domingo, 10 de agosto de 2014

EXPOENTE DA CODIFICAÇÃO PLATÃO

É pelos frutos que se conhece a árvore. Toda ação deve ser qualificada pelo que produz: qualificá-la de má, quando dela provenha mal; de boa, quando dê origem ao bem."

Estas palavras bem podem soar, para quem já leu o Evangelho, como palavras textuais do Senhor Jesus.

Contudo, foram anotadas e dadas ao mundo séculos antes de Jesus, por Platão, filósofo grego, discípulo de Sócrates. Seu nascimento data do ano 428 ou 427 a C, na cidade de Atenas, na Grécia.

Pertencente à alta aristocracia, em torno dos seus 20 anos, conheceu e tornou-se amigo do filósofo Sócrates, a quem acompanhou até os seus últimos dias e de quem anotou os ensinos, graças ao que nos chegaram aos dias atuais.

Empreendeu viagem ao Egito e à Itália meridional. Na Sicília freqüentou a corte de um tirano de Siracusa de nome Dionísio. Desejando influir na política da cidade, terminou por se incompatibilizar com Dionísio, que o mandou vender como escravo, na ilha de Egina, que se achava em guerra com Atenas.

Resgatado, retornou para sua cidade natal onde, em torno dos seus quarenta anos, fundou a Academia, na qual ensinou até o final dos seus dias terrenos.

Fácil de se entender porque ele e Sócrates são considerados precursores da idéia cristã e do Espiritismo, bastando se leiam alguns dos seus escritos. A obra kardequiana O evangelho segundo o Espiritismo apresenta pequenos trechos que se referem ao conceito dos dois filósofos gregos a respeito da alma, seu progresso, a reencarnação, o mundo espiritual e seus habitantes, bem assim a respeito das mais excelsas virtudes, exatamente traçando um paralelo entre aquelas idéias, as do Cristo e, por conseqüência, os princípios fundamentais do Espiritismo.

Considerado um dos filósofos mais influentes de todos os tempos, pois que seu pensamento dominou a filosofia cristã antiga e medieval, seus escritos nos legaram o pensamento socrático, bem assim os relatos comoventes dos últimos dias de seu mestre. Criador pessoal ainda do diálogo filosófico, espécie de drama de idéias.

Sua obra O Banquete é considerada uma das maiores da literatura antiga. Como poeta, seu estilo é o ponto mais alto da prosa grega e o demonstra nos seus poemas em prosa do mito da Caverna, da Atlântida e de Eros.

Escreveu ele "O amor está por toda parte em a Natureza, que nos convida ao exercício da nossa inteligência; até no movimento dos astros o encontramos. É o amor que orna a Natureza de seus ricos tapetes; ele se enfeita e fixa morada onde se lhe deparem flores e perfumes. É ainda o amor que dá paz aos homens, calma ao mar, silêncio aos ventos e sono à dor."

As obras de Platão discorrem sobre a mentira, a natureza do homem, a piedade, o dever, o belo, a sabedoria, a justiça, a coragem, a amizade, a virtude. No livro VII da República, ele apresenta o célebre mito da caverna: acorrentados no interior de um cárcere subterrâneo e de costas voltadas para a entrada por onde penetra a luz, os que estão ali presos somente podem ver dos homens, dos animais e de tudo o mais que se encontre no exterior da caverna, as sombras que se projetam no fundo dela.

Um homem que consegue se libertar, ofusca-se com a luz do sol no exterior e descobre que tudo o que vira até então era a irrealidade. Ali estava o mundo real. No entanto, se retornar ao interior e desejar transmitir aos demais, ainda prisioneiros, o que viu, sente que corre o risco de ser maltratado e até morto. Esta, segundo Platão, é exatamente a missão do filósofo.

Tendo desencarnado, pleno de lucidez e força criadora, aos 80 anos de idade, da espiritualidade, unindo-se a tantos outros espíritos de envergadura intelecto-moral, Platão continua na sua missão, revelando as nuances do mundo espiritual, o mundo do sol ofuscante, o mundo real, verdadeiro.

Seu nome é citado em Prolegômenos de O livro dos espíritos, bem assim assina um dos trechos da resposta à questão 1009 da mesma obra, onde falando a respeito da inexistência das penas eternas bem recorda as exortações de Sócrates, quando ao seu tempo, apresentou a alma migrando através de múltiplas existências, em seguida a mais ou menos longos períodos de erraticidade.

E conclui: "Humanidade! não mergulhes mais os teus tristes olhares nas profundezas da Terra, procurando aí os castigos. Chora, espera, expia e refugia-te na idéia de um Deus intrinsecamente bom, absolutamente poderoso, essencialmente justo."

Pesquisa:

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos.
Rio de Janeiro, 1974. perg. 1009.
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo,
Rio de Janeiro, 1987. introdução.
Enciclopédia Mirador Internacional, vol 16,
verbete: Platão

Jornal Mundo Espírita - Janeiro de 2001


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sábado, 9 de agosto de 2014

EXPOENTE DA CODIFICAÇÃO JOANA D'ARC

A França era um país curvado ao poderio inglês. Não era propriamente um país como hoje é conhecido. Constituía-se de vários feudos.

E foi numa aldeia ignorada até então que, em 1412 nasceu uma criança que se tornaria célebre e célebre faria Domremy.

Filha de pobres lavradores, aprendeu a fiar a lã junto com sua mãe e guardava o rebanho de ovelhas. Teve três irmãos e uma irmã. Não aprendeu a ler, nem a escrever, pois cedo o trabalho lhe absorveu as horas.

A aldeia era bastante afastada e os rumores da guerra demoravam a chegar. Finalmente, um dia, Joana d'Arc tomou contato com os horrores da guerra, quando as tropas inglesas se aproximaram e toda a família precisou fugir e se esconder.

Aos 12 anos começou a ter visões. Era um dia de verão, ao meio-dia. Joana orava no jardim próximo à sua casa, quando escutou uma voz que lhe dizia para ter confiança no Senhor. A figura que ela divisou, identificou como sendo a do arcanjo São Miguel. As duas mensageiras espirituais que o acompanhavam , como Catarina e Margarida, santas conforme a Igreja que ela freqüentava.

Eles lhe falam da situação do país e lhe revelam a missão. Ela deve ir em socorro do Delfim e coroá-lo rei de França.

Durante 4 anos , ela hesitou e a história de suas visões começou a se espalhar. Ao alvorecer de um dia de inverno, ela se levanta. Está decidida. Prepara uma ligeira bagagem, um embrulhozinho, um bastão de viagem, murmura adeus aos seus pais e parte. Nunca mais aquela aldeia da Lorena a verá.

Igreja, de conviver com homens nos campos de batalha, de manejar a espada.

O objetivo era provar que Joana era uma enviada do demônio. Consequentemente, se desmoralizaria o rei Carlos VII. Afinal, que espécie de rei era aquele que se deixara enganar por uma bruxa ?

Durante 6 meses ela é submetida a uma verdadeira tortura moral. Os interrogatórios são longos , cansativos. Finalmente, a execução se dá na praça central de Roeun, no dia 30 de maio de 1431.

Seu cabelo foi raspado e, por temerem a reação do povo, 120 homens armados a escoltam até o local. Ela é atada a um poste e a fogueira é acesa.

Quando as chamas a envolvem e lhe mordem as carnes, ela exclama: "Sim, minhas vozes eram de Deus! Minhas vozes não me enganaram."

Era a prova inequívoca da mediunidade que lhe guiara a trajetória terrena.

No capítulo XXXI de O livro dos médiuns, vindo a lume no ano de 1861, quando o Codificador reúne Dissertações Espíritas, confere à de Joana D'Arc o número 12, onde ela se dirige aos médiuns, em especial, concitando-os ao exercício do mediunato.

Recomenda-lhes, ainda, que confiem em seu anjo guardião e que lutem contra o escolho da mediunidade que é o orgulho.

Conselhos que ela, em sua vida terrena , na qualidade de médium, muito bem seguira.

Fonte: Joana D'Arc, médium - Léon Denis
Grandes personagens da História Universal, vol. 2
Jornal Mundo Espírita - Janeiro de 2001


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EXPOENTE DA CODIFICAÇÃO DELPHINE DE GIRARDIN



Nasceu Delphine Gay em Aix-La-Chapelle em 26 de janeiro de 1804, o mesmo ano do Codificador e desencarnou na capital francesa em 29 de junho de 1855.

Foi poetisa que freqüentou os salões de Mme Récamier. Casou-se com Émile de Girardin, jornalista e político francês, passando então a ser conhecida como sra. Émile de Girardin.

Ela mesma se tornou jornalista, após o casamento em 1831, escrevendo no jornal La Presse no período de 1836 a 1848, sob o pseudônimo de visconde de Launay, interessantes crônicas da sociedade do tempo de Luís Filipe. Essas crônicas ficaram conhecidas como cartas parisienses.

Publicou também romances, tragédias e comédias. Era, positivamente, grande médium inspirada.

Personalidade muito conhecida no meio poético, freqüentando os salões literários onde se reuniam as celebridades do momento, muito natural que ela tomasse contato com as mesas girantes.

Desde o primeiro contato com as mesas ela se convenceu da veracidade das manifestações. Teve oportunidade de se encontrar com o professor Rivail pessoalmente. Possivelmente, em alguma das reuniões que ele freqüentava, nas suas pesquisas em torno dos fenômenos que assombravam Paris.

Amiga pessoal de Victor Hugo, os acontecimentos políticos do ano de 1851 e o exílio de seus amigos a marcaram de forma cruel.

Fiel à amizade ela decidiu levar conforto moral aos pobres proscritos. Lançou-se ao mar e em 6 de setembro de 1853 desembarcou em Jersey, uma pequena ilha de 116 quilômetros quadrados.

O cansaço a tomava por inteiro. A viagem foi excessivamente fatigante. Diga-se de passagem: ela já se encontrava doente. O câncer a devorava.

Dinâmica, contudo, ela não se deixava abater em demasia. Um pouco triste e melancólica, mas igualmente feliz por rever seus amigos, ela reencontrou Victor Hugo e a família.

À hora do jantar, narrou as notícias de Paris, no intuito de trazer um pouco da pátria para os exilados. Com entusiasmo se referiu às mesas girantes. Na pequena ilha de Jersey algumas tentativas tinham sido feitas, sem sucesso.

Delphine, sem aguardar a sobremesa, saiu em busca de uma mesa pequena, redonda. As sessões foram longas e cansativas. Parecem não ter tido sucesso nos primeiros cinco dias.

Victor Hugo, cético, aderiu às reuniões somente para não desgostar a amiga. Finalmente, no domingo, 11 de setembro, a concentração, o silêncio foram recompensados. Uma comunicação aconteceu. Uma comunicação que mudaria os rumos da vida do grande poeta francês. Quem se comunicou, através da mesa foi nada mais, nada menos que sua filha Leopoldine. Sua amada filha, morta durante a lua-de-mel, afogada em um lago, num passeio de barco com o marido.

Em "O Evangelho segundo o espiritismo" o espírito de Delphine de Girardin assina a mensagem "A desgraça real" no capítulo V (Bem aventurados os aflitos), item 24.

Fontes de consulta:

Mutigny, Jean de. Victor Hugo et le spiritisme.
Enciclopédia Mirador Internacional
Jornal Mundo Espírita - Janeiro de 2000


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terça-feira, 5 de agosto de 2014

ANDRÉ LUIZ CONCEDE ESPETACULAR ENTREVISTA EM 1964.

Francisco Cândido Xavier., 
  
Nesta entrevista, concedida ao Dr. Lauro Michielin, diretor do Anuário Espírita para a edição de 1964, n.º 1, André Luiz (espírito) respondeu às perguntas formuladas de números ímpares através do médium Waldo Vieira e as de números pares através do médium Francisco Cândido Xavier. Os temas são os mais diversos — sexualidade, homossexualidade, reencarnação, vida atual, etc..
 
  1.Qual a quantidade aproximada de habitantes espirituais – em idade racional – que se desenvolvem, presentemente, nas circunvizinhanças da Terra?
“Será lícito calcular a população de criaturas desencarnadas em idade racional, nos círculos de trabalho, em torno da Terra, para mais de vinte bilhões, observando-se que alta percentagem ainda se encontra nos estágios primários da razão e sendo esse número passível de alterações constantes pelas correntes migratórias de espíritos em trânsito nas regiões do planeta.”
2. A quantidade de espíritos que vivem nas diversas esferas do nosso planeta tende, atualmente, a aumentar ou a diminuir?
“Qual acontece na crosta planetária, as esferas de trabalho e evolução que rodeiam a Terra estão muito longe de quaisquer perspectivas de saturação, em matéria de povoamento.”
3. Considerando-se que as criaturas dos reinos vegetal e animal, deste e de outros planos, absorvem elementos de economia planetária, pergunta-se: O nosso planeta dispõe de recursos para a manutenção e sustentação de uma comunidade de número ilimitado de indivíduos ou a despensa celeste do nosso domicílio cósmico se destina a uma sociedade de proporções limitadas, ainda que de dimensões desconhecidas?
“Certo, nos limites do orbe terreno não é justo conceituar os problemas da vida física fora de peso e medida, entretanto é preciso considerar que as ciências aplicadas à técnica, à indústria e à produção, nos vários domínios da natureza, assegurarão conforto e sustento a bilhões de espíritos encarnados na Terra, com os recursos existentes no planeta, por muitos e muitos séculos ainda, desde que o homem se disponha a trabalhar.”
4. Espíritos originários da Terra, têm emigrado, nos últimos séculos, para outros orbes?
“Seja de modo coletivo ou individual, em todos os tempos, espíritos superiores têm saído da Terra no rumo de esferas enobrecidas, compatíveis com a elevação que alcançaram. Quanto a companheiros de evolução retardada, principalmente os que se fizeram necessitados de corretivo doloroso por delitos conscientemente praticados, em muitos casos, sofrem temporária segregação em planos regenerativos.”
5. Espíritos originários de outras plagas costumam estagiar na Terra em encarnações de exercício evolutivo?
“Isso acontece com frequência, de vez que muitos espíritos superiores reencarnam no planeta terrestre a fim de colaborarem na educação da humanidade, e criaturas inferiores costumam aí sofrer curtos ou longos períodos de exílio das elevadas comunidades a que pertencem, pela cultura e pelo sentimento, porquanto a queda moral de alguém tanto se verifica na Terra quanto em outros domicílios do Universo.”
6. Considerando-se a enorme distância geométrica existente entre dois ou mais orbes de um sistema solar ou entre dois ou mais sistemas solares, pergunta-se: a – os espíritos, em seu desenvolvimento evolutivo, ligam-se, necessariamente, a determinados orbes? b – na imensidão dos espaços que separam dois ou mais corpos celestes vivem, também, inteligências individuais?
“a) Em seu desenvolvimento, sim, qual acontece com a pessoa que em determinada fase de experiência física se vincula, transitoriamente, a certa raça ou família. b) Isso é perfeitamente compreensível; basta lembrar as milhares de criaturas que atendem aos interesses de um país ou de outro nas extensões do oceano.”
7. Quais os processos de locomoção utilizados nas migrações interplanetárias, considerando-se a possibilidade de migrações de entidades de categoria até mesmo criminosa, como parece ser o caso dos imigrantes do sistema planetário de Capela?
“Esses processos de locomoção, no plano espiritual, são numerosos. A técnica não se relaciona com a moral. Os maiores criminosos do mundo podem viajar num jato, sem que isso ofenda os preceitos científicos.”
8. Onde começa o Umbral?
“A rigor, o Umbral, expressando região inferior da espiritualidade, pelos vínculos que possui com a ignorância e com a delinquência, começa em nós mesmos.”
9. Onde se situa “Nosso Lar”?
“Não possuímos termos terrestres para falar em torno da geografia no plano espiritual, mas podemos informar que as primeiras fundações da cidade “Nosso Lar” por espíritos pioneiros da evolução brasileira se verificaram no espaço do território conhecido como Estado da Guanabara.”
SEXO
10. Por que a disciplina sexual é recomendada pelo plano espiritual cristão?
“Claramente que a disciplina sexual é recomendável em qualquer plano da vida para que a degradação não arruíne os valores do espírito.”
11. Há alguma relação entre sexo e mediunidade?
“Tanto quanto a que existe entre mediunidade e alimentação ou mediunidade e trabalho, relações essas nas quais se pede equilíbrio.”
12. As funções reprodutoras do sexo se destinam, somente, da vida na Terra?
“Em muitos outros orbes, compreendendo-se, porém, que mundos existem nos quais as funções reprodutoras não são compreensíveis, por enquanto, na terminologia terrestre.”
13. Espíritos sensuais mantêm atividades de natureza sexual após a desencarnação?
“Aos milhões, reclamando educação dos recursos do sentimento e das manifestações afetivas, como acontece nos caminhos da humanidade.”
14. Os perispíritos das entidades espirituais que se localizam nas vizinhanças da Terra conservam o órgão do aparelho sexual humano?
“Sim, e por que não? O órgão sexual é tão digno quanto os olhos e como não se deve atribuir aos olhos os horrores da guerra o órgão sexual não pode ser responsável pelo vício.”
15. Os espíritos conservam, para sempre, as condições de masculino e feminino?
"Respondamos com os orientadores espirituais de Allan Kardec que, na questão número 201, de 'O Livro dos Espíritos' afirmaram, com segurança, que o espírito tanto reencarna no corpo de formação masculina quanto no corpo de formação feminina.”
HOMOSSEXUALIDADE
16. Como explicar os homossexuais?
“Devemos considerar que o espírito reencarna, em regime de inversão sexual, como pode renascer em condições transitórias de mutilação ou cegueira. Isso não quer dizer que homossexuais ou intersexos estejam nessa posição, endereçados ao escândalo e à viciação, como aleijados e cegos não se encontram na inibição ou na sombra para ser delinquentes. Compete-nos entender que cada personalidade humana permanece em determinada experiência merecendo o respeito geral no trabalho ou na provação em que estagia, importando anotar, ainda, que o conceito de normalidade e anormalidade são relativos. Lembremo-nos de que se a cegueira fosse a condição da maioria dos espíritos reencarnados na Terra, o homem que pudesse enxergar seria positivamente considerado minoria e exceção.”
17. Se vivemos tantas vezes participando da formação de casais frequentemente diversos, como explicar o ciúme?
"O ciúme é característico de nossa própria animalidade primitiva, sombra que a educação dissipará.”
18. O espírito desencarnado também está sujeito a crises prolongadas de ciúme? “Como não? A desencarnação é um acidente no trabalho evolutivo, sem constituir por si qualquer solução aos problemas da alma."
19. Como explicar a paixão que, tantas vezes, cega o indivíduo? (A paixão é, somente, uma doença humana?)
“Ainda aqui animalidade em nós é a explicação.”
20. O adultério é, sempre, causa de conflitos quando da volta dos cúmplices ao plano espiritual?
“Sim.”
REENCARNAÇÃO
21. A reencarnação é lei imperativa em todos os orbes do Universo?
“Mais razoável dizer que a reencarnação é princípio universal, compreendendo-se que existem esferas sublimes nas quais a reencarnação, como recurso educativo, já atingiu características inabordáveis ao conhecimento humano atual.”
22. Se a Medicina da Terra aumentar – num futuro não muito distante – a média da vida humana na crosta, do ponto de vista educacional, uma única existência, de 500 anos, por exemplo, bastaria para libertar o espírito das necessidades da escola terrena?
"Cabe-nos aguardar o apoio mais amplo da Medicina à saúde humana, com vista à longevidade, entretanto, em matéria de libertação espiritual o problema se relaciona com a vontade acima do tempo. Quando a pessoa se decide ao burilamento próprio, com ânimo e decisão, a existência física de cinquenta anos vale muito mais que o tempo correspondente a cinco séculos, sem orientação no aprimoramento moral de si mesma.”
23. É de esperar-se que nos próximos milênios, quando a Terra se tornar um centro de solidariedade e de cultura, seja dispensado o processo de reencarnação como elemento indispensável de experiências e estudos?
“Digamos, com mais propriedade, que o espírito, alcançando a sublimação, não mais se encontra sujeito ao processo de reencarnação, por medida educativa, conquanto prossiga livre para reencarnar, como, onde e quando deseje, em auxílio voluntário aos semelhantes.”
24. A duração média de vida dos encarnados racionais de outros orbes corresponde à terrena?
“Não. Essas etapas de tempo variam de mundo a mundo.”
25. Todas as reencarnações, mesmo as dos indivíduos vinculados a condições inferiores, são objeto de um planejamento detalhado por parte dos administradores espirituais?
“Há renascimentos quase que automáticos, principalmente se a criatura ainda permanece fronteiriça à animalidade, entendendo-se que quanto mais importante o encargo do espírito a corporificar-se, junto da humanidade, mais dilatado e complexo o planejamento da reencarnação.”
26. As organizações espirituais que pautam as suas atividades dentro de programas alheios aos princípios cristãos também procedem a execuções de programas para a reencarnação de tarefeiros determinados em suas organizações?
“Sim.”
27. Reencarnações de espíritos de ordem superior, presididas por espíritos elevados, em meio inferior, estão sujeitos a represálias da parte de organizações espirituais interessadas na ignorância humana?
“Natural que assim seja. Recordemos o próprio Jesus.”
28. Se um espírito encarnado com propósitos cristãos pode, pela má conduta, transformar-se num instrumento das trevas, é de se perguntar se um espírito encarnado sob os vínculos de organizações ainda não cristianizadas no Espaço, pode, também, transformar-se num instrumento ostensivo do programa do bem?
“Perfeitamente. Assim ocorre porque o íntimo de cada um prevalece sobre o rótulo que caracterize a pessoa no ambiente humano."
ATUALIDADES
29. Sabemos que outras civilizações terrenas se desfizeram em épocas remotas. Diante do perigo atual de uma conflagração atômica, é de se perguntar: estamos às portas da nova Jerusalém ou no começo de um novo fim?
“Na condição de espíritas-cristãos encarnados e desencarnados, pensemos no futuro da humanidade em termos de evolução, otimismo, confiança, progresso. De todas as calamidades, a civilização sempre surgiu em novos surtos de força para o burilamento geral, ao influxo da Providência Divina, ainda mesmo quando pareça o contrário.”
30. Habitantes de outros orbes conhecem a humanidade terrena, sua história, costumes, etc.?
“Sim.”
31. Diante dos progressos alcançados pela ciência, conseguirá o homem aportar a outros corpos de nosso sistema solar?
“Ninguém pode traçar fronteiras às conquistas da ciência humana. Quanto mais dilatados o serviço e a fraternidade, a educação e a concórdia na Terra, maiores as possibilidades do homem nas conquistas do espaço cósmico.”
32. Se a ciência humana se servir de seus recursos, pondo em risco a estabilidade do planeta, é de se esperar esteja a humanidade da Terra sujeita a uma intervenção direta da parte de outros planetas?

“Nossa confiança na sabedoria da Providência Divina deve ser completa. Ainda mesmo que a Terra se desintegrasse numa catástrofe de natureza cósmica, Deus e a vida não deixariam de existir. Uma cidade arrasada num cataclismo não significa a destruição de um povo inteiro. Justo que, em nos considerando coletivamente, temos feito por merecer longas aflições e duras provas na Terra, entretanto, diante da Infinita Bondade, devemos afastar quaisquer ideias sinistras da cabeça popular carecedora de harmonia e esperança para evoluir e servir. Amemo-nos uns aos outros. Realizemos o melhor ao nosso alcance. Convençamo-nos de que o bem vive para o mal como a luz para a sombra. Edifiquemos o mundo melhor começando em nós mesmos, e confiemos na palavra fiel do Cristo, que prometeu amparar-nos e auxiliar-nos “até o fim dos séculos”. E assim nos exprimindo não nos propomos afirmar que, a pretexto de contar com Jesus, podemos andar irresponsáveis ou desatentos. Não. Forçoso trabalhar e cumprir as obrigações que a vida nos trace, a fim de sermos amparados e auxiliados por ele, sejam quais forem as circunstâncias.

Fonte; ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA


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sábado, 2 de agosto de 2014

ECTOPLASMA – PARTE II

Sonia Maria

Dando continuidade e finalizando o tema Ectoplasma,citarei alguns tipos e sua aplicação. Com essas informações espero ter contribuído para despertar o interesse de  mais pessoas pela matéria.Que sejamos cônscio da importância do estudo e da pesquisa a fim de promover a complementação da Doutrina como um todo.
Termino esse tópico com as palavras de André Luiz através de Chico Xavier:

“A nós, os Espíritos desencarnados, interessa, no plano-extrafísico, mais ampla sublimação, para que façamos ajustamento de determinados princípios mentais, com respeito à execução de tarefas específicas. E aos encarnados interessa a existência em plano moral mais alto para que definam, com exatidão e propriedade, a substância ectoplasmática, analisando-lhe os componentes e protegendo-lhe as manifestações, de modo a oferecerem às Inteligências Superiores mais seguros cabedais de trabalho, equacionando-se, com os homens e para os homens, a prova inconteste da imortalidade.”

Ectoplasmia

É a produção de ectoplasma e dos efeitos psicofísicos decorrentes de seu uso.
Os espíritos desencarnados utilizam o ectoplasma, coletado através de diversas fontes, com diferentes objetivos, como por exemplo o auxílio aos encarnados em diversas situações (acidentes, em hospitais, situações de risco, calamidades).

Ideoplastia

 O vocábulo ideoplastia quer dizer a moldagem da matéria viva, feita pela ideia.
Não há espíritos desencarnados envolvidos. A força das ideias dos encarnados junto com o ectoplasma provoca o fenômeno.

Materialização

A materialização se produz devido a características do corpo do médium, que fornece os elementos necessários. O estudo dos fatos mediúnicos leva-nos a admitir três espécies de materialização:

A materialização invisível, que pode ser comprovada através dos movimentos de objetos e fotografias;
A materialização parcial e incompleta como partes do corpo e objetos;
A materialização completa, que não difere em nada de um corpo humano vivo,
apresentando, indubitavelmente, os traços do médium.

Observações:

Conhecem-se casos em que o espírito materializado não apresenta a menor semelhança com o médium. Também há ocasiões em que o ectoplasma é retirado de dois médiuns, sem que a forma se pareça com qualquer um deles.

Fotografias de materializações

Há dois tipos de materialização:
1.       materialização visível – que é acompanhada dos efeitos físicos próprios ao corpo humano.
2.      materialização invisível ao olho humano – consiste na emissão de raios luminosos, que não produzem ação alguma sobre a nossa retina, porém agem sobre a placa sensível de um aparelho fotográfico; (fotografia transcendente).

As materializações não são simples aparições luminosas”, elas são produções de uma matéria, invisível ao nosso olho e que é luminosa por si mesma ou reflete sobre a placa fotográfica os raios de luz a cuja ação a nossa retina é insensível.
É matéria, mas às vezes ela é tão pouco compacta que se vêem as formas das pessoas sentadas e a mesa, e outras vezes ela é tão densa que encobre a imagem dos assistentes. Essa matéria é dotada de tal energia foto-química que as suas impressões aparecem antes de todas as outras imagens, antes mesmo das figuras normais, cuja revelação é preciso esperar durante um tempo mais ou menos longo.
Os espíritos não podem produzir sua própria imagem na chapa sensível; mas podem dar a forma desejada aos elementos mais sutis da matéria, e essa matéria, posto que invisível ao olho nu, pode refletir os raios químicos da luz e assim agir sobre a placa.
Em muitas ocasiões, em condições de testes, esses retratos têm sido conseguidos em caixas fechadas de placas fotográficas, mantidas nas mãos de um ou mais assistentes.
Também quando tentada a experiência com mais de uma máquina,a materialização pode aparecer em uma máquina, não aparecer em outra.

Transfiguração

O perispírito dos espíritos encarnados goza das mesmas propriedades que o dos espíritos desencarnados. Ele também não se acha confinado no corpo, ele irradia e forma em torno deste uma espécie de atmosfera fluídica e em certos casos ele pode sofrer uma transformação, a forma real e material do corpo se desvanece sob a camada fluídica e toma por momentos uma aparência inteiramente diversa.
A transfiguração pode operar-se com intensidades muito diferentes, conforme o grau de depuração do perispírito e a forma material pode desparecer sob o fluído perispirítico – ele apenas oculta o corpo, tornando-o invisível para uma ou para muitas pessoas, como faria uma camada de vapor.

Desdobramento (Bicorporeidade)

O duplo de um encarnado se manifesta longe do corpo físico e podem ser simples aparições visuais ou ocorrer materialização. Este fenômeno é possível devido a capacidade do perispírito de afastar-se do corpo físico.

Fonte bibliográfica:

A Gênese de Allan Kardec
O Livro dos Espíritos de Allan Kardec
O Livro dos Médiuns de Allan Kardec

Palestras de Ectoplasma Paulo Roberto Brero de Campos- SBEE

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