quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

BIOGRAFIA - CHARLES LAFONTAINE



Em 1841, assistindo uma demonstração pública de magnetismo, o médico inglês James Braid, de Manchester, surpreso com as habilidades e os resultados alcançados pelo magnetizador Charles Lafontaine, interessa-se pelo assunto fazendo surgir o hipnotismo.

Foi neste ano que Lafontaine realizou diversas experiências com o intuito de provar os efeitos magnéticos sobre as plantas. Após tomar um gerânio que estava morrendo, o magnetizou conseguindo revivê-lo e mais, estimulando o seu crescimento e fazendo-o
florescer com mais abundância do que os outros gerânios que ali estavam plantados. Outros magnetizadores, seguindo os seus sucessos, realizaram outras experiências alcançando êxitos fabulosos com plantas, não somente curando-as, como também
tornando-as mais produtivas.

Nascido em Vendôme, França, em 1803, Charles Lafontaine participou da segunda geração de magnetizadores juntamente com o Barão du Potet, Aubin Gautier, Charpignon, Foissac, entre outros.

Foi um grande divulgador do magnetismo através das suas demonstrações itinerantes. O público, ao vê-lo, tomava-o por um curandeiro místico, um charlatão, levados pela sua aparência exótica para a época, um homem fisicamente grande, que se vestia sempre de preto e usava uma longa barba. Convenciam-se do seu potencial ao vê-lo
atuar sobre alguma pessoa, levando-a a uma extrema insensibilidade, mesmo quando submetida a choques ou queimaduras com velas.

Em 1854, ministrou cursos sobre magnetismo que eram frequentados por pessoas de alta instrução e de diversas profissões e religiões.
Além disso, publicava um jornal intitulado “Le Magnetiseur”. Escreveu ainda uma autobiografia e “L'art de magnétiser”, contendo resumos de suas observações.

Morreu em Genebra, Suíça, em 1892.

JORNAL VÓRTICE ANO I, N.º 04, SETEMBRO/2008


Leitura Recomendada;
 BIOGRAFIA - CHICO XAVIER - Traços biográficos - Nascimento - Sua iniciação espírita   (NOVO)
BIOGRAFIA - FRANÇOIS FÉNELON (1651-1715)                                              
BIOGRAFIA - ARTHUR CONAN DOYLE                                                        
BIOGRAFIA - LEOPOLDO MACHADO
BIOGRAFIA - LUIZ OLYMPIO TELLES DE MENEZES
BIOGRAFIA - DR. ADOLFO BEZERRA DE MENEZES
BIOGRAFIA - IRMÃS FOX
BIOGRAFIAS - ALGUNS VULTOS ESPÍRITAS DO BRASIL
BIOGRAFIA - ANÁLIA FRANCO                                            
BIOGRAFIA - CAÍRBAR DE SOUZA SCHUTEL
BIOGRAFIA - WILLIAM CROOKES
BIOGRAFIA - MARQUÊS DE PUYSÉGUR (1751-1825)
BIOGRAFIA - DEOLINDO AMORIM - O FILÓSOFO E DIDATA DO ESPIRITISMO
BIOGRAFIA - CESAR LOMBROSO CIENTISTA ESPIRITA
BIOGRAFIA - JOHN ELLIOTSON (1791 - 1868)
BIOGRAFIA - LOUIS ALPHONSE CAHAGNET
BIOGRAFIA - ERNESTO BOZZANO
BIOGRAFIA - CAMILLE FLAMMARION
BIOGRAFIA - LÉON DENIS
BIOGRAFIA - ALEXANDRE AKSAKOF - O GIGANTE DA LITERATURA ESPÍRITA
BIOGRAFIA - GABRIEL DELANNE
BIOGRAFIA - EURÍPEDES BARSANULFO: "HOMEM MAGNÉTICO"
BIOGRAFIA - O SÁBIO FRANÇOIS DELEUZE (1753 -1835)
BIOGRAFIA - BARÃO DU POTET (1796 – 1881)
BIOGRAFIA - MEIMEI (IRMA DE CASTRO ROCHA)
BIOGRAFIA - IRMÃ SCHEILLA
BIOGRAFIA - FRANCISCA JÚLIA SILVA POR CHICO XAVIER
BIOGRAFIA - A VIDA E A OBRA DE ALLAN KARDEC
BIOGRAFIA - AUTA DE SOUZA
BIOGRAFIA - MIRIAM - ESPÍRITO ALIMENTADO PELAS PROFECIAS DE ISRAEL
BIOGRAFIA - CESAR LOMBROSO
BIOGRAFIA - CARLOS JULIANO TORRES PASTORINO (1910 - 1980)
BIOGRAFIA - JOANNA DE ÂNGELIS
BIOGRAFIA - IRMÃO X
BIOGRAFIA - MADRE TERESA DE CÁLCUTA
BIOGRAFIA - MARIA DOLORES
BIOGRAFIA - CORINA NOVELINO
BIOGRAFIA - ZILDA GAMA
BIOGRAFIA - MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
BIOGRAFIA - YVONNE DO AMARAL PEREIRA
BIOGRAFIA - A VIDA E A OBRA DE ALLAN KARDEC
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2012/09/a-vida-e-obra-de-allan-kardec.html 

BIOGRAFIA - MARQUÊS DE PUYSÉGUR (1751-1825)

 Armand Jacques Chastenet de Puységur, ou simplesmente Marquês de Puységur (1751 – 1825), foi um dos maiores seguidores de Mésmer e de grande importância no desenvolvimento da ciência magnética.

Era um homem de posses e, tendo abraçado o Magnetismo com abnegação de quem realmente entendeu o seu significado e alcance, passou a atender a pobreza de forma gratuita, com espírito beneficente.

 Assim como o mestre Mésmer, Puységur, tendo­se retirado para as terras de sua propriedade em Buzancy, parto de Soissons, também utilizava uma árvore, antiga e verdejante, com um córrego lateral, de cujos galhos partiam cordas, com as quais a multidão, sentada em bancos, enlaçava a parte doente de seus corpos e se curava.

Muitos referem o titulo de descobridor do sonambulismo a Puységur porém, Mésmer já o conhecia, sabedor que era de todo o desdobramento possível do Magnetismo Animal. Deve-se ao Marquês de Puységur, entretanto, o primeiro uso do sonambulismo como “... instrumento para o diagnóstico das enfermidades, prescrição do tratamento e previsão da cura, por meio dos extraordinários efeitos da lucidez sonambúlica”(Paulo H. de Figueiredo, 2005).

As técnicas utilizadas para O tratamento eram aquelas aprendidas com Mésmer, no entanto, seus pacientes não entravam em convulsões mas, em crises mais suaves eu mesmo dormiam. Nem todos os pacientes detinham a faculdade do sonambulismo, porém aqueles que a possuíam bastava, muitas vezes, tocar um dos doentes para dizer-lhe a enfermidade de que sofria, o  órgão afetado, o tratamento a ser seguido, além da duração deste. Possuíam ainda a dupla vista, a visão à distância e a leitura do pensamento. Conforme explicações de Allan Kardec, algumas dessas informações poderiam ser fornecidas pelos Espíritos aos sonâmbulos, que as retransmitiam.

Vejamos, pelas palavras do próprio Marquês, o modo inesperado como o mesmo chegou a tomar contato como sonambulismo:  “Era um camponês, homem de 23 anos, acamado fazia quatro dias, por efeito de urna pneumonia. Eu ia vê-lo. A febre e acabava de diminuir. Após fazê-lo  levantar, eu o magnetizei. Qual  foi a minha surpresa vê-lo no fim de um quarto de hora adormecer, calmamente, em meus braços, nem convulsões nem dores! Ele falava e se ocupava bem de seus misteres. Quando eu supunha que suas  ideias deviam afetá-lo de forma desagradável, eu as detinha e procurava inspirar-lhe outras mais agradáveis. Para isso ou não precisava de grandes esforços e, então, eu o via contente, imaginando tirar um premio, dançar numa festa, etc.” “... Segundo ele,  não é necessário que eu toque todos os doentes: um olhar, um gesto, uma vontade é o bastante; e é um camponês, o mais limitado do país, que me ensina isso. Quando ele entra em crise, não conheço nada mais profundo, mais prudente e mais clarividente do que ele." (Ernest Bersot)


Chastenet de Puységur viveu mais de 70 anos dedicado, até onde pôde, à cura dos seus doentes, manifestando na pratica o poder do magnetismo aliado à vontade de quem realmente deseja ajudar.

Fonte; http://tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html


Leitura Recomendada;
BIOGRAFIA - CHICO XAVIER - Traços biográficos - Nascimento - Sua iniciação espírita   (NOVO)
BIOGRAFIA - FRANÇOIS FÉNELON (1651-1715)                                              
BIOGRAFIA - ARTHUR CONAN DOYLE                                                        
BIOGRAFIA - LEOPOLDO MACHADO
BIOGRAFIA - LUIZ OLYMPIO TELLES DE MENEZES
BIOGRAFIA - DR. ADOLFO BEZERRA DE MENEZES
BIOGRAFIA - IRMÃS FOX
BIOGRAFIAS - ALGUNS VULTOS ESPÍRITAS DO BRASIL
BIOGRAFIA - ANÁLIA FRANCO                                            
BIOGRAFIA - CAÍRBAR DE SOUZA SCHUTEL
BIOGRAFIA - WILLIAM CROOKES
BIOGRAFIA - CHARLES LAFONTAINE
BIOGRAFIA - DEOLINDO AMORIM - O FILÓSOFO E DIDATA DO ESPIRITISMO
BIOGRAFIA - CESAR LOMBROSO CIENTISTA ESPIRITA
BIOGRAFIA - JOHN ELLIOTSON (1791 - 1868)
BIOGRAFIA - LOUIS ALPHONSE CAHAGNET
BIOGRAFIA - ERNESTO BOZZANO
BIOGRAFIA - CAMILLE FLAMMARION
BIOGRAFIA - LÉON DENIS
BIOGRAFIA - ALEXANDRE AKSAKOF - O GIGANTE DA LITERATURA ESPÍRITA
BIOGRAFIA - GABRIEL DELANNE
BIOGRAFIA - EURÍPEDES BARSANULFO: "HOMEM MAGNÉTICO"
BIOGRAFIA - O SÁBIO FRANÇOIS DELEUZE (1753 -1835)
BIOGRAFIA - BARÃO DU POTET (1796 – 1881)
BIOGRAFIA - MEIMEI (IRMA DE CASTRO ROCHA)
BIOGRAFIA - IRMÃ SCHEILLA
BIOGRAFIA - FRANCISCA JÚLIA SILVA POR CHICO XAVIER
BIOGRAFIA - A VIDA E A OBRA DE ALLAN KARDEC
BIOGRAFIA - AUTA DE SOUZA
BIOGRAFIA - MIRIAM - ESPÍRITO ALIMENTADO PELAS PROFECIAS DE ISRAEL
BIOGRAFIA - CESAR LOMBROSO
BIOGRAFIA - CARLOS JULIANO TORRES PASTORINO (1910 - 1980)
BIOGRAFIA - JOANNA DE ÂNGELIS
BIOGRAFIA - IRMÃO X
BIOGRAFIA - MADRE TERESA DE CÁLCUTA
BIOGRAFIA - MARIA DOLORES
BIOGRAFIA - CORINA NOVELINO
BIOGRAFIA - ZILDA GAMA
BIOGRAFIA - MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
BIOGRAFIA - YVONNE DO AMARAL PEREIRA
BIOGRAFIA - A VIDA E A OBRA DE ALLAN KARDEC

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

BIOGRAFIA - LOUIS ALPHONSE CAHAGNET

LOUIS ALPHONSE CAHAGNET, considerado um dos pioneiros no uso do magnetismo para comunicar-se com os mortos através do sonambulismo induzido, reencarna na cidade de Caen, França em 1809. Em Arcanos da Vida Futura Desvendados (1848), Cahagnet compila artigos seus publicados em periódicos e que tratam de pesquisas referentes ao intercâmbio “mortos e vivos”, apresentando ao leitor importantes narrativas de sonâmbulos, a exemplo de Adèle Maginot. Esta descreve o funcionamento do mundo espiritual, sua organização, e, como correspondente dos espíritos, esclarece a existência do perispírito, explica noções básicas do magnetismo e muitos outros temas.

Em 1848 é fundada, por sugestão do espírito de Swedenborg, a “Sociedade dos Magnetizadores Espiritualistas” grupo formado por pessoas que participaram das pequisas realizadas por Cahagnet; mais tarde passaria a se chamar “Sociedade dos Estudantes Swedenborgianos”.
Respeitado no meio científico, podemos observar como Louis Alphonse Cahagnet contribuiu e beneficiou as pesquisas de inúmeros estudiosos do magnetismo, como exemplo, Michaelus em Magnetismo Espiritual, Gabriel Delanne (1857- 1926) em A Alma é Imortal, Silvino Canuto de Abreu (1892-1980) em O Livro dos Espíritos e sua
Tradição Histórica e Lendária, etc.

Certamente existiram aqueles que depreciaram seu trabalho. Seus opositores  afirmavam que a narrativa daqueles sonâmbulos não merecia crédito como prova material. Poderiam ser induzidos pelo comando do magnetizador ou por uma simples
transmissão de pensamento. Testemunhas que participavam dessas atividades confirmaram a veracidade das comunicações, pois muitas delas receberam informações de cunho pessoal.

Fala-se que Cahagnet não acreditava na reencarnação, pois suas raízes no catolicismo eram muito fortes, mas teve a certeza de que a comunicação com aqueles que já não estão conosco deste lado era possível e que a morte não existe.
Desencarna em 1885 na cidade de Argenteuil,França.

Produções Literárias: Santuário do Espiritualismo (1850), Luz dos Mortos (1851),

Tratamentos das Enfermidades (1851), Cartas Ódicas-magnéticas do Cavaleiro de Reichenbach (1853), Magia Magnética (1854), Revelações do Além-túmulo (1856), Estudo sobre o Homem (1858), Enciclopédia Magnética Espiritualista (1854-1861), Estudo sobre o Materialismo e o Espiritualismo (1869), Estudo sobre a Alma e o Livre Arbítrio (1880), Terapêutica do Magnetismo e do Sonambulismo (1883).

JORNAL VÓRTICE - ANO I, N.º 08, JANEIRO/2009


Leitura Recomendada;

BIOGRAFIA - CHICO XAVIER - Traços biográficos - Nascimento - Sua iniciação espírita   (NOVO)
BIOGRAFIA - FRANÇOIS FÉNELON (1651-1715)                                              
BIOGRAFIA - ARTHUR CONAN DOYLE                                                        
BIOGRAFIA - LEOPOLDO MACHADO
BIOGRAFIA - LUIZ OLYMPIO TELLES DE MENEZES
BIOGRAFIA - DR. ADOLFO BEZERRA DE MENEZES
BIOGRAFIA - IRMÃS FOX
BIOGRAFIAS - ALGUNS VULTOS ESPÍRITAS DO BRASIL
BIOGRAFIA - ANÁLIA FRANCO                                            
BIOGRAFIA - CAÍRBAR DE SOUZA SCHUTEL
BIOGRAFIA - WILLIAM CROOKES
BIOGRAFIA - MARQUÊS DE PUYSÉGUR (1751-1825)
BIOGRAFIA - CHARLES LAFONTAINE
BIOGRAFIA - DEOLINDO AMORIM - O FILÓSOFO E DIDATA DO ESPIRITISMO
BIOGRAFIA - CESAR LOMBROSO CIENTISTA ESPIRITA
BIOGRAFIA - JOHN ELLIOTSON (1791 - 1868)
BIOGRAFIA - ERNESTO BOZZANO
BIOGRAFIA - CAMILLE FLAMMARION
BIOGRAFIA - LÉON DENIS
BIOGRAFIA - ALEXANDRE AKSAKOF - O GIGANTE DA LITERATURA ESPÍRITA
BIOGRAFIA - GABRIEL DELANNE
BIOGRAFIA - EURÍPEDES BARSANULFO: "HOMEM MAGNÉTICO"
BIOGRAFIA - O SÁBIO FRANÇOIS DELEUZE (1753 -1835)
BIOGRAFIA - BARÃO DU POTET (1796 – 1881)
BIOGRAFIA - MEIMEI (IRMA DE CASTRO ROCHA)
BIOGRAFIA - IRMÃ SCHEILLA
BIOGRAFIA - FRANCISCA JÚLIA SILVA POR CHICO XAVIER
BIOGRAFIA - A VIDA E A OBRA DE ALLAN KARDEC
BIOGRAFIA - AUTA DE SOUZA
BIOGRAFIA - MIRIAM - ESPÍRITO ALIMENTADO PELAS PROFECIAS DE ISRAEL
BIOGRAFIA - CESAR LOMBROSO
BIOGRAFIA - CARLOS JULIANO TORRES PASTORINO (1910 - 1980)
BIOGRAFIA - JOANNA DE ÂNGELIS
BIOGRAFIA - IRMÃO X
BIOGRAFIA - MADRE TERESA DE CÁLCUTA
BIOGRAFIA - MARIA DOLORES
BIOGRAFIA - CORINA NOVELINO
BIOGRAFIA - ZILDA GAMA
BIOGRAFIA - MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
BIOGRAFIA - YVONNE DO AMARAL PEREIRA
BIOGRAFIA - A VIDA E A OBRA DE ALLAN KARDEC

CRISTIANISMO PRIMITIVO E DOUTRINA ESPÍRITA

“As raposas têm tocas e as aves dos céus, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.” (Mt., 8:20.)

SEVERINO CELESTINO DA SILVA

Todas as correntes religiosas cristãs se qualificam como seguidoras dos princípios morais e dos ensinamentos implantados por Jesus. No entanto, a maioria de seus adeptos não se dá ao trabalho de conhecer os outros princípios religiosos que buscam Jesus. Assim, recebem as informações incompletas, preconceituosas e destorcidas, ensinadas pelos diversos dirigentes e responsáveis por suas religiões.No que concerne ao Espiritismo, boa parte dos seus adeptos, embora aceitando os princípios da Doutrina e acompanhando a sua literatura, principalmente a de origem mediúnica, não se dedica ao estudo sistemático das obras básicas da Codificação e as que lhe são complementares e subsidiárias. O preconceito é a ausência de conceito, por isso o Mestre nos orienta, em João, 8:32, que busquemos a verdade, pois só assim nos libertaremos.

Ao refletirmos sobre o conteúdo do capítulo 8, versículo 20 do evangelho de Mateus, citado acima, encontramos motivos para um balanço reflexivo ao longo da história. Este balanço passa pela avaliação do que Jesus realmente pregou e do que se tem praticado, em seu nome, ao longo desses dois mil anos.
Jesus demonstra neste versículo como deveriam ser os seus seguidores: tomar como ensino fundamental que o reino dele não é deste mundo e ter, antes de tudo, desprendimento e desinteresse total por tudo o que é efêmero, principalmente os bens materiais.
Jesus não fundou igrejas ou nenhum outro tipo de edificação com finalidade de prática  religiosa.

A sua religião foi o amor caracterizado na simplicidade dos profundos ensinamentos, no atendimento e assistência ao necessitado em qualquer lugar.
Segundo Mateus, “Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda e qualquer doença ou enfermidade do povo.
A sua fama espalhou-se por toda a Síria, de modo que lhe traziam todos os que eram acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidades, bem como endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E Ele os curava”. (Mt., 4:23 e 24.)

Observemos a sua maneira de assistir e ajudar os sofredores e comparemos com o que raticam hoje, aqueles que se intitulam seus  seguidores. Será que estão seguindo e praticando realmente as obras de Jesus? Podemos descobrir, sem muita dificuldade, o quanto se encontram distantes do ensino do Mestre. O que chamam de religião é algo destoado ao longo da história pela imposição de dogmas e conceitos que não sintonizam com a mensagem do Evangelho do Mestre.
Muitas correntes religiosas costumam afirmar que a Doutrina Espírita não é uma religião.Sabemos que no aspecto característico constitucional, a Doutrina Espírita possui tríplice aspecto: filosófico, científico e religioso.

Por isso, o Espiritismo não é uma religião constituída nos moldes da maioria das religiões  dogmáticas e ritualistas tradicionais.
O seu aspecto religioso não possui hierarquia nem dogmas. Não possui rituais nem sacerdotes, nem pastores, nem dízimos, nem sacrifícios de animais, nem despachos, nem andores, nem cromoterapia, nem amuletos, nem queima de incensos, nem velas ou qualquer outro tipo de simpatia ou ritual.

O Espiritismo adota em sua totalidade os ensinamentos de Jesus buscando-os em sua essência e unindo-os ao “Fora da caridade não há salvação”, preconizado por Allan Kardec.
Quando analisamos as recomendações de Jesus, o Cristo, no evangelho de Mateus, capítulo 25 versículos 34 a 36, sobre o “Juízo Final”, verificamos o quanto estes ensinamentos são compatíveis com a Doutrina Espírita. “Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo.
Pois tive fome e me destes de  comer. Tive sede e me destes de beber. Era forasteiro e me recolhestes.

Estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e viestes me ver.” Esta é a grande receita de Jesus para os que querem segui-lo praticando os seus ensinamentos. A Doutrina Espírita está perfeitamente sintonizada com estes conceitos e orientações de Jesus na sua conduta de assistência aos necessitados do caminho. Através de suas creches, hospitais, sanatórios, asilos, abrigos, distribuição de enxovais e gêneros alimentícios, busca o Espiritismo a execução destas recomendações de Jesus.
As orientações feitas por Ele quando da escolha dos seus discípulos traz o verdadeiro roteiro a ser seguido: “Curai os doentes, purificai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça dai. Não leveis ouro, nem prata, nem cobre nos vossos cintos, nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado, pois o operário é digno do seu salário”. (Mt., 10:8-10.)

Estes versículos representam a base do Cristianismo nascente. A essência prática e o entendimento destes princípios parecem esquecidos nas estradas do tempo. A Doutrina Espírita chega ao século XIX com o objetivo de ressuscitar estes conceitos de Jesus e lembrar o que Ele deixou como roteiro para a prática do seu Evangelho. Está o Espiritismo lado a lado com estes ensinamentos e solicita dos cristãos, de todas as correntes religiosas, que se voltem para o resgate da mensagem original de Jesus.

A receita é pura, simples, cristalina e autêntica. Sem véus nem subterfúgios. Pois que Jesus deu o maior exemplo nascendo em uma manjedoura e tendo como leito de morte uma cruz, além de não ter, durante sua passagem entre nós, onde reclinar a cabeça.
Tudo que praticou foi de forma singela, simples e amorosa. Chorou sobre Jerusalém por não poder juntar os seus filhos e deixou para nós a responsabilidade de nos unirmos e praticar os seus preceitos em essência e espiritualidade.

A Doutrina Espírita chega e nos traz de volta a condição para ressuscitarmos a mensagem de Jesus.
Trabalhemos, pois, com ela e busquemos o resgate e a conquista do retorno à cristalinidade da mensagem vivida por todos os que praticavam o Cristianismo Primitivo.
Sê conosco Jesus!

Revista Reformador / Março, 2007 / N o 2.136


Leitura Recomendada;