quinta-feira, 6 de setembro de 2012

SERIE ANDRE LUIZ (CHICO XAVIER)



 Nosso Lar  Primeiro livro da série, marcou a estréia de André Luiz no meio espírita nacional.


Muito embora notícias semelhantes já existissem em algumas obras espiritualista, foi Nosso Lar quem abriu portas, efetivamente, à uma nova visão da realidade espiritual além-túmulo, revelando em pormenores a vida que segue, extraordinária, para além da morte do corpo físico.

Dividido em 50 capítulos, revela a escalada de um espírito, o próprio André Luiz, desde as regiões umbralinas em que foi lançado, logo após o desencarne, até o socorro e a gradativa recuperação em magnífica e muito bem organizada cidade espíritual, denominada "Nosso Lar".

Declara ele, logo no prefácio: "A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões. Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser."

"É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira – ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas…"

Em "Nosso Lar", mais tarde, trabalhando humildemente como enfermeiro auxiliar nas Câmeras de Retificação, o antigo e orgulhoso médico terreno aprende sobre si e os outros de forma totalmente inovadora, sepultando aos poucos, verdadeiramente, o "homem velho" que ainda trazia em si e abrindo caminho, assim, para o futuro médico de almas em que se transformaria.

Ciente da próprias deficiências, André Luiz observa, estuda, pergunta, luta, e supera-se, no sincero propósito de renovação íntima.
Como desfecho surpreendente, consegue, afinal, licença de seus superiores para voltar à casa terrena, no intuito de rever os filhos e a esposa muito amada. Ao chegar, percebe profundas mudanças no antigo lar. A pior delas: a esposa havia contraído novas núpcias. Desespera-se fundamente. Não quer acreditar no que vê e ouve. Grita seu amor e sua saudade, porém ninguém o escuta. Está morto. Para o mundo e para a querida companheira de outrora. Mas o novo marido de Zélia está muito doente. A desencarnação está próxima. É então que André Luiz, mesmo em profundo desencanto, dá testemunho renovação a que se propôs enquanto em "Nosso Lar"… 

Os Mensageiros Segundo livro da série, retrata a renovação de André Luiz, o tédio com o passado e o desejo sincero de trabalhar em benefício do próximo. Narra o próprio André: "Desligando-me dos laços inferiores que me prendiam às atividades terrestres, elevado entendimento felicitou-me o espírito.


Semelhante libertação, contudo, não se fizera espontânea.

Sabia, no fundo, quanto me custara abandonar a paisagem doméstica, suportar a incompreensão da esposa e a divergência dos filhos amados.

Guardava a certeza de que amigos espirituais, abnegados e poderosos, me haviam a auxiliado a alma pobre e imperfeita, na grande transição.

Antes, a inquietude relativa à companheira torturava-me incessantemente o coração; mas agora, vendo-a profundamente identificada com o segundo marido, não via recurso outro que procurar diferentes motivos de interesse.

Foi assim que, eminentemente surpreendido, observei minha própria transformação, no curso dos acontecimentos."

Pensando desta forma, feliz e renovada, é levado por Tobias, seu companheiro de trabalho nas Câmeras de Retificação, até Aniceto, nobre Instutor no Ministério da Comunicação.

Aprovado para ingressar no quadro de aprendizes, André Luiz tem a oportunidade de conhecer o fascinante serviço de formação de médiuns para fins de tarefas espedíficas na Crosta.

Em companhia de Tobias, já no Ministério, André espanta-se:
- "Mas esta organização imensa restringe-se ao movimento de transmissão de mensagens?" – perguntei curioso.
O companheiro sorriu significativamente e esclareceu:
- "Não suponha se encontre aqui localizado o serviço de correio, simplesmente. O Centro prepara entidades a fim de que se transformem em cartas vivas de socorro e auxílio aos que sofrem no Umbral, na Crosta e nas Trevas. Acreditaria, porventura, que tanto trabalho se destinasse apenas a mera movimentação de noticiário? Amplie suas vistas. Este serviço é a cópia de quantos se vêm fazendo nas mais diversas cidades espirituais dos planos superiores. Preparam-se aqui numerosos companheiros para a difusão de esperanças e consolos, instruções e avisos, nos diversos setores da evolução planetária. Não me refiro tão só a emissários invisíveis. Organizamos turmas compactas de aprendizes para a reencarnação. Médiuns e doutrinadores saem daqui às centenas, anualmente. Tarefeiros do conforto espiritual encaminham-se para os círculos carnais, em quantidade considerável, habilitados pelo nosso Centro de Mensageiros."
Mais tarde, em companhia de Aniceto e Vicente, outro médico, André Luiz tem a oportunidade de realizar aprendizado na Terra, junto aos encarnados, fornecendo bastas e enriquecedoras notícias do desdobramento das tarefas que, segundo Emmanuel, no prefácio do livro, constituiram o relatório incompleto de uma semana de trabalho espiritual dos mensageiros do Bem, junto aos homens.

Missionarios da luz Desejando aprimorar-se quanto à mediunidade, recebe André Luiz o convite do bondoso mentor Alexandre para acompanhá-lo ao seu núcleo, em momento oportuno.


Alimentando indisfarçável curiosidade, e surgida a oportunidade, André vale-se da prestigiosa influência para ingressar no espaçoso e velho salão, onde Alexandre desempenha atribuições na chefia…

Terceiro livro da série. Composto de 20 capítulos, aborda a fascinante questão da mediunidade humana, notadamente a que se desenvolve nos centros espíritas. Logo de início, André Luiz tem a oportunidade de examinar detalhadamente a mente de um médium psicógrafo, com o auxílio magnético de Alexandre.

Missionários da Luz, uma obra mais complexa e profunda, traz estudo detalhado sobre a epifase, a glândula da vida mental. Assinala também tópicos generosos sobre trabalhos intercessórios, além de interessante narrativa acerca do intenso intercâmbio mantido entre encarnados e desencarnados, durante o repouso do corpo físico. Narra André: "Certa noite, finda a dissertação que Alexandre consagrava aos companheiros, meu orientador foi procurado por duas senhoras, que foram conduzidas, em condições especialíssimas, àquele curso adiantado de esclarecimentos, porquanto eram criaturas que ainda se encontravam presas ao veículos de carne e que procuravam o instrutor, temporariamente desligadas do corpo, por influência do sono. Eram Etelvina e Ester. A primeira, conhecida de Alexandre, pedia os obséquios do Instrutor para sua prima Ester, para solucionar a estranha morte de seu esposo, em plena via pública…"


Mais adiante, André Luiz tem a oportunidade de participar da complexidade de um processo reencarnatório, que envolve não apenas lições extraídas de seu desdobramento, mas também elucidações levadas a efeito no Centro de Planejamento de Reencarnações de Nosso Lar.

Mas Alexandre concede à André a oportunidade de acompanhar igualmente, um caso de fracasso reencarnatório…

Obreiros da vida eterna  Em companhia do instrutor Jerônimo, da enfermeira Luciana e do padre Hipólito, André Luiz desce ao Planeta em missão especial: atender, nos próximos trinta dias, a cinco dedicados colaboradores de "Nosso Lar", prestes a desencarnar na Crosta. 


Em direção ao Planeta, pelos caminhos normais, o grupo socorrista, do qual faz parte André Luiz, se detêm na Casa Transitória, comandada pela irmã Zenóbia, espírito forte e batalhador. Ali, são surpreendidos pelo ataque de uma horda infernal de seres devotados à crueldade, prontamente, porém, rechaçados pela defesa magnética da instituição. Logo após, dirigem-se ao Rio de Janeiro.

Narra André Luiz: "Utilizávamos a volitação, prazerosos e felizes. Muito difícil descrever a sensação de leveza e alegria inerente a semelhante estado, após a permanência na escura região de que precedíamos. Fala-se, muitas vezes entre os encarnados, na possibilidade da criação do aparelho de vôo individual; todavia, ainda que se efetive a nova conquista, o peso do corpo físico, os cuidados exigidos pela máquina de propulsão e os riscos de viagem não podem, de modo algum, substituir a segurança e a tranqüilidade que nos enchem de tamanho bem-estar. Após a excursão normal, entre a Casa Transitória de Fabiano e a Crosta Terrestre, dentro de harmoniosas condições conservávamo-nos descansados e bem dispostos, operando muito facilmente a volitação, não obstante a densidade atmosférica."

Dentre os encarnados prestes a lhes receber a assistência, a filha de Bezerra de Menezes. "Transcorridos escassos minutos, ganhávamos o pórtico de notável, simples e confortável edifício, em que se asilavam numerosas criancinhas, em nome de Jesus. Tratava-se de louvável instituição espiritista-cristã, onde se sediava compacta legião de trabalhadores de nosso plano.

Bondoso ancião recebeu-nos afavelmente. Reconheci-o, jubiloso. Achava-se, ali, Bezerra de Menezes, o dedicado irmão dos que sofrem…"

No Mundo Maior Quinto livro da série, nele André Luiz traz informações valiosas acerca da "psiquiatria iluminada", área pela qual sentia-se atraído há muito. Aproveitando a semana de folga em seus afazeres em Nosso Lar, acompanha o Assistente Calderaro até as regiões fronteiriças à Terra, entrando então em contato com o Instutor Eusébio, que, segundo André, "superintendia prestigiosa organização de assistência em zona intermediária, atendendo a estudantes relativamente espiritualizados, pois ainda jungidos ao círculo carnal, e a discípulos recém-libetos do campo físico." 


De forma clara e consistente, André narra uma noite de orientação espiritual a mais ou menos mil e duzentos encarnados, libertos do corpo denso pelo sono, e ali reunidos em busca de novos caminhos evolutivos, mais nobres e elevados. Uma das mais belas preces da série André Luiz é proferida Eusébio, nesta obra: "Senhor da Vida, abençoa-nos o propósito de penetrar o caminho da Luz!…"

Dividido em 20 capítulos, aborda a complexidade da mente humana e suas inclinações, felizes e infelizes. O poder do amor, a mediunidade torturada, sexo, perdas dolorosas, estranhas enfermidades, psicoses afetivas e alienação mental, são recheios desta obra que ensina que desespero é enfermidade, a revolta é ignorância e a perversidade é loucura…

Ainda no livro, o comovente reencontro, nos limiar das cavernas, de André Luiz com seu avô Cláudio, desencarnado há muito e em completa alienação mental, e os surpreendentes desdobramentos para a sua reencarnação.

Nos dominios da mediunidade  Diz Emmanuel, no prefácio da obra: "Cada corpo tangível é um feixe de energia concentrada. A matéria é transformada em energia e esta desaparece para dar lugar à matéria.


Químicos e físicos, geômatras e matemáticos, erguidos à condição de investigadores da verdade, são hoje, sem o desejarem, sacerdotes do espírito, porque, como consequência de seus porfiados estudos, o materialismo e o ateísmo serão compelidos a desaparecer, por falta de matéria, a base que lhes assegurava as especulações negativistas.

Os laboratórios são templos em que a inteligência é concitada ao serviço de Deus, e, ainda mesmo quando a cerebração se perverte, transitoriamente subornada pela hegemonia política, geradora de guerras, o progresso da Ciência, como conquista divina, permanece na exaltação do bem, rumo ao glorioso porvir.

O futuro pertence ao Espírito!

E, meditando no amanhã da coletividade terrestre, André Luiz organizou estas ligeiras páginas em torno da mediunidade, compreendendo a importância, cada vez maior, do intercâmbio espiritual entre as criaturas.

Quanto mais avança na ascensão evolutiva, mais seguramente percebe o homem a existência da morte como cessação da vida.

E agora, mais que nunca, reconhece-se na posição de uma consciência retida entre forças e fluidos, provisoriamente aglutinados para fins educativos.

Compreende, pouco a pouco, que o túmulo é a porta à renovação, como o berço é acesso à experiência, e observa que seu estágio no Planeta é uma viagem com destino às estações do progresso Maior."

Dividido em 30 capítulos e onde são abordados temas quais assimilação de correntes mentais; psicofonia; consciente e sonambúlica; possessão; sonambulismo torturado; desdobramento em serviço; clarividência e clariaudiência; forças viciadas; mandato mediúnico; fascinação; efeitos físicos, mediunidade transviada e muito mais, é obra básica a todos aprendizes espíritas. 

Entre a terra e o céu  Narra André: "Numa sala ampla, em que numerosas entidades trabalhavam solícitas, Clarêncio recebeu da jovem um pequeno gráfico que passou a examinar, cauteloso. Tratava-se de uma prece refratada. Depois explicou, para André e Hilário: "Temos aqui uma oração comovedora que superou as linhas vibratórias comuns do plano de matéria mais densa. Parte de uma devotada servidora que se ausentou de nossa colônia espiritual há precisamente quinze anos terrestres, para determinadas tarefas na reencarnação."


Curioso, Hilário deseja saber o que é prece refratada e Clarêncio elucida: "A prece refratada é aquela cujo impulso luminoso teve a sua direção desviada, passando a outro objetivo."

Clarêncio solicita a presença de Eulália, mais íntima do drama de Evelina, e indaga-lhe sobre as causas do comovente apelo da jovem. Eulália explica que apesar da fragilidade do novo corpo, Evelina vem sustentando imensa luta moral. O pai sobrecarregado de questões íntimas, tem a saúde periclitante e a madrasta vem sofrendo obstinada perseguição, por parte da desventurada Odila, mãe de Evelina. A pobre menina, aflita, suplica a tenção da mãe, mas esta, envolta nas teias das próprias criações mentais, não se mostra capaz de corresponder à confiança da filha. No entanto, a jovem tanto tem insistido na obtenção de socorro espiritual, que suas rogativas, quebrando a direção, ou seja, esbarrando em Odila, sem resultados, chegam até o Templo do Socorro, em "Nosso Lar".

Ante a narrativa, Clarêncio volta-se para André e Hilário: "Compreendem agora o que seja uma oração refratada? Evelina recorre ao espírito materno que não se encontra em condições de escutá-la, mas a solicitação não se perde… Desferida em elevada freqüência, a súplica de nossa irmãzinha vara os círculos inferiores e procura o apoio que não lhe faltará."

Dessa forma, André Luiz principia a narrativa de uma das mais belas obras da série. Chegando ao lar da jovem Evelina, deparam-se com triste quadro: a primeira esposa de Amaro, já desencarnada, vampiriza a segunda mulher, movida por loucos ciúmes. Não podendo contar com a mãezinha da menina, ao menos por enquanto, Clarêncio, André e Hilário buscam novos modos e meios de soluciuonar o triste enigma.

A pobre e corajosa Antonina, o enfermeiro Mário, apaixonado e infeliz, a meiga e torturada Zulmira, Júlio, o pequeno suicida e outros personagens luminosos, quais Blandina, do Lar da Bênção e Clara, o anjo que vai redimir Odila, a ex-esposa ciumenta, são alguns dos personagens deste livro que recomendamos a todos, notadamente àqueles que ainda encontram acerba dificuldade nos caminhos do afeto sublimado.

Libertação Possivelmente a mais instigante das obras. Em seu prefácio, dada a gravidade do tema a que André Luiz se aprofunda para nossa informação e alerta, Emmanuel, sem tecer maiores comentários acerca da obra em questão, lembra, tão somente, da antiga lenda egípcia do Peixinho Vermelho…


Dividida em 20 capítulos, a ação principia em ambientes soturnos e aterrorizantes, mostrando uma estranha cidade. Conta André: "Após a travessia de várias regiões, "em descida", com escalas por diversos postos e instituições socorristas, penetramos vasto domínio de sombras.

A claridade solar jazia diferenciada.

Fumo cinzento cobria o céu em toda a sua extensão.

A volitação fácil se fizera impossível.

A vegetação exibia aspecto sinistro e angustiado. As árvores não se vestiam de folhagem farta e os galhos, quase secos, davam a idéia de braços erguidos em súplicas dolorosas."

"O que mais contristava, porém, não era o quadro desolador, mais ou menos semelhante a outros de meu conhecimento, e, sim, os aoelos cortantes que provinham dos charcos. Gemidos tipicamente humanos erampronunciados em todos os tons."

"Em minutos breves, penetramos vastíssima aglomeração de vielas, reunindo casario decadente e sórdido.

Rostos horrendos contemplavam-nos furtivamente…"
A cidade, terrível purgatório, é o reino de Gregório, o cruel e implacável Grande Juiz de milhões de mentes preguiçosas, delinquentes e enfermiças, e afeto especial de um espírito angélico: Matilde.
Matilde deseja que Gregório deixa pobre moça encarnada em paz.
Gregório promove a sua morte lenta para tê-la consigo, em seu "reino".
Nos capítulos seguintes, a descrição do ambiente sinistro em que Gregório, agindo como Juiz, induz infeliz mulher a assumir posição de loba em virtude dos abortos cometidos em vida, além de outros quadros impressionantes.
Da cidade estranha, André Luiz, Elói e o Instrutor Gúbio se dirigem até o Rio de Janeiro, onde buscarão salvar a garota da morte horripilante.
Em seu lar, obsessores e magnetizadores infernais revezam-se na tarefa infeliz de lhe subtrair a vida, minuto a minuto…
De desfecho surpreendente, o livro mostra pela primeira vez a maturidade espiritual de André Luiz e sua capacidade de ação, quando Gúbio, precisando ausentar-se da casa da vítima encarnada de Gregório, passa o comando da tarefa às suas mãos. Narra André que, quando Gregório aproxima-se para lutar e vencer, enfrentando a todos com sua palavra ferina e provocadora e seus olhos felinos, "exceto eu, que deveria permanecer atento à tarefa direcional que me fora cometida, ninguém ousou modificar a atitude de profunda concentração nos propósitos de humildade e amor ao que fôramos conclamados."
Para libertar Gregório das trevas do próprio coração, Matilde estava para materializar-se…
Obra indispensável a todos quanto trabalhem com desobsesão e doutrinação. 

Ação e Reação Obra dividida em 20 capítulos altamente instrutivos e absorventes, narra a permanência de três anos de André Luiz e seu companheiro Hilário na "Mansão Paz", notável escola de reajuste situada em regiões inferiores, senão infernais do Planeta, e dirigido pelo abnegado e bondoso Instrutor Druso.


A construção, ampla e bem protegida, cerca-se diuturnamente de espessas tempestades magnéticas, de consistência parecida a barro aerado e no bojo do qual é possível divisar milhares de entidades francamente dementadas e cruéis, agarradas ferozmente umas as outras em desesperada tentativa de equilíbrio e salvação. No entanto, apesar da compaixão que André Luiz experimenta, Druso explica-lhe que eles não podem ainda ser acolhidas à mansão devido à sua extrema rebeldia e ferocidade.

"Seria como soltar um tigre selvagem em templo onde fiéis oram pacificamente."- explica Druso.

Na Mansão da Paz André Luiz, acompanhado de Hilário, tem a oportunidade de observar de perto a fascinante questão da Ação e Reação através de exemplos vivos que vão lhe sendo apresentados, tanto por Druso quanto por seu assistente, o jovem Silas.

O livro apresenta vários pontos altos, entre eles a materialização no Templo da Oração do Ministro Sânzio, luminoso mensageiro das alturas. Pacientemente, a sublime entidade atende às interrogações ansiosas de André e Hilário no tocante a questão do "carma", ou "choque do retorno". Outro ponto alto é o processo de desobessão de Luis, jovem fazendeiro e completamente obcecado pelo ouro que acumula, sob as ordens ferozes de dois tios desencarnados. Os dois infelizes, assassinados pelo próprio irmão, pai de Luis, desencarnado também há muito, pensam assim preservar a fortuna de que foram expoliados. De teor impressionante, este capítulo narra a gabolice de um dos obsessores, que dá uma aula completa de obsessão aos estupefatos André e Hilário, sem contudo surpreender a Silas, que busca modo eficiente de reconduzi-los à razão. Para sensibilizá-los, o jovem assistente abre o coração e narra a própria história. Na última existência, apaixonado pelo dinheiro, tudo fez para arruinar a jovem madrasta, a qual não desejava ver beneficiada pela fortuna do pai. Entre artimanhas e calúnias, apenas sentiu-se feliz quando a viu morrer sob mortífera dose de veneno, que pensava tivesse ela própria ingerido. No entanto, prestes a desencarnar, seu pai o chama e lhe conta terrível segredo: fora ele que ministrara o tóxico letal.

Pouco tempo depois o jovem também desencarna, em profundo abatimento moral, vítima de terrível engano…

Após muitos anos de sofrimento nas trevas, e embora reerguido e disposto a renovar o próprio destino através do trabalho diligentemente levado a efeito na Mansão, ainda não havia logrado êxito na localização da madrasta, apesar de hercúleo esforço neste sentido. A reparação se fazia necessária, mas… por onde vagaria o espírito da pobre mulher?

Os obsessores ouvem, meditam e após alguns dias, comunicam a Silas a sua decisão…

Outro ponto alto do livro está nas últimas páginas, quando finalmente Aída, a jovem madrasta, é localizada por Silas, em triste e aviltante situação. A surpresa fica por conta do personagem que revela-se pai do assistente e cúmplice na derrocada moral e espiritual da infeliz mulher…
Obra imperdível a quantos buscam esclarecimentos maiores e mais dilatados acerca da Lei de Ação e Reação e à qual todos estamos submetidos. 

E a Vida continua Décimo volume da série, narra, de forma um pouco diferente da habitual em André Luiz, a encantora e vibrante trajetória de Ernesto, um homem maduro e algo avançado nos anos, e Evelina, jovem e bela mulher.


Adoentados, sem esperaça de recuperação, travam sincera amizade em formosa estância hidromineral.

Apaixonada pelo marido, Caio, Evelina luta contra a morte, batalha que afinal perde, desencarnando na flor da juventude. Ernesto também desencarna. Ambos são internados em grande instituição hospitalar e onde tornam a se encontrar mais tarde.

Sem se dar conta do passamento, mas devido às peculariedades do ambiente e das situações em que vêem envolvidos, Evelina e alguns companheiros passam a suspeitar da terrível realidade…

Estarão mortos, por ventura?

Reencontrando-se com Ernesto, Evelina inteira-se da verdade.

O tempo passa e ela, adaptando-se aos poucos à situação, recomeça, ao lado do querido amigo, uma nova e enriquecedora etapa.

No entanto, tem o coração ainda e apenas para Caio.

Deseja vivamente retornar ao antigo lar, para consolar o marido que julga preso a grande e insuperável dor.
Ernesto também tem algumas tarefas a desempenhar na Crosta, junto à família terrena.
Retornam, então, e Evelina tem amarga e dorida surpresa: seu marido vive feliz com outra mulher, na casa que lhe pertencera. Sofre igualmente outro golpe: descobre, decepcionada, que a moça já lhe era amante desde há muito, desde tempo anterior ao seu desencarne…
De alma nobre e generosa, olvida a própria dor e passa a desempenhar tarefas que lhe são solicitadas por benfeitores espirituais, visando, acima de tudo, solucionar pendências particulares, como o jovem apaixonado suicida, e outras situações envolvendo familiares próximos. Sendo assim, auxilia a muitos, principalmente ao pai.
Ernesto, da mesma forma, trabalha pela felicidade dos seus, ainda na carne.
Feliz e refeito, percebe-se a cada dia mais jovem e vigoroso.
Evelina, por sua vez, amadurece gradualmente os traços juvenis.
Finda a tarefa na Terra, e conformados quanto aos afetos ali deixados, percebem que vibra no coração de ambos um sentimento muito além da amizade pura…

Sexo e destino Obra apaixonante, pelo conteúdo e lições, traz à cena a história de jovens e adultos que, movidos pelo amor, pela paixão e pela cobiça, complicam a própria existência de forma trágica e irreversível. 


Obsessões doentias, qual a que sofre Cláudio, apaixonado pela própria filha e que ele julga apenas adotiva, são o centro da trama onde desfilam, também, a maternidade omissa e a fraternidade ausente.

Sexo, dinheiro e outros interesses vis marcam os personagens, de forma fria e realista. Neste ambiente, movimenta-se André Luiz, parecendo mais maduro que nos livros anteriores, e também mais calado.

Grafada a duas mãos, por Waldo Vieira, responsável pela primeira parte (14 capítulos), e Francisco Cândido Xavier, responsável pela segunda (também com 14 capítulos), traz no prefácio a seguinte elucidação de André Luiz:

"Sexo e destino, amor e consciência, liberdade e compromisso, culpa e resgate, lar e reencarnação constituem os temas deste livro, nascido na forja da realidade cotidiana.

Entretanto, leitor amigo, após a oração do benfeitor, que se pronunciou no limiar (Emmanuel, em prefácio ditado à Chico Xavier), nada mais nos compete que não seja entregar-te a narrativa que a Divina Providência nos permitiu alinhavar, não pelo exclusivo propósito de desnudar a verdade, mas sim no objetivo de aprender com a biblioteca da experiência.

Cremos seja desnecessário esclarecer que os nomes dos protagonistas desta história real foram substituidos por óbvias razões e que a presente biografia de grupo não pertence a outras criaturas senão a eles mesmos que no-la permitiram redigir, para a nossa edificação, depois de naturalmente consultados.

Solicitamos, ainda, permissão para dizer-te que não foi retirado um só til das verdades que a entretecem – verdades da verdade, que, fremindo de capítulo a capítulo, carreia consigo, em passagens numerosas, a luz de nossas esperanças e o amargo sabor de nossas lágrimas." 

Mecanismos da mediunidade Tomando por referência as ciências físicas do mundo material, André Luiz realiza o estudo dos mecanismos da mediunidade. Oferece aos médiuns e estudiosos do tema os recursos para a compreensão de questões da Física e da Fisiologia, que vão sendo relacionadas com os aspectos da mediunidade. Ressalta a importância da mediunidade com Jesus, esclarecendo que, além dos conhecimentos necessários, surgem os impositivos da disciplina e da responsabilidade como fatores de aprimoramento das criaturas que se devotam ao intercâmbio com o Mundo Maior. 

Evolução em dois mundos O autor espiritual destina esta obra aos estudiosos, aliando os conceitos rígidos da ciência aos preceitos evangélicos, revividos no Espiritismo. Adentrando a Física e a Biologia, apresenta capítulos excelentes como fluido cósmico, evolução e hereditariedade, evolução e sexo, simbiose espiritual, alimentação dos desencarnados, invasão microbiana e outros. É um desafio ao intelecto dos conhecedores ou dos que pretendem ser da Doutrina Espírita.

Fonte;  http://casapazeluz.com.br/


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MESMER FALA SOBRE MEDIUNIDADE E MAGNETISMO



 Mensagens de Mesmer (Espírito): A Revista Espírita, editada por Allan Kardec, em suas edições de Janeiro e Outubro/1864 e Maio/1865 publicou quatro instrutivas mensagens mediúnicas assinadas por Mesmer, abordando os temas: Médiuns Curadores, Fenômenos Espíritas, Imigração dos Espíritos Superiores para a Terra e Criações Fluídicas.

Dentre os seus conceitos sobre mediunidade de cura e magnetismo, destaca-se o seguinte tópico: “A vontade desenvolve o fluido seja animal, seja espiritual, porque, o sabeis todos agora, há vários gêneros de magnetismo, entre os quais estão o magnetismo animal e o magnetismo espiritual que pode, segundo a ocorrência, pedir apoio ao primeiro. Um outro gênero de magnetismo, muito mais poderoso ainda, é a prece que uma alma pura e desinteressada dirige a Deus.” (Revista Espírita, Jan./1864, p. 7, IDE.)
Vejamos abaixo, na íntegra, a mensagem que acabamos de citar:
Médiuns Curadores

“A vontade, existindo no homem em diferentes graus de desenvolvimento, serviu, em todas as épocas, seja para curar, seja para aliviar. É lamentável ser obrigado a constatar que ela foi também a fonte de muitos males, mas é uma das consequências do abuso que, frequentemente, o ser faz de seu livre arbítrio.
A vontade desenvolve o fluido seja animal, seja espiritual, porque, o sabeis todos agora, há vários gêneros de magnetismo, entre os quais estão o magnetismo animal e o magnetismo espiritual que pode, segundo a ocorrência, pedir apoio ao primeiro. Um outro gênero de magnetismo, muito mais poderoso ainda, é a prece que uma alma pura e desinteressada dirige a Deus.

A vontade foi, frequentemente, mal compreendida; em geral aquele que magnetiza não pensa senão em desdobrar sua força fluídica, senão em derramar seu próprio fluido sobre o paciente submetido a seus cuidados, sem se ocupar se há ou não uma Providência que nisso se interessa tanto e mais do que ele; agindo só, não pode obter senão o que sua única força pode produzir; ao passo que nossos médiuns curadores começam por elevar sua alma a Deus, e para reconhecer que, por eles mesmos, não podem nada; fazem, por isso mesmo, um ato de humildade, de abnegação; então, confessando-se muito fracos por si mesmos, Deus, em sua solicitude, lhes envia poderosos recursos que não pode obter o primeiro, uma vez que se julga suficiente para a obra empreendida. Deus recompensa sempre a humildade sincera elevando-a, ao passo que rebaixa o orgulho.

Esse recurso que envia, são os bons Espíritos que vêm penetrar o médium de seu fluido benfazejo, que este transmite ao enfermo. Também é por isso que o magnetismo empregado pelos médiuns curadores é tão poderoso e produz essas curas qualificadas de miraculosas, e que são devidas simplesmente à natureza do fluido derramado sobre o médium; ao passo que o magnetizador comum se esgota, frequentemente, em vão, em fazer passes, o médium curador infiltra um fluido regenerador pela única imposição das mãos, graças ao concurso dos bons Espíritos; mas esse concurso não é concedido senão à fé sincera e à pureza de intenção.”

MESMER (Médium – Sr. Albert)
Revista Espírita – Ano 7 – Janeiro/1864
06.04.2012

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O FENÔMENO MEDIÚNICO
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PALAVRAS DO CODIFICADOR - MEDIUNIDADE CURADORA
http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com.br/2013/12/palavras-do-codificador-mediunidade.html

ESPIRITISMO – 155 ANOS




Jesus, quando viu que estava próxima a Sua partida, chamou os discípulos e lhes disse: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis compreender agora; quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”.
Judas Tadeu, Seu discípulo, então lhe perguntou: “Como se manifestará para que possamos saber?”.  Jesus respondeu: Se alguém me ama guardará a minha palavra, mas o Consolador, o Espírito da Verdade a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. E o meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros; nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.
Assim surgiu o Espiritismo, o Espírito da Verdade, em 18 de abril de 1857, data do lançamento da primeira edição de O Livro dos Espíritos, como anunciou Jesus, no momento em que a humanidade já podia entender as explicações devidas.

Simbolizado como um triângulo de forças espirituais nos seus três aspectos diferentes: ciência, filosofia e religião, desfraldando a bandeira “fora da caridade não há salvação”, veio para dar a interpretação coerente do evangelho, para tirar o véu da letra, que no dizer do apóstolo Paulo “a letra mata, mas o espírito vivifica”.
O Espiritismo é possuidor das chaves para o acesso a esse tesouro divino, que são: a imortalidade da alma; a comunicabilidade do mundo material com o mundo espiritual; a pluralidade dos mundos habitados; a reencarnação; o perispírito, etc., porque o evangelho esteve enclausurado durante séculos, aguardando o tempo propício para sua floração.

Quando Allan Kardec perguntou aos Espíritos Superiores qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo, na questão de número 625, de O Livro dos Espíritos, recebeu a resposta sintética, a menor do Espiritismo e a de maior grandeza: Jesus.
E Allan Kardec, comentando essa questão escreveu: “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo Ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava”.
É baseado em Seu mandamento de amor que o Espiritismo apresenta a caridade como brilhante divino. A caridade consciente, pois provém de uma fé raciocinada, como está exarado no frontispício de O Evangelho Segundo o Espiritismo: “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão em todas as épocas da humanidade”.

A caridade, não só de dar coisas, mas, a essencial, como as Entidades Sublimadas responderam a Allan Kardec quando ele interrogou: “Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?”_ “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.
O amor é o mandamento maior, que, posto em ação, se transforma em caridade, a lei áurea instituída por Jesus: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles, porque esta é a lei e os profetas”.

A missão do Espiritismo é a de tornar o homem melhor, interpretando o evangelho e revelando muitas coisas que não puderam ser reveladas.
Disse o insigne Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns: “Aplique o homem o Espiritismo em aperfeiçoar-se moralmente, eis o essencial. O mais não passa de curiosidade estéril e muitas vezes orgulhosa, cuja satisfação não o faria adiantar um passo. O único meio de nos adiantarmos consiste em nos tornarmos melhores”.

“Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz que aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade? De que serve ao avarento ser espírita, se continua avarento; ao orgulhoso, se se conserva cheio de si; ao invejoso, se permanece dominado pela inveja?”... “A bandeira que desfraldamos bem alto é a do Espiritismo cristão e humanitário, em torno da qual já temos a ventura de ver, em todas as partes do globo, congregados tantos homens, por compreenderem que aí é que está a âncora de salvação, a salvaguarda da ordem pública, o sinal de uma era nova para a humanidade”.
O momento atual é de aferição de valores, hora de colocar a sonda da investigação no mundo interior para desbravar esse gigante adornado de ilusões que teima em lamentar, reclamar, criticar e achar desculpas para os erros cometidos.

A sábia e amorosa orientação de Santo Agostinho, mostrando como fez para conhecer-se a si mesmo, é de importância fundamental: “Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma”.

Sigamos com Jesus e Kardec na luta cotidiana, amando, compreendendo e perdoando sempre , espargindo onde estivermos, a energia para a construção de um mundo melhor, sem preconceitos de espécie alguma, tolerando as imperfeições dos outros e esforçando para vencer as nossas más tendências, cumprindo a nossa missão principal: EVOLUIR.

Muita paz!
Por  Itair Ferreira
Fonte; http://www.correioespirita.org.br/

AMIGA DOR



A dor é bênção que Deus envia a seus eleitos, dizem-nos os benfeitores espirituais, com o propósito não só de avivar-nos a esperança em dias melhores, mas principalmente, cremos, para estimular-nos ao bem viver. A vida, conforme a informação do Alto, é feita de mil nadas que terminam por ferir, por serem como picadas de alfinetes. As menores contrariedades constituem o cortejo das amarguras que o ser experimenta ao longo da existência, mas, por serem quase imperceptíveis, conseguem disfarçar seu potencial de dor, que costuma desabar com todo seu peso quando uma tragédia se nos abate.

Eis, então, que a criatura, chamada ao testemunho, deve manifestar sua resignação, aceitando a prova sem murmurar, obediente às sábias determinações da Lei Divina. Entretanto, poucos de nós, espíritos encarnados, atentamos para a importância do momento de aprendizado e em geral reclamamos, revoltados ante o chamado à compreensão e à vivência das provas que nos habilitarão às alegrias espirituais resultantes do progresso alcançado.



O espírita consciente, contudo, sabe comportar-se perante os reveses da "sorte" e agradece a visita da amiga dor, revelando com o exemplo desprendido a excelência do conhecimento doutrinário e consequente vivência evangélica, capazes de fazê-lo caminhar sobre as ondas dos acontecimentos infelizes sem se infelicitar. Põe-se, assim, na condição dos "eleitos do Senhor", atuando como fiel discípulo do Cristo, por entender que é um ser em trânsito pela Terra.
"Quanto mais o homem se prende aos bens deste mundo, menos compreende sua destinação", informam-nos os Amigos espirituais através de Allan Kardec. É nosso dever, portanto, esforçarmo-nos para atingir tal merecimento, estudando com afinco o repositório das lições transcendentais que nos capacitarão a viver na Terra a dimensão do espírito imortal. Afinal, estamos no mundo para aprendermos a sair dele, o que só conseguiremos mediante a observação das sábias orientações que nos chegam por inspiração e revelação do Alto.

E a propósito do benefício da dor, vale registrarmos esta lição que o médium Francisco Cândido Xavier - o Cisco de Deus! - relatou a ao publicitário Laerte Agnelli, que escreveu o belo livro "Traços de Chico Xavier" (Ed. GEEM, 2004). É a história de um homem que procurou ajuda espiritual por atravessar um curioso episódio enfermiço que a medicina convencional não conseguia diagnosticar nem tratar. Logo que completou seus 30 anos, seu corpo começou a apresentar manchas avermelhadas que lembravam e ardiam como queimaduras, mas isto só se dava durante uma semana, a cada mês. Esse problema incomodava muito, mas não impedia que esse homem desenvolvesse suas atividades, especialmente as de ordem social, posto que estimando as práticas abnegadas da caridade, como prega o Evangelho de Jesus, ele amparava a infância sofrida cuidando de um certo número de crianças em Uberaba, onde vivia.
Procurando, afinal, o médium Chico Xavier, esse rapaz soube, por revelação mediúnica, que sua enfermidade resultava de um carma contraído numa existência anterior, ocasião em que, ambicionando a fortuna do próprio pai, não teve paciência para esperar a herança e matou o genitor, ateando fogo em sua cama enquanto este dormia. De posse dessa informação, Chico então lhe disse que, devido a sua dedicação às crianças desamparadas, seu carma fora reduzido e, assim, mensalmente ele só tinha "uma semaninha de dor"...

Francisco Muniz