segunda-feira, 26 de maio de 2014

DESOBSESSÃO

Editorial
Jornal O Clarim Maio 2014

Para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para o livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros.
O auxílio destes se faz indispensável, quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque aí não raro o paciente perde a vontade e o livre-arbítrio. (Ev. XXVIII 81)(1)

Nos casos de obsessão grave, o obsidiado se acha como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares. É desse fluido que importa desembaraçá-lo. Mas não basta; necessário, sobretudo, é que se atue sobre o ser inteligente, ao qual se possa falar com autoridade, que só existe onde há superioridade moral. (Ev. XXVIII 81)(1)

Para garantir-se a libertação, cumpre induzir o Espírito perverso a renunciar aos seus maus desígnios; fazer que nele despontem o arrependimento e o desejo do bem, por meio de instruções habilmente administradas, objetivando a sua educação moral.
Pode-se então lograr a dupla satisfação de libertar um encarnado e de converter um Espírito imperfeito. (Ev. XXVIII 81)(1)

A tarefa se apresenta mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a sua situação, presta o concurso da sua vontade e da sua prece.
Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar de quem haja de atuar sobre o Espírito obsessor. (Ev. XXVIII 81)(1)

Os meios de se combater a obsessão variam, de acordo com o caráter que ela reveste.
O médium que está a haver-se com um Espírito mentiroso tem que provar ao Espírito que não está sendo iludido e cansar-lhe a paciência, demonstrando paciência para com ele.
Desde que se convença de que está a perder tempo, retirar-se-á, como fazem os importunos a quem não se dá ouvidos.

Isto, porém, nem sempre basta e pode levar muito tempo, porquanto Espíritos há tenazes, para os quais meses e anos nada são.
Além disso, portanto, deve o médium dirigir um apelo fervoroso ao seu anjo bom, assim como aos bons Espíritos que lhe são simpáticos, pedindo-lhes que o assistam.
Quanto ao Espírito obsessor, por mau que seja, deve tratá-lo com severidade, mas com benevolência e vencê-lo pelos bons processos, orando por ele.
Se for realmente perverso, a princípio zombará desses meios; porém, moralizado com perseverança, acabará por emendar-se.

É uma conversão a empreender, tarefa muitas vezes penosa, ingrata, mesmo desagradável, mas cujo mérito está na dificuldade que ofereça e que, se bem desempenhada, dá sempre a satisfação de se ter cumprido um dever de caridade e, quase sempre, a de ter-se reconduzido ao bom caminho uma alma perdida. (L.M. 249)(2)
Trata-se de lutar contra um adversário. Ora, quando dois homens lutam corpo a corpo, é o de músculos mais fortes que vencerá o outro. Com um Espírito não se luta corpo a corpo, mas de Espírito a Espírito; e ainda o mais forte será o vencedor. Aqui a força está na autoridade que se pode exercer sobre o Espírito e tal autoridade está subordinada à superioridade moral. (R.E., “Estudos sobre os possessos de Morzine”, dezembro de 1862)(3)

O tratamento consiste numa tríplice ação: a) a ação fluídica, que liberta o perispírito do doente da pressão do Espírito malévolo; b) o ascendente exercido sobre este último pela autoridade que sobre ele dá a autoridade moral; c) a influência moralizadora dos conselhos que se lhes dá. (R.E., “Novos detalhes sobre os possessos de Morzine”, agosto de 1864)(3)
Para agir eficazmente sobre um obsessor, é preciso que os que o moralizam e o combatem pelos fluidos valham mais que ele. O poder dos fluidos está em relação direta com o adiantamento moral daquele que o emite.

1. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
2. _________. O Livro dos Médiuns.

ESPIRITISMO E FILOSOFIA

Por: Jorge Cordeiro

O nome filosofia vem do grego e significa “amor à sabedoria”. A Filosofia, segundo o novo Dicionário Aurélio, “é um estudo que se caracteriza pela intenção de ampliar incessantemente a compreensão da realidade (...)”.

O filósofo era na antiguidade o representante da busca pelo saber. E o que ele estudava? No entender dos filósofos: “tudo”. A Filosofia é um estudo que tem por finalidade ampliar o nosso conhecimento da realidade, e tem por objeto de estudo o homem e o universo. A diferença entre a Filosofia e a Ciência é que enquanto a Ciência busca conhecer muito sobre um tema específico, a Filosofia avalia toda uma vastidão de conhecimentos para encontrar uma síntese desses fenômenos. A Filosofia pode também ser diferenciada pelo instrumento de pesquisa, pelo método e pela finalidade.

Enquanto a Ciência utiliza-se dos mais variados instrumentos, como, telescópios, microscópios, computadores, etc. A Filosofia utiliza basicamente a razão, o raciocínio puro, como instrumento de pesquisa da verdade.

O método em sua essência se utiliza da indução e da dedução. O primeiro, através dos fatos, descobre os princípios primeiros; o segundo ilumina os fatos com os princípios primeiros, para compreendê-los melhor.

A Filosofia não está voltada para fins práticos como a Ciência. Ela tem como único objetivo o conhecimento e por extensão, a verdade em si mesma.

Apesar de todas as coisas serem suscetíveis de pesquisa filosófica, alguns problemas são de preferência, estudadas pela Filosofia: a Lógica (se ocupa do problema da exatidão do raciocínio); a Epistemologia (o valor do conhecimento); a Metafísica (do fundamento último das coisas em geral); a Ética (a origem e natureza da lei moral, da virtude e da felicidade); A Teologia (da existência e natureza de Deus e das relações com os homens); a Estética (do problema do belo e da natureza e função da arte); e a Axiologia (o problema dos valores); Cosmologia (a constituição essencial das coisas materiais, da sua origem e de seu devir).

As teses fundamentais que integram a Doutrina Espírita encontram-se no “O Livro dos Espíritos”, as quais podem ser identificadas com as principais categorias filosóficas.

A Filosofia Espírita apesar de se encaixar dentro dessas categorias, não é propriamente um saber clássico. Em muitas de suas facetas ela é um assunto novo e vibrante. Primeiramente, o Espiritismo aborda um Universo dual, com um componente material e outro espiritual. Com isto se abre diante de nós toda uma gama de possibilidades de estudo. Neste Universo espiritual habitam espíritos, que são criados simples e puros, para evoluírem e aprenderem com seus próprios erros e experiências, trilhando um longo caminho até compreender a relação entre Deus e o Homem, alcançando uma harmonia entre o conhecimento, a moral e a inteligência. O espírito e o espiritual, certamente não fazem parte desta filosofia tradicional, por isso podemos falar de uma nova filosofia que se nos mostra: “a Filosofia Espírita”, possuidora de uma cosmologia, uma metafísica e uma ética próprias, apesar de baseada na ética cristã.

Para Jon Aizpúrua (2000) o Espiritismo é:

Uma filosofia deísta, porque reconhece a existência de Deus como força inteligente e causa primária de todas as coisas;

Uma filosofia espiritualista, porque afirma a existência do espírito como princípio independente da matéria, assim como sua sobrevivência após a morte;

Uma filosofia evolucionista, porque admite que a evolução é a lei que rege o Universo, presidindo todas as transformações, tanto de ordem física como de ordem espiritual;

Uma filosofia científica, uma filosofia racionalista e humanista, porque coloca o ser humano e as suas necessidades no centro de suas atenções.

Devemos nos lembrar que a Filosofia Espírita não é um alimento somente para o intelecto, mas também para a alma que sente e sofre, que presencia a alegria mas às vezes sucumbe à tristeza. Lembremos o que disse Kardec (1995, p.483):

“Mesmo os que nenhum fenômeno têm testemunhado, dizem: à parte esses fenômenos, há a filosofia, que me explica o que NENHUMA OUTRA me havia explicado. Nela encontro, por meio unicamente do raciocínio, uma solução racional para os problemas que no mais alto grau interessam ao meu futuro. Ela me dá calma, firmeza, confiança; livra-me do tormento da incerteza. Ao lado de tudo isto, secundária se torna a questão dos fatos materiais.”


Bibliografia:
Aizpúra, Jon (2000). Os fundamentos do espiritismo. São Paulo, CEJB.
Ferreira, Aurélio (1999). Novo Aurélio – século XXI. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira.
Kardec, Allan (1995). O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro, FEB.
Mondin, B. (1987). Introdução à Filosofia. São Paulo, Edições Paulinas.

Postado por Livraria Cristal às 16:22


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quinta-feira, 3 de abril de 2014

BIOGRAFIA - WILLIAM CROOKES

William Crookes  (1822 - 1919)
As pesquisas sobre os fenômenos do Espiritismo efetuadas por Sir William Crookes durante os anos de 187O a 1874 constituem um dos mais significativos eventos da história do movimento.

Sir William Crookes era figura proeminente no mundo científico. Eleito Membro da Sociedade Real em 1863, recebeu dessa organização em 1875 a Royal Gold Medal, por suas várias pesquisas no campo da Física e da Química, a Davy Medal, em 1888, e a Sir Joseph Copley Medal em 19O4.

Foi nomeado Cavaleiro pela Rainha Vitória em 1897 e recebeu a Ordem do Mérito em 191O. Ocupou diversas vezes a cadeira de Presidente da Royal Society, da Chemicak Society, da Institution of Eletrical Engineers, Da British Association e da Society for Psychical Research.

Sua descoberta do novo elemento químico a que deu o nome de "Thallium", suas invenções do radiômetro, do espintariscópio e do tubo de Crookes representam apenas uma pequena parte de sua grande pesquisa. Em 1859 fundou o Chemical News, que editou, e em 1864 tornou-se redator do Quarterley Journal of Science.

Em 188O a Academia de Ciências da França lhe concedeu uma medalha de ouro e um prêmio de 3.OOO francos, em reconhecimento por seu importante trabalho. Nessa época, os fenômenos psíquicos estavam em moda na Europa e na América, desafiando as conhecidas leis da ciência e os cientistas. Crookes aceitou o desafio. Confessa o sábio que iniciou as suas investigações sobre fenômenos psíquicos pensando que tudo fosse truque. Seus colegas sustentavam o mesmo ponto de vista e ficaram satisfeitos com a atitude que ele havia tomado. Foi manifestada profunda satisfação porque a pesquisa ia ser conduzida por um homem altamente qualificado. Quase não duvidavam que aquilo que consideravam as falsas pretensões do Espiritismo fosse desmascarado. Disse um escritor da época: "se um homem como Mr. Crookes trata do assunto... em breve saberemos em que acreditar". Numa comunicação a Nature, o Dr. Balfour Stewart, mais tarde professor, elogiou a coragem e a honestidade que levou Crookes a tomar aquela resolução. O próprio Crookes assentou que era dever dos cientistas fazer tal investigação.

Durante quatro anos de experiências levadas a efeito com a médium Florence Cook e o Sr. Home foram observados os seguintes fenômenos: movimentos de corpos pesados com contato, mas sem esforço mecânico; fenômenos de percussão e outros sons da mesma natureza; movimentos de objetos pesados colocados a certa distância do médium; mesas e cadeiras elevadas do solo sem ninguém lhes tocar; elevação de corpos humanos; aparições luminosas; aparição de mãos luminosas ou visíveis à luz ordinária; formas e figuras de fantasmas; casos particulares parecendo indicar a ação de uma inteligência exterior; manifestações diversas de caráter complexo. Nessas experiências Crookes tirou 42 fotografias de Katie King (o espírito que comumente materializava-se nas reuniões).

Após exaustiva pesquisa Crookes publica o seu relatório, anexando a carta na qual pedia a Stokes, Secretário da Sociedade Real, que viesse ver as coisas com seus próprios olhos. Recusando-o, Stokes colocou-se exatamente na mesma posição daqueles cardeais que não quiseram ver as luas de Júpiter pelo telescópio de Galileu. Defrontando um fato novo, a ciência material se mostrou tão fanática quanto a teologia medieval.

Com a divulgação de suas opiniões a respeito dos fatos psíquicos, William Crookes recebeu da idiossincrasia dos pensadores contemporâneos a gargalhada do deboche, a bofetada da indiferença. Não obstante, o cientista prosseguiu com o mesmo entusiasmo, até que convocado a receber uma das mais altas homenagens da Coroa Britânica, o título nobiliárquico de "Sir", foi-lhe sugerido que abandonasse as teorias de ordem espiritista para afirmar que a sua conclusão fora o resultado de uma alucinação psicológica. A isso o eminente pesquisador contestou com altivez: "Cada dia que passa, à medida que os tempos se dobram sobre os anos, na razão direta em que se vão e são adquiridas experiências novas é maior certeza tenho a respeito da indestrutibilidade do espírito imortal, da realidade da vida após a morte e da grande fenomenologia espiritista, que nos coloca em contato com essa realidade: a vida espiritual".

Assim foi a vida de Crookes após suas pesquisas espirituais. As críticas maldosas e os elogios sinceros nunca mais estariam ausentes do seu cotidiano. Disseram ser ele apenas um velho apaixonado pela jovem Florence. Mas outros refutavam dizendo-se privilegiados por viverem em sua época e por serem ingleses.


Crookes brilha na história dos fenômenos psíquicos como o sábio que mais profundamente ousou adentrar-se no invisível através da pesquisa científica metódica, desvelando para o mundo leigo e acadêmico a existência de um outro mundo vasto e complexo, mas perfeitamente penetrável e palpável para os exploradores desarmados dos pueris preconceitos contra o mundo espiritual.

Fonte; http://www.gesp.org.br/biografias/biowilliam_crookes.htm


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sexta-feira, 14 de março de 2014

O PROBLEMA DO DESTINO

Uma questão que se apresenta para todos os seres humanos é o “porquê” do seu destino. Por que alguns são tão afortunados e outros não? Qual a razão de termos tantas diferenças de nascimento entre os seres humanos, principalmente a grande desigualdade dos talentos e das fortunas? Por que tanta diferença na vida, onde para uns parece sorrir a sorte e para outros tudo sair errado ?

A resposta para esta questão, intimamente ligada ao problema da existência da dor e do mal, parece impossível de ser encontrada pela mente ocidental. Como compatibilizar tanto sofrimento, tanta injustiça, com a existência de Deus?

Pois bem, a questão do destino não é tão complicada como se imagina ! Sua solução escapa dos pensadores quando estes restringem o seu próprio campo de visão, seja pelas doutrinas materialistas que professam – doutrinas que nada admitem além da morte – seja por apegarem-se a antigos dogmas religiosos, para os quais o homem vive apenas uma vez sobre a terra.

Uma vez que se admita a pré-existência do espírito, e sua jornada evolutiva através das reencarnações, o problema se coloca em outro prisma. Nosso destino atual nada mais é do que o resultado do que fizemos ontem e o nosso dia de amanhã será determinado pelo nosso modo de agir no agora. A lei de causa e efeito, dando a cada um conforme suas obras, estabelece o equilíbrio na criação e garante justiça para todos os seres.

O problema da existência do mal, também deixa de ser tão impressionante, para se revelar o resultado da existência em nosso planeta de uma população de espíritos endividados perante a lei eterna, recapitulando experiências difíceis, que deixaram de aprender pelos caminhos do bem. O mal, em si mesmo, é apenas o resultado da ausência de bem, da ignorância, do mesmo modo que as trevas são apenas a ausência de luz e não um poder antagônico a ela.

Determinando o destino, além da lei de “Causa e Efeito”, há a lei do “Progresso”, que impulsiona todos os seres para a perfeição. Na sua forma mais visível é esta lei que leva instintivamente todos os seres a buscarem a felicidade e a libertação do sofrimento. Nesta busca incessante desenvolvem suas capacidades e progridem.

Assim, o destino do homem é construído por ele mesmo. Da mesma forma o destino das sociedades é o resultado das ações coletivas de seus membros. A história, em essência, é o registro das causas e efeitos provocados ao longo do tempo pelo esforço das coletividades humanas em busca do progresso.

Como nem sempre o progresso intelectual é feito ao mesmo tempo que o moral, as circunstâncias variam enormemente na história dos povos. Grandes progressos intelectuais podem ser seguidos de grandes catástrofes morais. Outras vezes séculos de penúria material trazem grandes progressos morais. A trama do destino é complexa e seu conjunto completo escapa da nossa visão restrita. Presos ao plano material perdemos a visão dos atos intermediários que se passam no plano espiritual e não temos a capacidade de abranger em nossa análise todos os milênios de aprendizado que cada um de nós tem por detrás de si.

A filosofia Espírita respondendo ao problema do destino, coloca diante do homem a responsabilidade de mudá-lo. Se nós mesmos fazemos nosso destino, é a nós que cabe criar o mundo melhor do amanhã. Ao espírita não basta apenas o conhecimento, é imprescindível a vivência desse conhecimento.

Aproveitamos também este editorial, que trata do problema do destino, para homenagear Léon Denis, que no livro “O problema do ser, do destino e da dor” (titulo da tradução da FEB), trata longamente deste tema. É uma pena que as obras de Léon Denis não sejam mais amplamente conhecidas e estudadas, grande divulgador da Doutrina e grande filósofo, soube explorar com maestria os grandes problemas respondidos pelo Espiritismo e que podem mudar os rumos da humanidade.

Muita Paz,

Grupo de Estudos Avançados Espíritas
(Publicado no Boletim GEAE Número 451 de 11 de março de 2003 )


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