terça-feira, 20 de janeiro de 2015

POR QUE ALLAN KARDEC?


Silvio Seno Chibeni

Dogmatismo? Tradicionalismo? Fanatismo? Visão estreita? 

Vejamos:

1. A obra de Allan Kardec, quando analisada internamente, revela uma solidez lógica, uma racionalidade, uma limpidez argumentativa, uma coerência de fazerem inveja aos mais conceituados tratados filosóficos que a Humanidade possui;

2. Allan Kardec revelou, em tudo o que fez, uma prudência, um equilíbrio, uma sobriedade, um espírito positivo e despreconcebido, um bom senso, enfim, que singularizam sua figura entre todos os expoentes da cultura humana;

3. A obra de Allan Kardec, contrariamente ao que em geral acontece com outras que abordam os mesmos assuntos, está firme e amplamente baseada em fatos, cuidadosa e minuciosamente examinados à luz dos referidos critérios racionais; não surgiu entre as quatro paredes de um gabinete, mas de uma extensa convergência de informações;

4. Allan Kardec era possuidor de uma vasta erudição, transitando inteiramente à vontade pelos mais variados campos do saber – das ciências às artes, das filosofias às religiões – o que lhe permitiu trazer ao seu domínio de estudo os mais relevantes problemas que interessam ao homem, dentro de uma visão abarcante e integrada da realidade;

5. A obra de Allan Kardec apresenta-se dentro de padrões de clareza e objetividade tais, que não deixa nenhuma margem a ambigüidades e malentendidos, especialmente quanto aos pontos fundamentais;

6. Allan Kardec soube ser impessoal, separando com rigor suas opiniões pessoais e peculiaridades de sua vida privada do conhecimento doutrinário, que é independente e objetivo; jamais pretendeu a posse exclusiva e completa da verdade, nunca recusou um princípio pelo só fato de ter sido descoberto ou proposto por outrem, nunca hesitou em abandonar uma idéia quando provada errônea por argumentos insofismáveis;

7. A obra de Allan Kardec é incomparavelmente abrangente, ocupando-se desde os fatos mais palpáveis, destacadamente os relativos à sobrevivência do ser, até as mais profundas investigações da ética, passando pelo exame lúcido das grandes questões filosóficas que ao longo das eras têm desafiado o raciocínio do homem; 

8. Allan Kardec tem sido confirmado, por fontes independentes e fidedignas, como um grande emissário de Jesus, especialmente escolhido por Ele para concretizar na Terra a Sua promessa do envio do Consolador,1 que nada mais é do que o Espiritismo, que veio para nos ensinar todas as coisas (o esclarecimento abundante que traz), para nos fazer lembrar tudo o que Jesus nos disse (a sanção e explicação que ele nos dá dos Evangelhos), e que estará sempre conosco (a perenidade do Espiritismo);

9. A obra de Allan Kardec não é uma estrutura estática e fechada, mas sim dinâmica e aberta a complementações futuras, incorporando a característica da
progressividade, essencial a todo sistema científico ou filosófico que não pretenda ser sepultado pelas constantes e inevitáveis descobertas de fatos novos e pela ampliação geral do conhecimento humano;

10.Allan Kardec testemunhou em todos os atos de sua vida a sua condição de Espírito de escol: jamais prejudicou a alguém; só com o bem retribuiu as ingratidões, ofensas e calúnias com que em vão tentaram embaraçar-lhe os passos; doou-se por completo à grande obra de educação dos homens que é o Espiritismo: a ela sacrificou o conforto, o repouso, os bens materiais, a saúde e até a própria vida.

Estudemos com seriedade essa obra. Conheçamos de perto esse autor. 2 Depois, comparemo-los à obras e autores que os pretendam superar. Quais se poderão gloriar de fazer-lhes frente em apenas algumas das dez característicasenumeradas (para não dizer em todas)?

Retornemos, por fim, à questão: Por que Allan Kardec? Talvez já não seja difícil respondê-la...3

1 Cf. Evangelho de João, cap. 14.

2 Para uma visão precisa, detalhada e completa da personalidade de Allan Kardec, bem como das origens, dimensões e significado de sua obra, consulte-se o livro Allan Kardec (3 vols.), de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, editado pela Federação Espírita Brasileira em 1979/80.

3 Para uma exposição do caráter legitimamente científico (à luz da moderna filosofia da ciência) do desenvolvimento de uma atividade de pesquisa em torno de um núcleo de princípios básicos (como o Espiritismo o faz em relação aos princípios fundamentais da obra de Allan Kardec), veja-se o artigo “Espiritismo e ciência”, em Reformador de maio de 1984. (Nota do Autor em outubro de 1998: Para o mesmo tema, ver também os artigos “A excelência metodológica do Espiritismo” e “O paradigma espírita”, publicados na mesma revista, números de novembro e dezembro de 1988 e junho de 1994, respectivamente.)

Artigo publicado em Reformador, abril de 1986, pp. 102-3. Disponível em www.geeu.net.br


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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

MAGNETISMO PESSOAL, estudos de Henri Durville - parte I

HENRI DURVILLE

Ana Vargas
anavargas.adv@uol.com.br

“O magnetismo pessoal amplia nossos meios de ação, multiplica nossos êxitos na vida. Por meio dele, entramos em contato com as energias que nos rodeiam, com as simpatias que flutuam, indecisas e incertas, em torno de nós. Nós dominamo-las, prendemo-las, incorporamo-las. Elas engrandecem nossa individualidade; e nossas forças pessoais, assim ampliadas e intensificadas, atuam com maior eficácia no âmbito que lhes é assinalado.” W.W. Atkinson, in A Força do Pensamento.

Parece-nos tão recente a importância de estudar anatomia para trabalhar com passes e o fazemos, regra geral, pensando em doenças, e isso, de fato é importante. Mas ela já era citada pelos autores clássicos de magnetismo, e, entre aquelas muitas “coincidências da vida”, outro dia deparei-me em um mercado de pulgas com um exemplar de “A usina humana”, de Henri Durville, edição de 1936. Em que pese a ortografia de então, a leitura é muito boa e as ideias enriquecedoras, por isso compartilharei alguns trechos com os amigos interessados no tema. O enfoque é o da saúde, das forças pessoais, seu uso e bem-estar.

É interessante o pensamento de Henri Durville1 a respeito da necessidade de tomarmos consciência do que ocorre inconscientemente em nosso organismo. Ele defende que o iniciado em magnetismo deve buscar o mais amplo autodomínio, compreendendo o corpo, o consciente e o inconsciente. Diz ele: “Alguns querem disciplinar o inconsciente, suprimindo, quer o instinto sexual,
quer mesmo todos os desejos, para alcançarem o nirvana búdico.
Outros, enfim, só se interessam pelos fenômenos superiores do espírito: atenção, reflexão, juízo, raciocínio, vontade. Nenhum deles considera o ser humano na sua totalidade, quando um equilíbrio perfeito só pode ser obtido pelo desenvolvimento progressivo, regular, de todas as partes que compõe este conjunto, porque cada uma destas partes governa as outras e elas se acham sob dependência mutua. (...) O que eu desejo é desenvolver harmoniosamente todas as partes de vosso ser. Ficai certo que nenhum insucesso deve temer aquele que sabe e quer perseverar, seguro de atingir o fim que se propôs”.

O desenvolvimento pessoal do magnetizador é uma proposta de vida, não é um módulo ou um tema em cursos e seminários. É tomada de consciência lenta e progressiva acompanhada de tantas mudanças quantas sejam necessárias fazer. O trabalho de Henri Durville acrescenta importante material nesse longo tema. Proposta abrangente, ele a inicia, como não poderia deixar de ser, pelo princípio: o corpo humano. “Vosso corpo é como uma usina onde
há operários que fabricam, sem cessar, produtos novos, ideias, sentimentos, enquanto outros reparam e conservam o mecanismo”.

“A primeira engrenagem é constituída pelo aparelho digestivo, com suas diferentes partes: boca, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. O fim dessa parte da usina humana é transformar os alimentos em quimo, depois em quilo, líquido espesso e branco que passa pelos vasos quilíferos, depois por um vaso linfático (isto é, contendo a linfa, líquido espesso e branco, composto semelhante ao sangue). Este vaso é o canal torácico que,
partindo do abdome, vai deitar seu produto na veia subclávia esquerda, isto é, na corrente circulatória.

A este aparelho digestivo está anexo um grande escritório de  fiscalização, uma grande usina química, o fígado, que vigia os produtos da digestão, emulsiona as gorduras dos alimentos, prepara as gorduras próprias, fornece aos sucos alimentares tudo o que lhes falta e transforma tudo o que lhes seria prejudicial. O fim do aparelho digestivo é, pois, a formação da linfa e do sangue.
Henri Durville
1 Henri Durville (1887-1963), filho de Hector Durville, professava em sua escola, o que ele chamou de "os princípios da física dinâmica", onde mostrou a diferença entre magnetismo animal e hipnotismo. Seus estudos foram extremamente avançados, e de acordo com François R. Dumas, em seu livro "História da vara mágica", os estudos de Henri Durville abriram novos horizontes, especialmente em suas investigações sobre sonambulismo e a ação nos nervos centrais.
Hector Durville (1848 - 1923). Magnetizador, investigador metapsíquico e escritor francês. Continuador da obra do barão du Potet e de Mesmer. 
   

A linfa contém os leucócitos ou fagócitos (...). Estes fagócitos são os agentes de polícia de nosso corpo. Em toda parte onde o organismo está ameaçado de uma invasão de micróbios, os fagócitos, embora não tenham pernas, com uma extrema rapidez, atiram-se sobre os assassinos do organismo, e fazem-nos desaparecer, quer absorvendo-os, que sacrificando-se, morrendo para formar uma trincheira em torno do mal que nos ameaça e criar um abcesso.

Por outra parte, o intestino rejeita as matérias que não puderam ser assimiladas, e essas excreções têm uma importância capital, elas devem ser regulares (...).

Uma vez formado o sangue, é necessário que vá alimentar todo o organismo. Para enviá-lo até as extremidades do corpo e para retirá-lo em seguida, estamos munidos de uma bomba, ao mesmo tempo aspirante e premente: o coração. Os vasos que transportam o sangue fresco e nutritivo para todos os órgãos são, em geral, as artérias; aqueles que o reconduzem, são as veias. Compreendei que uma higiene do coração e dos vasos sanguíneos é indispensável.
(...)

Assim como o fígado é o escritório de fiscalização das funções digestivas, os rins servem para filtrar as impurezas do sangue, para desembaraçá-lo dos venenos ou toxinas que ele contém. Por outra parte, nós temos, na superfície da pele, as glândulas sudoríparas, ou produtoras de suor, que desempenham uma função análoga a dos rins. Compreende-
se que deve ser evitado a estes todo excesso de trabalho. Evitai-lhes o terem que vos desembaraçar de álcool, isto é, não bebei álcool; é preciso, por outro lado, permitir-lhes que funcionembem, dar-lhes líquidos em quantidade suficiente e de qualidade excelente.

 O sangue que alimentou vossos órgãos, que reparou vossa máquina, está carregado de todas as suas impurezas; sobre vossos glóbulos fixou-se o ácido carbônico. É preciso que ele seja substituído pelo oxigênio do ar. Vossa vida é uma combustão; deveis alimentar vossa flama.
Respirar bem é preparar-se, pois, para bem viver. Deveis aumentar, na medida necessária, a capacidade de vossos pulmões; deveis estar vigilante com relação ao cubo de ar que lhe forneceis, bem como com a sua qualidade. Procure o sol, que mata os micróbios, e, em particular o bacilo de Koch, que origina a tuberculose. (...) Deixe sempre que possível vossas janelas abertas. Assim, o sangue azul escuro de vossas veias, carregado de todos os vossos miasmas, se transformará em um belo sangue vermelho, capaz de alimentar copiosamente vosso plasma nervoso.

Chegamos à função essencial de vossa máquina. Vosso corpo é percorrido até a pele por uma multidão de filetes nervosos, a princípio infinitamente pequenos, terminados na pele por corpúsculos de formas diversas, encarregados de funções especiais. Estes filetes delgados se reúnem.
São fios telegráficos, dos quais uns transmitem ao cérebro as informações fornecidas por vossos sentidos e vossa pele, outros levam aos músculos as ordens do cérebro.
Todos esses filetes vão se confinar e convergir à medula espinhal a qual se alonga até o cerebelo e o encéfalo.
Este sistema constitui vossa rede telefônica. É ele que vos permite perceber as sensações, realizar os movimentos, pensar e agir.

Há outro sistema também importante em seu gênero e formado de maneira toda diferente: é o que permite a todos os vossos órgãos – digestivos, circulatórios, respiratórios – funcionarem; é o grande simpático. Ele forma uma
espécie de circuito fechado, ligados ao grande sistema nervoso central somente por dois nervos. Assim, se explica o fato de que vivemos mal informados sobre o que se passa em nossas vísceras. Veremos porque assim é necessário. Ao longo desse circuito encontram-se em grande quantidade os gânglios nervosos. São centros inferiores de onde partem diretamente ordens regulares que governam os órgãos do tronco. Estes órgãos formam, em vários lugares, uns ajuntamentos entrelaçados, de onde o seu nome de plexos (de plecto: enlaço).

Os dois mais importantes são o plexo cardíaco, na altura do coração, e o plexo
solar, ao nível do estômago. Os gânglios do duplo cordão que limitam o grande
simpático se correspondem regularmente e estão situados de cada lado da raque ou coluna vertebral.
Há, pois, em nós dois quadros ou, como se diz hoje, dois centros telefônicos:
Um, o centro cerebral, liga todos os pontos do nosso corpo aos nossos emisférios cerebrais, por uma dupla linha, uma de ida, outra de volta. Nelas as comunicações são muito rápidas. Trata-se, com efeito, de uma parte, de guiar nossos movimentos musculares para evitar todos os perigos; de outra parte, de preparar, por combinações novas, uma adaptação sempre mais perfeita do organismo no meio do qual nós evoluímos. As forças que permitem esta adaptação têm sido chamadas: razão, ciências, artes, indústrias.

De outra parte, o segundo quadro ou centro do grande simpático dirige todas as nossas funções vitais internas: digestão, circulação, respiração. Ora, aqui, não há necessidade de interrupção brusca; tudo deve ser regular, sem cessar idêntico a si mesmo. Não se deve permitir a força nervosa que perturbe esta parte do sistema nervoso. Um bom contramestre não é aquele que transforma as ordens de seu diretor, mas o que as executa com pontualidade.

Ao primeiro centro (cérebro e órgãos anexos) se liga tudo o que é consciente,tudo o que sabemos e vemos claramente, quer a propósito de nós mesmos, quer a propósito do mundo exterior. Ao segundo centro (grande simpático) corresponde tudo o que se relaciona com os nossos aparelhos internos em nosso tórax ou abdome, tudo o que assegura a regularidade de nossa vida fisiológica, tudo o que pouco sabemos e mal conhecemos de nós mesmos, tudo o que deveríamos conhecer melhor para assegurar a regularidade de nossa vida, de nossa saúde, de nossa felicidade.”(grifos do original)

Para não tornar excessivamente longo esse compartilhamento de informações,
seguirei o texto de Durville na próxima edição, abordando seu estudo a respeito
do inconsciente.

Fonte; JORNAL VORTICE - ANO VII, Nº 07 - dezembro - 2014
Feliz 2015 aos amigos que nos acompanham no Vórtice!


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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

COMO MOISÉS ATRAVESSOU O MAR VERMELHO

O filme “Êxodo”, do diretor Ridley Scott, estreia no dia 25 de dezembro no Brasil. 20th Century Fox

“Êxodo: Deuses e Reis”, o filme do diretor Ridley Scott que chega aos cinemas brasileiros em 25 de dezembro, vai mostrar, é claro, o mais famoso de todos os milagres bíblicos: a travessia do Mar Vermelho. Mas sua representação será bem diferente daquela feita no clássico “Os Dez Mandamentos”, de Cecil B. DeMille. No filme de 1956, Charlton Heston, que fez o papel de Moisés, divide o mar em duas grandes muralhas de água, entre as quais os filhos de Israel cruzam o leito seco do mar até a praia oposta. O exército do faraó persegue os fugitivos e acaba sendo engolido pelo mar, quando Moisés faz um sinal para as águas se fecharem novamente.

Scott disse que sua nova versão da história terá uma explicação mais realista e natural sobre o que aconteceu e não dependerá de Moisés para pedir a intervenção miraculosa de Deus. O diretor decidiu que as águas se “abrirão” em consequência de um tsunami provocado por um terremoto. Antes de um tsunami ser deflagrado, as águas costeiras geralmente recuam, deixando o leito do mar praticamente seco até a onda gigante chegar.

Mas há problemas com essa versão da história também. O tempo em que as águas recuam antes da chegada de um tsunami geralmente dura apenas 10 ou 20 minutos, muito pouco para que todos os filhos de Israel cruzassem o leito temporariamente seco. E também não haveria jeito de Moisés saber que um terremoto e um tsunami iriam acontecer, ao menos que Deus contasse a ele. Nesse caso, porém, a história manteria algum elemento milagroso.

Há uma explicação natural muito melhor de como uma passagem através do Mar Vermelho pode ter ocorrido. Essa teoria envolve a maré, fenômeno natural que poderia ter se encaixado perfeitamente no plano de Moisés, porque ele seria capaz de prever a sua ocorrência.

Em certos lugares do mundo, a maré pode deixar o leito do mar seco durante horas e depois voltar com ímpeto. De fato, em 1798, Napoleão Bonaparte e um pequeno grupo de soldados a cavalo cruzaram o Golfo de Suez, na ponta norte do Mar Vermelho, quase no mesmo local onde Moisés e os hebreus teriam atravessado.

Numa extensão de mais de um quilômetro de águas baixas, a maré voltou repentinamente, quase afogando Napoleão e seus soldados.

Na versão bíblica, os filhos de Israel estavam acampados na costa ocidental do Golfo de Suez quando avistaram as nuvens de poeira geradas pelas bigas do Faraó. Os hebreus estavam encurralados entre o exército do Faraó e o Mar Vermelho. Por outro lado, as nuvens de poeira foram provavelmente um sinal importante para Moisés, que pôde calcular quanto tempo o exército levaria para chegar à praia.

Na infância, Moisés havia vivido no deserto próximo e sabia onde as caravanas atravessavam o Mar Vermelho na maré baixa. Ele conhecia o céu noturno e os métodos antigos de prever a maré, baseado na localização da lua e sua fase. O faraó, ao contrário, vivia ao longo do Rio Nilo, que é conectado ao Mar Mediterrâneo, onde praticamente não há marés. Assim, o exército faraônico provavelmente tinha pouco conhecimento das marés do Mar Vermelho e de seus perigos.

Com o conhecimento das marés, Moisés pôde planejar a fuga dos hebreus. Ao escolher a lua cheia para a fuga, ele sabia que a maré baixa seria maior e o leito do mar ficaria seco por mais tempo, dando tempo para os hebreus atravessarem. A maré alta também seria maior, podendo mais facilmente submergir o exército do faraó.

O cálculo do tempo foi crucial. O último hebreu tinha que cruzar o leito seco antes da maré voltar, atraindo o exército do faraó para a leito exposto do mar, onde eles se afogariam quando as águas da maré voltassem. Se as bigas chegassem antes de a maré voltar, Moisés teria planejado alguma maneira de retardá-las. Se o exército chegasse depois de a maré ter voltado, ele teria atravessado os hebreus e depois, na próxima maré baixa, enviado alguns de seus melhores homens através do leito seco para atrair as bigas do faraó.

A Bíblia cita um forte vento leste que soprou a noite toda e afastou as águas. A física oceânica nos conta que o vento soprando sobre um trecho raso de água afasta mais as águas que um vento soprando sobre águas profundas. Se o vento, por acaso, soprou antes dos hebreus cruzarem o Mar Vermelho, ele teria ajudado ainda mais a expor o leito do mar.

Em 1798, quando Napoleão quase se afogou ao norte do Golfo de Suez, a água aumentava normalmente entre 1,5 a 2 metros na maré alta (atingindo até 3 metros com a ajuda do vento). Mas há evidências que o nível do mar era mais elevado na época de Moisés. Então, se esse foi mesmo o caso, a história real da travessia dos hebreus não precisa de muito exagero para incluir muralhas de água caindo sobre os egípcios.

Vale a pena citar outra evidência. Minha sugestão de que Moisés planejou a travessia do Mar Vermelho na maré baixa não é inteiramente nova. O escritor Eusébio de Cesareia (236 – 339 D.C.) cita duas versões da história da travessia do Mar Vermelho relatadas pelo historiador egípcio Artapanus (80 – 40 A.C.). Uma delas, contada pelo povo de Heliópolis, é semelhante ao relato da Bíblia. Mas a segunda versão, contada pelos habitantes de Memphis, diz que “Moisés, conhecendo o país, esperou a maré baixar e conduziu o povo através do mar seco”.

Se a maré realmente desempenhou um papel na travessia do Mar Vermelho por Moisés, ela pode ser considerada a mais notável e consequente previsão de maré da história.

No site Portal do Espírito encontramos um link que também deve ser avaliado.

17/12/2014
Mar Vermelho: Arqueólogos descobrem RESTOS DO EXÉRCITO EGÍPCIO do êxodo bíblico


O Ministério do Egito anunciou esta manhã que uma equipa de arqueólogos subaquáticos tinha descoberto o que resta de um grande exército egípcio do século 14 aC, na parte inferior do Golfo de Suez, a 1,5 km do litoral da cidade moderna de Ras Gharib. A equipa foi em busca dos restos de navios e artefatos antigos relacionados com a Idade da Pedra e da Idade do Bronze comércio na região do Mar Vermelho, quando tropeçou numa gigantesca massa de ossos humanos escurecidos pela idade.

Os cientistas liderados pelo Professor Abdel Muhammad Gader e associados à Faculdade de Arqueologia da Universidade do Cairo, já recuperaram
 um total de mais de 400 esqueletos diferentes, assim como centenas de armas e peças de armadura, também os restos de dois carros de guerra, espalhados uma área de aproximadamente 200 metros quadrados. Eles estimam que mais de 5000 outros organismos poderiam ter seido dispersos por uma área maior, o que sugere que um exército de grande tamanho que pereceram no lugar.


Esta lâmina magnífica de um khopesh egípcio, foi certamente a arma de um personagem importante. Ela foi descoberta perto das ruínas de um carro de guerra condecorado, sugerindo que poderia ter pertencido a um príncipe ou nobre.
Muitas pistas sobre colhidas naquele lugar levou o Professor Gader e a sua equipa a concluir que os corpos poderiam estar ligados ao famoso episódio do Êxodo. Primeiro de tudo, os soldados antigos parecem ter morrido em terra seca, uma vez que não há vestígios de barcos ou navios encontrados na área. As posições dos corpos e o facto de que eles foram presos a uma grande quantidade de argila e rocha, implicam que eles poderiam ter morrido num deslizamento de terra ou em um maremoto.


O número de corpos sugere que um grande exército antigo pereceram no site e a maneira dramática pela qual eles foram mortos, ambos parecem corroborar a versão bíblica da travessia do Mar Vermelho, quando o exército do faraó egípcio foi destruído pelo retorno das águas que por ordem de Moisés se tinha tinham separado. Esta nova descoberta certamente prova que realmente havia um exército egípcio de grande tamanho que foi destruído pelas águas do Mar Vermelho, durante o reinado do rei Akhenaton.
  
Durante séculos, o famoso relato bíblico da "travessia marítima Mar Vermelho" foi omisso pela maioria dos estudiosos e historiadores como o mais simbólico do que histórico.

Esta descoberta surpreendente traz prova científica inegável que um dos episódios mais famosos do Antigo Testamento era de fato, baseado em um evento histórico. Ele traz uma nova perspectiva sobre uma história que muitos historiadores têm considerado há anos como uma obra de ficção, e sugerindo que outros temas como as "pragas do Egito" pode de fato ter uma base histórica.

Muito mais operações de pesquisa e mais de recuperação são de se esperar no site ao longo dos próximos anos, como Professor Gader e a sua equipa já anunciaram o seu desejo de recuperar o resto dos corpos e artefactos o Professor considerou o lugar mais ricos em termos arqueológicos subaquáticos já descoberto.

Autor: Bruce Parker - The Wall Street Journal
Fonte: Jorge Nassrallah
http://www.vademecumespirita.com.br/goto/store/texto/1101/como-moises-atravessou-o-mar-vermelho

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A DEGENERAÇÃO DO ESPIRITISMO                                       
CARTA DE ALLAN KARDEC AO PRÍNCIPE G.
A CIÊNCIA EM KARDEC
O QUE PENSA O ESPIRITISMO
ESPIRITISMO E FILOSOFIA
O PROBLEMA DO DESTINO
PIONEIRISMO E OPOSIÇÃO DA IGREJA
ESPIRITISMO Ou será científico ou não subsistirá
ESTUDO SEQUENCIAL OU SISTEMATIZADO?
CEM ANOS DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA
DIMENSÕES ESPIRITUAIS DO CENTRO ESPÍRITA
O ESPIRITISMO E A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
PRIMEIRO LIVRO DE ALLAN KARDEC TRADUZIDO PARA O BRASIL
O SEGREDO DE ALLAN KARDEC
A DIMENSÃO ESPIRITUAL E A SAÚDE DA ALMA
O ASPECTO FILOSÓFICO DA DOUTRINA ESPÍRITA
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O SILÊNCIO DO SERVIDOR
TALISMÃS, FITINHAS DO “SENHOR DO BONFIM” E OUTROS AMULETOS NUM CONCISO COMENTÁRIO ESPÍRITA
“CURANDEIROS ENDEUSADOS”, CIRURGIÕES DO ALÉM – SOB OS NARCÓTICOS INSENSATOS DO COMÉRCIO
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