sábado, 9 de agosto de 2014

EXPOENTE DA CODIFICAÇÃO DELPHINE DE GIRARDIN



Nasceu Delphine Gay em Aix-La-Chapelle em 26 de janeiro de 1804, o mesmo ano do Codificador e desencarnou na capital francesa em 29 de junho de 1855.

Foi poetisa que freqüentou os salões de Mme Récamier. Casou-se com Émile de Girardin, jornalista e político francês, passando então a ser conhecida como sra. Émile de Girardin.

Ela mesma se tornou jornalista, após o casamento em 1831, escrevendo no jornal La Presse no período de 1836 a 1848, sob o pseudônimo de visconde de Launay, interessantes crônicas da sociedade do tempo de Luís Filipe. Essas crônicas ficaram conhecidas como cartas parisienses.

Publicou também romances, tragédias e comédias. Era, positivamente, grande médium inspirada.

Personalidade muito conhecida no meio poético, freqüentando os salões literários onde se reuniam as celebridades do momento, muito natural que ela tomasse contato com as mesas girantes.

Desde o primeiro contato com as mesas ela se convenceu da veracidade das manifestações. Teve oportunidade de se encontrar com o professor Rivail pessoalmente. Possivelmente, em alguma das reuniões que ele freqüentava, nas suas pesquisas em torno dos fenômenos que assombravam Paris.

Amiga pessoal de Victor Hugo, os acontecimentos políticos do ano de 1851 e o exílio de seus amigos a marcaram de forma cruel.

Fiel à amizade ela decidiu levar conforto moral aos pobres proscritos. Lançou-se ao mar e em 6 de setembro de 1853 desembarcou em Jersey, uma pequena ilha de 116 quilômetros quadrados.

O cansaço a tomava por inteiro. A viagem foi excessivamente fatigante. Diga-se de passagem: ela já se encontrava doente. O câncer a devorava.

Dinâmica, contudo, ela não se deixava abater em demasia. Um pouco triste e melancólica, mas igualmente feliz por rever seus amigos, ela reencontrou Victor Hugo e a família.

À hora do jantar, narrou as notícias de Paris, no intuito de trazer um pouco da pátria para os exilados. Com entusiasmo se referiu às mesas girantes. Na pequena ilha de Jersey algumas tentativas tinham sido feitas, sem sucesso.

Delphine, sem aguardar a sobremesa, saiu em busca de uma mesa pequena, redonda. As sessões foram longas e cansativas. Parecem não ter tido sucesso nos primeiros cinco dias.

Victor Hugo, cético, aderiu às reuniões somente para não desgostar a amiga. Finalmente, no domingo, 11 de setembro, a concentração, o silêncio foram recompensados. Uma comunicação aconteceu. Uma comunicação que mudaria os rumos da vida do grande poeta francês. Quem se comunicou, através da mesa foi nada mais, nada menos que sua filha Leopoldine. Sua amada filha, morta durante a lua-de-mel, afogada em um lago, num passeio de barco com o marido.

Em "O Evangelho segundo o espiritismo" o espírito de Delphine de Girardin assina a mensagem "A desgraça real" no capítulo V (Bem aventurados os aflitos), item 24.

Fontes de consulta:

Mutigny, Jean de. Victor Hugo et le spiritisme.
Enciclopédia Mirador Internacional
Jornal Mundo Espírita - Janeiro de 2000


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ANDRÉ LUIZ CONCEDE ESPETACULAR ENTREVISTA EM 1964.             
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A GRANDE CONTRIBUIÇÃO DE JAN HUSS
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ANDRÉ LUIZ - REFLEXÕES NECESSÁRIAS
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terça-feira, 5 de agosto de 2014

ANDRÉ LUIZ CONCEDE ESPETACULAR ENTREVISTA EM 1964.

Francisco Cândido Xavier., 
  
Nesta entrevista, concedida ao Dr. Lauro Michielin, diretor do Anuário Espírita para a edição de 1964, n.º 1, André Luiz (espírito) respondeu às perguntas formuladas de números ímpares através do médium Waldo Vieira e as de números pares através do médium Francisco Cândido Xavier. Os temas são os mais diversos — sexualidade, homossexualidade, reencarnação, vida atual, etc..
 
  1.Qual a quantidade aproximada de habitantes espirituais – em idade racional – que se desenvolvem, presentemente, nas circunvizinhanças da Terra?
“Será lícito calcular a população de criaturas desencarnadas em idade racional, nos círculos de trabalho, em torno da Terra, para mais de vinte bilhões, observando-se que alta percentagem ainda se encontra nos estágios primários da razão e sendo esse número passível de alterações constantes pelas correntes migratórias de espíritos em trânsito nas regiões do planeta.”
2. A quantidade de espíritos que vivem nas diversas esferas do nosso planeta tende, atualmente, a aumentar ou a diminuir?
“Qual acontece na crosta planetária, as esferas de trabalho e evolução que rodeiam a Terra estão muito longe de quaisquer perspectivas de saturação, em matéria de povoamento.”
3. Considerando-se que as criaturas dos reinos vegetal e animal, deste e de outros planos, absorvem elementos de economia planetária, pergunta-se: O nosso planeta dispõe de recursos para a manutenção e sustentação de uma comunidade de número ilimitado de indivíduos ou a despensa celeste do nosso domicílio cósmico se destina a uma sociedade de proporções limitadas, ainda que de dimensões desconhecidas?
“Certo, nos limites do orbe terreno não é justo conceituar os problemas da vida física fora de peso e medida, entretanto é preciso considerar que as ciências aplicadas à técnica, à indústria e à produção, nos vários domínios da natureza, assegurarão conforto e sustento a bilhões de espíritos encarnados na Terra, com os recursos existentes no planeta, por muitos e muitos séculos ainda, desde que o homem se disponha a trabalhar.”
4. Espíritos originários da Terra, têm emigrado, nos últimos séculos, para outros orbes?
“Seja de modo coletivo ou individual, em todos os tempos, espíritos superiores têm saído da Terra no rumo de esferas enobrecidas, compatíveis com a elevação que alcançaram. Quanto a companheiros de evolução retardada, principalmente os que se fizeram necessitados de corretivo doloroso por delitos conscientemente praticados, em muitos casos, sofrem temporária segregação em planos regenerativos.”
5. Espíritos originários de outras plagas costumam estagiar na Terra em encarnações de exercício evolutivo?
“Isso acontece com frequência, de vez que muitos espíritos superiores reencarnam no planeta terrestre a fim de colaborarem na educação da humanidade, e criaturas inferiores costumam aí sofrer curtos ou longos períodos de exílio das elevadas comunidades a que pertencem, pela cultura e pelo sentimento, porquanto a queda moral de alguém tanto se verifica na Terra quanto em outros domicílios do Universo.”
6. Considerando-se a enorme distância geométrica existente entre dois ou mais orbes de um sistema solar ou entre dois ou mais sistemas solares, pergunta-se: a – os espíritos, em seu desenvolvimento evolutivo, ligam-se, necessariamente, a determinados orbes? b – na imensidão dos espaços que separam dois ou mais corpos celestes vivem, também, inteligências individuais?
“a) Em seu desenvolvimento, sim, qual acontece com a pessoa que em determinada fase de experiência física se vincula, transitoriamente, a certa raça ou família. b) Isso é perfeitamente compreensível; basta lembrar as milhares de criaturas que atendem aos interesses de um país ou de outro nas extensões do oceano.”
7. Quais os processos de locomoção utilizados nas migrações interplanetárias, considerando-se a possibilidade de migrações de entidades de categoria até mesmo criminosa, como parece ser o caso dos imigrantes do sistema planetário de Capela?
“Esses processos de locomoção, no plano espiritual, são numerosos. A técnica não se relaciona com a moral. Os maiores criminosos do mundo podem viajar num jato, sem que isso ofenda os preceitos científicos.”
8. Onde começa o Umbral?
“A rigor, o Umbral, expressando região inferior da espiritualidade, pelos vínculos que possui com a ignorância e com a delinquência, começa em nós mesmos.”
9. Onde se situa “Nosso Lar”?
“Não possuímos termos terrestres para falar em torno da geografia no plano espiritual, mas podemos informar que as primeiras fundações da cidade “Nosso Lar” por espíritos pioneiros da evolução brasileira se verificaram no espaço do território conhecido como Estado da Guanabara.”
SEXO
10. Por que a disciplina sexual é recomendada pelo plano espiritual cristão?
“Claramente que a disciplina sexual é recomendável em qualquer plano da vida para que a degradação não arruíne os valores do espírito.”
11. Há alguma relação entre sexo e mediunidade?
“Tanto quanto a que existe entre mediunidade e alimentação ou mediunidade e trabalho, relações essas nas quais se pede equilíbrio.”
12. As funções reprodutoras do sexo se destinam, somente, da vida na Terra?
“Em muitos outros orbes, compreendendo-se, porém, que mundos existem nos quais as funções reprodutoras não são compreensíveis, por enquanto, na terminologia terrestre.”
13. Espíritos sensuais mantêm atividades de natureza sexual após a desencarnação?
“Aos milhões, reclamando educação dos recursos do sentimento e das manifestações afetivas, como acontece nos caminhos da humanidade.”
14. Os perispíritos das entidades espirituais que se localizam nas vizinhanças da Terra conservam o órgão do aparelho sexual humano?
“Sim, e por que não? O órgão sexual é tão digno quanto os olhos e como não se deve atribuir aos olhos os horrores da guerra o órgão sexual não pode ser responsável pelo vício.”
15. Os espíritos conservam, para sempre, as condições de masculino e feminino?
"Respondamos com os orientadores espirituais de Allan Kardec que, na questão número 201, de 'O Livro dos Espíritos' afirmaram, com segurança, que o espírito tanto reencarna no corpo de formação masculina quanto no corpo de formação feminina.”
HOMOSSEXUALIDADE
16. Como explicar os homossexuais?
“Devemos considerar que o espírito reencarna, em regime de inversão sexual, como pode renascer em condições transitórias de mutilação ou cegueira. Isso não quer dizer que homossexuais ou intersexos estejam nessa posição, endereçados ao escândalo e à viciação, como aleijados e cegos não se encontram na inibição ou na sombra para ser delinquentes. Compete-nos entender que cada personalidade humana permanece em determinada experiência merecendo o respeito geral no trabalho ou na provação em que estagia, importando anotar, ainda, que o conceito de normalidade e anormalidade são relativos. Lembremo-nos de que se a cegueira fosse a condição da maioria dos espíritos reencarnados na Terra, o homem que pudesse enxergar seria positivamente considerado minoria e exceção.”
17. Se vivemos tantas vezes participando da formação de casais frequentemente diversos, como explicar o ciúme?
"O ciúme é característico de nossa própria animalidade primitiva, sombra que a educação dissipará.”
18. O espírito desencarnado também está sujeito a crises prolongadas de ciúme? “Como não? A desencarnação é um acidente no trabalho evolutivo, sem constituir por si qualquer solução aos problemas da alma."
19. Como explicar a paixão que, tantas vezes, cega o indivíduo? (A paixão é, somente, uma doença humana?)
“Ainda aqui animalidade em nós é a explicação.”
20. O adultério é, sempre, causa de conflitos quando da volta dos cúmplices ao plano espiritual?
“Sim.”
REENCARNAÇÃO
21. A reencarnação é lei imperativa em todos os orbes do Universo?
“Mais razoável dizer que a reencarnação é princípio universal, compreendendo-se que existem esferas sublimes nas quais a reencarnação, como recurso educativo, já atingiu características inabordáveis ao conhecimento humano atual.”
22. Se a Medicina da Terra aumentar – num futuro não muito distante – a média da vida humana na crosta, do ponto de vista educacional, uma única existência, de 500 anos, por exemplo, bastaria para libertar o espírito das necessidades da escola terrena?
"Cabe-nos aguardar o apoio mais amplo da Medicina à saúde humana, com vista à longevidade, entretanto, em matéria de libertação espiritual o problema se relaciona com a vontade acima do tempo. Quando a pessoa se decide ao burilamento próprio, com ânimo e decisão, a existência física de cinquenta anos vale muito mais que o tempo correspondente a cinco séculos, sem orientação no aprimoramento moral de si mesma.”
23. É de esperar-se que nos próximos milênios, quando a Terra se tornar um centro de solidariedade e de cultura, seja dispensado o processo de reencarnação como elemento indispensável de experiências e estudos?
“Digamos, com mais propriedade, que o espírito, alcançando a sublimação, não mais se encontra sujeito ao processo de reencarnação, por medida educativa, conquanto prossiga livre para reencarnar, como, onde e quando deseje, em auxílio voluntário aos semelhantes.”
24. A duração média de vida dos encarnados racionais de outros orbes corresponde à terrena?
“Não. Essas etapas de tempo variam de mundo a mundo.”
25. Todas as reencarnações, mesmo as dos indivíduos vinculados a condições inferiores, são objeto de um planejamento detalhado por parte dos administradores espirituais?
“Há renascimentos quase que automáticos, principalmente se a criatura ainda permanece fronteiriça à animalidade, entendendo-se que quanto mais importante o encargo do espírito a corporificar-se, junto da humanidade, mais dilatado e complexo o planejamento da reencarnação.”
26. As organizações espirituais que pautam as suas atividades dentro de programas alheios aos princípios cristãos também procedem a execuções de programas para a reencarnação de tarefeiros determinados em suas organizações?
“Sim.”
27. Reencarnações de espíritos de ordem superior, presididas por espíritos elevados, em meio inferior, estão sujeitos a represálias da parte de organizações espirituais interessadas na ignorância humana?
“Natural que assim seja. Recordemos o próprio Jesus.”
28. Se um espírito encarnado com propósitos cristãos pode, pela má conduta, transformar-se num instrumento das trevas, é de se perguntar se um espírito encarnado sob os vínculos de organizações ainda não cristianizadas no Espaço, pode, também, transformar-se num instrumento ostensivo do programa do bem?
“Perfeitamente. Assim ocorre porque o íntimo de cada um prevalece sobre o rótulo que caracterize a pessoa no ambiente humano."
ATUALIDADES
29. Sabemos que outras civilizações terrenas se desfizeram em épocas remotas. Diante do perigo atual de uma conflagração atômica, é de se perguntar: estamos às portas da nova Jerusalém ou no começo de um novo fim?
“Na condição de espíritas-cristãos encarnados e desencarnados, pensemos no futuro da humanidade em termos de evolução, otimismo, confiança, progresso. De todas as calamidades, a civilização sempre surgiu em novos surtos de força para o burilamento geral, ao influxo da Providência Divina, ainda mesmo quando pareça o contrário.”
30. Habitantes de outros orbes conhecem a humanidade terrena, sua história, costumes, etc.?
“Sim.”
31. Diante dos progressos alcançados pela ciência, conseguirá o homem aportar a outros corpos de nosso sistema solar?
“Ninguém pode traçar fronteiras às conquistas da ciência humana. Quanto mais dilatados o serviço e a fraternidade, a educação e a concórdia na Terra, maiores as possibilidades do homem nas conquistas do espaço cósmico.”
32. Se a ciência humana se servir de seus recursos, pondo em risco a estabilidade do planeta, é de se esperar esteja a humanidade da Terra sujeita a uma intervenção direta da parte de outros planetas?

“Nossa confiança na sabedoria da Providência Divina deve ser completa. Ainda mesmo que a Terra se desintegrasse numa catástrofe de natureza cósmica, Deus e a vida não deixariam de existir. Uma cidade arrasada num cataclismo não significa a destruição de um povo inteiro. Justo que, em nos considerando coletivamente, temos feito por merecer longas aflições e duras provas na Terra, entretanto, diante da Infinita Bondade, devemos afastar quaisquer ideias sinistras da cabeça popular carecedora de harmonia e esperança para evoluir e servir. Amemo-nos uns aos outros. Realizemos o melhor ao nosso alcance. Convençamo-nos de que o bem vive para o mal como a luz para a sombra. Edifiquemos o mundo melhor começando em nós mesmos, e confiemos na palavra fiel do Cristo, que prometeu amparar-nos e auxiliar-nos “até o fim dos séculos”. E assim nos exprimindo não nos propomos afirmar que, a pretexto de contar com Jesus, podemos andar irresponsáveis ou desatentos. Não. Forçoso trabalhar e cumprir as obrigações que a vida nos trace, a fim de sermos amparados e auxiliados por ele, sejam quais forem as circunstâncias.

Fonte; ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA


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sábado, 2 de agosto de 2014

ECTOPLASMA – PARTE II

Sonia Maria

Dando continuidade e finalizando o tema Ectoplasma,citarei alguns tipos e sua aplicação. Com essas informações espero ter contribuído para despertar o interesse de  mais pessoas pela matéria.Que sejamos cônscio da importância do estudo e da pesquisa a fim de promover a complementação da Doutrina como um todo.
Termino esse tópico com as palavras de André Luiz através de Chico Xavier:

“A nós, os Espíritos desencarnados, interessa, no plano-extrafísico, mais ampla sublimação, para que façamos ajustamento de determinados princípios mentais, com respeito à execução de tarefas específicas. E aos encarnados interessa a existência em plano moral mais alto para que definam, com exatidão e propriedade, a substância ectoplasmática, analisando-lhe os componentes e protegendo-lhe as manifestações, de modo a oferecerem às Inteligências Superiores mais seguros cabedais de trabalho, equacionando-se, com os homens e para os homens, a prova inconteste da imortalidade.”

Ectoplasmia

É a produção de ectoplasma e dos efeitos psicofísicos decorrentes de seu uso.
Os espíritos desencarnados utilizam o ectoplasma, coletado através de diversas fontes, com diferentes objetivos, como por exemplo o auxílio aos encarnados em diversas situações (acidentes, em hospitais, situações de risco, calamidades).

Ideoplastia

 O vocábulo ideoplastia quer dizer a moldagem da matéria viva, feita pela ideia.
Não há espíritos desencarnados envolvidos. A força das ideias dos encarnados junto com o ectoplasma provoca o fenômeno.

Materialização

A materialização se produz devido a características do corpo do médium, que fornece os elementos necessários. O estudo dos fatos mediúnicos leva-nos a admitir três espécies de materialização:

A materialização invisível, que pode ser comprovada através dos movimentos de objetos e fotografias;
A materialização parcial e incompleta como partes do corpo e objetos;
A materialização completa, que não difere em nada de um corpo humano vivo,
apresentando, indubitavelmente, os traços do médium.

Observações:

Conhecem-se casos em que o espírito materializado não apresenta a menor semelhança com o médium. Também há ocasiões em que o ectoplasma é retirado de dois médiuns, sem que a forma se pareça com qualquer um deles.

Fotografias de materializações

Há dois tipos de materialização:
1.       materialização visível – que é acompanhada dos efeitos físicos próprios ao corpo humano.
2.      materialização invisível ao olho humano – consiste na emissão de raios luminosos, que não produzem ação alguma sobre a nossa retina, porém agem sobre a placa sensível de um aparelho fotográfico; (fotografia transcendente).

As materializações não são simples aparições luminosas”, elas são produções de uma matéria, invisível ao nosso olho e que é luminosa por si mesma ou reflete sobre a placa fotográfica os raios de luz a cuja ação a nossa retina é insensível.
É matéria, mas às vezes ela é tão pouco compacta que se vêem as formas das pessoas sentadas e a mesa, e outras vezes ela é tão densa que encobre a imagem dos assistentes. Essa matéria é dotada de tal energia foto-química que as suas impressões aparecem antes de todas as outras imagens, antes mesmo das figuras normais, cuja revelação é preciso esperar durante um tempo mais ou menos longo.
Os espíritos não podem produzir sua própria imagem na chapa sensível; mas podem dar a forma desejada aos elementos mais sutis da matéria, e essa matéria, posto que invisível ao olho nu, pode refletir os raios químicos da luz e assim agir sobre a placa.
Em muitas ocasiões, em condições de testes, esses retratos têm sido conseguidos em caixas fechadas de placas fotográficas, mantidas nas mãos de um ou mais assistentes.
Também quando tentada a experiência com mais de uma máquina,a materialização pode aparecer em uma máquina, não aparecer em outra.

Transfiguração

O perispírito dos espíritos encarnados goza das mesmas propriedades que o dos espíritos desencarnados. Ele também não se acha confinado no corpo, ele irradia e forma em torno deste uma espécie de atmosfera fluídica e em certos casos ele pode sofrer uma transformação, a forma real e material do corpo se desvanece sob a camada fluídica e toma por momentos uma aparência inteiramente diversa.
A transfiguração pode operar-se com intensidades muito diferentes, conforme o grau de depuração do perispírito e a forma material pode desparecer sob o fluído perispirítico – ele apenas oculta o corpo, tornando-o invisível para uma ou para muitas pessoas, como faria uma camada de vapor.

Desdobramento (Bicorporeidade)

O duplo de um encarnado se manifesta longe do corpo físico e podem ser simples aparições visuais ou ocorrer materialização. Este fenômeno é possível devido a capacidade do perispírito de afastar-se do corpo físico.

Fonte bibliográfica:

A Gênese de Allan Kardec
O Livro dos Espíritos de Allan Kardec
O Livro dos Médiuns de Allan Kardec

Palestras de Ectoplasma Paulo Roberto Brero de Campos- SBEE

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DIÁLOGO ENTRE UM PASSISTA E UM MAGNETIZADOR

Adilson Mota
  
Dois obreiros de uma instituição espírita, ambos participantes da área de tratamento, encontraram-se casualmente num dos corredores da instituição. Conversa vai, conversa vem, acabaram falando sobre passes. Mais ou menos assim foi o diálogo entre um passista e um magnetizador:

Passista – Eu soube que você está iniciando um novo trabalho aqui na Casa. Disseram-me que é uma novidade que vem para revolucionar o Centro Espírita.

Magnetizador – Na verdade, não se trata de novidade, montamos um grupo de tratamento magnético. O grupo passou um tempo estudando e se preparando e agora vai iniciar os atendimentos ao público.

Passista – Magnetismo... para mim é uma novidade. Novas técnicas, novos procedimentos...

Magnetizador – Allan Kardec fala muito, e muito claramente sobre Magnetismo em quase todas as suas obras. O Magnetismo constitui-se naquilo que hoje se convencionou chamar de passes.

Passista – Então o trabalho que você vai iniciar é mais um grupo de passes?!

Magnetizador – Não é bem assim. Este grupo resgata as experiências dos antigos magnetizadores, aliando o seu conhecimento ao que sabemos através do Espiritismo.
O Magnetismo é uma ciência que, entre outras coisas, estuda como a energia humana influencia na saúde e na doença.

Passista – Para mim parece mais um grupo de passes.

Magnetizador – Buscamos utilizar as nossas energias não de forma empírica, mas raciocinada. Estudamos, observamos, testamos, buscando entender como funcionam essas energias, a fim de melhor utilizá-las em benefício dos doentes.

Passista – Eu sou passista há muitos anos e nunca ouvi falar que para aplicar passes precisa de tanta coisa. Basta ter boa vontade e os Espíritos fazem o resto.

Magnetizador – Kardec não especificou nas suas obras a respeito dos procedimentos magnéticos, pois existiam na época vários organismos ligados ao Magnetismo que davam conta disso. No entanto, ele citou vários requisitos necessários ao bom magnetizador...

Passista – Espere um pouquinho aí. Por que você fala magnetizador e não passista? Você está querendo criar moda, é?

Magnetizador – Allan Kardec faz mais de quatrocentas referências aos termos magnetismo e magnetizador, e nenhuma ao termo passista. Como eu disse, o Magnetismo é toda uma ciência que vai além do conhecimento referente à cura das doenças. Estuda todos os fenômenos anímicos, como sonambulismo, dupla vista, êxtase e todos os demais.

Passista – Nossa! A coisa está ficando complicada, eu nunca ouvi falar disso.

Magnetizador – São temas muito pouco estudados pela maioria de nós espíritas, mas foi alvo da atenção do Codificador que, tendo sido magnetizador por cerca de trinta e cinco anos1, possuía um amplo conhecimento do assunto. Voltando ao que eu estava falando anteriormente, Kardec citou várias condições a serem observadas e não apenas a boa vontade. Ele escreveu sobre a importância da vontade, da confiança, do conhecimento apropriado, da qualificação do fluido através da prática moral e ainda, como atrair os Bons Espíritos para nos ajudar potencializando os recursos do magnetizador.2

Passista – Eu estou vendo que não é tão simples ser magnetizador e pensei que com todo esse estudo, esse conhecimento, vocês não precisassem ou quisessem a participação dos Espíritos.

Magnetizador – É claro que queremos e precisamos. Mais uma vez, podemos buscar a informação segura fornecida por Allan Kardec e os Espíritos Superiores que o guiaram. Afirmou o Codificador que quando evocamos um Espírito que se interessa por nós e pelo doente, ele aumenta a nossa força e a nossa vontade e melhora as nossas energias para um resultado mais eficaz3.

Passista – No trabalho que eu participo valorizamos o passe espiritual, não trabalhamos com passe magnético. Acho que Magnetismo é coisa do passado, não existe mais.

Magnetizador – Olha só, meu amigo, você já deve ter lido em A Gênese, escrita por Allan Kardec, a definição de cada tipo de passe. O passe espiritual é aquele que é aplicado pelos Espíritos diretamente sobre o doente, sem intermediários. Ou seja, não exige a participação
direta de encarnados4. O desconhecimento do Magnetismo pela maioria dos espíritas da atualidade não significa que esteja ultrapassado. Seria dizer que Kardec também está ultrapassado, já que ele ressaltou a importância de se estudar o Magnetismo que, juntamente
com o Espiritismo formam duas ciências irmãs, gêmeas, e que para não estacionarem, cada uma delas deve se apoiar na outra5.

Passista – Eu acho que temos que dar mais atenção à orientação moral. As pessoas ficam buscando o Centro Espírita para curas miraculosas, para se livrar dos seus problemas sem nenhum interesse em se melhorarem. E nós sabemos que se ela não se reformar, a doença
volta.

Magnetizador – A orientação moral é imprescindível. Muitos magnetizadores clássicos sabiam disso, outros não. O Espiritismo reforça que pensamentos, sentimentos e emoções, além dos hábitos físicos, fazem parte do contexto causador de muitas doenças. Não significa dizer que não devamos pôr em prática o auxílio aos doentes buscando aliviar as suas provações, pois se Deus colocou ao nosso alcance meios de cura é por que quer que em certos casos as nossas aflições sejam dissipadas ou abrandadas6.

Passista – E como é que você vai conciliar numa Casa Espírita a orientação moral com o tratamento do corpo?

Magnetizador – Primeiramente é preciso saber que o passe magnético não serve apenas para o tratamento das doenças orgânicas, mas também para problemas psíquicos, emocionais e espirituais. Segundo, podemos fazer como Jesus fez: ele ensinava a moral às pessoas e ao mesmo tempo exemplificava a prática da caridade aliviando os seus sofrimentos. Convenhamos que a explanação dos princípios morais é muito importante, mas a prática é o meio mais convincente de se ensinar o amor e a humildade.

Passista – Olha, meu amigo, o que mais me intriga é: por que curar as doenças, se elas podem retornar caso o doente não se modifique intimamente?

Magnetizador – Se observarmos ao nosso redor e se pararmos para pensar um pouco, vamos encontrar diversos fatores no meio físico que podem arruinar o organismo. A bebida e o cigarro, por exemplo. Temos ainda a falta de higiene, a desnutrição e o excesso de comida, entre outros. E mesmo admitindo que todas as doenças sejam geradas pelas falhas do Espírito, o que devemos fazer com os médicos, psicólogos e toda a classe de profissionais que tratam das doenças na Terra? Devemos acabar com todas estas profissões? E quanto aos outros tipos de dificuldades materiais existentes no planeta? Devemos dar as costas para elas? Não devemos auxiliar os famintos e os desnudos? Devemos entregar à própria sorte os desempregados, com a justificativa de que a provação deles retornará se não fizerem a transformação moral? Você não acha que este tipo de pensamento seria o fim das iniciativas caritativas beneficentes? Ademais, não podemos garantir que uma doença retornará depois que for curada. Não haverá casos em que o momento da busca de uma forma de tratamento pode representar o momento do término da expiação?7

Passista – Eu só sei que ser magnetizador é muito complicado. A gente precisa é aplicar os passes com amor.

Magnetizador – O importante não é que uma coisa seja simples ou complexa, mas que seja eficiente. Quando amamos nos esforçamos para fazer o melhor pelos outros.

Passista – Bom, eu vou indo, pois preciso chegar em casa. Até outro dia.

Magnetizador – Até mais. Assim terminou o diálogo entre os dois amigos que, apesar de terem uma origem comum de conhecimentos, que é o Espiritismo, e serem espíritas há bastante tempo, possuem formas tão díspares de pensar. A diferença talvez esteja em que o passista se esqueceu de compulsar e refletir com mais profundidade no que escreveu Allan Kardec.

Referências;

1. Revista Espírita, junho de 1858
2. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIX; O Livro dos Médiuns, cap. VIII, item 131 e cap. XIV, item 176; Revista Espírita, setembro de 1865
3. O Livro dos Médiuns, cap. XIV, item 176
4. A Gênese, cap. XIV, item 33
5. O Livro dos Espíritos, questão 555; Revista Espírita, março de 1858 e janeiro de 1869.
6. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item V.
7. Vale a pena ler toda a mensagem do Espírito Bernardino, publicada n’O Evangelho Segundo o
Espiritismo, cap. V, item 27, intitulada “Dever-se-á pôr termo às provas do próximo?”


JORNAL VORTICE - ANO VII, Nº 02 -  Julho - 2014

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