. 11, vers. 16; cap. 20, vers. 24-29 e cap. 21,vers. 2.

05. CURY, Augusto. A personalidade dos discípulos. In:___.O mestre inesquecível. São Paulo: Academia de Inteligência, 2003. cap. 3.

06. ROHDEN, Huberto. Aparição na praia de Genesaré. In:___. Jesus Nazareno. 6. ed. São Paulo: União Cultural. v. II, pt. 3, cap. 200.

07. ______. Jesus e Tomé. Op. cit. v. II, pt. 3, cap. 199.

08. SALGADO, Plínio. A ascensão. In:___. Vida de Jesus. 21. ed. São Paulo: Voz do Oeste, 1978. pt. 5, cap. LXXXIII.

09. ______. "Eu sou a ressurreição e a vida". Op. cit. pt. 5, cap. LXXX.
10.VAN DER OSTEN, A . Tomé. In:___. Dicionário enciclopédico da bíblia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1985.
11. XAVIER, Francisco Cândido. O testemunho de Tomé. In:___. Boa nova. Pelo espírito Irmão X. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1963. cap. 16.
12. ______. Os discípulos. Op. cit. cap. 5

Matéria publicada no Jornal Mundo Espírita - março/2005


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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A IGREJA CATÓLICA APROVA A COMUNICAÇÃO COM OS MORTOS


Diz a Palavra de Deus:

Lev. 19:31 Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus.
Deut. 18:10-12 Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.
Lev. 20:6. Quando uma alma se virar para os adivinhadores e encantadores, para se prostituir após deles, Eu porei a Minha face contra aquela alma, e a extirparei do meio do seu povo."
Lev 19:26 Não comereis coisa alguma com o sangue; não usareis de encantamentos, nem de agouros.
Isa. 8:19 Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; – não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?".
A Bíblia declara que os mortos dormem até a ressurreição dos mortos que ocorrerá no dia da volta de Nosso Senhor Jesus Cristo! Assim, esses “espíritos” são anjos caídos disfarçados de seres humanos!
Para Saber mais sobre o destino dos mortos, a ressurreição dos santos e dos ímpios visite:
A Bíblia proíbe comunicação com os mortos com o fim de adivinhação. Exemplo. Consulto um morto para saber o numero da próxima Loteria, se minha amada me ama de verdade, se o negocio que vou começar vai dar certo.
Isto é proibido pela Bíblia. Mas a comunicação com os mortos com a finalidade de ajuda mutua, não é proibida e até é incentivada pela Igreja
Padre François Brune escreveu o best seller “ OS MORTOS NOS FALAM “
O Papa João Paulo II, perante mais de 20.000 pessoas na Basílica de São Pedro, em 2 de Novembro de 1983, disse :
"O diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo".
Isso foi fartamente publicado nos jornais Italianos da época, mas hoje, poucas pessoas se lembram. .
Observem bem, ao final da Transmissão, quando a Repórter Ilze Scamparini faz duas perguntas ao Padre Gino Concetti, um dos Teólogos mais competentes do Vaticano:
Ilze Scamparini : "Existe Comunicação entre os Vivos e os Mortos ?"
Gino Concetti : "Eu creio que sim. Eu acredito e me baseio num fundamento teológico que é o seguinte : Todos nós formamos em Cristo, um Corpo místico, no qual Cristo é o Soberano. De Cristo emanam muitas graças, muitos dons, e se estamos todos unidos, formamos uma comunhão. E onde há comunhão, existe também comunicação."
Ilze Scamparini : "O que o Senhor pensa do Espiritismo ?"
Gino Concetti : "O Espiritismo existe. Há sinais na Bíblia, na Sagrada Escritura, no Antigo Testamento. Mas, não é do modo fácil como as pessoas acreditam. Nós não podemos chamar o Espírito de Michelangelo ou de Raphael. Mas como existem provas nas Sagradas Escrituras, não se pode negar que existe essa possibilidade de comunicação". ( Destaques Nossos ).
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1 - REPORTAGEM SOBRE O VATICANO - COMUNICAÇÃO COM O MUNDO ESPIRITUAL
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2 - REPORTAGEM SOBRE O VATICANO - COMUNICAÇÃO COM O MUNDO ESPIRITUAL
AUTORIDADES CATÓLICAS FALAM COM ESPÍRITOS - 1
Representantes do Vaticano admitem comunicação com os Espíritos !
O Padre Gino Concetti, fala do "Mais Além" de uma nova maneira. O Padre é irmão da Ordem dos Franciscanos Menores, um dos teólogos mais competentes do Vaticano. É comentarista do «L'Osservatore Romano», o diário oficial do Vaticano.
A intervenção do padre Concetti, é muito importante, porque, aqui se vêem as novas tendências da Igreja a respeito do paranormal, sobre o qual, até agora, as autoridades eclesiásticas haviam formulado opiniões diferentes. Sustenta ele que, para a Igreja Católica, os contactos com o "Mais Além" são possíveis, e aquele que dialoga com o mundo dos defuntos não comete pecado se o faz sob inspiração da fé.
Vejamos pois, alguns extractos da entrevista, do Padre Gino Concetti ( P.G.C ) publicada no Jornal Ansa, em Itália, em Novembro de 1996 :
P.G.C. - «Segundo o catecismo moderno, Deus permite aos nossos caros defuntos, que vivem na dimensão ultraterrestre, enviar mensagens para nos guiar em certos momentos de nossa vida. Após as novas descobertas no domínio da psicologia sobre o paranormal a Igreja decidiu não mais proibir as experiências do diálogo com os trespassados, na condição de que elas sejam levadas com uma finalidade séria, religiosa, científica.»
P - Segundo a doutrina católica, como se produzem os contactos?
P.G.C - «As mensagens podem chegar-nos, não através das palavras e dos sons, quer dizer, pelos meios normais dos seres humanos, mas através de sinais diversos; por exemplo, pelos sonhos, que às vezes são premonitórios, ou através de impulsos espirituais que penetram em nosso espírito. Impulsos que se podem transformar em visões e em conceitos.»
P - Todos podem ter essas percepções?
P.G.C - «Aqueles que captam mais frequentemente esses fenómenos são as pessoas sensitivas, isto é, pessoas que têm uma sensibilidade superior em relação a esses sinais ultraterrestres. Eu refiro-me aos clarividentes e aos médiuns. Mas as pessoas normais podem ter algumas percepções extraordinárias, um sinal estranho, uma iluminação repentina. Ao contrário das pessoas sensitivas podem raramente conseguir interpretar o que se passa com elas no seu foro íntimo.»
P - Para interpretar esses fenómenos a Igreja permite-lhes recorrer aos chamados sensitivos e aos médiuns?
P.G.C - «Sim, a Igreja permite recorrer a essas pessoas particulares, mas com uma grande prudência e em certas condições. Os sensitivos aos quais se pode pedir assistência, devem ser pessoas que levam as suas experiências, mesmo aquelas com técnicas modernas, inspiradas na fé. Se essas últimas forem padres é ainda melhor. A Igreja interdita todos os contactos dos fiéis com aqueles que se comunicam com o Mais Além, praticando a idolatria, a evocação dos mortos, a necromancia, a superstição e o esoterismo; todas as práticas ocultas que incitem à negação de Deus e dos sacramentos»
P - Com que motivações um fiel pode encetar um diálogo com os trespassados ?
P.G.C - «É necessário não se aproximar muito do diálogo com os defuntos, a não ser nas situações de grande necessidade. Alguém que perdeu em circunstâncias trágicas, seu pai ou sua mãe, ou então seu filho, ou ainda seu marido e não se resigna com a ideia do seu desaparecimento, ter um contacto com a alma do caro defunto pode aliviar-lhe o espírito perturbado por esse drama. Pode-se igualmente endereçar aos defuntos se se tem necessidade de resolver um grave problema de vida. Nossos antepassados, em geral, ajudam-nos e nunca nos enviarão mensagens nem contra nós mesmos nem contra Deus.»
P - Que atitudes convém evitar durante contactos mediúnicos?
P.G.C - «Não se pode brincar com as almas dos trespassados. Não se pode evocá-las por motivos fúteis, para obter por exemplo um nº do Loto. Convém também ter um grande discernimento a respeito dos sinais do Mais Além e não muito enfatizá-los. Arriscar-se-ia a cair na mais suspeita e excessiva credulidade. Antes de mais nada não se pode abordar o fenómeno da mediunidade sem a força da fé.»
Texto retirado do Jornal: O Popular - Goiânia
Há anos radicada na Europa, a psicóloga goiana Terezinha Rey divulga a aprovação, pela Igreja Católica, da comunicação com os mortos através de médiuns ! Oficialmente a Igreja Romana nunca admitiu o contato com os mortos, como prega a Doutrina Espírita. Nem mesmo a atividade de médiuns e paranormais, até há bem pouco tempo, era levada em consideração, pelos religiosos.
Essa opinião mudou. Através do jornal L'Osservatore Romano, órgão oficial da Igreja com sede em Roma, em edição de novembro de 1996, o padre Gino Concetti concedeu uma entrevista, depois reproduzida em outros periódicos, como os italianos : Gente e La Stampa e o mexicano : El Universal, revelando os novos conceitos católicos em relação às mensagens ditadas pelos espíritos depois da morte carnal. Padre Gino Concetti, irmão da Ordem dos Franciscanos Menores, considerado um dos mais competentes teólogos do Vaticano, admite ser possível dialogar com os desencarnados. Segundo ele, o catecismo moderno ensina que "Deus permite àqueles que vivem na dimensão ultraterrestre enviar mensagens para nos guiar em determinados momentos da vida.
Após as novas descobertas no domínio da psicologia sobre o paranormal, a Igreja decidiu não mais proibir as experiências do diálogo com os trespassados, desde que elas sejam feitas com finalidades religiosas e científicas e com muita seriedade".
A medida ditada pela nova cartilha da Igreja Católica deixou eufórica Terezinha Rey, psicóloga e ex-professora goiana, que reside há mais de 40 anos na Suíça. Ela é tradutora e divulgadora do texto do padre Gino Concetti. De férias em Goiânia, faz a divulgação desse material. Terezinha diz que as novas opiniões dos católicos a respeito da Doutrina pregada por Allan Kardec é uma questão da evolução natural das coisas. "Tenho um grande respeito pela Igreja Católica e creio ser oportuna esta revisão de suas opiniões sobre o Espiritismo", afirma ela.
Terezinha considera importantes as pregações do Padre italiano porque tiram a culpa dos católicos por procurar os espíritas em busca de contatos com seus entes queridos. "Conheço padres na Europa que são médiuns", revela a professora, citando como exemplo o padre Biondi, capelão dos jornalistas de Paris. Fundadora do Instituto Pestalozzi, Terezinha Rey foi para a Suíça em 1957 para fazer um doutorado em psicologia. Lá conheceu o renomado professor Andre Rey, um dos criadores da psicologia clínica, e acabou ficando em Genebra, onde também foi aluna da professora Helene Antipoff, educadora de grande prestígio no mundo inteiro.

IGREJA CATÓLICA CARISMÁTICA - BOLETIN

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

AUTO DE FÉ DE BARCELONA




Na Idade Média a Igreja fundou o Tribunal do Santo Ofício da Inquisição, com o objetivo de combater o mal – entenda-se mal como todos aqueles que discordavam das idéias eclesiásticas – de modo a manter o poder sob a sua guante sem qualquer tipo de questionamento ou intromissão. Todos que se atrevessem a não se curvar ante as “verdades” impostas pela Igreja eram julgados e condenados à fogueira ou sofriam penas das mais diversas, tais como: confisco de bens, privação do ofício, multas, prisão perpétua e etc.
E na Santa Inquisição  o Auto de Fé constituía-se no evento promovido com grande pompa. Sua realização dava-se em espaço público ou privado em que os condenados eram, não raro, queimados vivos enquanto a população assistia àquele filme de horror impetrado em nome de uma fé cega e fanática.
E assim foi o caso do Auto de Fé de Barcelona ocorrido em 09 de outubro de 1861 e que por ordem do bispo daquela cidade foram queimados em praça pública 300 livros espíritas enviados por Allan Kardec ao livreiro Maurício Lachâtre.
Allan Kardec tratou do assunto na Revista Espírita de novembro de 1861, elencando as obras que lamentavelmente foram tragadas pelo fanatismo inconcebível daquele bispo. Ei-las, conforme enumera o codificador:
  • “A Revista Espírita, diretor Allan Kardec;
  • “A Revista Espiritualista, diretor Piérard;
  • “O Livro dos Espíritos, Allan Kardec;
  • “O Livro dos Médiuns, Allan Kardec;
  • “O que é o Espiritismo, Allan Kardec;
  • “Fragmentos de sonata ditada pelo Espírito Mozart;
  • “Carta de um católico sobre o Espiritismo, pelo Dr. Grand;
  • “A História de Joana d’Arc, ditada por ela mesma à Srta. Ermance Dufau
  • “A realidade dos Espíritos demonstrada pela escrita direta, pelo Barão de Guldenstubbé.
No intento de sepultar as vozes da espiritualidade os ferrenhos adversários do Espiritismo não se deram conta de que queimavam apenas papéis. As idéias já haviam sido lançadas e nenhuma fogueira seria capaz de queimar as realidades trazidas pelos imortais e codificadas por Allan Kardec.
Aliás, Kardec colocou a questão para apreciação de seu guia espiritual e obteve a seguinte resposta:
“Uma perseguição tão ridícula e atrasada poderá fazer o Espiritismo progredir na Espanha”.
O Auto de Fé de Barcelona tornou-se uma das grandes propagandas do Espiritismo em solo espanhol, pois tamanha intransigência foi a mola propulsora da curiosidade. Ora, todos querem manter contato com um objeto que foi proibido sem uma análise de seu conteúdo. Querem saber o que há ali de tão grave para ser sumariamente queimado. É assim nos dias de hoje, foi assim ontem. Tudo aquilo que é proibido aguça a vontade de se conhecer e experimentar.
Os inquisidores imprudentes acabaram por atiçar a vontade da população em conhecer mais sobre aquela doutrina que nascia e Allan Kardec deixou registrado para a posteridade o comentário de que 9 de outubro de 1861 deveria ser uma data de festa comemorada por todos os espíritas, pois é a garantia do triunfo próximo.
Causa, entretanto, admiração o comportamento de Allan Kardec que novamente foge ao comum. Enquanto muitos sem seu lugar buscariam a retaliação e a vingança, o notável codificador foi prudente e não se abalou com as injustiças cometidas. Confiante em Deus e nos Espíritos, seguiu adiante em sua missão sem deixar-se contaminar pela revolta e a reclamação. Se utilizaram as armas da intolerância contra Kardec, ele pagou com doce mensagem do amor pela humanidade que se traduziu em seu trabalho magnífico de interpretar para nós as lições dos imortais. 
 Wellington Balbo (Bauru – SP)  
Wellington Balbo é professor universitário, escritor e palestrante espírita, Bacharel em Administração de Empresas e licenciado em Matemática. É autor do livro "Lições da História Humana", síntese biográfica de vultos da História, à luz do pensamento espírita,  e dirigente espírita no Centro Espírita Joana D´Arc, em Bauru. 
ição, com o objetivo de combater o mal – entenda-se mal como todos aqueles que discordavam das idéias eclesiásticas – de modo a manter o poder sob a sua guante sem qualquer tipo de questionamento ou intromissão. Todos que se atrevessem a não se curvar ante as “verdades” impostas pela Igreja eram julgados e condenados à fogueira ou sofriam penas das mais diversas, tais como: confisco de bens, privação do ofício, multas, prisão perpétua e etc.

E na Santa Inquisição  o Auto de Fé constituía-se no evento promovido com grande pompa. Sua realização dava-se em espaço público ou privado em que os condenados eram, não raro, queimados vivos enquanto a população assistia àquele filme de horror impetrado em nome de uma fé cega e fanática.
E assim foi o caso do Auto de Fé de Barcelona ocorrido em 09 de outubro de 1861 e que por ordem do bispo daquela cidade foram queimados em praça pública 300 livros espíritas enviados por Allan Kardec ao livreiro Maurício Lachâtre.
Allan Kardec tratou do assunto na Revista Espírita de novembro de 1861, elencando as obras que lamentavelmente foram tragadas pelo fanatismo inconcebível daquele bispo. Ei-las, conforme enumera o codificador:
  • “A Revista Espírita, diretor Allan Kardec;
  • “A Revista Espiritualista, diretor Piérard;
  • “O Livro dos Espíritos, Allan Kardec;
  • “O Livro dos Médiuns, Allan Kardec;
  • “O que é o Espiritismo, Allan Kardec;
  • “Fragmentos de sonata ditada pelo Espírito Mozart;
  • “Carta de um católico sobre o Espiritismo, pelo Dr. Grand;
  • “A História de Joana d’Arc, ditada por ela mesma à Srta. Ermance Dufau
  • “A realidade dos Espíritos demonstrada pela escrita direta, pelo Barão de Guldenstubbé.
No intento de sepultar as vozes da espiritualidade os ferrenhos adversários do Espiritismo não se deram conta de que queimavam apenas papéis. As idéias já haviam sido lançadas e nenhuma fogueira seria capaz de queimar as realidades trazidas pelos imortais e codificadas por Allan Kardec.
Aliás, Kardec colocou a questão para apreciação de seu guia espiritual e obteve a seguinte resposta:
“Uma perseguição tão ridícula e atrasada poderá fazer o Espiritismo progredir na Espanha”.
O Auto de Fé de Barcelona tornou-se uma das grandes propagandas do Espiritismo em solo espanhol, pois tamanha intransigência foi a mola propulsora da curiosidade. Ora, todos querem manter contato com um objeto que foi proibido sem uma análise de seu conteúdo. Querem saber o que há ali de tão grave para ser sumariamente queimado. É assim nos dias de hoje, foi assim ontem. Tudo aquilo que é proibido aguça a vontade de se conhecer e experimentar.
Os inquisidores imprudentes acabaram por atiçar a vontade da população em conhecer mais sobre aquela doutrina que nascia e Allan Kardec deixou registrado para a posteridade o comentário de que 9 de outubro de 1861 deveria ser uma data de festa comemorada por todos os espíritas, pois é a garantia do triunfo próximo.
Causa, entretanto, admiração o comportamento de Allan Kardec que novamente foge ao comum. Enquanto muitos sem seu lugar buscariam a retaliação e a vingança, o notável codificador foi prudente e não se abalou com as injustiças cometidas. Confiante em Deus e nos Espíritos, seguiu adiante em sua missão sem deixar-se contaminar pela revolta e a reclamação. Se utilizaram as armas da intolerância contra Kardec, ele pagou com doce mensagem do amor pela humanidade que se traduziu em seu trabalho magnífico de interpretar para nós as lições dos imortais. 

 Wellington Balbo (Bauru – SP)  

Wellington Balbo é professor universitário, escritor e palestrante espírita, Bacharel em Administração de Empresas e licenciado em Matemática. É autor do livro "Lições da História Humana", síntese biográfica de vultos da História, à luz do pensamento espírita,  e dirigente espírita no Centro Espírita Joana D´Arc, em Bauru. 
Blog: http://wellingtonbalbo.blogspot.com/


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PIONEIRISMO E OPOSIÇÃO DA IGREJA
ESPIRITISMO Ou será científico ou não subsistirá
ESTUDO SEQUENCIAL OU SISTEMATIZADO?
CEM ANOS DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA
DIMENSÕES ESPIRITUAIS DO CENTRO ESPÍRITA
O ESPIRITISMO E A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
PRIMEIRO LIVRO DE ALLAN KARDEC TRADUZIDO PARA O BRASIL
O SEGREDO DE ALLAN KARDEC
A DIMENSÃO ESPIRITUAL E A SAÚDE DA ALMA
O ASPECTO FILOSÓFICO DA DOUTRINA ESPÍRITA
O SILÊNCIO DO SERVIDOR
TALISMÃS, FITINHAS DO “SENHOR DO BONFIM” E OUTROS AMULETOS NUM CONCISO COMENTÁRIO ESPÍRITA
“CURANDEIROS ENDEUSADOS”, CIRURGIÕES DO ALÉM – SOB OS NARCÓTICOS INSENSATOS DO COMÉRCIO
DILÚVIO DE LIVROS “ESPÍRITAS” DELIRANTES
TRATAR OU NÃO TRATAR: EIS A QUESTÃO
ATRAÇÃO SEXUAL, MAGNETISMO, HOMOSSESUALIDADE E PRECONCEITO
RECORDANDO A VIAGEM ESPÍRITA DE ALLAN KARDEC, EM 1862
OS FRUTOS DO ESPIRITISMO
FALTA DE MERECIMENTO OU DE ESTUDO?
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
EURÍPIDES E HÉCUBA
O HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO
FONTE DE PERFEIÇÃO
MESMERISMO E ESPIRITISMO
VIVÊNCIAS EVOLUTIVAS DE ALLAN KARDEC
AS MESAS GIRANTES
RESGUARDEMOS KARDEC
REFLEXÃO SOBRE O LIVRE-ARBÍTRIO
ACERCA DA AURA HUMANA
COMO PODEMOS INTERPRETAR A FRASE DE JESUS: "A tua fé te curou"?
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/12/como-podemos-interpretar-frase-de-jesus.html