Filha de Elói
Castriciano de Souza e D. Henriqueta Leopoldina Rodrigues de Souza, nasceu em
Macaíba, pequena cidade do Rio Grande do Norte, magrinha, calada, de pele
clara, um moreno doce a vista, como veludo ao tato, em 12 de setembro de 1876.
Educou-se no Colégio São Vicente de Paulo, em Pernambuco, sob a direção de
religiosas francesas e faleceu em 7 de fevereiro de 1901, na cidade de Natal.
Desde a infância nossa
poetisa iria estudar, ininterrupta e resignadamente, as grandes lições do
sofrimento humano. Antes de completar os 3 anos já é órfã de mãe. Menos de dois
anos depois, em janeiro de 1881, desencarna seu pai. É a única menina entre os
cinco filhos do casal Elói e Henriqueta.
Aos sete anos já sabia ler e escrever (proeza
da época), aos oito lia para as crianças pobres, para as humildes mulheres do
povo ou velhos escravos as páginas simples e ingênuas da História de Carlos
Magno, brochura que corria os sertões, escrita ao gosto popular da época.
Aos 10 anos uma tragédia
vem abalar seu espírito. Na noite de 15 de fevereiro de 1887, seu irmão subia
ao andar superior do casarão levando uma lamparina de querosene e supõe-se que
o vento, canalizado em chaminé próxima, provocou a explosão do candeeiro.
Irineu foi envolvido em chamas, caindo sem forças, resistindo ainda 18 horas.
Já era órfã de pai e de mãe e vai assistir ao espetáculo inesquecível do irmão
aniquilado pelas chamas.
Aos 12 anos é
matriculada no colégio São Vicente de Paulo, recebendo primorosa educação das
carinhosas religiosas francesas, aprendendo e dominando o idioma francês,
permitindo ler em original Lamartine, Vítor Hugo, Chateaubriand e Fénelon, com
o mesmo carinho que lerá nos últimos dias terrestres a Imitação de Cristo,
entre outras obras.
Em 1890 manifestam-se os
primeiros sinais da enfermidade que iria consumir seu organismo. Mesmo assim,
ensina primeiras noções de religião a crianças. Autora do livro Horto,
publicado em 20 de junho de 1900 e esgotado sessenta dias após. Na capital Rio
Grandense, Auta se despede do mundo na madrugada de 07 de fevereiro de 1901.
Mais uma vez o
cristalino exemplo da mediunidade de Francisco Cândido Xavier nos coloca na
presença real e confortadora do Excelso coração de Auta de Souza. Agora está
conosco inspirando trabalho e humildade, além de ser fonte também de inspiração
para centenas e milhares de trabalhos no auxílio ao necessitado de toda
extensão do coração do mundo e Pátria do Evangelho, o Brasil.
O médium mineiro
recorda-se de seu primeiro encontro com este memorável espírito:
"Recordo-me de um soneto intitulado Nossa Senhora da Amargura (vide
abaixo) que, se não me engano quanto à data, foi publicado pelo Almanaque de
Lembranças de Lisboa, na sua edição de 1932. Eu estava em oração, certa noite,
quando se aproximou de mim o espírito de uma jovem, irradiando intensa luz.
Pediu papel e lápis e escreveu o soneto a que me referi. Chorou tanto ao
escrevê-lo que eu também comecei a chorar de emoção, sem saber, naquele
momento, se meus olhos eram os dela ou se os dela eram os meus. Mais tarde
soube por nosso caro Emmanuel, que se tratava de Auta de Souza, a admirável
poetisa do Rio Grande do Norte".
NOSSA SENHORA DA AMARGURA
Mãe das Dores, Senhora da Amargura,
Eu vos contemplo o peito lacerado
Pelas mágoas do filho muito amado,
Nas estradas da vida ingrata e dura.
Existe em vosso olhar tanta ternura,
Tanto afeto e amor divinizado,
Que do vosso semblante torturado
Irradia-se a luz formosa e
pura;
Luz que ilumina a senda mais trevosa,
Excelsa luz, sublime e esplendorosa
Que clareia e conduz, ampara e guia.
Senhora, vossas lágrimas tão belas
Assemelham-se a fúlgidas estrelas:
Gotas de luz nas trevas da agonia.
Auta de Souza
Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier - Publicado
em "Novo Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro para 1932"
-Lisboa/Portugal - Página 162 e reproduzido no livro "Auta de Souza"
- Edição IDE.
Texto publicado pelo grupo "Os Mensageiros"
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