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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A FÉ E A PRECE


Elizeu Rigonatti - A Fé e a Prece

Há duas forças poderosas com as quais facilmente movimentamos as reservas fluídicas que o Senhor pôs à
nossa disposição. Estas duas forças, tanto mais potentes quanto mais manejadas, são a fé e a prece.

A fé deve ser uma fé racional, isto é, devemos saber por que é que temos fé. A fé racional se adquire pelo
estudo das leis divinas, consubstanciadas no Evangelho e nos ensinamentos do Espiritismo. Ter fé é ter
confiança em Deus; é saber que velando por nós, amparando-nos e protegendo-nos está a Providência Divina.

Ter fé é entregar o nosso destino ao Pai que está nos céus, certos de que tudo que ele nos der, dores e
alegrias, pobreza e riqueza saúde e doença, tudo é para nosso bem; porque tudo servirá para o aperfeiçoamento
de nossa alma.

Ter fé em Deus é ser resignado na adversidade e humilde na prosperidade. Ter fé é ter a certeza absoluta de que nada de mal sucederá, se Deus não o permitir; e se ele permitir que nos sobrevenha algum mal é porque o merecemos; se não o merecêssemos o mal não nos atingiria. A fé é uma força de atração: atrai sobre nós o socorro divino e ajuda-nos a socorrer aqueles que solicitarem o nosso auxílio.


A prece é um ato de fé. Pela prece adoramos a Deus, agradecemo-lhe os favores que nos faz continuamente e pedimo-lhe o de que necessitamos. A prece nos liga a Deus. Quando oramos, nosso pensamento, como um raio luminoso, projeta-se pelo infinito e vai tocar as regiões de luz de onde nos chegam as bênçãos do Senhor. A prece desenvolve, aumenta e fortifica a nossa fé. A fé depende da prece e a prece depende da fé; é impossível separar uma da outra. A verdadeira prece se caracteriza pelos seguintes pontos: deve ser feita
com carinho e amor; deve ser um impulso espontâneo de nosso coração. Orar apenas com os lábios nada significa; devemos sentir a nossa prece; é preciso que vivamos de acordo com ela; orar de um modo e viver de outro é próprio dos hipócritas. Se pedimos ao Senhor que perdoe os nossos erros, devemos nós também perdoar os erros dos outros.
Se pedimos ao Senhor que nos livre do mal, é nosso dever não praticar o mal. Se oramos ao Senhor que não nos deixe cair em tentação, precisamos resistir a todas as tentações, quando elas se apresentarem emnossa vida. Se rogamos ao Senhor que nos dê o pão nosso de cada dia, providenciemos para que não falte o pão a nossos irmãos menos favorecidos, uma vez que isso esteja ao nosso alcance; porque a lei é esta:


 Aquilo que quiserdes para vós, isso mesmo fazei-o aos outros. Façamos nossa prece diária; depois vivamos o resto do dia de modo tal que nossos atos, palavras e pensamentos sejam uma glorificação ao Senhor. Para que a prece não se torne monótona e quase que automática pelo hábito, procuremos um motivo para orar; é preciso que a prece tenha um objetivo. É facílimo encontrar motivos para nossas orações diárias; basta repararmos ao nosso derredor e em nós mesmos; por exemplo: sabemos que há discórdia em uma família?
oremos para que a concórdia volte a reinar em seu seio; há doenças em um lar? Oremos para que lhe volte a saúde; há alguém em dificuldades? oremos para que as possa vencer; um irmão desencarnou? oremos para que o Senhor lhe conceda a compreensão de seu novo estado; descobrimos em nós um defeito?

Peçamos ao Senhor que nos ajude a corrigi-lo; temos vícios? roguemos ao Senhor que nos conceda as forças e a boa vontade para ficarmos livres deles. Assim, todos os dias podemos arranjar nobres motivos para dirigirmos ao Senhor nossas preces.
E quando tivermos desenvolvido dentro de nós a fé viva e racional e aprendido a orar com o coração, seremos felizes e nos transportaremos aos planos superiores da espiritualidade.

(De "A mediunidade sem lágrimas", de Elizeu Rigonatti)
Fonte; http://grupoesperanca.ning.com/

Leitura Recomendada;

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A EDUCAÇÃO DO MÉDIUM


A educação da mediunidade é um trabalho que começa antes da reencarnação, continua na encarnação e prossegue na vida após o desencarne. Mas enquanto está nesta dimensão, o médium tem como necessidade primeira evangelizar a si mesmo.

Haverá um tempo previsto para a educação do médium? Tempo não há, pois a mediunidade é trabalho para muitas reencarnações na existência do espírito. Na verdade, esta faculdade, em suas mais variadas ramificações, está presente em todos os homens. Todavia, é após o desabrochar na existência atual que o trabalho se efetiva com mais intensidade e, a partir daí, não deve mais parar ou estacionar, sob a possibilidade de um recomeço muito mais árduo e penoso.

Sabemos que a faculdade, estando presente em nós, deve eclodir sozinha, mas isso não quer dizer que não possamos trabalhar na modelação de nosso espírito por meio das atividades evangelizadoras, na doação fraternal de atendimento aos irmãos necessitados.

Identificados os sintomas que caracterizam a faculdade mediúnica, cabe ao sensitivo o dever de educá-la. Somente ele é capaz de se qualificar nessa condição; nenhum sinal externo pode chamar a atenção do observador, a fim de apontar as pessoas que sejam possuidoras de mediunidade.

Mesmo sabendo que a mediunidade é uma faculdade originária no espírito e que se exterioriza através do organismo físico – não apresenta síndromes externas – e mesmo quando algumas destas possam tipificar sua presença, tal conclusão jamais poderá ser infalível.

Propiciando a interferência dos desencarnados na vida humana, a princípio, a mediunidade gera estados particulares na emotividade, porque mais facilmente se registram a presença e o envolvimento de seres negativos ou perniciosos; a irradiação das suas energias produz esses estados anômalos, desagradáveis, que podem ser confundidos com problemas patológicos. Porém, o sensitivo é constantemente chamado para a observação dessas manifestações consigo mesmo, por surgirem em momentos menos próprios ou aparentemente sem causas desencadeadoras. O orientador espírita deve ser capaz de convencê-lo de que o exercício correto da mediunidade não oferece perigo algum a quem quer que seja.

 Nenhum sinal externo pode chamar a atenção do observador, a fim de apontar as pessoas que sejam possuidoras de mediunidade 

Se observarmos o livro O Consolador, por Emmanuel, através de Chico Xavier, nas perguntas 387 e 388, poderemos verificar a grande importância que devemos dar a esses mecanismos de elevação que a natureza nos concede:

387 - Qual a maior necessidade do médium?

- A primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modo, poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão.


388 - Nos trabalhos mediúnicos temos de considerar, igualmente, os imperativos da especialização?
- O homem do mundo, no círculo de obrigações que lhe competem na vida, deverá sair da generalidade para produzir o útil e o agradável, na esfera de suas possibilidades individuais. Em mediunidade, devemos submeter-nos aos mesmos princípios. A especialização na tarefa mediúnica é mais que necessária e somente de sua compreensão poderá nascer a harmonia na grande obra de vulgarização da verdade a realizar (a resposta não está em sua totalidade).

Observando bem estas orientações de Emmanuel, vamos ver que o empenho é necessário para o engrandecimento da faculdade, e esse empenho é contínuo na escalada a desempenhar.

Mas, ainda assim, poderíamos nos perguntar: o que é educação ou desenvolvimento da mediunidade? Responderíamos: É o conjunto de ações educativas direcionadas para o exercício correto da mediunidade, educação essa que não se prende às quatro paredes do templo espírita. Mas vai além, no envolvimento das orientações basilares do Mestre, quando diz: “Orai e vigiai, no que concerne às nossas imperfeições, como também nossas ações ainda perniciosas. E vai e não peques mais, para que não te suceda coisa ainda pior”. Diz respeito à mudança de estrutura mental, vibracional e de ação no bem, pois o Mestre não somente diz que deixemos de praticar o mal, mas que pratiquemos, acima de tudo, o bem. Principalmente, modificando a condição interpretada por nós do grande Amor – terapia legada por Jesus para todos nós: não fazer ao próximo aquilo que não queremos para nós. Ao modificar a estrutura negativista desta frase, temos: faça ao próximo aquilo que queres para ti mesmo. Identificamos nossa verdadeira missão como cristãos em qualquer tarefa, transformando essas tarefas, desde as mais simplórias, em tarefas redentoras pela ação do Amor.

A educação da mediunidade é um trabalho para toda a vida. Começa antes da reencarnação, continua nela e prossegue no além-túmulo.

Há uma grande necessidade de amparo ao candidato ao mediunismo – na presença de problemas psíquicos, emocionais e físicos – recebendo, na casa espírita, orientações de cunho doutrinários. Antes da entrega do neófito ao exercício mediúnico, é necessário que ocorra uma harmonização espiritual.

É importante que seja levado ao conhecimento do médium principiante que, na fase inicial, é natural o surgimento de um clima psicológico inconstante, de altos e baixos. Isso é compreensível, uma vez que a mediunidade propicia a interferência dos desencarnados na vida humana de forma mais próxima. E, geralmente, são seres envolvidos com o mal ou com atos perniciosos, transmitindo assim a irradiação de suas energias, produzindo sensações anômalas, desagradáveis, que perfeitamente podem ser confundidas com problemas patológicos. Tudo isso deve ser bem esclarecido ao irmão que se propõe para a nova tarefa.

Segundo Erasto, em O Livro dos Médiuns (capítulo XXII, item 236), “Médium é o ser, é o indivíduo que serve de traço de união aos espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens”.
 É importante que seja levado ao conhecimento do médium principiante que, na fase inicial, é natural o surgimento de um clima psicológico inconstante, de altos e baixos... Isso é compreensível 
O médium tem, como condição primordial, o estudo, para a busca de compreensão da sua faculdade e do conhecimento da natureza dos espíritos que utilizam sua faculdade mediúnica para um contato mais próximo com os encarnados. O estudo traz ao médium uma condição mais segura de trabalho pois, consciente e entendedor de sua faculdade, ele vai trabalhar colaborando ainda mais com os técnicos espirituais responsáveis pela atividade mediúnica que freqüenta. E, com a segurança obtida com o estudo, ele sintoniza melhor com os entores, como também poderá envolver os comunicantes para que se portem ordenadamente, e não como muitos que chegam transformando as reuniões em perfeitas confusões.

Nesse estudo profundo que o médium deverá realizar em sua caminhada, ele se defrontará com a necessidade de se conhecer, cumprindo-lhe ao mesmo tempo conhecer as qualidades que deve procurar desenvolver em si, assim como os hábitos viciosos e os obstáculos que podem embaraçá-lo no desempenho de sua tarefa. Para uma auto-realização, é necessário o exame permanente de consciência a fim de conhecer sempre, a todo momento, o estado da própria alma.
 A mediunidade é, sem dúvida, poderoso instrumento que pode se converter em lamentável fator de perturbação, tendo em vista o nível espiritual e moral daquele que se encontra investido de tal recurso; ela não é uma faculdade portadora de requisitos morais. A moralização do médium liberta-o das influências dos espíritos inferiores e perversos, que se sentem impossibilitados de maior predomínio.
 Cada dia, o medianeiro se defrontará com sensações novas e viverá emoções que lhe cabem verificar, de modo que possa treinar o controle pessoal, estabelecendo uma linha demarcatória entre a sua personalidade e as personalidades que o utilizam psiquicamente, até mesmo auxiliando-as nas comunicações.
 A compreensão das Leis dos Fluidos, isto é, a identificação fluídica entre o médium e o espírito, constitui fator de altíssima importância para uma comunicação harmônica. Se eles são contrários, se essa relação fluídica se repele, a comunicação mediúnica vai se processar com dificuldades, e o médium deve estar ciente disso.
 Enfim, a educação mediúnica é para toda a existência, pois à medida que o medianeiro se torna mais hábil e aprimorado, melhores requisitos ele tem à sua disposição para a realização do ministério abraçado.
 Buscando novamente o grande manancial de informações, que é O Livro dos Médiuns, na segunda parte, no capítulo XVII, item 211, Formação dos Médiuns, verificamos: “O escolho da maioria dos médiuns iniciantes é ter relações com espíritos inferiores, e devem se considerar felizes quando são apenas espíritos levianos. Toda a sua atenção deve tender a não lhes deixar tomar pé, porque uma vez ancorados não é sempre fácil desembaraçar-se deles. E um ponto tão capital, sobretudo no início, que sem as preocupações necessárias, pode-se perder o fruto das mais belas faculdades”.
 Na verdade, o empenho do médium em se moralizar deverá fazer parte do processo de sua auto-educação, sintonizando profundamente com as palavras do Cristo: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”.
 Por isso, a meta prioritária é a criatura conhecer a si mesma; é preciso permanente exame de consciência, com o fim de se conhecer sempre, em todos os atos praticados por nós. Conhecendo-nos um pouco mais poderemos, com maior facilidade, nos dedicar sem medos ao exercício. O estudo que visa à identidade dos espíritos fala bem alto no processo de educação do médium.

Nenhuma teoria se concretiza bem sem o exercício, sem o trabalho. Podemos ver isso seguindo a orientação dos espíritos que auxiliaram Kardec na Codificação, em O Livro dos Espíritos, pergunta 625: “Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo?” Jesus, é a resposta. Seguindo esse grandioso modelo, verificamos que seus ensinamentos não ficaram sem o aval de sua exemplificação, traçando a base de suas orientações, que nos norteiam até hoje.

Estando a mente vazia, com os pensamentos infelizes à vista, é necessário o trabalho ativo e o preenchimento de nossa mente com coisas edificantes. Assim, é imprescindível enriquecer nosso pensamento, incorporando a ele os tesouros morais e culturais, os únicos que nos possibilitaram direcionar a luz que é jorrada do mais alto para nós.

Em toda a parte, existe a cooperação espiritual com o mundo material. Onde há pensamento, há correntes mentais, e onde há correntes mentais, existem associações. E, como sabemos, toda associação é interdependência e influenciação recíproca. Daí, verificamos a necessidade de ter uma vida nobre, trabalho ativo, compreensão fraterna, serviço ao semelhante, respeito à natureza e oração. Tudo isso constitui alguns meios de assimilar os princípios superiores da vida, porque sempre recebemos de acordo com o que damos. E tratando de mudar o ritmo vibracional de nossos pensamentos e, em seguida, de nossos atos, seguramente também vamos sintonizar com maior facilidade os benfeitores que visam ao engrandecimento humano.

Voltando à pergunta do livro O Consolador, pergunta 387: “Qual a maior necessidade do médium?” Resposta: A primeira necessidade do médium é evangelizar-se”.

Cabe perguntar a nós mesmos o que significa o termo “evangelizar-se”.

Diz-nos André Luiz, em seu livro Missionários da Luz, que "é imprescindível saber que tipo de onda mental assimilamos para conhecer a qualidade de nosso trabalho e ajuizar nossa direção".

A mediunidade é neutra e não basta por si só.

E é ainda André Luiz que nos orienta com bastante clareza no seu livro Nos Domínios da Mediunidade: “Cada médium com a sua mente, cada mente com seus raios, personalizando observações e interpretações, e conforme os raios que arremessamos, erguer-se-á o domicílio espiritual na onda de pensamentos a que nossas almas se afeiçoam”.

Essa energia viva, que é o pensamento, cria em torno de nós forças sutis, criando centros magnéticos ou ondas vibratórias com as quais emitimos nossas situações e recebemos outras. Abriremos comunicação e envolvimento com núcleos e mentes, com os quais nos colocamos em sintonia através de nossos pensamentos.
 Onde há pensamento, há correntes mentais, e onde há correntes mentais, existem associações
Em Evolução em Dois Mundos, André Luiz, na página 129, diz: “A aura é, portanto, a nossa plataforma onipresente em toda comunicação com as rotas alheias, antecâmara do espírito, em todas as nossas atividades de intercâmbio com a vida que nos rodeia, através da qual somos vistos e examinados pelas inteligências superiores, sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior à nossa”.

“Isso porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos contatos de pensamentos a pensamentos, sem necessidade das palavras para as simpatias ou repulsões fundamentais”.

Esclarece ainda, no mesmo livro: “É por essa couraça vibratória, espécie de carapaça fluídica, em que cada consciência constrói o seu ninho ideal, que começaram todos os serviços da mediunidade na Terra, considerando-se a mediunidade como atributo do homem encarnado para corresponder-se com os homens liberados do corpo físico”.

Podemos verificar que refletimos o que sentimos e pensamos em nós mesmos, e é essa aura que nos apresenta como verdadeiramente somos. Principalmente reforçando o ditado “A raiva é um veneno que tomamos e esperamos que outros morram”, ou seja, essa mesma raiva ficará impregnada em nós, transparecendo aquilo que sentimos e afetando principalmente o nosso próprio tônus vibratório.

Plasmamos em torno de nós, através da força do pensamento nessas zonas vibratórias que nos constituem, nosso “eu” verdadeiro, e assim somos conhecidos por todos no mundo espiritual, ligando-nos ao bem ou a ignorância.

Envolvemo-nos em uma onda vibratória que modifica nosso tônus de vibração, ligando-nos imediatamente àqueles que conosco comungam os mesmos pensamentos e atos. E, quando dormimos, temporariamente, distanciamo-nos de nossa aparelhagem física, indo ter com os mesmos com os quais nos ligamos mentalmente; aí nos vêm os sonhos temerosos e “pesados”, principalmente no que concerne ao sexo, brigas, mortes, etc. Passamos os dias direcionando energias em prazeres ou pensando fortemente em tais prazeres, dessa forma criando-os fluidicamente, manifestando nossas intenções no mundo espiritual.

Conclamamos nossos irmãos leitores que revisem o livro A Gênese - capítulo XIV, Os Fluidos, item 13, Criação Fluídica - para, numa análise mais profunda, verificarem a importância de nossos pensamentos nessas criações emanadas de nós mesmos.

Lembremos sempre: praticando tanto o bem como o mal, estaremos sempre respirando na mesma faixa, intimamente associados, com as mentes ligadas ao bem ou às trevas.

Conforme já sabemos, o espiritismo não é o "dono" da mediunidade; esta é inerente ao espírito e projetada ao corpo físico, como uma faculdade orgânica. Encontra-se em quase todos os indivíduos, como um meio imensurável de progresso.

Observando algumas palavras de André Luiz, psicografadas por Chico Xavier, poderemos compreender uma poderosa observação feita por esse nosso irmão: “Deus ajuda a criatura através das criaturas”. E completamos: desencarnadas ou encarnadas, ou seja, vamos verificar que o intercâmbio estará presente em todas as etapas da natureza, e em várias e diferentes condições vibracionais.

Entre os espíritos já desencarnados também há médiuns que exercem fraternalmente o labor, facultando que entidades do mais alto, das esferas mais elevadas, possam também trazer palavras de consolo e orientação àquelas que se encontram na retaguarda da evolução, ainda que o meio mais difundido seja o intercâmbio entre encarnados com os desencarnados.

A mediunidade não poderá ser utilizada como uma profissão por aquele que já se encontra revestido por ela pois, como processo de crescimento e purificação do próprio ser em caminhada estagiária no plano em que vive, a mediunidade deve sempre ser precedida pelo amor, pela sintonia, buscando acima de tudo galgar resultados mais profundos.
 A raiva é um veneno que tomamos esperando que o outro morra, ou seja, essa mesma raiva ficará impregnada em nós 

Vemos a medicina ser utilizada por médicos que objetivam simplesmente o ganho. Todavia, dia chegará em que os médicos utilizarão essa faculdade para o bem maior, provocando assim o aparecimento de uma medicina vibracional bem mais profunda e comprometida com a causa humana; mais envolvida com o amor conseguirá, enfim, tratar do ser como um todo e não simplesmente como um corpo.

A mediunidade deve ser canalizada para fins nobres, evitando-se transformá-la em motivo de profissionalização ou espetáculos que buscam gerar emoções passageiras.

Independentemente da vontade de seu possuidor, funciona quando acionada pelos espíritos que a manipulam, sendo, portanto, credora de assistência moral.

Sabemos que todos somos médiuns, pois todos sofremos influências dos espíritos e, na seara do Cristo, há muitas mediunidades. E ainda que não sejam ostensivas, não são menos importantes.

Se por enquanto não temos em nosso quadro de tarefas a mediunidade ostensiva, sejamos então médiuns do bem, das palavras de carinho, do consolo, da ajuda, do bom conselho, da caridade, pois mesmo aí estaremos sendo envolvidos por aqueles do lado invisível que também trabalham para o engrandecimento da humanidade e o consolo dos corações aflitos.

POR: ALUNEY ELFERR 

Fonte: Revista Espiritismo & Ciência (edição 17)
Leitura Recomendada;  28/12/2014

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

MEDIUNIDADE CURADORA




"Caro Senhor Kardec.

"Venho, na qualidade de Espírita, recorrer à vossa cortesia, e vos rogar consentir em dar-me alguns conselhos relativamente à prática da mediunidade curadora pela imposição das mãos. Um simples artigo a este respeito na Revista Espírita, contendo alguns desenvolvimentos, seria acolhido, disto estou seguro, com um grande interesse, não só por aqueles que, como eu, se ocupam desta questão com ardor, mas ainda por muitos outros a quem essa leitura poderia inspirar o desejo de dela se ocupar também. Lembro-me sempre dessas palavras de uma sonâmbula que eu havia formado. Eu a enviei, durante seu sono magnético, para visitar uma doente à distância, e a meu pedido como se poderia curá-la, ela disse: "Há alguém em sua aldeia que o poderia, é um tal; é médium curador, mas sobre isto nada sabe."

"Não sei até que ponto essa faculdade é especial, cabe-vos mais do que a qualquer outro apreciá-la, mas se ela o é realmente, como seria de desejar, que atraísseis sobre este ponto a atenção dos Espíritas. Mesmo todos aqueles que, fora de nossas opiniões, vos lessem, não poderiam ter nenhuma repugnância em tentar uma faculdade que não pede senão a fé em Deus e a prece. Que de mais geral, de mais universal? Não é mais questão de Espiritismo, e cada um, nesse terreno, pode conservar suas convicções. Quantas irmãs de caridade, quantos bons curas do campo, quantos milhares de pessoas piedosas, ardentes pela caridade, poderiam ser médiuns curadores? É o que sonho em todas as religiões, em todas as seitas. Aceita por toda a parte, essa faculdade, esse presente divino da bondade do Criador, em lugar de ficar como apanágio de alguns, cairia, se assim posso me expressar, no domínio público. Este seria um belo dia para aqueles que sofrem, e há tantos deles!
"Mas, para exercer essa faculdade, independentemente de uma fé viva e da prece, podem existir condições a reunir, procedimento a seguir para agir o mais eficazmente possível. Qual é a parte do médium na imposição das mãos? Qual é a dos Espíritos? É preciso empregar a vontade, como nas operações magnéticas, ou se limitar a pedir, deixando agir à sua vontade a influência oculta? Essa faculdade é realmente especial ou acessível a todos? O organismo nela desempenha um papel, e que papel? Essa faculdade pode ser desenvolvida, e em que sentido?

"Eis aqui onde vossa longa experiência, vossos estudos sobre as influências fluídicas, o ensino dos Espíritos elevados que vos assistem, e, enfim, os documentos que recolheis de todos os cantos do globo, podem vos permitir nos esclarecer e nos instruir; ninguém, como vós, está colocado nessa situação única. Todos aqueles que se ocupam da questão desejam vossos conselhos tanto quanto eu, disto estou seguro, e creio me fazer o intérprete de todos. Que mina fecunda é a mediunidade curadora! Aliviar-se-á ou se curará o corpo, e pelo alívio ou pela cura encontrar-se-á o caminho do coração, lá onde freqüentemente a lógica havia fracassado. Quantos recursos possui o Espiritismo! Quanto é rico dos meios dos quais é chamado a se servir! Não deixando nenhum deles improdutivo; quanto tudo concorre a elevá-lo e a difundi-lo. Nisto nada poupais, caro senhor Kardec, e depois de Deus e dos bons Espíritos, o Espiritismo vos deve o que é. Já tendes uma recompensa disto neste mundo pela simpatia e afeição de milhões de corações que oram por vós, sem contar a verdadeira recompensa que vos espera num mundo melhor.
“Tenho a honra, etc.
“A. D.”

O que nos pede nosso honorável correspondente não é nada menos do que um tratado sobre a matéria. A questão foi esboçada em O Livro dos Médiuns e em muitos artigos da Revista, a propósito de fatos de curas e de obsessões; ela está resumida em O Evangelho Segundo o Espiritismo, a propósito das preces para os doentes e os médiuns curadores. Se um tratado regular e completo não pode ainda ser feito, isto se prende a duas causas: a primeira que, apesar de toda a atividade que desdobramos em nossos trabalhos, nos é impossível fazer tudo ao mesmo tempo; a segunda, que é mais grave, está na insuficiência das noções que se possuem ainda a esse respeito. O conhecimento da mediunidade curadora é uma das conquistas que devemos ao Espiritismo; mas o Espiritismo, que começa, não pode ainda haver dito tudo; não pode, de um só golpe, nos mostrar todos os fatos que ele abarca; cada dia deles desenvolve novos, de onde decorre novos princípios que vêm corroborar ou completar aqueles que já se conheciam, mas é preciso o tempo material para tudo; qualquer parte integrante do Espiritismo é, por si mesma, toda uma ciência, porque se liga ao magnetismo, e abarca não só as doenças propriamente ditas, mas todas as variedades, tão numerosas e tão complicadas de obsessões que, elas mesmas, influem sobre o organismo. Não é, pois, em algumas palavras que se pode desenvolver um assunto tão vasto. Nele trabalhamos, como em todas as outras partes do Espiritismo, mas como não queremos nele nada pôr de nossa autoridade e que seja hipotético, não procedemos senão pelo caminho da experiência e da observação. Os limites deste artigo não nos permitindo dar-lhe os desenvolvimentos que comporta, resumimos alguns dos princípios fundamentais que a experiência consagrou.

1. Os médiuns que obtêm as indicações de remédios da parte dos Espíritos não são o que se chama médiuns curadores, porque não curam por si mesmos; são simples médiuns escreventes que têm uma aptidão mais especial do que outros para esse gênero de comunicações, e que, por essa razão, podem se chamar médiuns consultantes (consultores), como outros são médiuns poetas ou desenhistas. A mediunidade curadora se exerce pela ação direta do médium sobre o doente, com a ajuda de uma espécie de magnetização de fato ou de pensamento.

2. Quem diz médium diz intermediário. Há esta diferença entre o magnetizador e o médium curador, que o primeiro magnetiza com o seu fluido pessoal, e o segundo com o fluido dos Espíritos, ao qual serve de condutor. O magnetismo produzido pelo fluido do homem é o magnetismo humano; aquele que provém do fluido dos Espíritos é o magnetismo espiritual.

3. O fluido magnético tem, pois, duas fontes muito distintas: os Espíritos encarnados e os Espíritos desencarnados. Essa diferença de origem produz uma diferença muito grande na qualidade do fluido e em seus efeitos.
O fluido humano é sempre mais ou menos impregnado das impurezas físicas e morais do encarnado; o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas que levam a uma cura mais rápida. Mas, passando por intermédio do encarnado, pode-se alterar como uma água límpida passando por um vaso impuro, como todo remédio se altera se permanece em um vaso impróprio, e perde em parte suas propriedades benfazejas. Daí, para todo verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar em sua depuração, quer dizer, em sua melhoria moral, segundo este princípio vulgar: limpai o vaso antes de vos servir dele, se quereis ter alguma coisa de bom. Só isto basta para mostrar que o primeiro que chega não poderia ser médium curador, na verdadeira acepção da palavra.

4. O fluido espiritual é tanto mais depurado e benfazejo quanto o Espírito que o fornece é, ele mesmo, mais puro e mais desligado da matéria. Concebe-se que o dos Espíritos inferiores deve se aproximar do homem e pode ter propriedades malfazejas, se o Espírito for impuro e animado de más intenções.
Pela mesma razão, as qualidades do fluido humano apresenta nuanças infinitas segundo as qualidades físicas e morais do indivíduo; é evidente que o fluido saindo de um corpo malsão pode inocular princípios mórbidos no magnetizado. As qualidades morais do magnetizador, quer dizer, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de aliviar seu semelhante, unido à saúde do corpo, dão ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos se aproximar das qualidades do fluido espiritual.
Seria, pois, um erro considerar o magnetizador como uma simples máquina na transmissão fluídica. Nisto como em todas as coisas, o produto está em razão do instrumento e do agente produtor. Por estes motivos, haveria imprudência em se submeter à ação magnética do primeiro desconhecido; abstração feita dos conhecimentos práticos indispensáveis, o fluido do magnetizador é como o leite de uma nutriz: salutar ou insalubre.

5. O fluido humano sendo menos ativo, exige uma magnetização prolongada e um verdadeiro tratamento, às vezes, muito longo; o magnetizador, dispensando seu próprio fluido, se esgota e se fatiga, porque é de seu próprio elemento vital que ele dá; é porque deve, de tempos em tempos recuperar suas forças. O fluido espiritual, mais poderoso em razão de sua pureza, produz efeitos mais rápidos e, freqüentemente, quase instantâneos. Esse fluido não sendo o do magnetizador, disto resulta que a fadiga é quase nula.

6. O Espírito pode agir diretamente, sem intermediário, sobre um indivíduo, assim como se pôde constatar em muitas ocasiões, seja para aliviá-lo, curá-lo se isto se pode, ou para produzir o sono sonambúlico. Quando se age por intermediário, é o caso da mediunidade curadora.

7. O médium curador recebe o influxo fluídico do Espírito, ao passo que o magnetizador haure tudo em si mesmo. Mas os médiuns curadores, na estrita acepção da palavra, quer dizer, aqueles cuja personalidade se apaga completamente diante da ação espiritual, são extremamente raros, porque esta faculdade, elevada ao seu mais alto grau, requer um conjunto de qualidades morais que raramente se encontra sobre a Terra; somente eles podem obter, pela imposição das mãos, essas curas instantâneas que nos parecem prodigiosas; muito poucas pessoas podem pretender este favor. O orgulho e o egoísmo sendo as principais fontes das imperfeições humanas, disso resulta que aqueles que se gabam de possuir esse dom, que vão por toda a parte enaltecendo as curas maravilhosas que fizeram, ou que dizem ter feito, que procuram a glória, a reputação ou o proveito, estão nas piores condições para obtê-la, porque esta faculdade é o privilégio exclusivo da modéstia, da humildade, do devotamento e do desinteresse. Jesus dizia àqueles que tinha curado: Ide dar graças a Deus, e não o digais a ninguém.

8. A mediunidade curadora pura sendo, pois, uma exceção neste mundo, disso resulta que há quase sempre ação simultânea do fluido espiritual e do fluido humano; quer dizer, que os médiuns curadores são todos mais ou menos magnetizadores, é por isso que agem segundo os procedimentos magnéticos; a diferença está na predominância de um ou de outro fluido, e na maior ou na menor rapidez da cura. Todo magnetizador pode se tornar médium curador, se sabe se fazer assistir pelos bons Espíritos; neste caso os Espíritos lhe vêm em ajuda, derramando sobre ele seu próprio fluido que pode decuplicar ou centuplicar a ação do fluido puramente humano.

9. Os Espíritos vão para onde querem; nenhuma vontade pode constrangê-los; eles se rendem à prece se é fervorosa, sincera, mas jamais à injunção. Disso resulta que a vontade não pode dar a mediunidade curadora, e que ninguém pode ser médium curador de desejo premeditado. Reconhece-se o médium curador pelos resultados que obtém, e não pela sua pretensão de sê-lo.

10. Mas se a vontade é ineficaz quanto ao concurso dos Espíritos, ela é onipotente para imprimir ao fluido, espiritual ou humano, uma boa direção, e uma energia maior. No homem débil e distraído, a corrente é débil, a emissão fraca; o fluido espiritual se detém nele, mas sem proveito para ele; no homem de uma vontade enérgica, a corrente produz o efeito de uma ducha. É preciso não confundir a vontade enérgica com a teimosia, porque a teimosia é sempre uma conseqüência do orgulho e do egoísmo, ao passo que o mais humilde pode ter a vontade do devotamento.

A vontade é ainda onipotente para dar aos fluidos as qualidades especiais apropria- das à natureza do mal. Este ponto, que é capital, se prende a um princípio ainda pouco conhecido, mas que está em estudo, o das criações fluídicas, e das modificações que o pensamento pode fazer a matéria suportar. O pensamento, que provoca uma emissão fluídica, pode operar certas transformações moleculares e atômicas, como se vê isto se produzir sob a influência da eletricidade, da luz ou do calor.

11. A prece, que é um pensamento, quando é fervorosa, ardente, feita com fé, produz o efeito de uma magnetização, não só chamando o concurso dos bons Espíritos, mas em dirigindo sobre o doente uma corrente fluídica salutar. Chamamos a esse respeito a atenção sobre as preces contidas em O Evangelho Segundo o Espiritismo, para os doentes ou os obsidiados.

12. Se a mediunidade curadora pura é o privilégio das almas de elite, a possibilidade de abrandar certos sofrimentos, de curar mesmo, embora de maneira não instantânea, certas doenças, é dada a todo o mundo, sem que seja necessário ser magnetizador. O conhecimento dos procedimentos magnéticos é útil em casos complicados, mas não é indispensável. Como é dado a todo o mundo chamar os bons Espíritos, orar e querer o bem, freqüentemente, basta impor as mãos sobre uma dor para acalmá-la; é o que pode fazer todo indivíduo se nisso põe a fé, o fervor, a vontade e a confiança em Deus. Há a se anotar que a maioria dos médiuns curadores inconscientes, aqueles que não se dão nenhuma conta de sua faculdade, e que se encontram, às vezes, nas condições mais humildes, e entre pessoas privadas de toda instrução, recomendam a prece, e ajudam a si mesmos orando. Somente sua ignorância faz crer na influência de tal ou tal fórmula; algumas vezes mesmo ali misturam práticas evidentemente supersticiosas, das quais é preciso dar o caso que elas merecem.

13. Mas do fato de que se tenha obtido uma vez, ou mesmo várias vezes, resultados satisfatórios, seria temerário se dar como médium curador, e disso concluir que se pode vencer toda espécie de mal. A experiência prova que, na acepção restrita da palavra, entre os melhores dotados, não há médiuns curadores universais. Tal terá devolvido a saúde a um doente, que não produzirá nada sobre um outro; tal terá curado um mal num indivíduo, que não curará o mesmo mal uma outra vez, sobre a mesma pessoa ou sobre uma outra; tal, enfim, terá a faculdade hoje, que não terá mais amanhã, e poderá recobrá-la mais tarde, segundo as afinidades ou as condições fluídicas em que se encontrem.

14. A mediunidade curadora é uma aptidão, como todos os gêneros de mediunidade, inerente ao indivíduo, mas o resultado efetivo dessa aptidão é independente de sua vontade. Ela se desenvolve, incontestavelmente, pelo exercício, e sobretudo pela prática do bem e da caridade; mas como ela não poderia ter a constância, nem a pontualidade de um talento adquirido pelo estudo, e do qual se é sempre senhor, não poderia tornar-se uma profissão. Seria, pois, abusivamente que uma pessoa se ostentasse diante do público como médium curador. Estas reflexões não se aplicam aos magnetizadores, porque a força está neles, e são livres para dela dispor.

15. E um erro crer que aqueles que não partilham nossas crenças, não teriam nenhuma repugnância em tentar essa faculdade. A mediunidade curadora racional é intimamente ligada ao Espiritismo, uma vez que repousa essencialmente sobre o concurso dos Espíritos; ora, aqueles que não crêem nem nos Espíritos, nem em sua alma, e ainda menos na eficácia da prece, não saberiam colocar-se nas condições desejadas, porque isso não é uma coisa que se possa tentar maquinalmente. Entre aqueles que crêem na alma e sua imortalidade, quantos há ainda hoje que recuariam de medo diante de um chamado aos bons Espíritos, no temor de atrair o demônio, e que crêem ainda de boa-fé que todas essas curas são a obra do diabo? O fanatismo é cego; ele não raciocina. Isto não será sempre assim, sem dúvida, mas se passará muito tempo antes que a luz penetre em certos cérebros. À espera disto, façamos o maior bem possível com a ajuda do Espiritismo; façamo-lo mesmo aos nossos inimigos, aceitemos ser pagos com a ingratidão, é o melhor meio de vencer certas resistências, e de provar que o Espiritismo não é tão negro quanto alguns o pretendem.

REVISTA ESPÍRITA
JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS - PUBLICADA SOB A DIREÇÃO DE ALLAN KARDEC
ANO 8 - SETEMBRO 1865 - Nº. 9
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PALAVRAS DO CODIFICADOR - MEDIUNIDADE CURADORA
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