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terça-feira, 26 de março de 2013

BIOGRAFIA - DEOLINDO AMORIM - O FILÓSOFO E DIDATA DO ESPIRITISMO


Jaci Régis

Deolindo Amorim foi um grande didata a serviço do pensamento espírita. De personalidade serena e afetuosa, lutou incessantemente contra a corrupção do pensamento doutrinário e pelo entendimento da obra de Allan Kardec, sempre de forma elegante e independente.

Deolindo Amorim nasceu no Estado da Bahia, numa família pobre e católica. Foi presbiteriano fervoroso. Rompeu com sua igreja e permaneceu muitos anos sem definição filosófica ou religiosa. Em 1935 descobriu o Espiritismo.

A palavra descobriu é empregada no seu sentido de percepção totalizadora de uma idéia. É, certamente, um exercício intelectual, mas ultrapassa esse universo para penetrar no universo da apreensão do objeto.

Quando se descobre uma doutrina, por exemplo, ela se incorpora a nossa estrutura mental, ao nosso modo de estar no mundo.

Bem ao contrário de qualquer recaída fanática, a descoberta é a forma de inserir-se no conteúdo, abrangendo, pouco a pouco, não apenas os enunciados, as idéias, os conteúdos. É mais, percebe-se os objetivos, divisa-se o rumo e a essência. Enquanto o adepto, o estudioso permanece na superfície ou na profundidade da idéia, o descobridor se integra, faz uma ligação definitiva com a doutrina. Foi o que aconteceu com Deolindo Amorim.

Nascido a 23 de janeiro de 1908, Deolindo mudou-se para o Rio de Janeiro. Radicado na antiga capital do Brasil, tornou-se jornalista e, posteriormente funcionário público, tendo galgado elevada posição funcional no Ministério da Fazenda.

Desde que descobriu a Doutrina Espírita, tornou-se, progressiva e determinadamente, no baluarte pela definição específica do que é o Espiritismo.

Conheci pessoalmente Deolindo Amorim. Missivista atencioso, ele teceu comentários elogiosos à minha obra Comportamento Espírita, na ocasião de seu lançamento. A dimensão de seu trabalho certamente não cabe nos limites destas notas. Sua figura simpática, serena, não significava, entretanto, fraqueza ou acomodação. Polemizou com companheiros de forma responsável e respeitosa. Prosseguiu seu caminho com coerência e dignidade. Manteve posições firmes, mesmo contra amigos e situações.

Personalidade afetuosa, mostrou uma determinação e uma estrutura de pensamento ímpares. Foi, ao longo de sua vida, uma barreira positiva, definida, contra a corrupção do pensamento doutrinário. Lutou sem descanso pelo bom entendimento da obra de Allan Kardec.

Creio que a figura ímpar de Deolindo pode ser definida como o didata por excelência, o professor eficaz do Espiritismo.

O Ativista

Deolindo não ficou na teoria. Além de escrever livros, editar jornais, representar periódicos e enviar artigos para muitos jornais e revistas, proferir conferências, tomou iniciativas que marcaram o movimento espírita brasileiro.

Já em 1939 ele idealizou e promoveu o I Congresso de Jornalistas e Escritores Espíritas, realizado na cidade do Rio de Janeiro. Foi uma reunião de intelectuais espíritas, semente de propostas posteriores. O momento era crucial, o Espiritismo era perseguido pela Igreja e pela Polícia. A II Grande Guerra estava iniciada.

Esteve ao lado de Leopoldo Machado na promoção do I Congresso de Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil e na criação do Conselho Consultivo de Mocidades Espíritas.

Foi parceiro fiel de Aurino Souto, presidente da Liga Espírita do Brasil.

Finalmente, fundou em 7 de dezembro de 1957 O Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB), instituição de grande influência no estudo e divulgação do Espiritismo, com sede no Rio de Janeiro e que dirigiu até sua desencarnação.

Em Defesa do Espiritismo

Um dos problemas mais emergentes relativos ao bom entendimento da Doutrina Espírita foi a constante tentativa de confundi-lo seja com a Umbanda, o Candomblé, com as religiões cristãs e doutrinas espiritualistas. Principalmente com os cultos afro-católicos, as confusões foram muitos grandes. Hoje, talvez, esse aspecto esteja quase superado mas já foi mais grave. A própria Federação Espírita Brasileira (FEB) pretendeu fazer uma divisão absurda: chamar de Espiritismo todas as práticas mediúnicas ou semelhantes e de Doutrina Espírita, a obra de Kardec.

Em 1947 Deolindo publicou Africanismo e Espiritismo, onde deixa clara a inexistência de ligações filosóficas, práticas ou doutrinárias entre o Espiritismo e as correntes espiritualistas apoiadas na cultura africana, trazida pelo escravos e que se converteram em várias seitas de gosto popular.

Determinado a explanar, didaticamente, as bases da doutrina de Allan Kardec, ele escreveu, O Espiritismo e os Problemas Humanos, O Espiritismo à Luz da Crítica, em resposta a um padre que escrevera livro atacando a Doutrina. Espiritismo e Criminologia, oriundo de uma conferência no Instituto de Criminologia da Universidade do Rio de Janeiro. Em 1958, lançou O Espiritismo e as Doutrina Espiritualistas, onde não combate nenhuma corrente ou idéia espiritualista, como a Teosofia, a Rosacruz, seitas de origem asiática ou africana. Ele simplesmente define, separa, identifica o que é o Espiritismo, mostrando a sua independência filosófica, embora ressaltando eventuais coincidências de pontos filosóficos, devido à base espiritualista desses movimentos.

O Didata da Doutrina

Deolindo não lançou teorias, nem propôs idéias revolucionárias de atualização ou desenvolvimento da Doutrina. Esmerou-se e o fez com absoluto sucesso, em definir o conteúdo, a abrangência, o papel e o lugar do Espiritismo na sociedade e nas doutrinas espiritualistas.

Não se pense, todavia, que tenha sido ortodoxo e conservador.

Nada disso. Foi uma mente aberta ao novo, entendeu perfeitamente o sentido evolucionista do Espiritismo e recusou-se a aceitar as idéias conservadoras, retrógradas.

Na Introdução de O Espiritismo e as Doutrina Espiritualistas ele diz: “Escrevemos este trabalho com o sincero propósito de concorrer, embora despretensiosamente, para que se esclareça cada vez mais a verdadeira posição do Espiritismo perante as doutrinas e os cultos espiritualistas. Todas as doutrinas, como todos os credos, sejam quais forem as suas origens, nos merecem o mais justo respeito. (...) Devemos, porém, dizer claramente o que é e o que não é Espiritismo, para que não haja confusão nem tomem corpo interpretações duvidosas.

E reafirma sua posição: “Repetimos que o Espiritismo é universalista, porque os fatos do espírito são universais, os seus problemas têm o sentido da universalidade, mas também é oportuno acentuar que o Espiritismo não é uma forma de sincretismo doutrinário ou religioso, sem unidade nem consistência”.

Que é o Espiritismo, afinal? Vejamos o que nos diz Allan Kardec: O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Ciência de observação, sim, nem precisamos dizê-lo, porque tem por objeto uma fenomenologia que já foi comprovada em experiências; doutrina filosófica, realmente, porque, tendo por base experimental o fenômeno mediúnico, faz inquirições sobre as causas e leis, deduzindo conseqüências que incidem no domínio moral, da religião, da filosofia em si. Eis, em síntese, o que é o Espiritismo

Finalizando o excelente O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas, afirma que “Como doutrina essencialmente progressista, recebe os enriquecimentos das ciências, como acompanha os fenômenos sociais e culturais, sem perder, todavia, a sua integridade e as suas características. Nenhuma religião, nenhum culto espiritualista poderia absorvê-lo ou confundi-lo, a despeito da existência de aspectos comuns, porque as suas concepções basilares, tendo conseqüências científicas, filosóficas e religiosas, não permitem adaptações e concessões arbitrárias. Desta proposição, consequentemente, chegamos à conclusão de que O Espiritismo é uma doutrina que se basta a si mesma, sem empréstimos nem acréscimos artificiais “.

A Questão Religiosa

Sobre a questão religiosa no Espiritismo, sua posição foi bem igual a de Kardec. Citando as palavras do fundador, concluía que, como qualquer filosofia espiritualista, o Espiritismo tinha conseqüências religiosas, mas de forma alguma se tornava uma religião constituída.

“Allan Kardec frisa bem que o Espiritismo não é uma religião constituída. Não o fora nos primeiros tempos, quando o seus delineamentos ainda estavam na fase de elaboração, nem o seria hoje, com a experiência histórica de mais de um século, quando a Doutrina já está definitivamente consolidada. O qualificativo constituída não exclui a idéia religiosa. Há muita diferença entre o culto organizado e atos religiosos ou conseqüências religiosas. O Espiritismo tem, indiscutivelmente, conseqüências religiosas, e muito profundas, mas a sua esquematização, a sua índole e a sua conceituação básica não comportam qualquer forma de culto material, nem, sacerdotes, nem chefes carismáticos... O verdadeiro culto para o Espiritismo é o culto interior, é o sentimento, a elevação do pensamento.”

“O fato de haver Allan Kardec preferido não instituir nenhum sistema moral, porque lhe bastou a moral cristã para o coroamento da doutrina por ele codificada, não quer dizer que o Espiritismo concorde ou deva concordar com tudo quanto ensinam as diversas religiões e denominações cristãs; muito menos seria possível introduzir no Espiritismo práticas, dogmas e formas peculiares às religiões oriundas do Cristianismo.”

E, “não é possível reduzir o Espiritismo às limitações de uma seita cristã, assim como não se pode concordar com a suposição corrente de que tudo seja a mesma coisa.”

“Tendo-se preocupado fundamentalmente com a interpretação filosófica do fenômeno e suas conseqüências na ordem moral, a Codificação do Espiritismo não cogitou, nem poderia cogitar, de qualquer culto material, assim como não prescreve cerimônias de iniciação, nem hierarquia sacerdotal” .

Se reconhecida, como é obvio, que o Espiritismo tem uma ligação estreita com a moral de Jesus, e consequentemente com o Evangelho, deixa claro que essa foi uma decisão de Kardec e separa de maneira muito clara o cristianismo do Espiritismo.

Pelo fato de aceitar a mensagem do evangelho, afirmou, não significa que o Espiritismo aceita tudo do cristianismo. Ele sempre foi contrário à confusão dos que tentam diluir o Espiritismo seja com os cultos espiritualistas, seja com os rituais do cristianismo. Repudiava o tudo é a mesma coisa, frase usada para justificar as deturpações gritantes contra a identidade da doutrina.

“É o Espiritismo que interpreta o evangelho , não é o evangelho que interpreta o Espiritismo.”

Reforço à Intelectualidade

Como é comum no movimento espírita, Deolindo foi muito criticado por optar pela cultura e pela inteligência. Existiu, no Rio de Janeiro, a Faculdade Brasileira de Estudos Psíquicos que ele não fundou, como às vezes se diz, mas a que pertenceu e foi seu último presidente. Tornada insubsistente a continuidade da Faculdade, ele promoveu a criação do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB) fundado em 7 de dezembro de 1957 e por ele dirigido até sua desencarnação.

Quanto à questão da unificação do movimento, Deolindo nunca aderiu à Federação Espírita Brasileira, tanto que aliou-se à Liga Espírita do Brasil, entidade criada em 1927, por Aurino Souto e da qual Deolindo foi o último 2º vice-presidente.

Em 1949, com o chamado Pacto Áureo, a Liga Espírita do Brasil, que não tinha representatividade nacional, deixou de existir, transformando-se numa entidade federativa estadual. Hoje, depois de várias denominaçòes, é a USERJ - União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro.

Deolindo foi contra o acordo.

Suas palavras sobre o assunto, em 1949: “quando a Liga aceitou o Acordo de 5 de outubro, acordo que se denominou depois, Pacto Áureo, tomei posição contrária (..) votei contra a resolução, porque não concordei com o modo pelo qual se firmara esse documento. E o fiz em voz alta, de pé, na Assembléia, com mais doze companheiros que pensavam da mesma forma”.

Admirava muito Léon Denis, de quem disse: “Léon Denis pertence, com inteira justiça, à galeria dos mais autênticos filósofos espíritas. Discípulo e continuador de Allan Kardec, ninguém o foi, até hoje, com mais afeição e com vigor intelectual”.

Mas seu respeito a sua fidelidade ao pensamento de Allan Kardec foi não apenas exemplar, mas de um tirocínio brilhante e uma defesa inteligente e atuante.

Em 24 de abril de 1984, aos 76 anos de vida terrena, desencarnou Deolindo Amorim, fechando um ciclo fecundo de pensadores espíritas, dos quais, com justiça ele está num lugar privilegiado.

Todavia, mais do que nunca, neste momento em que o Espiritismo precisa decidir seu próprio caminho, o pensamento, a palavra e a postura de Deolindo Amorim são elementos indispensáveis para entender, seguir e definir o futuro da Doutrina.

Postado por; http://www.espiritnet.com.br/Biografias/biogdeol.htm

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sexta-feira, 15 de março de 2013

O QUE FAZ COM QUE UM TRATAMENTO MAGNÉTICO SEJA MAIS OU MENOS LONGO?


JACOB MELO

São vários os fatores que podem levar um tratamento magnético a ser longo, inclusive o fator parecer ser muito demorado.

No momento atual um dos mais relevantes fatores é o desconhecimento, por parte de uma enorme maioria de magnetizadores e passistas, da base científica que norteia essa prática. Junto com isso vem o quase ponto zero em que se encontram as pesquisas dessa ciência, apesar de ser muito bem percebida, na recente década, a retomada do interesse por esse estudo. Hoje, graças ao empenho de alguns em resgatar essa preciosa bênção que Deus entregou à Humanidade desde a sua criação, percebe-se que o Brasil ensaia passos firmes no sentido de se aproveitar não apenas o que existe de arquivos e pesquisas antigas, mas de também encetar novas investigações, inclusive abordando doenças e problemáticas complexas, como as doenças atribuídas ao sistema nervoso e outras tantas que vêm surgindo e poucas respostas têm obtido da chamada ciência oficial.

No contexto da base Espírita, Allan Kardec e os Espíritos já disseram que sendo os fluidos espirituais mais sutis que os humanos, aqueles costumam produzir reações mais imediatas do que as decorrentes do magnetismo humano.

Mas, falando diretamente do que se percebe na terapia em geral, há um certo excesso tanto na expectativa do surgimento de novas “fontes milagrosas”, como também no sentido de ser apresentado o Magnetismo como uma última oportunidade de vitórias e isso gera ânsias descabidas e comparações apressadas.

Vejamos o caso das depressões.

Costumeiramente, quando uma depressão severa consegue ser debelada pelos esforços da medicina psiquiátrica e psicológica, fazendo-se uso de medicamentos muitas vezes de forte poder químico, em um período de 3 a 5 anos, comemora-se a vitória com muito ênfase, já que essa doença, em tais casos, pode jamais ser vencida. Em situações semelhantes, a adição nesses tratamentos de uma terapia magnética apropriada, reduz em mais de 70% o tempo total de tratamento, com a verificação de um índice de vitória plena em mais de 80% dos casos. Sendo assim, de onde surge a sensação de que essa terapia seja mais demorada do que a convencional? Simplesmente porque é costume se querer a instantaneidade das curas quando se faz uso do magnetismo.

Com outras doenças, como tumores em geral, descompensações endócrinas e dores, é comum se perceber avanços muito significativos em tempos relativamente curtos.

O gargalo das observações que apontam para o prolongamento das terapias surge quando a referência se dirige a doenças que ainda estão sem pesquisas iniciadas ou concluídas, ou pelo uso indevido de técnicas impróprias para cada caso. Do fasto do Magnetismo ser uma realidade da própria Natureza, muita gente acha que basta passar ou impor as mãos e tudo será magicamente resolvido. Ou acordamos para entender que não é assim que funciona ou seguiremos sem obter os sucessos que todos sabemos que virão, mas que continuam pedindo avanços e consciência.

Por fim, um outro fator que não pode ser desconsiderado nessa análise é a participação do paciente. Quando alguém precisa fazer uma preparação para uma cirurgia, se interna, passa pelos procedimentos pertinentes e depois guarda o repouso e as dietas recomendadas, ele se diz feliz quando, ao final de tudo, o resultado é positivo. Mas quando um tratamento semelhante é ensejado apenas com o uso do magnetismo, costumamos nos descuidar e até abusar do desrespeito às recomendações, comprometendo gravemente todos os esforços empregados. E com essas terapias interrompidas, desarticuladas, bloqueadas ou simplesmente descontinuadas, os pacientes, quando as concluem, se é que conseguem isso, contabilizam o tempo total, sem anotar os descasos pessoais que geraram todo retardo. Ao final de todo esse quadro, a contabilidade da terapia fica grandemente alterada, onde o magnetismo em si pouco tem de culpa.

Jornal Vórtice ANO III, n.º 04, setembro/2010   


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quinta-feira, 14 de março de 2013

FALTA DE MERECIMENTO OU DE ESTUDO?


Yonara Rocha / EUA

Muito se fala no movimento espírita sobre o merecimento do paciente ou atendido nas Casas Espíritas, e eu gostaria de fazer uma reflexão a respeito deste assunto.

Será que Deus realmente escolhe quem tem merecimento ou não? Até que ponto, fisiologicamente falando, isso é possível?

No passe estamos atuando tanto no campo do perispírito como no físico, portanto, fica a questão: o que predominaria numa pessoa para ela receber uma cura dentro do que seria o seu merecimento: a estrutura do perispírito? Se sim, de que maneira isso se verificaria? O perispírito teria um escudo contra o magnetismo? Do outro lado temos visto casos em que ainda não conseguimos resultados positivos, mas será mesmo por causa da tão falada falta de merecimento do paciente? Eu questiono isso, porque quando algo não dá certo temos a mania de culpar os outros – e isso ainda é muito forte dentro de todos nós. Um exemplo disso temos quando várias pessoas sofrem de depressão no mundo, mas aqueles que se submetem ao tratamento de depressão pela técnica de Jacob Melo ficam curados. Por quê? Esses – e só esses – merecem a cura?

Alguém se dedicou, estudou, pesquisou a depressão pelo Magnetismo e conseguiu descobrir uma maneira de curá-la por seus mecanismos, de tal maneira que se isso não tivesse acontecido vários casos de depressão não solucionados decerto seriam creditados ao não merecimento do paciente.

O que mais me preocupa nessa questão do merecimento – ou da falta dele – é o acomodamento dos passistas que podem perder seus potenciais magnéticos, os quais são movidos pela vontade; quando eles suspeitam que talvez o paciente não mereça a cura, simplesmente se satisfazem. Seria diferente, em termos de doação e qualidade de fluidos, se eles acreditassem que todos são merecedores da cura. A postura do EU POSSO é essencial para um bom magnetizador, ele tem que acreditar em si mesmo, em sua força para fazer um bom atendimento magnético, pois se achar que está apenas submetido ao merecimento do paciente, logo desanimarão, perdendo o entusiasmo, o desejo da pesquisa, a vontade de se desenvolver mais e melhor. A consequência dessa postura leva à perda da oportunidade de conseguir descobrir a cura ou os meios de obtê-la.

Esse conceito é antigo no Movimento Espírita e em minha opinião precisa ser reavaliado. Estamos ainda começando a trabalhar com a ciência do Magnetismo e toda ciência deve evoluir. Os magnetizadores do passado nos deixaram a base e cabe a nós, os magnetizadores de hoje, levar essa ciência adiante, fazendo novas descobertas e pesquisas, aprofundando estudos e colhendo melhores resultados. Mas para conseguir isso devemos nos colocar na posição de aprendizes interessados e pesquisadores perseverantes. Não sabemos de tudo, ainda não conhecemos 100% do que o Magnetismo nos oferece e nem mesmo o que os magnetizadores de épocas remotas sabiam. Por isso, ainda não conseguimos a cura em determinadas situações e sobre certas patologias, não porque o paciente não merece e sim porque NÓS, os magnetizadores do hoje, AINDA não sabemos nos conduzir, magneticamente falando, como já seria de se esperar. Falta-nos, em muitas situações, eficácia no tato magnético, concentração no momento do passe, conhecimento fisiológico e fluídico mais aprimorados, tempo para atender aos pacientes de forma mais adequada e eficiente, conhecimento da qualidade no fluido doado, perseverança em todas as fases do que essa busca nos pede, etc..

O melhor que podemos fazer hoje não é O MELHOR QUE EXISTE PARA O PACIENTE, simplesmente é a nossa limitação; o paciente é merecedor de tudo de bom, inclusive da cura, e cabe a nós nos esforçarmos, através da prática e do estudo do Magnetismo, dar ao paciente o que ele realmente MERECE: a cura.

A Organização Mundial de Saúde diz que existem doentes e não doenças, e não poderia ser diferente no Magnetismo. Cada paciente é um universo fluídico a ser desvendado pelo passista. Existem regras básicas, mas também existem diferenciais que precisam ser analisados e descobertos. A Ciência médica até hoje busca compreender melhor essa máquina que é o corpo humano; quantas doenças a ciência não consegue curar!

Seria apenas por falta de merecimento do paciente ou ignorância da própria Medicina?  Quantos morreram no passado de doenças que são hoje completamente curáveis? No Magnetismo, o passista, além de conhecedor das funções do corpo humano precisa também conhecer o fator energético e descobrir onde está a falha energética no campo fluídico que gerou a doença no corpo físico; isso requer pesquisas, estudos, buscas incessantes. O Magnetismo já descobriu a cura de várias doenças, mas, assim como a ciência, ainda não descobriu a cura de tudo e isso não quer dizer que a cura seja impossível.

Ninguém evolui pela dor, ainda quando esta seja vista ou percebida como um chamado ao caminho do amor. Se a dor, por si só, gerasse evolução nos seres, não se apontariam tantos doentes revoltados exatamente por conta dela. Por conta da dor blasfemam contra Deus, mas Ele não castiga ninguém. Na realidade, a doença é uma consequência dos nossos atos e não um castigo; não sendo castigo ela pode ser curada sim. Por outro lado, a cura pode trazer ao paciente a oportunidade de renovação interior, pelo sentimento da gratidão – por sinal, o que importa na lei do progresso é a reforma íntima, pois o ser só progride de fato pela mudança positiva de comportamento.

Kardec (A Gênese, cap. 14, item 31) anotou:

"A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo está, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada, mas depende também da energia da vontade, que, quanto maior for, mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou espírito".

O que se depreende dessa afirmação é que existem vários fatores a determinar uma cura e não dá para se entender que o “merecimento” seja dos mais poderosos.

Temos visto muitos casos onde um passista não consegue resultados positivos e outro sim. O fluido de determinado magnetizador tem mais poder de ação em certas doenças do que outros e isso também é um fator importante no processo da cura. Devemos também levar em consideração essas e outras muitas variáveis antes de assumir que o Magnetismo não cura ou o paciente não tem merecimento.

Um bom magnetizador deve ter sempre em mente a máxima do Evangelho “o amor cobre uma imensidão de pecados”, portanto o amor pode ser considerado como o maior destruidor de não merecimentos.

Jornal Vortice ANO III, n.º 02, julho/2010   


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