José Reilly Algodoal
No estudo das
antigas civilizações, constatamos a crença generalizada na imortalidade e
comunicabilidade dos Espíritos. A todo instante nos defrontamos com oráculos,
pitonisas, sibilas, hierofantes, magos, necromantes, profetas e médiuns, o que
é bastante significativo.
A cultura
grega não fugiu à regra. Efetivamente,
os gregos, conforme nos revelam seus costumes, crenças, medos, cultos e
rituais, acreditavam piamente na imortalidade, nada obstante fossem vagas e
imprecisas as noções sobre a vida além do túmulo.
O teatro
grego é uma proclamação à vida imortal. Da mesma forma que o comerciante só põe
à venda a mercadoria desejada pelos consumidores, na peça teatral, o poeta grego tinha que
atender aos desejos e aspirações dos espectadores, deixando assim registrado o
nível cultural de sua gente e de sua época.
Os gregos
faziam teatros aproveitando os aclives naturais do terreno. Na base, o palco
para os atores e o coro. Ao redor do palco, degraus em semicírculos, poucos na
base, para irem se ampliando à medida que esses subiam as encostas do morro.
Eram e são autênticas conchas acústicas, proporcionando excelentes condições
para a propagação do som. Alguns teatros comportavam mais de 20.000 espectadores.
Nos teatros
encenavam comédias e tragédias. Algumas delas são reencenadas nos dias atuais,
sempre com sucesso. Os atores entravam em cena usando máscaras, chamadas
personas, para melhor identificar os personagens que iam representar. O coro
dava movimentação ao espetáculo.
Eurípides
está entre os mais festejados poetas gregos.
A tragédia Hécuba, apresentada pela primeira vez em 424 a. C., focaliza
a Guerra de Troia, no momento histórico em que os gregos, vitoriosos, se
preparavam para retornar com os despojos dos vencidos.
Hécuba foi a
última rainha de Troia. Sobreviveu ao massacre e se tornou escrava. Na peça,
ela tinha sonhos premonitórios que se concretizavam.
O primeiro
personagem a entrar em cena é um Espírito. É o Espírito de Polidoro que, em seu
demorado monólogo, conta ter sido o último filho do rei Príamo e da rainha
Hécuba. Adolescente, não apto para empunhar a lança e o escudo, foi mandado aos
cuidados de Polimnestor, rei da Trácia, levando consigo considerável tesouro. O
tesouro, destinado para atendê-lo nas necessidades futuras, foi a causa de sua
ruína. Com a queda de Troia, dominado
por ganância incontida, seu hospedeiro assassinou-o e lançou seu corpo ao mar,
apropriando-se do tesouro. Continuando
seu monólogo, Polidoro diz que rogou aos deuses para que as ondas levassem seu
corpo à praia, para ser sepultado conforme o ritual. Conta mais, que o
Espírito Aquiles pede o sacrifício de
uma princesa sobre seu túmulo.
Na
continuação da tragédia, os gregos recusam-se a partir enquanto não atendido o
apelo do Espírito Aquiles, o qual,
materializando-se sobre seu túmulo, exigia o sacrifício de uma princesa.
Ulisses é
encarregado de buscar Polixena, filha de Hécuba, para ser decapitada. Hécuba pede, implora, oferece-se para ser
sacrificada no lugar da filha. Ulisses
lastima, mas não pode deixar de atender ao pedido do Espírito Aquiles.
Ele leva Polixena, para que seu sangue corra como libação sobre o túmulo
de Aquiles. Polixena, ante o
inevitável, pede seja desligada das amarras, para entrar no reino da morte como
uma mulher livre, não escrava.
Os
personagens se sucedem. A tragédia continua toda recheada com sentimentos e
emoções fortes; com traições, ódios e
vinganças; torturas e homicídios; com intromissão de Espíritos na vida dos
homens; com metamorfoses, profecias e
vaticínios.
O certo e
irretorquível é que a tragédia Hécuba é um cântico à imortalidade da alma e à
comunicabilidade dos Espíritos. E só poderia ser aplaudida por um público que
aceitava a continuidade da vida depois da morte, como uma realidade inconteste.
Fonte; http://www.mundoespirita.com.br/?materia=euripides-e-hecuba
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