Jorge
Andréa
A primeira zona, a espiritual, comandaria
toda a organização através do perispírito que lhe serve de filtro adaptador de
energias e que, por sua vez, serão mergulhadas na zona física, a fim de
conduzir e orientar o complexo metabolismo orgânico. Dessa forma, os processos
intelectivos e afetivos emocionais que se projetam na tela física, são o
resultado de elaborações espirituais a definirem e influenciarem os mecanismos
psicológicos da nossa denominada zona consciente.
De todos esses processos, os coligados à
inteligência têm sido pesquisados e avaliados com nossas percepções,
possibilitando uma escala ou quociente de inteligência.
Desse
modo, existem três variedades de inteligência que, apesar de se apresentarem em
seus degraus, correspondem a um só bloco com uma única origem espiritual.
Assim, uma linha horizontal representaria o coeficiente de inteligência (QI), a
posição mais simples de pequeno desenvolvimento. Esta posição foi bastante
festejada, a partir de meados do século XIX visando medir o grau de
inteligência das pessoas. Em virtude de não representar, realmente, destacada
posição avaliativa, aos poucos ficou sendo relegada a plano de pouco valor,
embora utilizada em limitados testes.
A partir da década de 90 do século XX,
nasce a chamada inteligência emocional com as observações de Daniel Goleman, o
denominado QE, podendo ser representado por linha oblíqua, de modo a traduzir
um grau mais avançado de inteligência. Uma linha vertical representaria o mais
expressivo grau de inteligência, a inteligência espiritual, o QS, resultado de
observações e pesquisas que estão alastrando pela física quântica e a
fenomenologia paranormal.
No
coeficiente de inteligência, o QI, os processos instintivos primários estão bem
salientes, onde as manifestações de entendimento revelam-se, preferentemente,
nos processos fastidiosos das análises. É como se existissem apenas ligações
neuroniais pobres em série, por isso com limitados recursos, embora havendo
perspicácia perceptiva nos seres.
Na inteligência emocional, a englobar o QI,
já existe o pensamento associativo, em que os instintos se encontram mais
aprimorados, no sentido de aptidões. Nesta posição, as emoções e sentimentos
envolvem-se em suas atividades, denotando ligações neuroniais não mais em
série, mas sim em rede, de modo a explicar uma fenomenologia psicológica mais
rica.
Na Inteligência espiritual, as ligações
neuroniais alcançariam posições bastante complexas, com ativa participação da
base cerebral, zona do conhecido lobo límbico. Este modelo mais aparelhado
engloba todos os graus de inteligência, com pensamentos ordenados, participando
das criações psicológicas em que a intuição representa a mola mestra do
processo.
Em face da fenomenologia paranormal, em que
a mediunidade é de grande expressão, as três variedades – QI, QE e QS –
mostrar-se-ão de acordo com os seus diversos graus e alcances. Assim, o
fenômeno mediúnico, por fazer parte dos componentes orgânicos, quando ativado
alcançará e será envolvido por qualquer tipo de inteligência. Diante de tal
fato, compreendemos o teor das mensagens espirituais reveladas no processo
mediúnico, com as características de maior ou menor significado, pela condição
de filtragem que a organização mediúnica oferece.
Joanna de Ângelis (Espírito) demarca as
quatro forças dentro da visão psicológica:
A primeira força marca praticamente o
início mais ordenado dos fenômenos psicológicos, com Watson, o criador do
modelo behaviorista, a denominada psicologia do comportamento, em que o
processo seria de exclusiva função neuronial. Este modelo teve uma ampliação,
no início do século XX. Skiner lhe deu um pequeno passo para as funções do inconsciente.
A segunda força, com Sigmund Freud, ainda
envolvida nas funções neuroniais, já apresenta abertura para o envolvimento da
alma, com a tão expressiva psicanálise. A nosso ver, devemos a ele o lançamento
dos valores existenciais da alma na Universidade com o nome de inconsciente.
A terceira força, denominada de psicologia
humanista, teve em Rogers seu grande impulsionador com as questões
existenciais. Este modelo foi avançando, ampliando condições que foram
propiciando o despertar da quarta força psicológica, a psicologia transpessoal
ou do porvir.
Esta quarta força teve início com Jung, o
pioneiro, que se foi desenvolvendo com psicólogos ilustres como Assagioli e sua
psicossíntese; Maslow com a hierarquia das necessidades, e com S. Grof,
ratificando os conteúdos do inconsciente como autênticos depósitos de
experiências pregressas.
Esse modelo psicológico está se
desenvolvendo, cada vez mais, em busca de uma totalidade conhecida como
movimento holístico, onde muitas vertentes são analisadas e computadas, a fim
de fornecer elementos que propiciem melhores definições do psiquismo humano.
Fonte;
Correio Espírita
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