segunda-feira, 26 de maio de 2014

O QUE PENSA O ESPIRITISMO

Adilson Mota     adilsonmota1@gmail.com

Os elaboradores e divulgadores de técnicas do passe não sabem o que fazem. A técnica do passe não pertence a nós, mas exclusivamente aos Espíritos Superiores. Só eles conhecem a situação real do paciente, as possibilidades de ajudá-lo em face de seus compromissos nas provas, a natureza dos fluidos de que o paciente necessita e assim por diante. Os médiuns vivem a vida terrena e estão condicionados na encarnação que merecem e de que necessitam . Nada sabem da natureza dos fluidos, da maneira apropriada e eficaz de aplicá-los, dos efeitos diversos que eles podem causar.Na verdade o médium só tem uma percepção vaga, geralmente epidérmica dos fluidos. É simples atrevimento - e portanto charlatanismo - querer manipulá-los e distribuí-los a seu modo e a seu critério. As pessoas que acham que os passes ginásticos ou dados em grupos mediúnicos formados ao redor do paciente são passes fortes, assemelham-se  as que acreditam mais na força da macumba, com seus apetrechos selvagens, do que no poder espiritual. As experiências espíritas sensatas e lógicas, em todo o mundo, desde os dias de Kardec até hoje, mostraram que mais vale uma prece silenciosa, às vezes na ausência e sem o conhecimento do paciente, do que todas as encenações e alardes de força dos ingênuos ou farofeiros que ignoram os princípios doutrinários.
Obsessão, Passe e Doutrinação – José Herculano Pires

Com todo o respeito a Herculano Pires, não posso concordar com ele. Dizer que a "técnica do passe não pertence a nós, mas exclusivamente aos Espíritos Superiores" é desconhecer acerca das conquistas da ciência chamada Magnetismo.
As milhares de curas fabulosas alcançadas pelos chamados magnetizadores clássicos como Mesmer, Puységur, Deleuze, Du Potet, La Fontaine, Durville, Petétin, Gauthier e tantos outros, mostram o quanto se pode através do conhecimento do magnetismo. Eles sabiam bastante (não tudo) acerca da ação, da aplicação e dos efeitos das diversas técnicas que utilizavam.
Os estudos práticos do Magnetismo, os tratamentos magnéticos acompanhados e aplicados sistematicamente, a observação dos resultados de cada passe aplicado, o uso do tato magnético (ferramenta anímica utilíssima em diagnósticos), muito proporciona, a quem experimenta, em termos de conhecimentos da ação e dos efeitos dos fluidos nas diversas patologias. Tem-se constatado isto em diversos grupos espalhados de norte a sul do Brasil e nos EUA.
Kardec compreendeu a importância do Magnetismo para o Espiritismo e em diversos trechos da sua obra como no comentário à questão 555 de O Livro dos Espíritos e em várias partes da Revista Espírita ele ressalta a ligação intrínseca entre os dois, ao ponto de afirmar sobre essas duas ciências que "a que não quer imobilizar-se não pode chegar ao seu complemento sem se apoiar na sua congênere; isoladas uma da outra, detêm-se num impasse ; são reciprocamente como a Física e a Química, a Anatomia e a Fisiologia". (Revista Espírita, janeiro de 1869)
Deixar de lado o estudo da ciência magnética e do Espiritismo nos leva a conclusões erradas como a de Herculano Pires.
Se o Espírito de Verdade recomendou que instruíssemo-nos, é por que o conhecimento das coisas vem através deste esforço de busca. Logicamente, há limitações intelectuais e instrumentais, mas sempre se pode dar um passo à frente.
Quem diria que hoje existem aparelhos capazes de detectar campos sutis, a aura, não somente das mãos, como antigamente, mas de corpo inteiro!
Quem diria que hoje existe tecnologia capaz de servir de intermediação com o mundo dos espíritos!
Tudo isto por que se buscou, se pesquisou, se estudou.
O que seria da Humanidade se deixássemos de lado todo e qualquer esforço de pesquisa achando que somente os Espíritos Superiores são capazes de realizá-lo?!
Parece que nem mesmo as obras de Allan Kardec está-se querendo estudar, já que não é verdade que nada conhecemos a respeito dos fluidos como afirma Herculano. As obras de Kardec, além de outras obras espíritas complementares, trazem conhecimentos acerca dos fluidos sim, da sua aplicação e efeitos. As obras sobre Magnetismo trazem vasto campo de conhecimento prático e de estudos sobre este mesmo assunto.
E aquilo que não sabemos, quem disse que não podemos aprender (dentro das nossas limitações, é claro)? Quem disse que não existem métodos de pesquisa para isto? Só não podem ser, em muitos casos, o mesmo método da ciência que só estuda a matéria. A própria ciência espírita e a forma como Kardec a compôs, nos leva a refletir num novo conceito de ciência e seus métodos .
O próprio Herculano se contradiz ao apontar nos capítulos "Transfusão Fluídica" e "A Ciência do Passe" pesquisas avançadas tendo como objeto os fluidos. Se os fluidos fossem algo inteligível apenas para os Espíritos Superiores não tinha por que cientista ou pesquisador nenhum se ocupar com eles.
Gostaria que os defensores da ausência de técnicas na aplicação dos passes explicassem por que esses passes têm alcançado resultados muito menores do que os dos magnetizadores clássicos.
Frase interessante a do Espírito Quinemant, constante da Revista Espírita de junho de 1867:
"De tudo isto, concluo que o Magnetismo, desenvolvido pelo Espiritismo, é a chave de abóbada da saúde moral e material da humanidade futura.”
Nossa! Como estamos distantes disto acontecer, e estaremos cada vez mais distantes se tivermos que contar com pensamentos como os de Herculano Pires sobre os passes.
Para finalizar,o uso racional e sério das técnicas magnéticas nada tem a ver com o que ele chamou de "encenações e alardes de força dos ingênuos ou farofeiros que ignoram os princípios doutrinários".

Não se pode englobar tudo num mesmo feixe.

JORNAL VÓRTICE ANO VI, Nº 10    Pág.07


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DESOBSESSÃO

Editorial
Jornal O Clarim Maio 2014

Para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para o livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros.
O auxílio destes se faz indispensável, quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque aí não raro o paciente perde a vontade e o livre-arbítrio. (Ev. XXVIII 81)(1)

Nos casos de obsessão grave, o obsidiado se acha como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares. É desse fluido que importa desembaraçá-lo. Mas não basta; necessário, sobretudo, é que se atue sobre o ser inteligente, ao qual se possa falar com autoridade, que só existe onde há superioridade moral. (Ev. XXVIII 81)(1)

Para garantir-se a libertação, cumpre induzir o Espírito perverso a renunciar aos seus maus desígnios; fazer que nele despontem o arrependimento e o desejo do bem, por meio de instruções habilmente administradas, objetivando a sua educação moral.
Pode-se então lograr a dupla satisfação de libertar um encarnado e de converter um Espírito imperfeito. (Ev. XXVIII 81)(1)

A tarefa se apresenta mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a sua situação, presta o concurso da sua vontade e da sua prece.
Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar de quem haja de atuar sobre o Espírito obsessor. (Ev. XXVIII 81)(1)

Os meios de se combater a obsessão variam, de acordo com o caráter que ela reveste.
O médium que está a haver-se com um Espírito mentiroso tem que provar ao Espírito que não está sendo iludido e cansar-lhe a paciência, demonstrando paciência para com ele.
Desde que se convença de que está a perder tempo, retirar-se-á, como fazem os importunos a quem não se dá ouvidos.

Isto, porém, nem sempre basta e pode levar muito tempo, porquanto Espíritos há tenazes, para os quais meses e anos nada são.
Além disso, portanto, deve o médium dirigir um apelo fervoroso ao seu anjo bom, assim como aos bons Espíritos que lhe são simpáticos, pedindo-lhes que o assistam.
Quanto ao Espírito obsessor, por mau que seja, deve tratá-lo com severidade, mas com benevolência e vencê-lo pelos bons processos, orando por ele.
Se for realmente perverso, a princípio zombará desses meios; porém, moralizado com perseverança, acabará por emendar-se.

É uma conversão a empreender, tarefa muitas vezes penosa, ingrata, mesmo desagradável, mas cujo mérito está na dificuldade que ofereça e que, se bem desempenhada, dá sempre a satisfação de se ter cumprido um dever de caridade e, quase sempre, a de ter-se reconduzido ao bom caminho uma alma perdida. (L.M. 249)(2)
Trata-se de lutar contra um adversário. Ora, quando dois homens lutam corpo a corpo, é o de músculos mais fortes que vencerá o outro. Com um Espírito não se luta corpo a corpo, mas de Espírito a Espírito; e ainda o mais forte será o vencedor. Aqui a força está na autoridade que se pode exercer sobre o Espírito e tal autoridade está subordinada à superioridade moral. (R.E., “Estudos sobre os possessos de Morzine”, dezembro de 1862)(3)

O tratamento consiste numa tríplice ação: a) a ação fluídica, que liberta o perispírito do doente da pressão do Espírito malévolo; b) o ascendente exercido sobre este último pela autoridade que sobre ele dá a autoridade moral; c) a influência moralizadora dos conselhos que se lhes dá. (R.E., “Novos detalhes sobre os possessos de Morzine”, agosto de 1864)(3)
Para agir eficazmente sobre um obsessor, é preciso que os que o moralizam e o combatem pelos fluidos valham mais que ele. O poder dos fluidos está em relação direta com o adiantamento moral daquele que o emite.

1. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
2. _________. O Livro dos Médiuns.

ESPIRITISMO E FILOSOFIA

Por: Jorge Cordeiro

O nome filosofia vem do grego e significa “amor à sabedoria”. A Filosofia, segundo o novo Dicionário Aurélio, “é um estudo que se caracteriza pela intenção de ampliar incessantemente a compreensão da realidade (...)”.

O filósofo era na antiguidade o representante da busca pelo saber. E o que ele estudava? No entender dos filósofos: “tudo”. A Filosofia é um estudo que tem por finalidade ampliar o nosso conhecimento da realidade, e tem por objeto de estudo o homem e o universo. A diferença entre a Filosofia e a Ciência é que enquanto a Ciência busca conhecer muito sobre um tema específico, a Filosofia avalia toda uma vastidão de conhecimentos para encontrar uma síntese desses fenômenos. A Filosofia pode também ser diferenciada pelo instrumento de pesquisa, pelo método e pela finalidade.

Enquanto a Ciência utiliza-se dos mais variados instrumentos, como, telescópios, microscópios, computadores, etc. A Filosofia utiliza basicamente a razão, o raciocínio puro, como instrumento de pesquisa da verdade.

O método em sua essência se utiliza da indução e da dedução. O primeiro, através dos fatos, descobre os princípios primeiros; o segundo ilumina os fatos com os princípios primeiros, para compreendê-los melhor.

A Filosofia não está voltada para fins práticos como a Ciência. Ela tem como único objetivo o conhecimento e por extensão, a verdade em si mesma.

Apesar de todas as coisas serem suscetíveis de pesquisa filosófica, alguns problemas são de preferência, estudadas pela Filosofia: a Lógica (se ocupa do problema da exatidão do raciocínio); a Epistemologia (o valor do conhecimento); a Metafísica (do fundamento último das coisas em geral); a Ética (a origem e natureza da lei moral, da virtude e da felicidade); A Teologia (da existência e natureza de Deus e das relações com os homens); a Estética (do problema do belo e da natureza e função da arte); e a Axiologia (o problema dos valores); Cosmologia (a constituição essencial das coisas materiais, da sua origem e de seu devir).

As teses fundamentais que integram a Doutrina Espírita encontram-se no “O Livro dos Espíritos”, as quais podem ser identificadas com as principais categorias filosóficas.

A Filosofia Espírita apesar de se encaixar dentro dessas categorias, não é propriamente um saber clássico. Em muitas de suas facetas ela é um assunto novo e vibrante. Primeiramente, o Espiritismo aborda um Universo dual, com um componente material e outro espiritual. Com isto se abre diante de nós toda uma gama de possibilidades de estudo. Neste Universo espiritual habitam espíritos, que são criados simples e puros, para evoluírem e aprenderem com seus próprios erros e experiências, trilhando um longo caminho até compreender a relação entre Deus e o Homem, alcançando uma harmonia entre o conhecimento, a moral e a inteligência. O espírito e o espiritual, certamente não fazem parte desta filosofia tradicional, por isso podemos falar de uma nova filosofia que se nos mostra: “a Filosofia Espírita”, possuidora de uma cosmologia, uma metafísica e uma ética próprias, apesar de baseada na ética cristã.

Para Jon Aizpúrua (2000) o Espiritismo é:

Uma filosofia deísta, porque reconhece a existência de Deus como força inteligente e causa primária de todas as coisas;

Uma filosofia espiritualista, porque afirma a existência do espírito como princípio independente da matéria, assim como sua sobrevivência após a morte;

Uma filosofia evolucionista, porque admite que a evolução é a lei que rege o Universo, presidindo todas as transformações, tanto de ordem física como de ordem espiritual;

Uma filosofia científica, uma filosofia racionalista e humanista, porque coloca o ser humano e as suas necessidades no centro de suas atenções.

Devemos nos lembrar que a Filosofia Espírita não é um alimento somente para o intelecto, mas também para a alma que sente e sofre, que presencia a alegria mas às vezes sucumbe à tristeza. Lembremos o que disse Kardec (1995, p.483):

“Mesmo os que nenhum fenômeno têm testemunhado, dizem: à parte esses fenômenos, há a filosofia, que me explica o que NENHUMA OUTRA me havia explicado. Nela encontro, por meio unicamente do raciocínio, uma solução racional para os problemas que no mais alto grau interessam ao meu futuro. Ela me dá calma, firmeza, confiança; livra-me do tormento da incerteza. Ao lado de tudo isto, secundária se torna a questão dos fatos materiais.”


Bibliografia:
Aizpúra, Jon (2000). Os fundamentos do espiritismo. São Paulo, CEJB.
Ferreira, Aurélio (1999). Novo Aurélio – século XXI. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira.
Kardec, Allan (1995). O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro, FEB.
Mondin, B. (1987). Introdução à Filosofia. São Paulo, Edições Paulinas.

Postado por Livraria Cristal às 16:22


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quinta-feira, 3 de abril de 2014

BIOGRAFIA - WILLIAM CROOKES

William Crookes  (1822 - 1919)
As pesquisas sobre os fenômenos do Espiritismo efetuadas por Sir William Crookes durante os anos de 187O a 1874 constituem um dos mais significativos eventos da história do movimento.

Sir William Crookes era figura proeminente no mundo científico. Eleito Membro da Sociedade Real em 1863, recebeu dessa organização em 1875 a Royal Gold Medal, por suas várias pesquisas no campo da Física e da Química, a Davy Medal, em 1888, e a Sir Joseph Copley Medal em 19O4.

Foi nomeado Cavaleiro pela Rainha Vitória em 1897 e recebeu a Ordem do Mérito em 191O. Ocupou diversas vezes a cadeira de Presidente da Royal Society, da Chemicak Society, da Institution of Eletrical Engineers, Da British Association e da Society for Psychical Research.

Sua descoberta do novo elemento químico a que deu o nome de "Thallium", suas invenções do radiômetro, do espintariscópio e do tubo de Crookes representam apenas uma pequena parte de sua grande pesquisa. Em 1859 fundou o Chemical News, que editou, e em 1864 tornou-se redator do Quarterley Journal of Science.

Em 188O a Academia de Ciências da França lhe concedeu uma medalha de ouro e um prêmio de 3.OOO francos, em reconhecimento por seu importante trabalho. Nessa época, os fenômenos psíquicos estavam em moda na Europa e na América, desafiando as conhecidas leis da ciência e os cientistas. Crookes aceitou o desafio. Confessa o sábio que iniciou as suas investigações sobre fenômenos psíquicos pensando que tudo fosse truque. Seus colegas sustentavam o mesmo ponto de vista e ficaram satisfeitos com a atitude que ele havia tomado. Foi manifestada profunda satisfação porque a pesquisa ia ser conduzida por um homem altamente qualificado. Quase não duvidavam que aquilo que consideravam as falsas pretensões do Espiritismo fosse desmascarado. Disse um escritor da época: "se um homem como Mr. Crookes trata do assunto... em breve saberemos em que acreditar". Numa comunicação a Nature, o Dr. Balfour Stewart, mais tarde professor, elogiou a coragem e a honestidade que levou Crookes a tomar aquela resolução. O próprio Crookes assentou que era dever dos cientistas fazer tal investigação.

Durante quatro anos de experiências levadas a efeito com a médium Florence Cook e o Sr. Home foram observados os seguintes fenômenos: movimentos de corpos pesados com contato, mas sem esforço mecânico; fenômenos de percussão e outros sons da mesma natureza; movimentos de objetos pesados colocados a certa distância do médium; mesas e cadeiras elevadas do solo sem ninguém lhes tocar; elevação de corpos humanos; aparições luminosas; aparição de mãos luminosas ou visíveis à luz ordinária; formas e figuras de fantasmas; casos particulares parecendo indicar a ação de uma inteligência exterior; manifestações diversas de caráter complexo. Nessas experiências Crookes tirou 42 fotografias de Katie King (o espírito que comumente materializava-se nas reuniões).

Após exaustiva pesquisa Crookes publica o seu relatório, anexando a carta na qual pedia a Stokes, Secretário da Sociedade Real, que viesse ver as coisas com seus próprios olhos. Recusando-o, Stokes colocou-se exatamente na mesma posição daqueles cardeais que não quiseram ver as luas de Júpiter pelo telescópio de Galileu. Defrontando um fato novo, a ciência material se mostrou tão fanática quanto a teologia medieval.

Com a divulgação de suas opiniões a respeito dos fatos psíquicos, William Crookes recebeu da idiossincrasia dos pensadores contemporâneos a gargalhada do deboche, a bofetada da indiferença. Não obstante, o cientista prosseguiu com o mesmo entusiasmo, até que convocado a receber uma das mais altas homenagens da Coroa Britânica, o título nobiliárquico de "Sir", foi-lhe sugerido que abandonasse as teorias de ordem espiritista para afirmar que a sua conclusão fora o resultado de uma alucinação psicológica. A isso o eminente pesquisador contestou com altivez: "Cada dia que passa, à medida que os tempos se dobram sobre os anos, na razão direta em que se vão e são adquiridas experiências novas é maior certeza tenho a respeito da indestrutibilidade do espírito imortal, da realidade da vida após a morte e da grande fenomenologia espiritista, que nos coloca em contato com essa realidade: a vida espiritual".

Assim foi a vida de Crookes após suas pesquisas espirituais. As críticas maldosas e os elogios sinceros nunca mais estariam ausentes do seu cotidiano. Disseram ser ele apenas um velho apaixonado pela jovem Florence. Mas outros refutavam dizendo-se privilegiados por viverem em sua época e por serem ingleses.


Crookes brilha na história dos fenômenos psíquicos como o sábio que mais profundamente ousou adentrar-se no invisível através da pesquisa científica metódica, desvelando para o mundo leigo e acadêmico a existência de um outro mundo vasto e complexo, mas perfeitamente penetrável e palpável para os exploradores desarmados dos pueris preconceitos contra o mundo espiritual.

Fonte; http://www.gesp.org.br/biografias/biowilliam_crookes.htm


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