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sábado, 15 de dezembro de 2012

O PASSE


Jacob Melo,
Entrevista Para "A Jornada"
17/07/2001

     Jacob Melo, esta entrevista não pretende esgotar o assunto e sim dar uma visão geral e esclarecer algumas dúvidas e tabus sobre o Passe.
Desde já agradecemos sua colaboração.

A Jornada: — O passe é somente uma prática Espírita?

Jacob Melo: Não. Muitas religiões, seitas e mesmo terapias alternativas usam o passe como um dos seus mecanismos de cura, apesar de normalmente usarem nomes diferentes e, por vezes, princípios estranhos e confusos.

AJ: — Os passes dos Espíritas são mais ou menos eficientes dos que não crêem no Espiritismo?

JM: Conforme propuseram os Espíritos a Allan Kardec, quando acreditamos nos Espíritos temos condições de realizar verdadeiros "milagres". Mas não são apenas os espíritas que acreditam nos Espíritos. Portanto...

AJ: — Quais são os objetivos do passe? Além do físico, ele pode influir na Moral do receptor?

JM: Em tese, melhorar o paciente em vários níveis: orgânico, emocional, psíquico e espiritual. A moral pode ser alcançada em conseqüência da melhora geral obtida pelo passe, mas não que o passe, por si só, tenha em si condições de modificar a moral de alguém pelo simples fato de recebê-lo.

AJ: — É comum o passista sentir fadiga após uma sessão de passes?

JM: Sendo o passe com doação de fluidos do próprio passista (passe magnético), isto é sempre provável de ocorrer, podendo o mesmo chegar à delicada situação de fadiga fluídica (sugiro, a respeito, a leitura do capítulo referente ao tema em algum dos meus livros sobre passes: "O Passe", editado pela FEB ou "Manual do Passista", pela Minémio Túlio).

AJ: — Quando isso ocorre pode significar algum desequilíbrio do passista?

JM: Pode significar doação em excesso, uso indevido de técnicas ou mesmo congestão fluídica.

AJ: — Ao aplicar passe em uma pessoa obsidiada, o obsessor também se beneficia?

JM: Obviamente que sim, daí eles tentarem afastar suas presas dos tratamentos fluidoterápicos.

AJ: — Sabemos que no passe parte dos fluidos emanam do Passista e parte emana dos Espíritos. Qual é a porção de cada um (%)?

JM: Não é possível definir isso. Posso dizer que os chamados passes espirituais são aqueles onde os fluidos espirituais predominam, enquanto que os magnéticos são os predominantemente anímicos.

AJ: — Porque os Espíritos precisam dos passistas?

JM: Principalmente por conta da cola psíquica (recomendo a leitura dos meus livros já citados).

AJ: — Qual é a "dose" certa de fluidos a serem doados no passe? Como podemos saber?

JM: Só mesmo a prática e a observação criteriosa, apoiada no estudo, pode dizer o quanto e como se realizar certos tratamentos com fluidos.

AJ: — Qual é a duração ideal na aplicação do passe?

JM: Para os chamados passes espirituais, usualmente varia de 1 a 2 minutos. Os magnéticos são quase sempre muito mais demorados.

AJ: — Por quanto tempo os benefícios do passe podem agir sobre o receptor?

JM: Se tudo for bem assimilado e as "dosagens" forem aplicadas corretamente, os benefícios diretos chegam a mais de setenta e duas horas. Por isso se recomenda, especialmente a quem faz tratamento semanal, tomar água fluidificada ao longo da semana, como complemento indispensável do mesmo.

AJ: — O passe tem o mesmo efeito nos animais?

JM: Não. Dependendo do fluido que se aplica, pode o passe no animal chegar a matá-lo. O próprio Allan Kardec fulminou um cachorro dele.

AJ: — O passe age diferentemente nos centros de força (Chakras)?

JM: Tanto neles quanto fora deles.

AJ: — Muitos centros aplicam o passe apenas com a imposição de mãos sobre o Centro de Força Coronário, dizendo que este se encarrega de distribuir os fluidos para os outros de acordo com a necessidade. Isso é correto?

JM: Não concordo, pois se houver aplicação de fluidos magnéticos (humanos) em dosagem elevada ou com densidade muito baixa, pode haver congestionamento do centro e isso seria muito desconfortável e mesmo prejudicial ao paciente. O ideal é que após as imposições sejam aplicados dispersivos localizados para evitar essas congestões. Apenas os passes eminentemente espirituais em tese não congestionam os centros vitais por imposições.

AJ: — A fé influencia na qualidade do passe?

JM: Certamente. O Evangelho está cheio de evidências e registros.

 AJ: — O passe age sobre todas as pessoas ou somente beneficia os que têm merecimento?

JM: Age sobre todos nós, pois, de uma forma direta ou indireta, todos temos merecimento, já que todos somos filhos de Deus. Mas é preciso que se considere que nem todos receberão os benefícios na mesma intensidade nem do mesmo modo.

AJ: — Qual o cuidado ao aplicar passes em pessoas enfermas?

JM: Primeiro, saber o que está fazendo; depois, evitar os riscos decorrentes de doenças infecto contagiosas; por fim, não expô-la a situações perigosas ou constrangedoras.

AJ: — Quando a origem do problema é cármica, o passe pode interferir?

JM: Entendendo por "cármica" a expressão decorrente da lei de causa e efeito, pode sim. Veja-se que uma doença, qualquer uma, normalmente tem uma origem cármica — seja de um passado distante, seja de um passado imediato. E como os passes atuam com relativa eficiência em muitas destas, obviamente ele interfere no carma.

AJ: — Qual deve ser a condição física e moral do passista?

JM: Fisicamente o passista deve estar com o organismo isento de vícios, não contaminado nem congestionado, medianamente alimentado e ser "usinador" de fluidos, para o caso do passista magnético (abstração feita a mulher gestante, crianças, pessoas com problemas mentais e/ou obsessivos, indivíduos tomando remédios controlados ou que atuem no sistema nervoso central, crianças, jovens e idosos em carência fluídica). Em termos morais, o ideal é que ele esteja bem harmonizado, em estado de oração e com a consciência tranqüila.

AJ: — Há pessoas "viciadas" em passes, são os conhecidos "Papa passes", isso pode ser prejudicial a eles?

JM: Todas as vezes que nos apropriamos indevidamente de algo que poderia ser destinado com maior proveito a outrem, estamos, por isso mesmo, contraindo compromissos. Isto, por si só, já indica que o "papa passes" está se prejudicando. Depois, em termos mais diretos, tomar muitos e seguidos passes pode congestioná-lo ou sugestioná-lo negativamente, de sorte que quando vier realmente a precisar dos passes os mesmos não façam o efeito desejado.

AJ: — Como funciona o passe a distância?

JM: Mais conhecido como irradiação, sua ocorrência ideal se verifica quando emissor (passista) e paciente estão sintonizados, ao mesmo tempo, no sentido de dar e receber os fluidos em trânsito. Esta sintonia favorece significativamente os resultados.

AJ: — Quais são os tipos de passe e qual a diferença entre eles?

JM: Podemos generalizar e considerar apenas três: os espirituais, os magnéticos e os mistos. Nos primeiros, os fluidos são predominantemente dos Espíritos; nos magnéticos, preponderam os fluidos do magnetizador; e nos mistos, há uma espécie de equilíbrio entre as duas fontes de fluidos.

AJ: — O passe aplicado em pessoas inconscientes tem o mesmo efeito?

JM: Dependendo da inconsciência, sim ou não. Se se trata de alguém dormindo ou em coma, por exemplo, o resultado pode ser considerado muito bom, mas se a causa da inconsciência é motivada por bebidas ou efeitos de drogas, haverá uma perda substancial dos benefícios.

AJ: — Como a alimentação influencia na qualidade do passe (Passista e Receptor)?

JM: Para ambos os envolvidos, uma alimentação pesada, muito carnívora, hiperácida, muito condimentada ou muito volumosa, há embaraços de diversos matrizes, todos eles prejudicando tanto a doação quanto a captação. Para o passista, o jejum também é potencialmente prejudicial, tanto na "usinagem" quanto para seu próprio aparelho digestivo. O ideal é fazer uma refeição leve antes do passe, de preferência sem carnes e sem estimulantes.

AJ: — Qual a importância das Palestras que ocorrem antes dos Passes?

JM: Muito grande. Pelas palestras doutrinárias podemos dar o complemento indispensável que o "bom passe" solicita. Como o passe deve atender a um tratamento integral, holístico, a explanação evangélica, tratando da moral e das idéias, favorece a que as reformas interiores sejam analisadas e mais facilmente assimiladas.

AJ: — O passe pode ser aplicado em qualquer local ou somente nas Casas Espíritas?

JM: Observadas as questões de conveniências e de condições gerais de equilíbrio e bom senso, o passe pode ser aplicado em qualquer lugar, a qualquer hora. Todavia, ressalto que o local ideal será sempre a Casa Espírita.

AJ: — Os passes coletivo surtem o mesmo efeito?

JM: Em tese sim, mas casos que requeiram tratamento especializado e com a presença e a atuação direta de um magnetizador serão melhor resolvidos se contarem com outras condições mais apropriadas.

AJ: — Qual deve ser a postura do passista ao aplicar o passe? (Postura, respiração, atitude mental, roupas, etc.)

JM: Sobretudo, a da coerência com a moral ensinada pela Doutrina Espírita. Nada de excessos nem de faltas; nada de exageros ou despropósitos. O equilíbrio é a posição mais sensata. Com ele, nada de respirações ofegantes nem excessivas gesticulações (salvo os casos que requeiram técnicas, as quais devem ser sabidas, conhecidas e bem realizadas). A atitude mental deve ser de oração e comunhão com o mundo espiritual superior; de fé, confiança e de conhecimento acerca do que realiza.

AJ: — No momento do passe como devem ser os "Pensamentos" do Passista?

JM: De amor; pelo que faz, pelo paciente, pelos Espíritos e por si mesmo. Só quem ama verdadeiramente está habilitada a transmitir com eficiência projeções amorosas. Para se conseguir esse estado, deve-se amar continuamente. E como ponte, a oração e a fé são fundamentos básicos.

AJ: — Qual é a distância ideal entre as mãos do passista e o receptor?

JM: Depende do que pretenda realizar. Sugiro o estudo do magnetismo para saber o que de fato deve ser feito — particularmente, posso recomendar meus dois livros já mencionados.
  
AJ: — Uma pessoa pode aplicar passe em si mesmo?

JM: Pode, mas nem sempre é eficaz. Se a necessidade do auto passe prende-se a problemas emocionais, psicológicos e/ou espirituais, dificilmente uma técnica de passes, que não seja a meditação e/ou a oração, resultará positiva. Mas para casos orgânicos e/ou perispirituais localizados pode ser que o auto passe desempenhe relevante papel. Mais uma vez, será necessário o estudo detido do assunto para se ter certeza do que, como, quando e onde fazer.

AJ: — Os passes devem ser aplicados de uma maneira diferente nas crianças?

JM: Normalmente o são. As crianças recebem, via de regra, fluidos muito subtis, bem menos densos do que os adultos e idosos. Assim, é conveniente evitar-se demorados concentrados fluídicos em crianças (principalmente por imposições) e, por medida de segurança, terminar os passes nelas com técnicas dispersivas.

AJ: — Os passes podem interferir na mediunidade da pessoa que está recebendo, despertando ou interferindo? Como agir no caso de manifestação mediúnica no momento do passe?

JM: Se for numa cabine, tentar evitar aplicando-se dispersivos sobre o coronário, frontal e laríngeo ou mesmo sobre o umeral (vide "Manual do Passista"). Mas se for numa reunião mediúnica, onde se pretenda uma manifestação, fazer-se concentrados fluídicos nesses mesmos centros.

AJ: — Pode-se aplicar passe em desdobramento (viagem astral)?

JM: Pode sim e temos disso vários depoimentos.

AJ: — Como os remédios podem interferir no Passe (Passista e receptor)?

JM: Positivamente, quando favorecendo ao refazimento do organismo; negativamente, quando agindo de forma contrária ou congestionando o paciente. Vejamos um exemplo. Os compostos e tratamentos radioterápicos resolvem partes dos problemas a que se destinam, mas seus efeitos colaterais são "terríveis". Passistas harmonizados podem ajudar sobremaneira nesses tratamentos. Mas quando o passista toma ou ingere alguns medicamentos que atacam o sistema nervoso, podem vir a prejudicar os pacientes, pelo que deve ser observado muito critério para tais casos.

AJ: — Se por acaso um passista cobra pelo seu "serviço" (soube que isto ocorre nos EUA), isto influi na qualidade de seu passe?

JM: Duas coisas: a moral ou a ausência dela não interfere diretamente no magnetismo, mas as desarmonias que uma ausência de moral provoca pode afetar negativamente as usinagens fluídicas, vindo a desnaturá-las. A cobrança pelo serviço do "passe espírita" é totalmente despropositada e anti-doutrinária, pelo que deve ser evitada. Mas pessoas que estudam o magnetismo e suas variantes e se "formam", por assim dizer, podem exercer a faculdade, que é como uma outra qualquer. Um outro ponto a destacar é que tenho visitado regularmente os Estados Unidos e não tenho visto nem sabido de grupos e/ou passistas que cobrem pelos seus serviços de passes. A exceção de dá por aqueles que não são espíritas e praticam toda sorte de técnicas em nome de cursos e treinamentos os mais variados possíveis que fazem.

 AJ: — No caso das gestantes, como devemos agir? Elas podem aplicar ou receber passes?

JM: A prudência recomenda que elas se abstenham de aplicar, principalmente se elas forem magnetizadoras. Como pacientes, normalmente lhes são indicados passes dispersivos.

AJ: — Pode-se aplicar passe na criança ainda no período de gestação?

JM: Pode sim, mas usualmente aplicamos passes na mãe e os fluidos, por ela, atingem a criança naquilo que elas necessitam.

AJ: — Muitas pessoas mantém as mãos viradas para cima para "receber" melhor o passe. Isso faz diferença?

JM: Nenhuma, a não ser pelo atavismo de que possam estar envolvidas. As mãos abertas para cima indicam que a mente está "pedindo", não passando, portanto, de uma resposta fisiológica para uma atitude psicológica.

AJ: — No momento do passe o passista deve manter os olhos abertos?

JM: O ideal é que ele esteja de olhos semicerrados. É mais seguro.

AJ: — Há casas Espíritas que dizem que o passe só pode ser aplicado por uma pessoa do mesmo sexo do receptor, alegando que há diferenças no tipo de fluidos de homens e mulheres. Isso é correto?

JM: No meu modo de ver e sentir a realidade do magnetismo, esse argumento não passa pelo crivo do bom senso nem da lógica.

AJ: — No centro em que atuo, a Câmara de Passes possui até 22 passistas trabalhando ao mesmo tempo. Já que as pessoas atendidas têm necessidades diferentes, pode haver algum tipo de "interferência" ou "mistura" de fluidos?

JM: Não creio. Além do direcionamento feito por cada passista, o Mundo Espiritual normalmente atua com muita eficiência nessas ocasiões.

AJ: — Fora do Espiritismo existem as Benzedeiras. O que elas fazem pode ser chamado de Passe?

JM: Pode sim. A diferença é que elas não estudam, mas, se observarmos com cuidado, elas fazem a aplicação das técnicas do magnetismo com muita propriedade e riqueza, dando verdadeiros "banhos" de conhecimentos em muitos passistas espíritas.

AJ: — Qual deve ser o comportamento do passista no dia em que for aplicar passes em termos de alimentação, atividades físicas, sexo, vícios, etc.?

JM: O de moderação. Alimentação leve e quantidades menores do que as habituais, atividades físicas nunca além do necessário, evitar-se práticas sexuais ou mesmo provocações da libido, abster-se dos vícios, inclusive os mentais e orar bastante, policiando-se para não se stressar ou se descontrolar emocionalmente.

AJ: — Para finalizar, gostaríamos de saber sua opinião sobre a atuação dos sites Espíritas quanto a divulgação e o estudo da Doutrina Espírita?

 JM: Estão muito bons, mas para ótimos ainda teremos um longo caminho a percorrer. Mas isso é natural. Apenas não deveríamos nos acomodar, pensando que já temos e fazemos o melhor.

AJ: — Considerações finais.

JM: Muito obrigado pela oportunidade desta entrevista. Quero dizer aos amigos que nos leram que em fins de agosto de 2001 estaremos lançando um novo trabalho sobre passes, pela editora Martin Claret (de São Paulo). Trata-se do livro: "Cure-se e cure pelo passe". Um livro feito à base de perguntas e respostas e muitas ilustrações de primeiríssima qualidade. Aguardo vocês nas páginas desse novo livro. Até lá!!!
Muita Paz!

Abraço,

Jacob Melo
Fonte: A Jornada
Postado por Daniel de Almeida Giroto 


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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

FLUXO DO PENSAMENTO - LEIS DO CAMPO MENTAL


O pensamento tem início de forma embrionária em seres vivos que foram aprendendo a se concentrar com determinado teor de persistência rumo a um certo objetivo, como o de se apropriarem de um alimento. Nessa longa caminhada, o pensamento passou a ser o instrumento sutil da vontade do Espírito, que exterioriza a matéria mental para atuar nas formações da matéria física, obtendo por esse caminho as satisfações que deseja.

A matéria mental é criação da energia que se exterioriza do Espírito e se difunde por um fluxo de partículas e ondas, como qualquer outra forma de propagação de energia do Universo.

Elaborando pensamentos, cada um de nós cria em torno de si um campo de vibrações impulsionado pela vontade, que estabelece uma onda mental própria, capaz de nos caracterizar individualmente.



Obedecendo às mesmas leis da energia e partículas do mundo físico, as ondas e partículas da matéria mental, em graus de excitações variados, se expressam em freqüência e cores particulares dependendo da intensidade e qualidade do pensamento emitido, ou seja, da vibração mental emitida.

Considerando o terreno das manifestações da física dos átomos, sabemos que o calor, a luz e os raios gama, são expressões vibratórias de uma mesma energia.



A excitação, por exemplo, dos átomos de uma barra de ferro por uma fonte de energia permite produzirmos calor de uma extremidade à outra da barra de ferro. A excitação dos elétrons de um filamento metálico permitirá a transmissão da luz, e a agitação dos núcleos atômicos de determinados materiais produzirá emissão de raios gama.

Tanto quanto na matéria física, o pensamento, em graus variados de excitação, gera ondas de comprimento e freqüência correspondentes ao teor do impulso criador da vontade ou do objetivo desejado.


Como a matéria é expressão da energia em diferentes condições de vibração e velocidade, a energia mental também se manifesta conforme as variações da corrente ondulatória, em corpúsculos da matéria mental. Aqui também se identificam as mesmas leis que regulam a mecânica quântica na transmissão de energia entre as partículas sub-atômicas. Quando vibram os átomos da matéria mental, correspondendo à formação de calor na matéria física, geram-se ondas de comprimento longo que se estabelecem com o propósito de manutenção de nossa individualidade ou de simples noção do Eu. Essas ondas longas prestam-se, também, para sustentar a integração da nossa unidade corporal, mantendo interligado o universo de células que compõem o nosso corpo físico.

Quando ocorrem as vibrações dos elétrons da matéria mental, irradiam-se luzes de tonalidades diferentes conforme a energia atinja os elétrons da superfície ou das proximidades do núcleo do átomo mental. Esse tipo de agitação ondulatória corresponde à emissão de pensamentos de intensidades variadas que vão, desde uma atenção momentânea voltada rapidamente a um certo objetivo, até a uma reflexão ou uma concentração profunda tentando resolver questões complexas.

Por fim, já vimos que a excitação dos núcleos atômicos gera os raios gama e, no campo da mente, a correspondente vibração dos núcleos dos átomos mentais gera ondas ultra-curtas emitidas com imenso poder de penetração de suas energias. Essas vibrações resultam de expressões de sentimentos profundos, de cores cruciantes ou de atitudes de concentração muito intensas.

A INDUÇÃO MENTAL

Indução, em termos eletrônicos, consiste na transmissão de uma energia eletromagnética entre dois corpos sem que haja contacto entre eles. Este fenômeno ocorre por conjugação de ondas através de um fluxo de energia que é transmitido de um corpo a outro. No campo mental o processo é idêntico.


Existe uma corrente de ondas suscetíveis de reproduzir suas próprias características sobre uma outra corrente mental que passa a sintonizar com ela.

Expressando qualquer pensamento em que acreditamos, estamos induzindo os outros a pensarem como nós. A aceitação que os outros fazem de nossas idéias passa a ser questão de sintonia.



Por outro lado, ao sentirmos uma idéia, absorvemos e passamos a refletir todas as correntes mentais que se assemelham a essa idéia, comungando os mesmos propósitos.

Portanto, nossas idéias e convicções nos ligam compulsóriamente a todas as mentes que pensam como nós e , quanto maior nossa insistência em sustentar uma idéia ou uma opinião, mais nos fixamos às correntes mentais das pessoas que se sentem como nós e que esposam as mesmas opiniões.

IMAGENS MENTAIS

O espírito é a fonte geradora de todas as expressões da vida, e toda espécie de vida se orienta ou se modifica pelo impulso mental.

Sempre que pensamos, estamos expressando uma vontade correspondente ao campo íntimo das idéias, e as idéias, representando a expressão de energia mental, se corporificam pelo pensamento em ondas e corpúsculos, que se organizam conforme o teor e a intensidade da vibração mental e o propósito do pensamento emitido.



Portanto, na expressão de qualquer pensamento, o comprimento da onda emitida varia com a intensidade da concentração nos objetivos desejados e a natureza das idéias emitidas. Com as idéias criamos em torno de nós um campo de vibrações mentais que identificam, pelo seu próprio conteúdo, as nossas mais íntimas condições psíquicas.

Nessa atmosfera ideatória que nos cerca, os corpúsculos da matéria mental que compõem nossos pensamentos modelam "imagens" correspondentes às idéias que mentalmente projetamos.



Psiquicamente, na medida em que expressamos mentalmente uma vontade, um desejo, uma idéia, uma opinião, um objetivo qualquer, passamos a ser carregadores ambulantes de vontades com formas, de desejos com moldes, de idéias vivas que as representam, de objetivos e opiniões que se exteriorizam com cenas que materializam em torno de nós os nossos pensamentos.



Nossa mente projeta fora de nós as formas, as figuras e os personagens de todos os nossos desejos, inclusive com todo o conteúdo dinâmico do cenário elaborado. Com essa constelação de adornos mentais atraímos ou repelimos as mentes que conosco assimilam ou desaprovam nosso modo de pensar.

PERTURBAÇÕES DO FLUXO MENTAL

A criação da matéria mental se origina do estímulo ideatório do Espírito, que é a fonte da energia vital para o cérebro. O Fluido Cósmico fornece o elemento para essas construções. Os corpúsculos mentais, sob o impulso do Espírito são exteriorizados em movimentos de agitação constante, produzindo correntes de formas ideatórias que se expressam na aura da personalidade que os cria.


Nesses vórtices de energia em que cada individualidade se exprime em correntes de matéria mental, também se cria, pela corrente de átomos excitados, um fluxo energético com conseqüente resíduo eletromagnético, que se expressa na aura de cada um de nós. A capacidade criativa da mente alimenta de forma permanente essa corrente em constante agitação.



O fluxo resultante do processo ideatório pode apresentar perturbações semelhantes a defeitos da circulação da corrente elétrica comum a qualquer aparelho doméstico.

Assim, a ausência de uma corrente eletromagnética residual pode ser identificada no cérebro de pessoas profundamente ociosas. Os circuitos mentais podem permanecer bloqueados, impedindo a circulação do fluxo mental, em razão de idéias fixas ou obsessivas. As lesões orgânicas cerebrais perturbam, naturalmente, as expressões do pensamento, já que o cérebro é o veículo para a manifestação física da mente.

AS LEIS DO CAMPO MENTAL

Nossa atividade mental através do iscernimento e do raciocínio nos dá a prerrogativa de nós mes mos escolhermos nossos objetivos.

Projetando nossas idéias, produzimos os pen samentos, exteriorizando em torno de nós irra diações eletromagnéticas com poder mais ou menos intenso, conforme o comprimento das ondas mentalmente emitidas.


Essa corrente de partículas mentais nascidas de emoções, desejos, opiniões e vontades, constrói em torno de nós, cenas em forma de quadros vivos que são percebidos em flashes ou imagens seriadas, ou cenas contínuas que nos colocam em sintonia com todas as mentes que harmonizam com os pensamentos que exteriorizamos.

Já vimos, também, que somos suscetíveis de induzir pensamentos-imagens nos outros, assim como recebemos sugestões que se corporificam em formas vivificadas dentro de nossa psicosfera.

A simples leitura de uma página de jornal, uma conversação rotineira, a contemplação de um quadro, uma visita a familiares, o interesse por um espetáculo artístico ou programa de televisão, um simples conselho, são todos agentes de indução que nos compromete psiquicamente com as mentes sintonizadas nos mesmos assuntos.

Pensar ou conversar constantemente significa projetar nos outros e atrair para nós as mesmas imagens que criamos, suportando em nós mesmos as conseqüências dessa influência recíproca.



Persistir em idéias fixas, em comportamentos obsessivos ou tensões emocionais deliberadamente violentas, nos escraviza a um ambiente psiquicamente infeliz, com imagens que nós forjamos e que nos mantêm num circuito de reflexos condicionais viciosos.

Construindo com o conteúdo dos nossos pensamentos o campo mental que nos cerca, vivemos psiquicamente dentro dele, obedecendo a leis fundamentais relacionadas com a estruturação desse campo.



Por princípio, temos que entender que o campo mental é resultado de emissão de idéias que nós criamos, com nossa participação exclusiva e, portanto, com nossa total responsabilidade. Esta é a primeira lei do Campo Mental.

A segunda lei é a da assimilação, que estabelece que nós estamos ligados unicamente às mentes com quem nós nos afeiçoamos.
Portanto, além da sintonia, é necessário haver aceitação das idéias para que assimilemos as interferências boas ou más que recebemos.
A lei da assimilação significa também que uma idéia que nos incomoda, que nos martiriza ou nos revolta, só persiste em nós pela aceitação que fazemos de seu conteúdo e pelas ligações que mantemos com o seu emissor.

A terceira lei do campo mental está relacionada com o estudo e o aprendizado que desenvolve em nós o discernimento e o raciocínio. Ela estabelece que cada de um de nós só assimilará idéias, sugestões ou informações inéditas ou inovadoras, se já desenvolvemos a compreensão necessária ao avanço desses pontos de vista.

(Texto: Nubor Orlando Facure)
(Baseado na obra de André Luiz, "Mecanismos da Mediunidade", psicografada por F. C. Xavier e Valdo Vieira)
Fonte: www.espirito.org.br



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